A morte e a segurança

SÃO PAULO | Só fui saber da notícia da morte de Henry Surtees, da F2, bem no fim da noite de ontem, e corri para o computador para ver o acidente. Confesso que vi a cena mais três vezes para me certificar de que tinha sido aquele o fim da carreira e da vida de um piloto de 18 anos.

A cena é estranha e beira o incrível. Uma morte sem um acidente em si, sem batida, sem destruição de carro, sem o choque da imagem.  

E a questão da segurança, que é tão prioritária para a FIA, deve se concentrar no porquê daquela roda ter se desprendido tão fácil do carro de Jack Clarke.

Trata-se de um ponto primordial para o qual Jean Todt e Ari Vatanen devem se ater quando um dos dois assumir a presidência da FIA.

Comentários

  • provavel fratura luxação da primeira vertebra cervical +parada respiratória . choque do conjunto roda +pneu (15 kilos)+ velocidade do carro são suficientes para um esmagamento de cima para baixo ,dado que o hans, é mais eficaz, para desaceleração e movimentos de colisão laterais.E se o piloto surtess viu a roda vir ao seu encontro , provavelmente baixou o queixo , aumentando assim a possibilidade de deslizamento das vertebras cervicais e sua luxação e ou fratura;vamos rezar wagner.pois a bruxa está solta.acidentes e fatos em duplicidade são uma constante(massa surtess) (barichelo ,senna, ratzinger)

  • Acredito que a segurança em corrida de automóveis é relativa, contudo, a condição de segurança do autodromo é essencial para minimizar fatos como o que ocorreu no domingo 19/07, maiores áreas de escape sempre serão bem vindas, destroços resultantes de acidentes certamente não chegariam a pista.
    Somente para listar alguns acidentes que poderiam minimizar as consequencias dos acidentes: Imola 94, Senna e Ratzemberger, Schumacher em 99, Greg Moore (condições da área de escape), Carlos Pardo (Nascar Mexicana) e outros.

  • Queria saber de fato qual a causa da morte… O capacete ficou inteiro após o impacto, n? É possível ver a roda saltando lentamente na pista e qdo toca o capacete do Surtees ganha velocidade. Mas n houve desaceleração do carro no momento do impacto, a cabeça do piloto deve ter ido bruscamente de encontro ao encosto do cockpit, mas ainda assim n seria um espaço grande o suficiente pra se quebrar o pescoço… quer dizer, eu acho…. pelas imagens n se vê um movimento brusco da cabeça, alguém aí sabe a causa exata?

  • Se desprendem com muita facilidade.

    Até a roda do carro do próprio Henry Surtees se soltou, quando ele bateu no fim da reta, já em BAIXA VELOCIDADE.

  • Para não ser parcial, digo que MM fez muito pela segurança dos carros (agindo sempre reativamente, diga-se de passagem), principalmente na F1, que eu mais acompanho. Agora visivelmente a “turma” relaxou legal na questão dos pneus… Que absurda a facilidade com que eles se soltaram do carro do Clarke e do próprio Surtees…

  • Um pouco mais de cuidado com a segurança dos carros, principalmente com os pneus, teria evitado essa fatalidade…
    Mas é Williams né? É Max Mosley né? Com essa dupla, é muita ingenuidade acreditar em acasos…

  • se há alguma questão de segurança aí é o fato de ainda colocarem categorias como A1GP e F2 para correrem em Brands Hatch, onde a área de escape é tão larga quanto o corredor lá de casa.

  • Para mim o que mais marca nesse lamentavel incidente é o fato de que o John Surtees que (sobre)viveu a F-1 das antigas, tenha que suportar aos 75 anos a perda tão precoce do filho único tão jovem.
    Com relação a segurança dos carros, a batida do Jack Clarke, nem foi tão forte assim para uma roda se desprender com tanta facilidade.
    E mais uma coisa a ser mencionada é a falta de segurança de Brands Hatch, tanto no local do acidente quanto em outros pontos, não há áreas de escape decentes.
    O carro bater e voltar, ou ele ou partes dele não é incomum, algo a ser revisto.
    Automobilismo é um esporte perigoso?
    Sim isso é um fato notório, porem ninguém precisa bancar o Kamikaze, e justamente por ser perigoso que pessoas trabalham para minimizar os riscos.
    A Lei de Murphy diz que “Se algo pode dar errado, certamente dará errado, da pior maneira possível e no pior momento possivel”, portanto precaução.

  • Fatalidade, é isto que aconteceu. Lembro que as rodas do f-2 tem sim a referida cinta para que não saiam voando pela pista, mas nada é 100% seguro. O que ninguém até agora reparou é que o carro que vinha logo atrás do Surtees, era do brasileiro Carlos Iaconelli. Este sim, nasceu de novo. A partir daí podemos repensar sobre destino, estar no lugar certo (ou errado) no momento certo (ou errado), enfim… destino.

  • Fatalidade, colocar a culpa nos dirigentes nesse caso é pura falácia. Poderia acontecer em qualquer categoria de cockpit aberto, com qualquer piloto, infelizmente aconteceu, isso é automobilismo, não da pra ser 100% seguro.

  • Como disse o Paulo, a roda do proprio Henry Surtees se soltou quando ele bateu no muro. É uma tragedia que ocorreu mais uma vez, por falta de segurança.

  • Fatalidade é, com certeza, a palavra adequada…correndo naquela velocidade, ele passar justamente naquele segundo que a roda passava é uma coisa muito triste.

    Mas, de fato, o mais esquisito foi a forma que a roda soltou, visto que o acidente nem foi tão grave, ou forte, assim..

  • Vc viu o vídeo três vezes? Eu vi uma dez até entender o que havia acontecido… Puta fatalidade. Aqui nos EUA os cabos de segurança são obrigatórios na IRL e Indy Lights (são chamados de Swems).

  • O Antonio Pizzonia disse, no Twitter, que os cabos de segurança são obrigatórios nas competições. Pelo que eu me lembre, essa obrigação é apenas na Fórmula 1. Tem que ver isso.

    O mais “coincidência” de tudo é que, mais uma vez, uma roda que se desprende de um carro construído pela equipe Williams e se choca contra a cabeça de um piloto – causando, consequentemente, a sua morte.

    Não é achar culpado. Mas foi no mínimo um desleixo da equipe inglesa em acreditar que uma categoria assim não poderia causar mortes…