Anhembindy, 14

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ANHEMBI
| O fim de semana de cinco dias chegou ao fim, e este não é propriamente um último post direto do Anhembi, mas ainda estou próximo à região e me permito esta licença poético-geográfica. Jornalisticamente falando, cobrir um evento como este da Indy é exaustivo pelas demandas inerentes, ainda mais para um site, que lida com notícias contra o tempo. Mas não tem nada do papo furado da validade da credencial que foi escrito em uma página supostamente famosa lá fora, feita em português, por um “profissional” supostamente cansado por natureza. O resultado que fica é sempre de um trabalho digno. A Indy permite isso. Daí, principalmente, eu gostar bem mais dela do que da F1.

Nos mais amplos sentidos, a Indy dá a todos uma aproximação maior. É claro que não é bem uma festa do povo, como apregoou em determinado momento a TV Bandeirantes, copromotora do evento, e ainda falta muito para ser um “belíssimo espetáculo”, como se fosse uma ópera com um grid de 26 tenores. Mas se a referência é a F1, a Indy, a prefeitura, a emissora e todos aqueles que estiveram na organização do evento realmente ganham um ponto a favor. E meus caros colegas não podem reclamar da liberdade que tiveram para entrevistas e conversas com quem quer que fosse. Pilotos e dirigentes estavam disponíveis. É muito mais fácil falar com um Dario Franchitti ou um Will Power do que com um Timo Glock, e as respostas rendem boas histórias e manchetes, sem a pasteurização paunocuzística da categoria-mor.

Assim, legal demais que se tenha uma corrida de Indy por aqui. Que venha uma segunda, em Porto Alegre, uma terceira na praia de Boa Viagem, etc.

Mas vou me pegar no ponto do belíssimo espetáculo, dito por Fred Nogueira, vice-presidente da Bandeirantes, ontem na coletiva de imprensa pós-adiamento da prova. Entendo por belíssimo espetáculo algo impecável em absolutamente todos os sentidos. Por impecável, entendo que não haja ressalva alguma. E em muitos pontos há falhas graves.

Primeiro que a sala de imprensa não pode ficar desprotegida às quintas-feiras. São dois anos de episódios de roubos. Nenhum profissional é obrigado a ter receio de deixar seu equipamento no lugar demarcado para ir ali ao pavilhão para falar com James Jakes, à lanchonete comprar uma esfiha de calabresa de 4 dinheiros ou mesmo ao banheiro — apesar de jornalista não ter selo de moralidade; tem nego pra tudo, e levar as coisas alheias não é de todo estranho. Mas que se evite, de modo geral. Sexta-feira colocaram lá as catracas, e o problema estava resolvido. Só não poderia ter repetido o erro do ano passado. Na minha terra, isso se chamaria burrice.

O fato de a corrida ser em São Paulo é um problemaço. O prefeito Gilberto Kassab esqueceu há muito tempo que administra uma megalópole próxima de um colapso para se concentrar na criação de seu partido e costurar alianças com gente que não sabe se é direita ou esquerda na vida. Normal, então, que estivesse meio perdido em relação a pontos interessantes, como gastos e obras feitas, mas devidamente afiado para rasgar seda e saponáceo para debater os pontos falhos. Mais normal que não tivesse pensado que a corrida poderia acontecer numa segunda-feira. Mas como a Indy é um evento que, segundo os números oficiais mirabolantes, é altamente lucrativo, tem de se fazer e pronto.

Para não ferrar a vida do cidadão em dia útil, faz-se tudo em dois dias. A programação piora por ser inflada pelo GT Brasil, evento transmitido pela mesma emissora. Juntam-se dois eventos automobilísticos, que vão de 7h30 até o começo da noite, no caso do sábado. Fica puxado para todo mundo, inclusive para o público. E aí, qualquer fato que tire algo da linha vira uma hecatombe em duas vias. A tempestade dominical acabou por ferrar a vida de todos. Há de se repensar nisso: se são dois dias, mesmo, que se deixe tudo para a Indy. Apesar de o povo ter um apreço e conhecimento muito maior pela F1, a categoria se sustenta por si.

