Going to the vinegar

SÃO PAULO | Na semana passada, a Comissão da F1 esteve reunida em Genebra para discutir, entre outros assuntos, o calendário do ano que vem, e ainda que ninguém tivesse divulgado o que foi debatido sobre o assunto, já era sabido que o GP dos EUA no Texas estava com o asterisco do lado. Bernie Ecclestone veio com o papo de que eram problemas internos e nada mais falou.

Pois agora há pouco a direção do Circuito das Américas emitiu uma nota em que comunica a suspensão dos trabalhos de construção do autódromo que deveria receber a F1 em 18 de novembro do ano que vem. A razão: não há um contrato.

Ao que se entende do comunicado, o autódromo está sendo construído e não há nenhuma garantia no papel de que a corrida vá acontecer. Os organizadores, claro, estão naquele estado em que sequer passa um arzinho: “Gastamos recursos tremendos em preparação para as corridas da F1 e da MotoGP, mas a falha em apresentar contratos de corrida nos preocupa”, diz um deles, que menciona o interesse de mais de 100 mil pessoas em adquirir os ingressos. Nada é citado sobre as motos, o que deixa claro que o problema é restrito à F1.

Havia uma falha de comunicação, na visão de Bernie: “Uma parte está construindo a pista [que é a Cota], outra tem o contrato [que está nas mãos do promotor Tavo Hellmund e sua empresa, a Full Throttle, dona dos direitos do GP dos EUA e que negociou com Ecclestone]. Mas elas esqueceram de se falar”, comentou o manda-chuva.

Só que parte da imprensa dos EUA afirma que, depois do anúncio da corrida de rua em New Jersey para 2013, a prova em Austin foi absolutamente relegada e caminha para o vinagre. E Ecclestone, que devia tratar bem os americanos depois dos ocorridos em Indianápolis em 2005, na corrida sem as parceiras da Michelin, está meio que dando de ombros.

Depois da NBA, agora é a F1 que vive um locaute. Bernie mexeu num vespeiro. Que aguente.

Comentários

  • Sorte dos texanos que existem políticos inteligentes (ou seja la a causa de dizerem não a corrida) por lá, assim evita a gastação dos milhões. Os brasileiros deviam fazer a mesma coisa a Interlagos, aquela porcaria de matadouro.

  • Pela foto, esse circuito me lembrou Hungaroring, com sua sequência de ‘esses’ anterior à curva que leva à reta de chegada. Espero que, caso aconteçam, as corridas nao sejam tao enfadonhas quanto nesse. Se forem, mekhor nem acontecer. Que façam corridas de cavalos por la, os cowboys…