A vitória e a sobrevida
SÃO PAULO | A corrida italiana em si estava delineada na estratégia, e é óbvio dizer que, enfim, a Brawn acertou finalmente numa que diferenciava das duas paradas — todas as vezes que apostou em três, se deu mal. Não à toa Barrichello estava pimpão ontem, e sua preocupação em Monza só se encontrava na eventual troca do câmbio.
E já que a peça não foi trocada, a questão era não errar na largada e se manter à frente de Button. Foi o que aconteceu, e a vitória veio até que fácil com as táticas “comuns” de Hamilton, Raikkonen e Sutil. Uma bela vitória numa reação das mais dignas e bonitas que se tem visto na F1. E vale destacar a postura de Barrichello: sem mais polêmicas ou insinuações de benefício ao adversário.
Desde o GP da Inglaterra, exceto na Alemanha — onde houve aquela “inversão” no fim da corrida — e na Hungria — largou muito atrás e estava sem cabeça pelo acidente de Massa, Barrichello vem tirando pontos de Button. O problema é que em seis corridas foram 12 pontos, média de dois, portanto. E Rubens precisa tirar agora 14 em quatro provas.
E para descontar uma média de 3,5 por corrida, há o Brasil. Será natural a torcida por Barrichello, tal como, ou até maior, o público que foi a Interlagos no ano passado fez por Massa. Se tiver chances, será a primeira vez que o brasileiro vem para sua casa na condição de postulante ao título. O grande entrave é o retrospecto que Rubens tem na pista paulistana.
Seria bom, então, que Barrichello usasse Cingapura e Japão como gorduras, vencendo e torcendo para que mais gente, McLaren e Ferrari, quiçá Force India e Red Bull, chegasse entre ele e o companheiro inglês, para que não tenha de vir ao Brasil tentando salvar um possível match point contra.
E se Barrichello tem, sim, chances de conquistar o título, é bom dar uma segurada no ímpeto que alguns já aplicaram em crer que Rubens pode ser campeão em Interlagos. É praticamente impossível. Barrichello, para ser campeão, teria de descontar os 14 pontos, abrir mais dez de frente e mais um por conta do número de vitórias a mais de Button. Ou seja, Barrichello teria de fazer 25 pontos em 30 possíveis e torcer para Button não pontuar.
O bacana disso tudo é que a F1, que parecia fadado ao marasmo da conquista prematura de Button, ainda é atração. Pena que quase na condição de detalhe por conta das novelinhas e séries paralelas dos personagens que fazem parte dela.
Concordo c/ o Leonardo, se o butão chegar atrás do rubens todas as corridas ele leva, mas vale lembrar que o Hemilton tenha um campeonato ganho e em duas corridas o jogou pela janela, não custa nada secar o Butão, BRASILEIRO NÃO DESISTE NUNCA. Da-lhe Barrica.
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Como já disseram, o Button marcou muito de perto o Barrichello e tirando o ufanismo ‘tuiteiro-massa’ global, acho que não vai ser assim tão facil alcançar o Button não (alias, pra variar, narração imbecil além da média, essa a de hoje);
Kovalainen não presta para pilotar a Mclaren (alias, nem carrinho de rolimã), tomara que venha o Rosberg…nem com um carro bom o cara anda, apanhou pra todo mundo e só ficou pra tras;
A estrelinha da Mclaren…sem comentários…ousadia é querer demais, pra justificar BARBEIRAGEM;
O tal do Grosjean só não perdeu para os que ficaram pelo caminho…alcagueta ou não, o NAP era muito melhor do que isso;
RedBull sentiu o tranco e não vai mais incomodar esse ano.
Palpite meu, o Barrichello embola mais, mas não dá tempo de alcançar o Button…e que o Massa volte de uma vez, pq não dá mais pra aguentar o falastão bueno…
Comentário bem coerente, o do Leonardo.
Victor. A questão da briga entre os dois pilotos da Brawn é que Button parece ter acordado.
Se não manteve o brilhantismo das primeiras provas, pelo menos nesta marcou Rubens de perto e chegou logo atrás do brasileiro. Basta fazer isso em todas as provas que o inglês será campeão sem sustos.
E se o inglês está sentindo a pressão, Barrichello uma hora também vai sentir. Principalmente em Interlagos, onde a pressão da torcida vai ser imensa por um bom resultado seu.
Tem também o fato de que em Cingapura, a Brawn vai correr à noite, sob temperatura de pista bem mais baixa, onde já sabemos que o carro não funciona tão bem.
Além disso, as vitórias de Rubens foram boas e tudo, mas nada de espetaculares e brilhantes, como alguns estão tentando fazer parecer. Tanto em Valência como hoje, a Brawn tinha o melhor carro e Button não está com o mesmo desempenho do início do ano. Claro que o desempenho de Barrichello cresceu, isso é óbvio, mas ele não fez nada de assombroso até agora. Mas deu mostras de que está vivo e pode incomodar e abocanhar o título se Button se mantiver inerte.
E, para concluir, Button mostrou que não é Schumacher. Por isso os títulos do alemão com tantas vitórias não podem ser desmerecidos como são.
No mais, é legal ver que o campeonato aceso de novo, sem a obviedade de um título antecipado para Jenson, mas também não dá para fazer esse oba-oba todo, essa euforia toda, como se Rubens estivesse ameaçando tanto assim o inglês. O brasileiro vai precisar torcer para que Button continue andando num nível abaixo do que andou no começo do ano e ainda para que ele tenha azares. Ou seja: situação difícil, mas não impossível. Para quem já era dado como aposentado a 1 ano atrás, já está de excelente tamanho.
O Rubinho tem que comemorar também o fato de que os pilotos da Red Bull deram definitivamente adeus à luta pelo campeonato.
Com a garantia de que o título ficará nas mãos de um de seus dois pilotos, Ross Brawn não terá motivos para privilégios.
Aquela inversão na Alemanha só se deu porque aquele momento era crítico, com a evolução da Red Bull e a perda de rendimento da Brawn.
Grande Rubens.
Esculachou no GP de Hoje. Seria melhor se Button tivesse ficado atras do Kova na primeira volta, perdendo assim muito terreno para RB.
Mas valeu !!!
Não sabendo que era IMPOSSíVEL foi lá e FEZ!!! ACELERA RUBINHO!!!!