A cara da Mercedes

SÃO PAULO | Daquelas notícias que não se esperava horas depois de uma final de futebol de um tempo só: Norbert Haug vai cair fora da direção esportiva da Mercedes. Não é pouca coisa, não. O alemão era a personificação da montadora. A geração dos anos 90 para cá que acompanhou bem o automobilismo não consegue dissociar o sucesso da Mercedes em suas várias ramificações sem a figura do rapaz que acabou ajudando a trazer à tona Michael Schumacher.

Foram 32 títulos durante 22 anos sob o comando de Haug no DTM, considerando a trinca pilotos/equipes/montadoras, e em termos de corridas, 54% das que foram disputadas neste ínterim. A Mercedes competiu em 986 provas, contando F1, Champ Car, GT, F3 e Grupo C, vencendo 439 delas (45,4%).

Mas nos últimos anos, pesaram bastante as derrotas e os insucessos. Haug promoveu o retorno das Flechas de Prata à F1, e em três anos, o máximo alcançado foi a vitória de Nico Rosberg neste ano em Xangai. Schumacher retomou sua carreira por meio da montadora e só conseguiu um pódio. A Mercedes ficou cinco provas seguidas neste fim de campeonato sem pontuar. E em menor escala, a marca perdeu o título do DTM, com Gary Paffett entregando o doce, igual caramelo, para a BMW de Bruno Spengler.

A casa começou a tentar se reorganizar com Lewis Hamilton no lugar do próprio Schumacher. Que aceitou numa boa a substituição e sua nova aposentadoria, falando abertamente que poderia, sim, ser um diretor no QG em Stuttgart. Ligando as três pontas, é possível compreender onde Michael pode aparecer em 2013.

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