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SÃO PAULO | O primeiro dia pra valer da nova F1 pode não ter correspondido às fartas expectativas do público ao se olhar para as tabelas de tempos. Hamilton sobrou nas duas sessões australianas — a primeira, bom destacar, com ultramacios, enquanto Ferrari e Red Bull foram de supermacios. Os treinos livres sempre são um simulacro da realidade, mas já dá para pescar o que parece ser a maior das realidades. E não se refere propriamente às adversárias da Mercedes.

É sobre a disputa Hamilton × Bottas. O finlandês ficou muito atrás nas duas sessões. OK, primeiro treino livre e tal, mas as informações e declarações começam a pipocar, e quando surge Toto Wolff com um “Lewis está em sua própria categoria” logo depois de três horas de testes que pouco valem, é porque o negócio tende a uma disparidade que talvez não se esperasse. Do outro lado da garagem, Ricciardo disse que está no ritmo das Ferrari… e de Bottas.

Como diria o filósofo de bar que não larga o celular, espero estar enganado, mas…+0s556 em um e +0s583 é de se erguer os olhos e as mãos.

A Ferrari claramente tirou o pé na prmeira sessão. Na segunda, não foi bem. Vettel reclamou do equilíbrio do carro. Räikkönen resmungou um “bwoah”. Há mais por vir. O alemão não tem um equipamento para tomar 0s5 de Hamilton, tampouco o finlandês vai levar quase 1s.

A Red Bull é a terceira força, por ora, mas é necessário mais um diazinho para ver em que pé está Massa. Pela primeira vez no ano, sua Williams enfrentou problemas, de câmbio, o que lhe tirou tempo válido de pista no TL2. A equipe inglesa também não é aquela que dá o melhor de si logo de cara, mas já se nota que a diferença entre os companheiros será maior que o caso da Mercedes. Stroll é café-com-leite.

Surpreende a evolução da Toro Rosso em relação aos testes de pré-temporada e o quanto a Haas, ao menos de Grosjean, se comportou bem na Austrália. Também espanta Alonso estar ali no meio do pelotão, sem quebrar, e choca mais ainda a Sauber não estar andando tão mal assim. O que não causa nenhuma surpresa, espanto ou choque? Palmer. Já bateu. Deusmeu. Como é que pode ser tão horrível?

Aguardemos, pois, o TL3 para uma análise mais profunda. Que Hamilton permita sonhar com um ano competitivo.

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