Viado, filho da puta

SÃO PAULO | A única certeza que a vida tem é de um gosto mais do que duvidoso, e ninguém sabe com certeza absoluta quem foi que escreveu que deve ser assim.

Há quem aceite com extrema naturalidade, justamente porque uma hora vai chegar, há quem tema e quem queira, há quem peça e que reze para se esquivar. Há quem ache que vem quando um cara num lugar alto chama, fazendo o sinal com o indicador, e quem se opõe a isso pensa que tinha de acontecer e ponto.

No fundo, o problema está em como ela vem. No choque que causa.

Meu avô. Era mais do que meu segundo pai. Da notícia da pior doença até o fim, foram sete meses. Da terça em que eu o vi entrevado na cama do hospital, tentando balbuciar o que dava e o que sentia, uma palavra de três letras, ao sábado, era aquele o destino. Foi do choro da dor e da situação em si ao alívio de quem não tinha reversão. À distância pelo trabalho, não me foi tão duro. Eu me sinto confortável em não ter ido ao velório e ter evitado o ritual. Eu não queria ser mais um par de olhos a ver seu novo lar entre madeira e concreto.

Duro, mesmo, é quando a gente não espera. Duro é quando se bate à porta, assim, como intrusa. Maldita oficiala de justiça, sem justiça, com a intimação do despejo em punho e que só dá o direito de levar a roupa do corpo e nada mais. Em vez de esperar, ela busca. A única certeza é cruel e invencível.

Não que me consuma, mas tenho certo receio disso, de perder alguém hoje que vi ontem ou anteontem. Porque, além de tudo, a tendência é que a gente comece a buscar razões e detalhes para explicar, coisas que gostaria de ter dito ou expressado ou até mesmo evitado, a última palavra, a impressão que passou, a importância que sempre teve e nunca soube, a lição que deixa para uma eventual próxima oportunidade que ninguém quer ter.

Além de tudo, escolhi uma profissão de alto risco. Já foram dois finais vistos pessoalmente e alguns outros tantos longe. Clichê besta e afirmação desnecessária: não é fácil. Há um certo controle que ou se busca na marra ou se adquire com o tempo para evitar que o que se sente seja envolvido na condução jornalística.

Não havia a menor condição de isso acontecer hoje. Ainda mais com ele. E olha aqui eu buscando razões e detalhes para explicar a ironia: o cara que é escolhido como o protagonista, em vez de ganhar 5 milhões de dinheiros americanos, perde tudo.  E olha eu aqui lembrando o que disse a ele há cinco meses.

Foi lá em Indianápolis. Wheldon sabia o mínimo de português, o máximo das coisas erradas. Era a convivência com Kanaan e com Benito Santos — então colega de trabalho dele na Panther até o ano passado, hoje RP do próprio Tony. No ano passado, em meio a uma sessão de autógrafos, Benito me levou para conhecer Wheldon e logo depois soltou alguns tantos xingamentos em nossa língua para ver a reação do piloto. “Viado, filho da puta”, respondeu o inglês com o sotaque obviamente embutido, sorrindo e autografando um cartão para um gordo que ria e que talvez não reagisse de tal forma se soubesse o significado.

Em maio deste ano lá estava eu no templo para acompanhar a épica última vitória de Wheldon, na curva final e tal, todo mundo sabe como foi. O prédio da imprensa tem quatro andares, e Wheldon atraía a multidão de jornalistas para o primeiro, na sala de coletivas. Acompanhei algumas das perguntas, saí para fazer outras pautas e na volta, ao pegar o elevador, eis que Wheldon deixou rapidamente ali do lado e entrou junto. Eram umas 10 pessoas, não mais que isso, e eu fiquei ao fundo, bem atrás dele.