Um aparte: havia, mesmo, 41 mil e tantas pessoas nas arquibancadas no domingo? Os espaços em branco não representavam só 5 mil gentes. É apenas uma leve desconfiança. Mas nada que pese. Gabar-se por mais ou menos cabeças sentadas no concreto ou tratadas a acepipes nos camarotes não é da nossa alçada.

Um segundo aparte: Luan Santana. Era batata que entre o brado retumbante ouvido às margens plácidas do Ipiranga, salve, salve, o povo encaixasse um viado às margens do Tietê. É claro que a organização não tem controle, e não tem de ter, para o que o populacho grita durante um hino, mas, enquanto belíssimo espetáculo, havia opções muitíssimo melhores.

O asfalto. Bom, primeiro que foi feito semanas antes da corrida. Não houve tempo para que curasse devidamente, pois. Falaram que usaram a mistura que deu um jeito em Interlagos há alguns anos. Depois do que aconteceu domingo, com poças imensas e uma atração curiosa para concentrar água em si, é muito mais além do que uma leve desconfiança. Gostaria de ver algum relatório ou especialista — tá na moda, tem especialista para tudo hoje — que me prove que houve realmente um plano e um cálculo sobre o pixe e que apresente um tópico especial para escoamento.  Fosse o asfalto padrão Interlagos, a corrida teria acontecido no domingo no período em que a chuva era constante porém propícia à prática esportiva.  

Uma pista de rua com menos ondulações, nota-se, não é tudo. E dois anos com o mesmíssimo problema, disse acima, é burrice. Sobre o concreto do sambódromo, nenhuma queixa foi registrada. Só uma poeirazinha, mas é de menos. OK.

Por fim, a cobertura do evento. Primeiro que me incomoda o laço oportunista que é feito entre órgão público e emissora. O automobilismo brasileiro, aquele que está até a boca de coisas erradas, está diretamente atrelado ao meio de comunicação que o exibe. Acontece isso com a Globo e a F1 e a Stock Car. Acontece o mesmo com a Bandeirantes e a Indy e a Truck. Não são registradas críticas, e por mais que cada categoria tenha sua exigência e labuta, todas têm resultados vistos só no mundo de poliana. Nas condições de organizadoras, as TVs mandam a isenção e imparcialidade às favas. Corridas de carros acabam tratadas como o Carnaval do Rio ou de São Paulo ou o Band Folia e o Festival de Parintins, transformando os pilotos em mestres-salas e bois-bumbás. A única coisa em que são diferentes está no trato com os patrocinadores: uma omite, outra se rende. E no caso da Indy, em vez de notícias ou informações nos caracteres, surgem personalidades da casa ou famosos da vez para dar contribuição zero. Em vez de Ryan Briscoe, Bryan Riscoe, e James Hinchcliffe vira Jimmy Cliff, e não se sabe se Simona ou Simone tem sobrenome De Silvestro ou De Silvestre, e tem o Hi Hunter e o Sébastien Bordê, e Takuma Sato é o único japonês do automobilismo e não é conhecido no Brasil, e por aí vai.

Em suma: as TVs não olham para os pontos que os pilotos ganham na prova que estão disputando, mas para os que o ibope apresenta. E quanto mais altos, mais desfocam os olhos de seus diretores e permitem que só eles vejam que houve um belíssimo espetáculo. Uma prova que aconteceu mais de 60% em bandeira amarela, sendo que cinco voltas foram apenas para verificar se dava para haver disputa ou não, não é um espetáculo belíssimo. E não se pode colocar sob as asas da intempérie ou da sacanagem desse São Pedro danadinho que não deve curtir a Indy.

E aí a gente tem de dar ouvidos para a palavra final da TV americana, que encerrou a longa transmissão do domingo, meio enfadada, classificando aquilo como fiasco.

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Comentários

  • Que dureza!!! Me programei para assistir a corrida, me entusiasmei e até tive a esperança de ver uma corrida legal em SP, mas só ficou o meu choro com a transmissão da BAND.

    Sinceramente deve ter reprisado umas vinte vezes o incidente da 1ª largada… Será que não podem mostrar outras coisas não? Sei lá… grandes imagens das corridas passadas, apresentação dos pilotos…. duro ficar na bandeira amarela vendo as reprises em sequencia…

    Mas o pior foi ouvir O Luciano GAGAVALE dizer que “acreditava muito na força de vontade e carinho dos mecânicos” do helio castro neves (se não me engano) para acertarem o carro dele após o acidente….

