Bafanadas, 3

SÃO PAULO | Dois empates que já contradisseram tudo que havia falado e meio que foram numa contramão generalizada. Creio que poucos apostariam que as quatro seleções do grupo A terminariam com um ponto.

Entre a torcida por um país e uma espécie de homenagem a Mandela por sua morta bisneta e o suposto melhor jogo do México, o meio termo acabou sendo de bom tamanho. Os latinos até podem ter um volume de jogo no papel, mas na prática só se mostraram melhores no começo do jogo. Giovanni dos Santos é quem parece liderar o time, mas seus ataques esporádicos pouco preocuparam a mediana seleção de Parreira, que saiu à frente numa jogada isolada de Tshabalala — nome que aqui no Brasil é propício a versos de axé — e resultou num tirambaço dos mais belos. O empate chicano surgiu mais pela inocência e a deficiência inerente dos africanos, a defesa. Mphela, outro que tem um nome propício a gracejos, mas desta vez com palavrões, só não deu a vitória aos bafanas porque a trave caprichosamente decidiu deixar o placar igual no fim do jogo.

Uruguai × França confirmaram o que previ no post anterior. Fraco ali contra fraco lá. Os celestes tem a equipe mais pobre em termos de América do Sul. Forlán é perigoso até a página 9. É um homem para ficar ali na frente, receber a bola e bater. Porque não consegue dar um passe certo aos companheiros. E a França é o resultado de uma falta de técnica mais uma falta de técnico. Sem colocar para jogar o tempo todo Henry, o melhor jogador do time, o Dunga deles, Domenech, abriu mão da vitória. E o que se viu foi uma pobreza  imensa, de acender o pavio da preocupação para o que pode estar por vir. 

Sobre a cobertura das TVs, a ESPN Brasil se atrapalhou num simples placar dos caracteres durante o jogo de abertura — que já fez José Trajano dar explicações —, Galvão na RGT mostrou toda sua torcida para a África do Sul e incômodo com a vuvuzela, Luciano criticou a dancinha e a festividade dos jogadores na entrada em campo, e por isso logo mudei de canal, e o SporTV foi bem com a dupla Milton Leite/Maurício Noriega. E pensei que o Cleber Machado fosse receber o segundo cartão vermelho da Copa ao mandar seu olhar fulminante para o dono daquela mão que apareceu e deu tchau no fim da transmissão de Uruguai × França, além de não entender o porquê de a ESPN fazer o jogo em tubão lá da África sendo que tinha narrador e comentarista desta partida na Cidade do Cabo.

Posto isso, a expectativa para amanhã é grande. É quando vai começar a Copa. Hoje ficou aquele gostinho de que não valeu.

Comentários

  • Ele fez a coisa certa. Anelka vive ótima fase no Chelsea, enquanto isso Henry é reserva no Barça, perdendo a vaga para Pedro. E o Barça de tão satisfeito que está com Henry, ainda contratou David Villa, que certamente será titular, só para deixar Henry de vez na reserva.

  • O pessoal da minha sala do colégio apostou em empate nos 2 jogos.
    México só aparece nos jogos contra o Brasil.
    AFS tem uma defesa forte e um ataque fraco.
    Uruguai e França estão fracos.