Ultrapassagem é problema (na Indy)

SÃO PAULO | Não é exclusivo da F1 o problema com a questão das ultrapassagens. A Indy também tem o enfrentado. Vide a corrida de Richmond no último fim de semana.

O oval já não ajudava; a configuração aerodinâmica, que usava até um pouco do que levam para circuitos mistos, também. Assim, a organização da categoria anunciou hoje mudanças para que a competitividade fosse aumentada para evitar procissões.

Os carros poderão ter maiores aletas laterais, apoios para discos de freio e aquelas “rampas” curvilíneas na frente dos pneus. Vai ajudar, mas não vai resolver o problema, pelo que apurou o Blog Victal.

Porque o problema está justamente nos pneus, e nem a Indy nem a Firestone admitiriam isso. Equipes e pilotos têm reclamado que o nível de aderência dos calçados da subsidiária da Bridgestone diminuiu consideravelmente nos últimos dois anos. Segundo se comenta no paddock, teria sido um pedido da própria Indy à fornecedora para que os carros deixassem de andar tão juntos e assim evitassem acidentes. Mas acabou com a graça da competição. Não se consegue, por exemplo, fazer ultrapassagens pela linha de cima dos ovais, a de fora, se não se tem aderência ou um carro com 25 cv a mais que o da frente.

As mudanças serão aplicadas para os quatro ovais restantes da temporada. Neste fim de semana, a Indy corre no circuito misto de Watkins Glen.

Comentários

  • Para aqueles que não entendem o impacto dos pneus sobre o desempenho do carro, imaginem o Usain Bolt tentando bater o recorde dos 100m calçando Havaianas….

  • Igor, não se esqueça da batida Bia x Yacaman na Lights. Esse problema parece ser crônico.
    Seria interessante considerar o retorno da competição entre marcas de pneus. : /

  • Bom, por um lado as disputas roda-a-roda são um tanto perigosas… já vimos várias vezes que se alguem faz alguma m****, leva no mínimo uns 3 junto!

    Mas no geral, os pilotos parecem se respeitar bastante nestas disputas lado-a-lado… tem vezes que conseguem virar várias voltas dessa maneira sem que aconteça um toque proposital ou mesmo uma espremida no muro. Certamente para que isso aconteça,claro que os pilotos têm ajuda dos “spotters”, que vão indicando se há ou não carro ao lado.

    Isso era a “marca registrada” da Formula Indy (e do automobilismo norte-americano em geral). Se tirarem isso, perde grande parte do “espetáculo”. É a mesma coisa se fizerem isso na NASCAR.

  • Sempre leio aquelas reportagens no site da IRL e, ano passado, eu li algo a respeito de dificultar as disputas lado-a-lado, como medida de segurança. A IRL adotou algumas medidas técnicas, mas não sabia que o pneu tinha a ver com isso.

    Seja como for, eu não concordo plenamente com a afirmação de que a Indycar Series tenha poucas ultrapassagens. Circuitos como Milwaukee ou Richmond, incluindo Phoenix, Nazareth e Pikes Peak, nunca tiveram boas corridas. O próprio circuito de Indianapolis nunca foi estas coisas, sobretudo depois da adoção do chassis atual.

    Agora, circuitos como Chicagoland, Kansas e Homestead-Miami sempre proporcionam grandes disputas. Ano passado, no circuito do Chicagoland, a Indycar Series teve a segunda chegada mais apertada de sua história, por exemplo.

    O grande problema é que, a partir do momento em que medidas são tomadas para tirar a aderência dos carros, circuitos que exigem maior aderência são prejudicados. As corridas ficam chatas e tudo mais, como foi Richmond.

  • com toda tecnologia e hoje, as regras sao interpretadas sempre no limite, e ai… todo mundo anda no limite, no fim anda sempre muito parecido, o negocio e eliminar testes de tunel de vento e voltar afazer exatamente como 10 anos atras, nao tem q inventar nada d novo, a receita ta la no passado,se as corridas sao famosas hj e tem audiencia e porque antigamente eram disputadas, a moda hj e o retro….andar pra traz..

  • Eu quero é ver akelas disputas de prender a respiração nas últimas voltas isso sim…akilo lá que era show…..no fio da navalha!! :-)

  • Verdade!
    Indianápolis mesmo esse ano foi um pé no saco. Ninguém conseguia ultrapassar ninguém, e quando um mais abusado tentava, iam os dois pro muro. Vide o acidente entre o Rafa Matos e o Vitor meira. Se não resolverem isso logo, a Indy vai pro saco.