    Duro. Com esta equipe não dá!

    Salve salve, Reginaldo Leme e Burti.

  • Victor,
    Só não concordo com a questão de colocar o Itaipava GT. Em 2010, os espectadores precisavam esperar muito entre um treino e outro para acompanhar os carros; achei que essa categoria caiu como uma luva na programação do evento. Para os repórteres e jornalistas sim, fica muito mais cansativo, mas isso faz parte, ou não? Ainda assim acredito que seja muito menos cansativo do que andar naquela imensidão de Interlagos…

  • A transmissão pela Band foi um autêntico “Febeapa”. Começando pelo gagá Luciano do Valle, que já não acerta uma e deveria dar o braço ao senil Galvão, rumando para um exílio televisivo. Os que poderiam fazer a diferença, como o Celso Miranda e o Eduardo Homem de Mello estavam muito aquém do que poderiam. Eduardo estava mais para o deslumbramento em ser um “staff” da prova e Celso Miranda não apareceu. Téo José é apenas um “narradeiro” da Escola Galvão de Gritadores. Até o Neto, com seu caipirês, apareceu para colocar abobrinhas para os assinantes. Este abandono pelo país do automobilismo a sério fez sumir os verdadeiros narradores especializados.

  • Quanto ao asfalto, vou dar uma opinião técnica, uma vez que trabalho na área. O asfalto em si nada tem a ver com a falta de escoamento das águas pluviais precipitadas sobre a pista. O problema está ligado à falta de declividade correta que conduza o deflúvio em direção aos pontos de coleta que levam às galerias de drenagem. Isso é que ocasiona a formação de poças e de lâminas d´água sobre a pista, tornando-a impraticável no caso de corridas automobilísticas. E posso afirmar com bom grau de segurança que muito dificilmente vão conseguir resolver isso a contento no chamado circuito do Anhembi algum dia. Melhor arrumar um espaço no calendário da Indy em um período em que a ocorrência de chuvas em São Paulo seja quase nula. Ou então desistir de se fazer corrida de rua em São Paulo. Ao menos ali naquele local.

  • Se o Sato é o único piloto japonês do mundo, então todos os outros pilotos de olhos puxados que vi correr foram patrocinados pelo país para correr com a bandeira japonesa!

    A verdade é que essas narrações são uma porcaria. Lembro de uma situação que deu vontade de sequestrar o narrador da stock só pra cortar a língua dele e nunca mais ele narrar merda nenhuma. Foi na época que a stock car resolveu instalar cilindros de “nitro” nos carros, para que os brações e ruins de volante conseguissem fazer ultrapassagens nos poucos bons pilotos que se salvam alí. Aí o Luiz Roberto, como todo o seu conhecimento, foi explicar ao público que a cada vez que o piloto acionava o sistema, injetava NITROGLICERINA no motor!!!

    MEU AMIIGO, SE COLOCAR NITROGLICERINA NUM MOTOR A COMBUSTÃO, E BEM CAPAZ DE VOAR UMA BIELA NO MEIO DA SUA CARA DEPOIS DA EXPLOSÃO!!!

  • que post lixo misturou tudo com tudo o takuma sato nao é o unico japones no automobilismo e nem é desconhecido no brasil oque ferrou tudo foi a chuva logico que todo mundo sabia que poderia chover e niguem fez nada por que é mais barato rezar pra nao chover quer fazerm alguma coisa com o dinheiro que eles podem colocar n bolso pode ter certeza que ja tao rezando pra nao chover ano que vem

  • Vale lembrar ainda que o Luciano do Valle não faz nem idéia de que carro é de qual equipe!!!
    Eu sei que as pinturas diferentes confundem, a obrigação dele é decorar, né!!!
    Em uma prova anterior o TK tava próximo do Viso e o “narrador” disse: “Deve ser o companheiro de equipe… Pelo menos a pintura é igual”.

    SIM, Don Luciano! É igual! E é a histórica pintura da Lotus F1 do Colin Chapman!!!

  • Olha eu achei um absurdo o sr. do infeliz Cleyton Pinteiro ter sido homenageado no evento da Indy, homenageado por que oras bolas?

