Yin Yang, 2

SÃO PAULO | Posto que o circuito é uma titica de codorna idosa, vamos ao treino em si: o papel dos pilotos nestes primeiros 90 minutos foi 1) ambientar-se com o traçado e 2) limpar o asfalto. Assim, os tempos começaram lá na casa de 1min50s, num estilo Holiday on Ice, e foram despencando até chegar no 1min40s887 de Hamilton, o mais rápido no fim do treino, pouca coisa à frente de Kubica e mais um tico melhor que Rosberg. Nada de Red Bull ou Ferrari, pois. No chutômetro, ainda creio que os tempos cheguem à casa de 1min37s, principalmente porque foi isso que apostei no glorioso BRV.

Vettel apareceu em quarto, Webber foi o sétimo e Alonso ficou só em 15º. Claro que a situação é irreal, mas se fosse assim até o fim de semana, Lewis daria saltos de felicidade mais longos que os pulos de Jadel Gregório em Olimpíadas. As características da pista, por assim dizer, devem permitir uma competição maior do que o esperado — até Sauber e Williams mandaram bem, por enquanto. Hamilton e Button, quinto, agradecem.

Senna, coitado, tem um carro perfeito para este macabro circuito. Do nada a suspensão traseira esquerda se foi, e o brasileiro tornou-se passageiro, rodando, vendo seu treino acabar antes, ali, triste, desolado, pensando na vida e no que foi escolher pra carreira.

Ninguém foi de pneu macio para a pista, assim pouco se pode acrescentar em termos de comparação de desempenhos. Foi, de fato, só um treino para sacodir a poeira. Red Bull e Ferrari vão, provavelmente, dar a volta por cima. Aguardemos o TL2.

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