Podia ali fazer a pergunta que quisesse, e claro que não sairia nenhuma resposta exclusiva que fosse abalar as estruturas do jornalismo. Minha reação foi imediata e única, besta que sou, em tom que desse para ele ouvir: “Viado, filho da puta”. Wheldon conversava com um assessor à direita, parou e virou pra trás. Deu risada e repetiu, e eu dei a mão o cumprimentando: “Parabéns, viado, filho da puta”, e ele agradeceu e saiu no segundo para para uma sessão de fotos.

Hoje foi rápido. Ela veio letal num lugar conhecido pelas apostas, mas que ninguém ousaria apostar. Poderia ter atacado e levado outros 14, mas escolheu Wheldon. Não deu tempo de fazer a graduação na escala, se era grave, crítica ou irreversível. Mal se sabe ainda em que parte do corpo atingiu. Veio fatal como um todo, e ela acabou com a graça da festa. Acabou com a graça do mundo que o via.

De novo, é de se pensar: maldito seja quem a inventou e quem determinou ou quem a manipulou para que fosse dessa forma, sórdida e cretina. Se ainda pudesse dizer, Wheldon possivelmente definiria o dito cujo como um viado, filho da puta.

>>E me siga no Twitter: @vitonez.

Comentários

  • São tristezas complexas que povoam os corações do povo, como no planalto central de Sarney e Brizola.

    Dan as foi, mas as florestas ainda estão ai e os filhos de Wheldon vão sofrer a carência de pai que tombou ante o imponderável do automobilismo como sofre um ovo sem ninho.

    Triste

  • Jornalista é um ser escroto mesmo, estuda 4 anos para escrever um monte de palavrões. Afff

    E o pior é que eu ainda tenho esperanças de ver um texto bom nesse site.

  • É muito triste… de tempos em tempos sofrer essa decepção, esse baque. Wheldon era um de meus pilotos preferidos. Esse ano foi espetacular sua vitória da corrida do centenário da Indy 500. Me emocionei com sua vitória, fiquei surpreso…. causei espanto na minha casa da forma que comemorei. Ele acabou se tornando um dos meus ídolos.

    Nos últimos dias estava acompanhando a cobertura da corrida e do desafio que ele ia tentar, ganhar largando de último. Mesmo torcendo muito pro Will Power ser campeão, eu queria mesmo que Wheldon ganhasse (quem não queria, não estava torcendo por ele?). Seria ainda mais espetacular. Ele era a estrela da corrida, e acabou partindo…

    Eu estava assistindo a corrida na Band, em VT. Já sabia que havia um acidente com muitos carros, mas não sabia da extensão e quem foi envolvido. Quando o VT foi cortado para a transmissão ao vivo e quando anunciaram a morte, eu não entendi quem havia morrido, pois estava conversando com minha esposa sobre a minha preocupação com o acidente. Soltei um alto: “Caralho, alguem morreu!” Quando repetiram o nome, “PQP, logo ele…” e fiquei mudo por alguns minutos.

    Eu não lembro da minha reação na época da morte do Senna, pois eu tinha apenas 11 anos, mas minha mãe falou que eu senti muito por um tempo e fiquei esperando noticias na programação no dia do que aconteceu. Agora eu imagino como fiquei….

    Wheldon era um dos melhores no que fazia, não importa não ter chegado à F1.. ele escolheu outro caminho e foi bem sucedido, isso que importa. Será lembrado por todos na Indy. Ele foi o piloto de testes do novo carro que está sendo desenvolvido, que será dedicado em sua homenagem.

    Sim, vamos acabar com as corridas em ovais, muito perigosas. Vamos acabar com a Stock Car e a Copa Montana, vamos acabar com o automobilismo em geral é muito perigoso, esse esporte de riquinhos filhos de papai. Vamos acabar com o futebol e atletismo, muitos atletas passando dos limites do corpo e perdendo a vida por isso. Vamos acabar com as estradas e com os carros.. muitos perdem a vida em acidentes. Aí ao levantarmos da cama, em um acidente de extremo azar, batemos a cabeça em algum lugar e morremos. Para correr risco de morrer, basta apenas estar vivo. A única forma de evitar a morte, seja por acidentes, imprudencia, azar, doenças ou naturalmente, é não existindo a vida.

