Vital nas pistas

SÃO PAULO | Quando ele me ligou e falou que ficou em 13º, hesitei um pouco. Não pela superstição, grande coisa o 13. O que houve?, perguntei preocupado, e o Leo, ainda meio ofegante, só culpou os pneus. “Não tô nada feliz”. Percebi.

Os pneus, a gente sabe, não são pouca porcaria, são muita. Aí meu brother explicou. “Eu tive um problema elétrico sério no primeiro treino, só completei duas voltas”. Pensei na zica do 13, mas logo passou. Questionei como foram as coisas na segunda sessão. “Evoluímos bem, ficamos em sétimo, mas aí, na tomada de tempos, com os jogos de pneus zero, não sabemos o que aconteceu.”

Caralho, falei, emendando com um “pneus nota zero”. Que tem 13 letras. Leo riu, mas no fundo era aquele riso nervoso, notei. “É, o carro piorou muito em relação a cada composto que usávamos”. “Composto merda”, completei, também dizendo que tinha 13 letras. “É tudo 13”, ele gritou. “Não é tão ruim largar nessa posição, mas tínhamos condições de largar melhor”, e eu retruquei com um “bem frustrante”, e logo Vital sacou: “Já sei, 13 letras.”

Vamos ver domingo a corrida da Copa Vicar em Interlagos. O bom (ou ruim, vai saber) é que, pelo menos, o nome do meu irmão Leonardo Vital tem 13 letras.

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