    Colocar aquela gralha ambulante do Luan Santana foi a pior merda que a organização ja fez,ano que vem por favor quero ver a Luciana Melo cantando os hinos americano e nacional.

    Agora que culpa tem a Indy se tudo acabou se tornando uma catástrofe para a cidade com relação ao transito ja que na propria dutra naquele momento a alguns quilometros a frente sentindo SP um caminhao estava tombado entre 3 faixas e parando tudo?

  • Concordo com tudo que voce escreveu. Principalmente a parte sobre a preocupação do locutor em dizer o nome dos pilotos.. foi ridículo!

  • Aleluia, aleluia, aleluiaaa. Alguém falou tudo o que tinha de ser dito!
    – Asfalto totalmente esquisito, sem nenhuma área de escoamento
    – Tiveram ondulações que pareciam degraus na parte mais travada da pista
    – Furtos de equipamentos sem um minimo de controle
    – Narrador que não sabe os nomes dos pilotos
    – Comentarista que não dá uma dentro e repete os erros pra puxar o saco
    – A repórter que não sabe absolutamente nada de corridas (nem falar em ingles direito)
    – Um ridiculo cantando o hino
    – Parece mais um evento social do que uma corrida, com personalidades fúteis
    São muitas coisas que desagradam o fã de automobilismo e qualquer pessoa sensata. A proximidade com os pilotos, ou a crítica sobre o evento ser muito puxado, é algo que não posso opinar pois não estava trabalhando lá, mas como espectador achei legal o evento recheado com a GT Brasil.
    E 40 mil de público, com cara de 30 mil, é muito pouco hein? GP do Brasil chega a 80 mil (aliás o narrador precisa parar de chamar corridas da Indy de GP).
    André / Piloto no http://www.f1bc.com

  • Amigo,
    O que se viu mais uma vez em São Paulo foi uma total desorganização, uma bagunça geral com vários momentos de piada mesmo.
    Não dá para aturar a equipe da Bandeirantes falando o tempo todo que tudo está ótimo, belo. Fala sério!! São cegos? ou pensam que todo telespctador é um imbecíl?
    Uma pista que mais parece uma pista de teste para “Off Road”, cheia de ondulações, poças, uma verdadeira piscina.
    O luciano do Vale estava mais perdido do que cachorro quando cai de caminhão de mudanças..hahahha, E os câmeras nem se fala, totalmente perdidos.
    De quem Patiu a ideia do Luan Santana cantar o Hino? foi a coisa mais bisonha que já vimos na vida. Deu pena.
    Adoro a Indy desde o tempo do Emerson quando teve a 1ª corrida aqui no Rio. Era show de bola. Pena que o idiota do Cesar Maia acabou com tudo.
    Enfim, acho que Indy deve exigir para os próximos eventos em São Paulo mais profissionalismo e comprometimento por parte dos “organizadores” e não pensar só em receber uma bolada dos patrocinadores.
    Viva o automobilismo sério!!
    Abç

  • Para mim virou uma “pelada automobilística”, estava assistindo domingo só pra ver rodadas, batidas, e etc. Vou poupar críticas maiores ao narrador, simplesmente erra o nome de quase todos e faz observações infelizes. Não sei como é a transmissão dos treinos nos USA, mas como estamos acostumados com a F1 com cronômetros para todo lado e aquele gráfico exagerado com RPM, velocidade, marcha, kers, força G, sei lá mais o quê, na Indy nem um cronometrozinho de quem estava sendo mostrado na imagem.

    A GT Brasil teve uma corrida bem mais interessante, mas também faltava MUITA informação na tela… não tinha cronometragem, não mostrava a classificação, não indicava quem estava na tela, quando resolvia mostrar estava errado (era só ver o número do carro…), ficava meia volta mostrando os pedais do carro, a câmera giratória no teto da lamborghini quando virada para trás só servia para mostrar o logotipo do patrocinador, não se via nada…
    Passaram metade da corrida passaram discutindo se o lider tinha ou não sofrido uma punição, e um erro de cronometragem. Alguém já viu punição de 30s aplicada durante a corrida direto nos tempos? Durante a corrida normalmente se tem drive-through, time penalty ou stop and go. Será que a GT tem uma bizarrice dessas?

