Razia no programa de pilotos da Virgin

SÃO PAULO | A ligação estava ruim, e Luiz Razia estava a caminho de uma festa de comemoração dos Virginais lá na Inglaterra. Grande surpresa deste final de ano em relação a contratações, será o quinto brasileiro na F1, mas por enquanto o único na condição de piloto de testes.

Perguntei quando haviam se iniciado as conversas com a então Manor. “As negociações começaram faz um pouquinho de tempo, há quase um mês, um mês e meio”, revelou Razia. “A gente não quis contar pra ninguém para não causar nenhum rumor. Vai que a gente falasse alguma coisa e não desse certo, ia ser fogo de palha. Então a gente trabalhou quieto, e só quando vim para cá para assinar é que resolvi falar.”

O baiano de 20 anos usou o Facebook ontem à noite para expressar seu primeiro vínculo com a F1. Além da Virgin, Razia disse que falou com “cinco equipes, sendo três das novatas e duas das atuais”, sem mencioná-las. Não vai levar patrocínio. “É um programa de desenvolvimento de pilotos da Virgin, a gente fechou um contrato de um ano. Meu foco vai continuar sendo a GP2”, e o piloto explicou que se trata de algo similar ao que fez a Renault com Lucas Di Grassi, o titular da Virgin.

Daí a ligação ficou ruim, e entre um picote e outro, foi possível entender que a GP2 “tá muito cara, e precisamos negociar mais ainda”. E amanhã, quando ele voltar para Como, cidade onde mora na Itália, vamos conversar melhor.

É bem interessante notar que sua trajetória para a F1 foi rapidíssima, considerando que há três anos Razia estava ainda em terras brasileiras como campeão da F3 Sul-americana já em decadência. É um molecão. E é um cara do bem, acima de tudo.

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