O curioso caso de Razia

SÃO PAULO | Curioso, esse caso de Razia…

Primeiro porque, assim que foi assinado o contrato na semana passada, a Globo ficou sabendo e suas mídias repercutiram, seus assessores no Brasil confirmaram, seu site no fim da noite estampou a notícia com destaque, e ainda replicava para uma reportagem do GloboEsporte.com, com direito à entrevista e tudo mais. Até o Jornal Nacional noticiou, no fim daquela edição da última terça, a negociata.

Os assessores indicaram que o acordo seria anunciado no dia seguinte. Não veio. Daí, ouviu-se que a revelação ocorreria na manhã de hoje, com o lançamento do carro marussiano. Nada. O chefe John Booth soltou um comentário sintomático: “É perigoso falar dessas coisas com a imprensa, né?” Novamente procurados, os assessores daqui agora entregaram o caso nas mãos da dona Marussia, e não se fala mais nisso.

Que o negócio está sacramentado, está — seria suicídio Razia ter contado à Globo e aos assessores sem ter tal certeza. Mas que é estranho o silêncio de sete dias perdurar, é, sendo que os supostos patrocinadores, todos estrangeiros, estavam garantidos. E se tudo estava devidamente certinho e tal, não havia razão alguma para que o brasileiro não estivesse ali ao lado de Chilton na aparição do carro rubro-negro quase sem patrocínios. Seria Luiz um novo Enrico Cabrito?, perguntaria Diogo Kotscho, sorvendo um Moët Chandon. Ou será que a primeira parcela só cai dia 10, depois do Carnaval?, questionaria Evelyn Guimarães, papando um mingau quente.

No popular do vocabulário coloquial nacional, deu alguma merda.

Adendo 1: Para saber o caso de Enrico Cabrito, o Grêmio, o jornalismo e as redes sociais, Daniel Cassol explica muito bem lá no muito bom Impedimento.

Adendo 2: Como visto na manhã de hoje, enfim Razia foi anunciado. Agora é ver quem o banca e o que fará nas pistas.

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