    Concordo no ponto que é muito mais legal o acesso ao pilotos e demais envolvidos. Vi aquela parte promocional, onde o Emerson ia levar alguém para dar uma volta num Civic, Kanaan e Bia Figueiredo vieram tietar… a Bia foi levar os sorteados do patrocinador para dar umas voltas naqueles Indy de 2 lugares, outros andaram com o Al Unser Jr. E durante a programação mostraram muita coisa de bastidores, como os medical cars, pace cars, etc.

  • Pra imprensa americana, qualquer evento fora dos EUA sao um fiasco. Mas nao posso deixar de concordar que o show deve ser dos carros e pilotos e nao das ditas celebridades e dos narradores, como acontece em geral. A diferenca e que aqui fora se prestigia o espetaculo, ai na Brazucalandia se prestigia quem paga a festa…

  • Victor, concordo com tudo o que falou, exceto uma coisa: A GT Brasil deveria estar junto sim senhor. Querendo ou nao, sao apenas 2 treinos livres e a qualificaçao para um dia todo. Para o publico, é pouco, nao torna o ingresso um bom negocio. Alem do mais, nao atrapalhou em hnada, ate acrescentou ao espetaculo. Corridas alias, que conseguiram ser mais interessantes que a propria Indy, como espetaculo.

    Respondendo ao Alexandre Lopes: Me fizeram esta mesma pergunta ontem e respondo da mesma forma. Interlagos com um contrato com a FOM (de Bernie Ecclestone) que nao permite qualquer outro evento internacional de corridas no circuito, apenas os campeonatos nacionais. Por isso, corridas como a WTCC e a Indy nao podem acontecer no circuito, apenas a F1 e categorias nacionais.

    Lembrando que esse contrato de exclusividade idiota é com a FOM e nao a FIA, o que inviabiliza a WTCC.

  • Vamos lá! Tive a oportunidade de estar, mês passado, em Birmingham, na pista de Barber, onde aconteceram além da Indy, a Rolex Series e Continental Tires Series, ambas corridas de 3 horas.
    Pois bem, a pista, lá nos cafundós do Alabama, é melhor, mais bonita, e mais bem estruturada do que o melhor autódromo que um brasileiro pensou em um dia fazer. E porque? Pra começar, existe um banheiro – quimico e usavel – pra cada 100 pessoas; A cada 200 metros ao redor da pista, há uma lanchonete vendendo produtos bons e a preços normais e não oportunistas; Quem cantou o hino foi um fulano que venceu o programa American Idol e TODOS se levantaram em silecio e tiraram seus bones para ouvi-lo; Havia uns 8 trenzinhos para umas 50 pessoas andando sem parar em volta da pista, para locomover os espectadores do seu setor para a FAN ZONE, onde se vendiam souvenirs e ate mesmo alugavam headphones para ouvir o radio do seu piloto favorito. As pessoas montam suas barracas nos barrancos gramados e bem aparados ao redor da pista e vão com suas famílias e seus “isopores” passar um agradável programa de família. Pra chegar ou ir embora, apenas uma leve lentidão, natural à qualquer grande evento. Essas pessoas tinham a sua disposição, além de lixeiras a cada 15 passos, telões com as mesmas imagens geradas para o mundo todo e outro que mostrava os numeros da corrida, tempo de volta, além de um placar central que mostrava a ordem dos pilotos durante a corrida, placar esse que sinceramente eu não entendo porque ainda não há nos autodromos do Brasil. Ah! Para nós pilotos e equipes, tinha um estacionamento reservado e um transporte feito por voluntarios do estacionamento ate a area de pits. Na área de pits, além de uma estrutura sensacionalmente organizada em SEM BOXES – lá os boxes são os próprios caminhões das equipes com tendas extendidas, e ninguém reclama – você pode chegar la pelado, que consegue comprar qualquer equipamento de corrida e, novamente, a preços não oportunistas – me lembro de ter pago todo o equipamento de rádio para meu capacete por uma valor menor que um simples fone de ouvido no Brasil, além de ter instalado gratuitamente o Eject, um equipamento que ajuda na remoção do capacete em caso de acidente, que por lá é obrigatório. Bom, para resumir, podem me xingar, mas o problema do Brasil é o POVO BRASILEIRO.
    Aqui, o cara vai no banheiro químico e mija rebolando ou caga dançando o créu!
    Aqui, o cara vai pro evento sem ingresso pra tentar enganar o segurança e entrar sem pagar!
    Aqui, com um cesto de lixo a dois passos, ele joga no chão!
    Aqui, uma cidade é devastada por causa da chuva e o próprio cara que perdeu a família, põe a água que esta falando pra poupulação a R$ 6,00 o litro! (E vende esfiha a R$ 4,00)
    Aqui, se o cara alugar um headphone pra ouvir o piloto, não devolve depois!
    Aqui, a organização só quer por dinheiro no bolso, e esquece de quem faz o show!
    Aqui, os governantes, sempre impunes, estão acostumados a entregar pessima qualidade como coisa de primeiro mundo:
    Aqui, é dificil fazer valer os direitos e quando se faz, aparecem oportunistas querendo levar algum!
    Aqui, vc tem flanelinha dentro do estacionamento de interlagos!
    Aqui, se atrapalham pra fazer duas categorias, imaginem 3!
    Aqui, mal há vistoria em equipamento e os “amigos dos donos” tudo podem!
    Aqui, vc vai na F1 e, ou dorme na rua pra conseguir um bom lugar, ou se fode no transito e assiste a corrida atras de um policial que fica de pé na sua frente!
    Aqui, vc não pode ir com a sua família, pq sua mulher vira “gostosa, puta, vagabunda” e vc vira “viado, corno e filho da puta”!
    Aqui, quando um dos artistas de maior evidência no cenário nacional canta o hino nacional, o público se dá o trabalho de gritar VIADO!
    Enfim, aqui, quando não há a menor condição de se fazer uma corrida, seja por condições climáticas ou físicas, a corrida acontece pois “há interesses comerciais de promotores e patrocinadores” – na verdade, só de promotores. E quem faz o espetáculo (pilotos e equipes), que se FODAM com os prejuízos por batidas e VIDAS, pois até a morte é declarada no hospital para que eles não respondam!!!
    A corrida da Indy ser adiada, foi a única coisa que estava sobre poder dos gringos. E estavam certos!!!

