A várzea de rodas, 12

SÃO PAULO | Durou só dois anos a tentativa de Felipe Massa e seus parceiros de dar uma oportunidade aos pilotos oriundos do kart. Longe de alcançar êxito, a F-Futuro acabou. E não alcançou por algumas razões principais, dentre as quais se destacam a relação preço/incentivo (em menor escala) e a não formação de pilotos no kart — onde, claro, entram CBA e CNK.

Lembro bem que na estreia da F-Futuro, da qual a entidade levemente tentou se apropriar, o presidente Cleyton Pinteiro estava em Indianápolis para acompanhar as 500 Milhas. Daí se nota que a categoria nunca teria atenção de ninguém da CBA, como aconteceu neste ínterim. O kart passa por uma fase das piores, e só iniciativas como a do Super Kart Brasil têm algum propósito. Coisas que se nota aqui e ali, como preços e a ausência de atitudes do presidente da CNK, Rubens Gatti — quem é que consegue encontrá-lo? —, denotam que a base do automobilismo não cumpre seu papel.

Não à toa, a F-Futuro nunca encheu um grid de 20 carros, que era sua proposta. A categoria sempre foi deficitária e se sustentava graças aos lucros do Trofeo Linea, hoje Copa Fiat. A organização levou até onde dava e pegou os pilotos de surpresa hoje, e o Brasil volta a ter só a F3 Sul-americana, combalida e enfraquecida, como opção nos monopostos.

A proposta de Massa fracassou, mas ele e seus apoiadores devem ser aplaudidos. Pena que não tenha dado certo. A CBA coleciona mais um fracasso. Nunca faz nada certo.

Comentários

  • Olá Victor,
    que papelão dos Massa essa da F Future ! Isso indica que eles pretendem voltar a fazer macarrão com o fim da carreira do Felipe.
    Me permita colocar meu ponto de vista a respeito da atual fase do kartismo no Brasil. Ao contrário do que pregam os jornalistas especializados o kart esta BOMBANDO em todo o Brasil. Tem kart andando em todo canto, tem kartódromo novo sendo inaugurado todo mês ! São dezenas de milhares de kartistas amadores que lotam as pistas . Ainda ao contrário do que dizem e acham os especialistas e alguns dos seus seguidores, o kart não é visto por 99% dos seus praticantes como degrau para o automobilismo, o kart tem identidade, tem vida própria, é um esporte por si só. Apenas 1% dos praticantes pensam em ser o novo Airton Senna. Hoje todas as fábricas estão com espera de pelo menos 20 dias pra entregar um kart novo. O kartismo brasileiro não se resume ao Kartódromo da Granja Viana que esta passando por uma crise de equívocos administrativos.
    Um abraço

  • Uma pena que não exista no Brasil um pessoal como os gaúchos da F 1.6 – Sem carros atualizados e sem recursos o grid de 2011 sempre foi superior a 20 fórmulas . Uma boa opção para quem quer aprender trabalhar com monopostos. Com quatro circuitos muito diferentes (Guaporé – Tarumã – Velopark e Santa Cruz) dá e sobra para aprender a pilotar. Depois se tiver grana pode tentar a F3 ou EUA- Europa

    • Elton..
      Eu acredito que esses F l.600 ainda vão substituir os antigos F. SP., por aqui….
      deixa o pessoal descobrir os preços e motorização que a coisa explode.
      Pode ter certeza…..
      Bom carro, bom motor e bom preço…
      Só que o ideal mesmo é equipe particular, cada um proprietário do seu equipamento..
      Assim o piloto aprende as manhãs todas de um monoposto..Tais como segredos de ajustes de suspenção e rodas, alinhamento.. Regulagem de amortecedores, cambio, coroa e pinhão, e parece que não tem mas tem também a regulagem de distancia entre eixos.. Pequena mas tem…
      Ótimas oportunidades estão sendo perdidas com esses carros fora de grandes centros, como SP. onde moro..
      Não desmerecendo o pessoal dai.. Que fizeram o impossível, reviveram essa antiga categoria, melhoraram e a baratearam….É assim que deve ser feito automobilismo de base… Muita liberdade de trabalho, custo baixo, e simplicidade….
      Só não está em evidencia mesmo por problemas politicos entre a CBA e a federação gaucha…
      Essa politica, esses politicos… Atrasam.. Só atrasam as coisas…Só não atrasam as deles….

  • Ao final deste ano sabemos também vai morrer a Copa Chevrolet Montana. Aposto ainda que “morre” também a tal “Copa Fiat”, do mesmo evento da F-Futuro, por absoluta falta de pilotos, patrocinadores e público e sinceramente acho que essa Sprint Race já nasceu entre a vida e a morte, tanto que já adiou a estreia , além de ter um grid minúsculo. Conclusão: Dentro de um ou dois anos teremos apenas Truck, Stock Car e GT Brasil/Top Series e nenhuma categoria nacional de monopostos. Triste porém é a realidade…

  • Quem? Rubens Gatti? CNK? Não… Ele só aparece de vez em quando lá em Pinhais na hora do podium para entregar trofeu!!! Ex-sombra do Valduga!!!

  • O problema foi não terem conseguido mamar na teta do governo, como seu Emerson fez pro neto. Sem a grana do governo, a Fiat não vai ter desconto fiscal e não vai quis bancar nada. Simples. Acabou, porque não entrou dinheiro público.

    Fazer caridade (F-Futuro) com o dinheiro dos outro é mole.

  • Sobram perguntas sem respostas nessa noticia sobre a F-futuro..
    Esse é o futuro do nosso automobilismo???
    Sem categoria escola, e sem monoposto o que se espera para o futuro?
    Seria ideal colocarem carros como os F. SP. , mesmo sucateados, os antigos F-Renault, ex Brasil 2000 e atual F 1600 lá no sul.. E agora esses da F-Futuro, a venda para particulares..
    Assim seus proprietários criam uma categoria monoposto e começa tudo de novo…
    So assim pra que o automobilismo não acabe de uma vez..
    Pois se depender de Federações e confederação a coisa vai mesmo virar a tal de “Varzea de rodas”
    E por falar em CBA como ficou aquela coisa de carta de demissão e coisa e tal????
    Deixaram queto pra cair no esquecimento????
    Tem Brasileiro que nem eu com memória de elefante, não esquece.. Nunca!!! E vou lembrar sempre!!
    E cobrar também!!!!
    A temporada de pataquadas só está começando.
    Ano eletivo meus amigos..
    Eletivo!!!
    Realidade igual ao titulo deste post.
    Infelismente….

  • Péssima notícia, e ontem ainda vi aquele vídeo que o FG postou no blog da F-Renault.

    Uma pena que fica cada vez mais difícil para os pilotos brasileiros se desenvolverem e terem uma carreira de destaque.