    Descanse em paz Dan Wheldon… Acelere com tantos outros que partiram fazendo o que amavam.

  • Victor Martins,

    Sensacional sua publicação, parabéns!!!
    Isso mostra o quanto era bom esse piloto. Afinal os bons não conseguem ficar por muito tempo, aqui na Terra, até nisso são rápidos.

  • Quantas mortes ainda terão que acontecer para a Indy acabar com as corridas em ovais? O verdadeiro automobilismo se faz em circuitos MISTOS e DE RUA. : /

  • boa tarde victor
    por mais que a gente saiba de todos os riscos.quem gosta de corridas acha que esse tipo de coisa nao acontece com tao #@@+&”como Dan Wheldon ,e Ayrton Senna.
    belissimo texto

  • Perdi meu pai a pouco tempo, e digo a qualquer um: que não existe palavras para nada alem do que se foi e que seja muito amado.
    Parabéns pelo seu belo texto, ” filha da puta”!!

  • lembra a angustia da gente com Ayrton a morte prematura, sendo que Aryrton com 34 anos e Dan com 33 AINDA MAIS NOVO. É duro e dolosoro confesso q hoje senti lagrimas nos olhos…A indy tem que acabar com esses ovais, 34 carros numa corrida dessas com pista estreita é pedir a morte.
    é doloroso. confesso amigos,
    hj estou chorando.
    VAI COM DEUS DAN WHELDON!

  • Eu gostaria de ter conhecido o Wheldon. Conheço vários ingleses, e eles, por trás daquela aparência sóbria, têm muito bom humor e viram amigos para a vida toda. Os que moram aqui se adaptam de maneira espetacular aos costumes locais. São gente fina, bem melhores que os americanos.
    Se há um Deus, fica difícil entender o porquê de um final tão trágico de um piloto que andava meio esquecido, mas que devagar estava reacendendo a velha chama, e que estava cotado para voltar ao estrelato, em umas das equipes mais fortes da Indy. Será que aquele título de 2005 valeu como “missão cumprida”? Mas por que tão jovem? Por que deixar 2 filhos sem pai? Por que deixar uma esposa sem seu marido, que com certeza devia ser muito amoroso e atencioso, além da pinta de galã de cinema? Só os que passaram para outro lado é que podem responder a estas perguntas… : /

  • pelo q eu saiba, a existência da morte, com a qual todos temos q lhidar , é fruto da justiça divina, diante da atual condição evolutiva da humanidade, a morte é um boato, disse fernando pessoa, somos eternos realmente, o q morre é o corpo…o espiríto ñ morre…apenas deixa o corpo para viver em outra dimensão, ou na anti-matéria…depois poderemos ter outras vidas, reencarnando, o q digo, ñ é minha opinião, mas uma lei divina, um dia ñ mais morreremos, mas isso ainda me parece distante, diante de nossa realidade atual…

  • Dan está agora gozando da felicidade eterna, junto ao criador. Foi para isso que viemos ao mundo, para merecermos nesta vida a felicidade plena em nossa morada definitiva no céu. É preciso morrer para chegar ao céu, mas com certeza vai valer a pena, pois nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou no coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam…
    Como disse Tony Kanaan: “Dan, vai com Deus, te vejo do outro lado”.
    Que Deus de muita força para toda a família superar esta grande perda.

  • Vez em quando a morte pega assento nos esportes de velocidade. Na Moto GP (meu esporte), também este fim de semana, Lorenzo, um dos melhores do mundo, teve o dedo decepado. Felizmente, nada mais.

  • Desde 1975 já vi muita gente morrer no automobilismo. No entanto, naõ me canso de me entristecer. É duro demais ver uma vida se extinguir ao vivo, ali, na TV.
    Triste demais da conta.