  • Com relação aos nomes criados pelo pessoal que cobriu a corrida, o Flávio Gomes disse no twitter que tinha um cara que aprendeu com o Luciano do Valle e falou que tava correndo na corrida um tal de ARIEL Sérvia e também o MÁRIO Andretti

  • Eu sou leigo quanto a Indy, mas me atrevo a perguntar… por que diabos esse povo cisma em correr la?? Interlagos é um milhão de vezes melhor do que aquele lixo que teimam em chamar de circuito misto!! Aliás era uma coisa que deveria ser abolida esse negócio circuito misto!! É um festival de bandeiras amarelas apenas!!

    • Interlagos não pode porque tem contrato de exclusividade com a FIA se não me engano…
      e ainda bem que tu admitiu que é leigo em Indy mesmo, pois dizer que tem que abolir circuitos mistos da Indy por ser um festival de bandeiras amarelas é muita “Leiguiçe” mesmo…

  • hoje a vergonha foi o hino brasileiro, a indy em lugar improvisado, o transito, o transtorno e depois sera a copa os atrasos das obras,e subfaturamentos dos estadios e os aeroportos e linhas de trens e metro . E a amanhã sera !!!!!!!!!!!!!!! não esquece de votar

  • Depois de todas as provas de competência e seriedade aos quais estamos todos acostumados, para mim, o melhor de tudo foi ouvir o próprio sr. prefeito reclamando da má gestão PÚBLICA dos últimos anos, isso mesmo! E teve a cara de pau de dizer que o congestionamento visto era mais do que esperado, que nada tinha a ver com o evento, tenha santa paciência!!!

    Vejo às vezes críticas sobre os gringos por serem metódicos e não possuírem o “jogo de cintura” que supostamente temos; mas organização, meticulosidade, prevenção, são sinônimos de competência, e o jogo de cintura uma qualidade adicional, um plano B. Não possuir o segundo, é uma deficiência, não possuir o primeiro, é incapacidade. Querendo ou não, para as coisas funcionarem perfeitamente são necessários métodos, e nisso ainda somos deficientes, infelizmente. Penso que os problemas podem ser resolvidos ao longo do tempo, afinal, temos a F1 que apesar dos pesares, vai bem obrigado. E este é apenas o segundo ano.

