A carta aberta

SÃO PAULO | Recebo de Rodrigo França, o moço de Taubaté, a carta dos pilotos que se juntaram em uma comissão “por um automobilismo mais seguro” e a reproduzo na íntegra.

Os pilotos da Stock Car sempre tiveram enorme preocupação com a segurança do esporte e, durante alguns anos, solicitaram à Vicar, organizadora e promotora da Stock Car e a Confederação Brasileira de Automobilismo, melhorias quanto aos autódromos, carros de competição, procedimentos de direção de prova e regulamentos técnicos e esportivos. Agora, a partir de 2011, forma-se oficialmente uma comissão de pilotos para fortalecer esse trabalho em prol de um esporte cada vez mais seguro.

Através da experiência dos próprios pilotos, a comissão espera trabalhar ainda mais próxima à Confederação Brasileira de Automobilismo visando diminuir os riscos inerentes ao esporte a motor, sugerindo e participando de pontos relevantes para conseguir um de seus objetivos, ou seja, a segurança no automobilismo.

A Comissão de Pilotos espera contribuir para implantação de rígidas medidas de segurança, mas também para o crescimento e fortalecimento do automobilismo nacional e, nesse momento tão especial dedica toda a sua solidariedade para a família de Gustavo Sondermann.

A reunião aconteceu na última quinta-feira, e os pilotos esperaram o fim de semana passar (com F1 e Indy) para que fosse dado o devido destaque à missiva e seu conteúdo na imprensa. Entendo que se trata inicialmente de uma carta e de uma proposta louvável e mais do que necessária, mas vejo que a mesma apenas formaliza o que todos já sabiam: que os pilotos querem melhores condições para exercerem seu trabalho. Falei com Thiago Camilo há pouco via Twitter para que, pelo menos, mencione quais são os pilotos que fazem parte da comissão — e que, como Pedro Boesel me falou ontem, que tenha gente da Copa Montana, “a categoria em que os pilotos estão morrendo”. E que seja clara e que tenha mais conteúdo em especificar exatamente quais os pontos que vai exigir e impor para que se sintam plenamente seguros durante uma corrida.

Adendo: o próprio França me encaminhou a lista dos pilotos. São 12, contando com Camilo: Allam Khodair, Átila Abreu, Cacá Bueno, Christian Fittipaldi, Daniel Serra, Felipe Maluhy, Luciano Burti, Max Wilson, Nonô Figueiredo, Popó Bueno e Tuka Rocha.

Comentários

  • Blá blá blá e sangue quente num momento de grande emoção, nada mais. Gostaria de ser contrariado através de uma ação realmente prática, como a recusa em largar no caso de uma pista ou evento potencialmente perigoso. Boicote de pilotos é só com quem realmente tem peito, como os pilotos de F1 dos anos 80, u de Emerson que se recusou a correr em Montjuich ou Lauda em Fuji. Esse discurso que não diz quem faz parte da comissão, quem a preside e quais são suas reais formas de atuar só serve para fazer bonito num momento de grande consternação. Hoje todo mundo se esconde atrás de seus twitters e facebooks, mas de real mesmo, nada. Mas, como disse, gostaria que me provassem que estou errado, a começar pelo acompanhamento da rigorosa investigação sobre o acidente do Sondermann, a área de escape asfaltada (que deveria ser de brita) que vai ser construída na Curva do Café, isso para não entrar em outra seara, bem mais delicada. Fumaça, espuma e disso ninguém precisa.

  • Espero que todos estes pilotos tenham visto aquele documentário “Grand Prix – The Killer Years”, em quatro partes no Youtube. Mostra bem o que é a união dos pilotos, como de fato surgiu a GPDA, e toda a luta que eles tiveram para que naquela época o automobilismo ganhasse em segurança. É um trabalho contínuo e que deve ter sua sequencia em todas as partes do mundo.
    André / Piloto no http://www.f1bc.com

  • Opa!!! Na lista tem gente séria, muito séria….
    Vamos esperar por boas noticias agora,e quem sabe por atos decentes também….
    E que essa comissão analise com todo cuidado não só a segunça dos autodromos e carros.
    Que cuide também de observar bem de perto as atitudes de alguns pilotos digamos “”mais arrojados”” ..

  • O Engraçado é que nunca vi um piloto reclamar de salário, horas de sono apenas de pedir segurança e um regulamento claro. E nada se muda realmente como o Grande Prêmio diz a CBA é um instituição em prol do seu própio bolso.