  • Esse tetra campeonato do Dário jamais será comemorado e muito menos esquecido,olha eu nunca ví um evento terminar de uma forma tão inesperada e triste,acho que Las Vegas nunca mais !!!!

  • Cara, a face de morte é dura sim, sem dúvidas. É muito triste perder uma pessoa da qual gostamos, tem pessoas que nem deveriam morrer. Mas assim é a vida, se ninguém morresse, como seria esse mundo? E tenha certeza que nada é por acaso, por mais dura que seja uma morte nessas condições, no fundo ela tem uma razão que não é possível a nossa inteligência limitada descobrir. Basta lembrar-mos das duas vidas ceifadas naquele fatídico fim de semana em Ímola, no ano de 1994. O quanto as coisas mudaram depois das mortes de Roland Ratzenberger e Ayrton Senna, no que diz respeito á segurança do esporte?

    Tenho certeza que para Dan Wheldon e tantos outros bons que habitaram esse mundo, existe uma recompensa muito grande do outro lado da vida.

  • Gostava muito das entrevistas do Dan Wheldon, principalmente por jornalistas brasileiros, pois para quebrar o gelo, sempre dizia um palavrão….era um cara muito legal….todos gostavam dele.

    Nem acreditei que caísse no colo a Indy 500 desse ano…mas foi merecido.

    Ficamos tristes, mas num esporte de risco como o automobilismo estamos sujeitos a isto…

  • Acho fantásticas as provas em ovais, são muito mais emocionantes do que as provas da F1 que só andam em circuitos mistos, mas acho que não dá mais, chega de tanta morte! A indy deveria deixar de lado as tradições e buscar circuitos mais seguros.

  • Viado … FDP.

    Prezados, fiquei muito triste mesmo com a perda daquele que sequer conheci.
    Fiquei pasmo com a reação do outros, especialmente do TK.
    Triste.
    Esperamos a semana toda por uma bela corrida de carros e quando derrepende BUM !
    Tragédia.
    É isso. Viado FDP !

  • Podem me chamar de frio e insensível, mas fico com Fitipaldi quando ele diz que é o lado triste desse esporte. Querem evitar isso? Por que não acabam com os circuitos ovais? Infelizmente, não tive condições de ser piloto, mas eu sempre disse que jamais pilotaria num oval, preferia um emprego qualquer. Taí Greeg Moore, Zanardi, e Wheldon que não me deixam mentir.

    É só acabar com os ovais, simples assim. A vida é mais importante que a tradição, penso.

    • Concordo com vc. Para mim, corrida em oval é uma das maiores aberrações que existem no automobilismo. Típica coisa inventada por americano para inserir competitividade e emoção artificial e incrementar o espetáculo, assim como fazem em outros de seus esportes.

    • Senna, Ratzenberger, de Angelis e mais 42 pilotos que morreram na F1 tb não te deixam mentir?

      Não tem nada a ver com o carro ou com a pista. Infelizmente.

  • Será que depois dessa aquele incompetente chefe da organização (esqueci o nome e o cargo daquele sujeito que o Castroneves vive criticando) cai?

    • Ovais + Open Wheel = Merda na Certa.

      Carro de Turismo já é perigoso, imaginem os fórmulas onde qualquer toquinho há a catapulta.

      Automobilismo é um esporte de risco, OK, mas fazer parte de uma tragédia anunciada é burrice… Tava na cara de que não iria dar certo… Até que ponto o dinheiro vale a vida?

  • Grande perda para o automobilismo, pelo que vejo ele era um cara muito querido dentro da Fórmula Indy… Outro dia, justamente eu comentava com a minha mãe sobre acidentes fatais na Fórmula 1 e Fórmula Indy, e acontece isso ontem… O que mais impressiona é justamente que ele não tinha nada a ver com o acidente, e mal teve tempo de reação… Que deus o tenha

  • Desde ontem estava segurando o choro, culpa desse maldito esporte que amamos tanto…

    Parabéns, Victor, conseguiu fazer a lágrima sair!
    Parabéns pela sensibilidade no texto, e por trazer a nós, reles mortais, um pouquinho de quem tem a chance de conversar com esses caras e conviver com esse lado brincalhão deles.

