Terra do shanti

SÃO PAULO | A carreira de Vettel nunca apresentou uma sequência de quatro vitórias seguidas numa mesma temporada nestes cinco e poucos anos de estrada do bicampeão. Pois é absolutamente provável que quebre mais uma marca pessoal e vá alcançando níveis baumgartnianos na estratosfera da F1. Em Buddh, Sebastian teve o gosto da Índia de quase colocar 1 segundo nos adversários das rivais Ferrari e McLaren e não foi lá muito ameaçado por Webber, aquele que, se estiver na frente, não abre.

Ai, Webber… você é tão serelepe…

Vettel dominou a prova de 2011 com direito a grand chelem — o grupo de pole, vitória, melhor volta e liderança de todas as voltas —, algo não muito comum, até, na carreira do alemão. E apesar de serem treinos livres e tudo mais, a Red Bull já lança abertamente seu jogo neste fim de semana. Que é bem claro: agora que a gente se acertou, sofram. A McLaren vai perder mais um campeonato tendo na metade dele o melhor carro e a Ferrari (Alonso) não pode se queixar de ter um dia sonhado alto em 2012.

Fernando aparece no cômputo geral com o terceiro posto, e por um lugar no pódio, o último, deve trabalhar. Aliás, a situação é bastante similar à da Coreia — o que difere é a característica da pista, cretina em Yeongam. Hamilton e Button andaram em ritmo semelhante, mas levemente abaixo do espanhol. Na corrida, a desvantagem tende a ser menor. O que pega pelos lados mclarianos é que o clima já é de fim de feira.

Senna até que apresentou um resultado razoável, à frente de seu companheiro Maldonado, terminando em décimo. Bruno começa mais um fim de semana pensando em 2013. E nem é mais questão de impressionar a cúpula da Williams. É trabalhar para encontrar um lugar que for, seja na Force India ou na Caterham, por exemplo. Massa rodou, com saudade dos velhos tempos, e ficou em 15º.

A novidade da sexta-feira foi a presença de Gutiérrez, que tem cara de boneco de ventríloquo, no primeiro treino livre. Pérez, dizem, estava enfermo, resfriado. Aí apareceu na segunda sessão, e ainda terminou à frente de Kobayashi. Ah, Mito…

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