Eu sou Indy

INDIANÁPOLIS | É espetacular. A organização, o zelo, a promoção, o lugar. Andar por parte do trecho do circuito misto, a garagem e o Gasoline Alley, a torre de controle e a outra que indica os 33 lugares, os carros antigos, a reta principal, as arquibancadas ainda vazias, o céu azul sem nuvens, a atmosfera, tudo isso vale tudo que é gasto, o tempo e o dinheiro.

Fiquei no autódromo por pouco mais de uma hora, entre fazer o credenciamento e conhecer propriamente a pista. Vi a faixa de tijolos que serve de linha de largada e chegada. De brincadeira, me fizeram beijá-la, mas em nenhum momento me opus. O museu precisa ser visitado; é obrigação. Do lado externo, fotos históricas, em tamanhos gigantes. Se tratam isso como um templo é porque seu autor estava em momento de graça. Isso é sagrado em termos de automobilismo. E os americanos podem ser bestas redondas em uma série de coisas, mas sabem como ninguém culturar suas peças de altíssimo valor.

Serão longos e trabalhosos, os próximos dias. Que assim sejam. Eu sou Indy. E agora conhecendo de perto, serei sempre.

Comentários

  • Os americanos têem respeito pelo passado, tornando a tradição , algo muito valioso. No Brasil , já teriam usado os tijolos para construir favelas, e um piscinão eleitoreiro. Bolas, vou processar a cegonha que me entregou no endereço errado!

  • vitonez, por favor, tire a dúvida mais antiga que tenho sobre o automobilismo: o quê existe sobre os tijolos na pista, que permite vê-los sem deixar um degrau?
    em tempo: parabéns pela merecida viajem para cobrir as 500.

  • Quando estive em Indianápolis tinha uma Jordan do Rubinho ao lado de um caro do Shumacher, o museu é maravilhoso, carros de F1, da Indy, Nascar, troféus, fotos, motores, o filme que passa numa salinha minúscula, a volta de ônibus pela pista, Ferraris, Maseratis, aí é um templo do automobilismo mundial.

  • Ah esqueci, desculpe a falta de educação. Boa viagem, boa cobertura e aproveite a oportunidade. A primeira Indy 500 ao vivo, assim como Mônaco, Le Mans, Fuji ou Spa, realmente mexe com a gente. E como diria Theófilo José, cuide-se bem.

  • Ué, virou casaca? Não era né? Cansei de ler posts que colocaram a categoria lá no chinelo, como uma coisa menor, caipira, sem técnica, depósito de pilotos ruins, enfim… Nada como avaliar outras possibilidades e não se deixar levar tanto por opiniões vizinhas.

    VM responde: Deve ter lido em outro blog. Gosto tanto da Indy quanto da F1. E formo minhas opiniões pelos meus conceitos, mesmo. Abraços.

  • Só uma palavra a dizer neste momento: INVEJA!
    Boa sorte ai Victor… e boa corrida! Essa deve ser uma das experiências mais sensacionais para alguém que ama o automobilismo…