    Que Wheldon possa descansar em paz!

  • Victal,
    Creio que meu avô super herói tenha partido pela mesma praga.
    Fui o ultimo a conversar com ele e lembrar ainda me arrepia.
    Entendemos os riscos do esporte e tal, mas parece que algo vai além do risco na América.
    Aqueles carros voando e explodindo no muro pareciam cena de ataque a Cabul. Isso não é esporte. Hoje vejo nas pistas, filhos dos caras que eu vi correr. Estou velho. Vi também varios morrerem. Brayton, Moore, Gonzalo Rodrigues, Krosnoff. Zanardi, Piquet e o proprio Emerson devem favor ao divino.
    Me desestabilizei quando vi a foto de Wheldon com o filho no colo junto com a esposa e um bebê carequinha no colo dela. Devo ter feito algum barulho e nisso senti uma mãozinha na perna e a voz fininha dizendo “Papa, papa”. Era meu recém cabeludinho.
    Wheldon não ouvirá papa e pior, o carequinha não falará papa.
    A única coisa que importa é poder ouvir “papa” e que a danada me deixe ficar velho e partir dignamente. Ou pelo menos que eu possa ver meu cabeludinho ouvir “papa” do seu futuro carequinha e que este possa me visitar. Não quero que seja como meu avô, mas tudo bem. Eu não sou super herói.

    O resto não importa. Foi um filme de guerra sem final feliz.
    Não passou esporte na TV.

  • Victal,
    Creio que meu avô super herói tenha partido pela mesma praga.
    Fui o ultimo a conversar com ele e lembrar ainda me arrepia.
    Entendemos os riscos do esporte e tal, mas parece que algo vai além do risco na América.
    Aqueles carros voando e explodindo no muro pareciam cena de ataque a Cabul. Isso não é esporte. Hoje vejo nas pistas, filhos dos caras que eu vi correr. Estou velho. Vi também varios morrerem. Brayton, Moore, Gonzalo Rodrigues, Krosnoff. Zanardi, Piquet e o proprio Emerson devem favor ao divino.

    Me desestabilizei quando vi a foto de Wheldon com o filho no colo junto com a esposa e um bebê carequinha no colo dela. Devo ter feito algum barulho e nisso senti uma mãozinha na perna e a voz fininha dizendo “Papa, papa”. Era meu recém cabeludinho.
    Wheldon não ouvirá papa e pior, o carequinha não falará papa.

    A única coisa que importa é poder ouvir “papa” e que a danada me deixe ficar velho e partir dignamente. Ou pelo menos que eu possa ver meu cabeludinho ouvir “papa” do seu futuro carequinha e que este possa me visitar. Não quero que seja como meu avô, mas

  • “Tchau, um beijo”
    Victor,
    Eu mesmo fui protagonista, cumplice e “professor de português” do Dan nesses diversos anos de amizade e de convívio que começou quando ele entrou para a Andretti Green para aprender as coisas de corrida com o Tony, sendo seu vice em 2004 e invertendo isso em 2005.
    Tenho várias passagens com o Dan, algumas delas impublicáveis e que vão ficar aqui guardadas comigo; mas em todas as inúmeras horas de convívio vou guardar com carinho a energia, a intensidade e a vontade de curtir a vida desse rapaz astuto e cheio de bom humor.
    Ele se vai e deixa para nós uma lição de vida: que devemos aproveitar a vida intensamente, fazendo as coisas que gostamos, sendo corretos e respeitando os outros.
    Ele sempre dizia – “party to the maximum”, e sempre que me encontrava ou se despedia me dizia ” tchau, um beijo” e me dava um beijo no rosto.
    Dan, “tchau, um beijo”. Descanse em paz amigo. Você vai fazer falta por aqui, mas vai sempre trazer boas lembranças.