Hecho en EE.UU.

MIAMI|Estou na extensão do México. Num território à parte de Trinidad e Tobago. Na parte capitalista de Cuba. No outro lado do canal do Panamá. Aqui o inglês é só um paliativo. O inglês é um artigo de luxo. O inglês é usado só para quem é dos Estados Unidos da América ou por algum aventureiro canadense. O inglês foi rebaixado. A língua oficial de Miami é o espanhol.

Os sobrenomes de quem trabalha aqui são muito familiares. É o funcionário da alfândega Valladares, a assistente Cruz, o informante Castillo, a aeromoça Lopez, a passageira chamada pelo sistema de som Pérez. Por estes lados da costa sudeste, anúncios são hechos en español, after in English. As pessoas que sobem as escadas-rolantes, que entram nos elevadores, que vendem e que compram, que comem e que bebem, são iguais.

Esta parte da Flórida destoa. Os estados não são todos unidos. São 49 e mais um que deixou de ser algo “made in USA”.

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