    De qualquer forma, a Indy é formidável especialmente pela “humanização” se comparada a F1, tão cheia de frescuras e “não-me-toques”. Que venha para ficar e com o menor número de ônus.

  • A Band é um canalzinho de merda, o Luciano do Vale ficou gagá desde Indianápolis/1989 (achou que nunca berrou tanto na vida)…além do que nosso queridíssimo prefeito é um tremendo picareta (que redundância): vocês queriam o quê, hein ?????????????? Numa corrida (“corrida” entre aspas, embora tenha sido bem melhor que muita prova de F1) feita na MARGINAL TIÊTE, amigos…isso não poderia mesmo dar certo, e talvez nunca irá dar por completo … pode até ser que melhore em alguns pontos, mas ainda assim sempre haverá algum tipo de “atrocidade” no meio de tudo…
    E o que fizeram com nosso Hino Nacional (fora a natureza, uma das poucas coisas belas neste país) foi um verdadeiro estupro ! Quem irá cantar o Hino no ano que vem ? A banda Restart ??? O Tiririca ??????? Ou a menina-prodígio Maísa ???????? Kkkkkkkkkk, esse país é mesmo um caso perdido…

    • O pior é que temos excelentes cantores, isso só dá margem ao povo que diz que só termos porcarias hoje em dia. O “pobrema” é que só colocam os “zé manés” da vida em evidência, até para cantar o hino nacional já tão maltratado.

  • Uma cena hoje pela manhã, foi um momento em que alguém dizia que a pista não tinha poças, daí no mesmo instante estava passando um replay em slow motion e o comentarista solta: “Essa câmera é tão impressionante que você consegue ver a água espirrando quando o carro passa…” e parou de falar!

    O problema, e até a mania das emissoras de TV do Brasil, é que elas querem ser a Globo e não tem um décimo da estrutura da Globo. Logo, sai essas besteiras…

  • Preciso. “Pateurização paunocuzistica” é um termo q utilizarei em meu blogue.
    Concordo contigo. Fazer um evento desse e ter de interditar uma pista da marginal Tietê, é uma extrema falta de responsabilidade.
    No mais, Power destruiu. Como diz o Borgo, é muita força de vontade…
    Aos brasileiros, ninguém mandou ficarem conversando com o Rubinho….

    • Não sou defensora da Vanusa, mas Aguilera também falhou feio no hino dos yankees. Detalhe: era apenas a grande final do mega espetáculo da terra do tio Sam, o Super Bowl, e deu mais dó dela, pois deve ser uma heresia segundo o patriotismo deles, se é que me entende…

  • Mas se aquele asfalto de Interlagos custa 1 mi por km, e não foi arrancado o anterior somente fresado e adicionado o novo, como pôde custar 16 mi? A pista tem 4 km. A não ser q asfaltaram a marginal toda e eu não percebi….

    • Vou explicar “””só”””” uma vez, e ve se entende!!!

      É simples, vc vira politico, vira prefeito perfeito dai se ve como deus, intocável e faz o que quer>>>
      Inclusive super faturar obras, e ainda manda economizar no material.
      Por que! É só pra dois dias, depois só vai passar lá caminhão e motoqueiro, tudo “loco!. Nem vão reparar..
      O ano que vem tem eleição mesmo, e já vai tar fora mesmo.. Então vamos superfaturar pra poder ter mais dinheiro pras mordomias, pras propinas, e pras eleições….
      Ah! Ver se arruma um pouco a mais pros dias sem função politica…
      Obra publica é pra isso , não é pra melhorar nada não! O povo é que acaba pagando, os patrocinadores também pagam. E no final ainda acabam pagando o imposto pros politicos gastarem em suas “””coisas importantes””” Tais como, criar pasta pra ex secretário de esportes ir pra londres pra criar uma nova secretaria….Ou fundar um novo partido, só pra se promover e promover mais uns safados de carteirinha…..
      Será que vc entendeu????????
      Claro que entendeu…. Entendeu tão bem.. Que igual a mim, já entendemos esses arranjos já faz um tempão!!! Nós, vc, eu e uns 99% da população não somos os imbecís que esses politicos todos polipones pensam … É isso Fabricio. Nós temos uma ferramenta muito poderosa hoje em dia! Esses Blogs que nos pemitem dizer o que pensamos… Ainda bem…
      Um dia esses comentários acabam surtindo efeito, pois no minstério publico também tem gente que lê os blogs, e participa…..E viva a DEMOCRACIA

