Hoosiers, 3

INDIANÁPOLIS | Uma volta em Indianápolis é dada entre 39 e 41 segundos por estes carros da Indy, dependendo do piloto e da equipe, claro. E, numa escala menor, também dependendo da configuração que é levada à pista em todos estes treinos que são feitos nos sete dias que antecedem o Pole Day.

Ao que tem se visto aqui, as médias de velocidade variam entre 223 (carros ruins de acerto ou em configuração de corrida) e 228 mph (acertos impecáveis e/ou uso do vácuo). E em termos da ausência de matéria no ar, as equipes que mais trabalham conjuntamente são exatamente as duas melhores do campeonato, Penske e Ganassi. A primeira é sensivelmente melhor em voltas rápidas e a segunda, em acertos para a corrida — resultados bem expressos em 2010, com a pole de Helio Castroneves e a vitória de Dario Franchitti.

Para se ter ideia do funcionamento de dados de telemetria e análise em torno dos resultados obtidos em um teste, absolutamente tudo que acontece em volta de um carro é visto pela equipe, como os fatores meteorológicos e, sobretudo, os outros carros. Cada uma tem lá sua avaliação interna, mas, por exemplo: se um time quer analisar como vai o desempenho de seu piloto sem vácuo, não deve haver nenhum carro à frente num espaço que varia de 7 a 11s para que não haja influência — o que acaba sendo quase 1/4 de volta —, do contrário, as voltas feitas são apagadas do sistema.

As equipes evitam também andar em temperaturas baixas — que geralmente não são vistas no dia da corrida, fim de maio, proximidade do verão —, mas também não aprovam termômetros passando dos 30ºC — o sol forte, além do desgaste natural de pilotos e pneus, deixa os carros instáveis e, como Bia Figueiredo explicou, a pista mais escorregadia, obrigando os times a novos acertos.

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