A chance de Simona

SÃO PAULO | O jornalista Dave Furst, da WRTV-6 (afliada da ABC em Indianápolis), informou há pouco que a KV vai anunciar Simona de Silvestro como companheira de Tony Kanaan na temporada de 2013, em uma programa que deve fundir a equipe de Jimmy Vasser à HVM.

A HVM sempre teve voo solo nesta Indy reunificada, e assim Simona nunca teve oportunidade de receber auxílio de um parceiro. De Silvestro é de longe a pilota mais rápida do automobilismo mundial e, numa comparação honesta, é melhor que este Rubens Barrichello de sua primeira temporada na categoria americana e Ernesto Viso. E será importantíssimo para seu desenvolvimento ter Kanaan como seu tutor no ano que vem.

A necessidade de conter gastos na Indy tem levado à união de algumas equipes na Indy, como aconteceu com Panther e Dreyer & Reinbold durante este ano. Mas a série vai viver novos tempos — talvez mais obscuros — depois do golpe dado em cima de Randy Bernard e que deve promover o retorno de Tony George, o homem que destruiu a Indy com a cisão em IRL e Cart em 1996, ao comando.

Comentários

  • Fico feliz por ver que a menina vai ter chance de guiar numa equipe mediana, onde poderá mostrar melhor suas habilidades e obter eventuais bons resultados. Mas seria ela melhor que Bia e Danica? Só o tempo dirá…

  • No passado tentei ser fã da Danica, mas ela é muito fraca, só sabendo virar o volante para a esquerda. Se bem que ela teve 2 pontos altos: Sexta colocação final em 2008, vencendo a prova de Motegi, e no ano seguinte, a primeira colocada do “resto”, atrás apenas das 2 Penskes e das 2 Ganassis. Mas depois, mesmo ainda estando na Andretti, entrou em decadência..
    A Bia, coitada, depois de 2 temporadas na Lights, sendo uma delas muito boa, e com um total de 3 vitórias, mostrou que a falta de regularidade é seu ponto fraco. Existe um evidente abismo entre seus desempenhos em 08 (muito bom) e 09. Na Indy, quando muito fez corridas razoáveis, e na sua única temporada completa, não agarrou a oportunidade. Este ano ela mostrou não ter se adaptado muito bem ao novo chassis. Um pena. Mas não sei por que, simpatizo demais com a Bia e ainda tenho a esperança que ela dê a volta por cima.
    Tenho que dar o braço a torcer para a Simona. Ela chegou a liderar o Grande Prêmio de SP por algumas voltas, além de mostrar bastante arrojo e alguma regularidade, quando o carro da HVM deixou. Enquanto que Bia tinha uma estrutura bem maior, Simona, sendo a única pilota de uma equipe pequena, além de ficar fora de 2 provas (Bia ficou fora de uma), conseguiu fazer mais pontos que a brasileira. Esse ano a suíça foi meio que humilhada pelo motor da Lotus, mas nunca desistiu e agora vai ser talvez a única companheira de Tony Kanaan na KV. : )

  • Grande Victor,
    Barrica tava sem lugar pra correr, fez “charminho” para aceitar a vaga na KV (que já tinha aceitado – era jogo de cena) e após algumas provas, passou a criticar a KV.
    Este cenário do Barrica de “meter o pau” isentando a sua responsabilidade já conhecemos de 2 décadas…
    Corretíssima a atitude da KV.
    Barrica já falou aos cotovelos que quer outra equipe para “ganhar”. Surgiu os boatos que ele quer correr de Honda…
    A KV é profissional e precisa de grana para fazer seu orçamento. Não ficou a mercê dos “mi-mi-mis” do “melhor piloto brasileiro da história” e antecipou coma escolha da Simone (que sofreu com o motor Lotus neste ano mas concordo contigo sobre seu desempenho)…
    Abraços,
    Marcelo

  • VM, não tem nada de fusão de equipes. A Simona está vindo com o seu patrocínio (o mesmo de 2011 e 12) e com dois engenheiros que trabalhavam com ela na HVM. A HVM está sem piloto e sem grana, não sei nem se vai existir em 2013.

  • Sinceramente, eu acho que a Indy acabou faz tempo. Se não fosse as ‘500 milhas’ a indy já tinha acabado. Gosto do estilo “despojado” da indy, lembra um pouco, mas um pouco a Formula 1 nos anos 80. Se bem que o jeitão da indy sempre foi esse mesmo.

    Ví campeonatos sensacionais da Indy, os de 93 e 94.
    Quando a indy “rachou”, a Fórmula Mundial ficou muito legal com o Zanardi, Greg Moore, Fittipaldi, Moreno com o carro da Data Control com chances reais de título no final do campeonato, Da Matta entre outros. O campeonato era organizado, disputado, tinha estrutura, as pistas eram boas, era tudo muito divertido.