  • Achei que eu tinha entendido errado qdo ele falou que o Sato não é conhecido no Brasil. Não é mesmo, por quem gosta de Luan Bichana.
    E ele passou a corrida interira falando Oriel Sérvia.

  • Ah, pensava que GB fosse ruim. Pois LDV é quase a mesma coisa! Hildebrando, Conoway, Borduá. Inacreditável foi no final: ”116 pontos, mais 50 da vitória, vai pra 156 agora o Power”. Esse pessoal se apegou tanto ao osso que é incapaz, seja por egoísmo ou pra continuar enchendo o rabo de grana ou qualquer motivo, que se mantém no piloto automático. A impressão é que não buscam se informar, manterem-se atualizados e assim aumentarem a qualidade das transmissões. São os donos da verdade e acabou-se. Os comentaristas, somente complementam com bobagens o que os narradores dizem, quase nada de interessante nos relatam. Será que o GP não teria condições de comprar os direitos de transmissão de alguma categoria de renome? DTM, GP2, Nascar. Qualquer uma, pois a transmissão da tv paga é horripilante. O do SpeedChannel é sofrível. Felipe Nasr (Nasser) virou ”Nars”, Kuala Lumpur é Kuala Lâmpur, Wendliger é Wendlinger, Brno ganhou conotação francesa e virou Bernô e a campeã entre todas essas atrocidades é o famoso circuito húngaro de Hungaroling! Cebolinha também narra corridas! Há muita coisa errada e não é por falta de e-mails pedindo mais respeito com quem paga pra assistir.

    • lucas, vc conhece o “Maugdo Maugdício”? Busque no vctubo por Mauro Maurício ou Ary Leite e encontrará o “nagrarrador” perfeito…

    • boa, que bom vc comentar dos ensandecidos do speeedchannel; não acreditei quando do cara insistindo vigorosamente que “não é nada de Nasser, é Nars” !!! – outra ocasião, o parceiro desse narrava uma prova da superbike em Philip Island, Austrália, e sempre que mencionava o circuito, dizia Surfer’s Paradise, inclusive na cena do pódio. Acredite se quiser.

      discordo do primeiro comentário nesse post, a repórter da Band no Anhembi tinha bom inglês e traduziu bem o que os pilotos diziam pra ela, ao menos os dois que vi (Power e Hunter-Reay).

      e faltou mencionar, no caso do LDV, o “Jestin” Wilson. De onde será que ele tirou isso?

  • Fiasco?

    Um grande!
    Um enorme!
    Um gigantesco!
    Um bís de dois anos!
    Fiascão daqueles bem grandes mesmo!
    Uma pena, pessoas continuam a arriscar suas vidas e “fortunas” pra andar nesses carros!!
    Aí vem a prefeitura e diz que faz, um asfalto á prova d´água, um trabalho pra escoar toda a água do mundo em segundos. Divulga que gastou uns 16 de dinheiros pra fazer tudo funcionar direito, e a unica coisa que funciona direito é a chuva e a aguaceira tudo parada lá no sambódromo..
    Ai vem a TV que foi feita pra mostrar as coisas e o principal que é a corrida , não mostra….
    Quem pagou mesmo foi a “Petrópolis e a Nestlé” o resto só entrou no vascão da “coisa”
    E aproveitando em “coisa” que coisa desse prefeito de SP. ! Que será que ele tá falando agora?Será que tá bravo com o seu pessoal ou com a imprensa que não deixa o mentir sossegado?Puta merda onde esse asfalto e escoamento custou tudo isso? Só se for naquela nota super faturada que alguem quer apresentar a todo custo pra população!!! Será que é nota fiscal Paulista? Será que ainda da uns trocos?
    Que Humilhação, que baixaria! Que Fiasco!!!!!!