    A IRL era um “arranjado”, só se salvava com as 500 milhas, e lembro que em 96 a corrida de Indianápolis foi disputada com carros adaptados de 89 e 90!!! O problema é que os americanos gostam de ovais e corridas nos Estados Unidos, então, a Champ Car começou a diminuir até se acabar.

    Pra mim a ChampCar acabou principalmente por causa das 500 milhas, que sozinha atrai mais dinheiro e público que o restante da temporada junta.

    Hoje vejo a indy como um campeonatozinho de Várzea mequetrefe, A estratégia de corrida é na base do achismo. As pistas são uma negação, pobres e ninguém quer ir lá ver. O campeonato é muito desorganizado e não tem nada de interessante. Começo a assistir a corrida e não aguento ver 20 minutos. Nem eu e nem quem vai ver as corridas lá.

    Acho que o XV de Jaú tem média de publico melhor que a Indy.

  • Uma pena que a Bia não se adaptou tão bem à categoria como a Simona. Mas posso virar fã da suíça se ela conseguir andar na frente. É esperar pra ver… : )

        • é Pascoal, sua anta galopante! o Pardal é o das engenhocas… esse ai confunde a ave fenix com o gato felix fácil….
          VM: seu lindo, pronto, falei…

          • Wandelcro do Bier cara eu falei Pardal mesmo não to enganado foi de sacanagem com algum que se mete onde não era pra se meter falei para o dono do blog que não acho justo o tipo de comparação que foi feita peso desculpa ao Vitor se não intendi o que ele falo mas pros outros como você não estou nem ai.
            Apesar de achar que que o pessoal do grande premio pega pesado com o Rubens continuo acessando o site e os blogs todos os dias pois e a maior e mais isenta fonte de informação sobre o esporte a motor que se tem no Brasil.

  • Victor, só uma correção, pois pelo que notei no tom do post, você andou dando ouvido às viúvas da ChampCar, que tradicionalmente maldizem o Tony George e o culpam pelo racha na Indy.

    Primeiro que o racha na Indy começou em 1979, por culpa dos fundadores da CART: Pat Patrick, Roger Penske, Dan Gurney, e companhia. A família Hulman-George perdeu o controle da Fórmula Indy e o que o Tony George fez 17 anos depois foi tentar retomar o controle daquilo que lhe seria herança de direito no passado.

    Segundo que por mais que o Tony George tenha errado nesses últimos 20 anos, ele adquiriu aprendizado importante, e por ser alguém nascido e criado no meio automobilístico, tem muito mais bagagem, experiência e legitimidade para comandar a Fórmula Indy do que um peão de rodeio como o Randy Bernard.

    Terceiro que a Fórmula Indy andava meio mal administrada pelo Randy Bernard, que toda hora inventava moda. Ultimamente veio com essa de desfigurar o modelo tradicional da categoria ao implantar rodada dupla e largada parada, ChampCarizando de vez a F-Indy. Sem contar que ele não tem traquejo e arrojo em negociar com promotores de circuitos ovais, tanto que na gestão dele o que mais ocorreu foi a saída de pistas ovais do calendário. Kansas, Chicagoland, Homestead, Kentucky…
    E ainda, indiretamente e sem culpa, “matou” o Dan Wheldon ao promover aquela corrida roleta-russa em Las Vegas, onde o Randy se preocupou demais com a parte promocional e esqueceu totalmente de checar se o circuito oferecia condições de segurança apropriadas.

    Portanto, antes de cair no senso-comum de falar mal do Tony George, e achar que a Indy passará por períodos obscuros no futuro, é importante lembrar mais cuidadosamente do que aconteceu no passado distante e no passado bem recente.

  • Parabéns pela sinceridade. Simona é a “pilota” mais rápida de todas (sorry, Bia) e dos novos está no nível de Josef Newgardeen e pouco abaixo de Simon Pagenaud. Alguém a ser investido. Seria interessante ve-la no DTM.

  • Doia ver a Simona andando lento daquele jeito, por causa de um motor Lotus capenga. Ela realmente é a piloto feminina mais rapida do mundo e tinha um carro muito aquem do que merecia. Ate Milka Duno pilotou carros mais competitivos…

    Agora, confesso que recebi a noticia da saida de Bernard com MUITA preocupaçao. Agora temo honestamente pelo fim da categoria. Começaria pelo fim de meu interesse, caso TG tome as redeas de novo….

    É simples e direto: os chefes de equipe nao podem ser donos da categoria. Cada um puxa a sardinha pro seu lado e nunca iria existir neutralidade, que existia com Bernard. Simples assim.

    • Errado. Funcionava na CART. A coisa desandou por lá quando saiu a Indy 500, que sempre foi a principal vitrine da categoria. Aí houve um monte de cagadas e azares (acidente do Zanardi, alta dos custos, redução de etapas em ovais), a Nascar aproveitou o vácuo e as duas categorias capengaram.