Para refletir

SÃO PAULO | Estava ontem à tarde preparando um material para a próxima Revista Warm Up e entrevistando um psicólogo a respeito do episódio de 25 de julho, do GP da Alemanha.

Uma frase me chamou atenção: “A F1 não tem sido um parâmetro saudável e não tem agregado um fator positivo na formação psicológica, afetiva e social de um garoto. Eu não recomendo a F1 porque ultimamente tem sido um anti-exemplo de desportividade, de ética e de cidadania.”

Gostaria da opinião dos nobres internautas a respeito. Porque é algo que realmente tendo a concordar. E não só na F1.

Comentários

  • ATITUDES.
    Enquanto hoje, esperamos por uma decisão da FIA, se a equipe Ferrari, sempre ela, vai receber punição pela atitude do Cabeção Alonso sobre Massa, no GP da Alemanha, me recordo de uma “outra” atitude do Da Silva, ele mesmo! Ayrton Senna! Ao passar pelo fortíssimo acidente do francês Eric Comás em 1992 e perceber que o mesmo estava inconsciente com o seu carro atravessado na pista e entre muitos destroços e fumaça, pulou de sua Mc Laren em meio ao treino de classificação, se arriscando, correu ao seu encontro entre outros carros em sentido contrário para tentar preservar sua integridade física. Poderia haver risco de incêndio ou mesmo outra colisão e seria fatal para a coluna cervical, uma vez que o piloto estava desacordado. Quando da morte de Senna em 94, aquele F1 que saíu dos boxes naquele silêncio e só parou bem próximo do helicóptero de resgate, era Comás que disse: Ayrton me salvou em 92 e hoje, infelizmente cheguei tarde…
    Com certeza, se o Cabeção Alonso tivesse a chance de atropelar um forte concorrente, pela sua conduta nos episódios entre Piquet e Massa, certamente o faria como um incidente de corrida. Aos poucos, as atitudes vão revelando o caráter das pessoas. Poucos são os pilotos que tem méritos como: Emmerson, Lauda, Piquet, Mansell, Hill, Villeneuve, Häkkinen, Räikkönem e Da Silva, lógico. Um depoimento bombástico do tricampeão nos anos 70, Jackie Stewart mostrou sua diferença para esse seleto grupo. “Toda vez que acontece um acidente muito sério, aproveito para acelerar ainda mais e me afastar dos que psicologicamente estarão afetados pela tragédia”. Holanda 1973. Enquanto o mundo via ao vivo Roger Williamson morrer queimado, tentando ser retirado de seu F1 por David Purley, indiferente a tudo, o escocês acelerava mais e mais… Prá esse grupelho, cabem: Hunt, Schekter, Schumacher e Alonso. Em cima do muro: Prost e Hamilton.
    Saudades do Da Silva!

  • A F1 é a cara desses brasileiros que vivem da lei de Gérson, batem no peito dizem que vão votar no PSDB pela ética… mas apóiam concluio para ganhar uma grna no mole, cospem no chão, jogam lixo pela janela do carro, batem em mulheres, furam fila, emplacam o carro no endereço do parente do outro estado, sonegam impostos….

    Querm o melhor do primeiro mundo, mas ajudam o Brasil a não sair do terceiro..

  • A verdade é que o infelizmente, o ultimamente a qual o seu entrevistado se refere tem durado muitos e muitos anos. É absurdo que jogos de equipe e todo o tipo de manipulação ainda aconteça em alguns esportes, principalmente na F1. Além de ser completamente anti desportivo, eu me sinto – assim como muitas outras pessoas – como uma boba por perder gloriosas horas de sono aos domingos para assistir corridas manipuladas.

    A F1 vêm se perdendo de uns tempos para cá, não só no que diz respeito à esses jogos de equipe mas também quando olhamos pela vertente da infra estrutura em si. Sem querer tangenciar o assunto, mas já o fazendo, penso que há alguns anos, o capital passou a ser o norte da F1 em vez do esporte propriamente dito e todos perdem com isso. Perdemos com pilotos sendo manipulados, com corridas tediosas em autódromos lindos, porém patéticos que não oferecem a menor emoção para quem assiste. Enfim, continuo assistindo, continuo torcendo, mas não me agrada o rumo que a F1 vem tomando.

  • Só acho que a Fórmula 1 nada tem de esporte.
    Como se pode chamar um evento com tamanha disparidade entre os concorrentes, seja de recursos financeiros, tecnologia, poder de pressão nos bastidores, etc…
    Se fosse futebol, a Ferrari jogaria com 11 jogadores e a Hispania com 8…

  • Caramba!! Não sei o que deu no esporte!! Já não é mais esporte!! Agora são jogos de interesse com muitos já falaram!! Convenhamos, o dono do caixa, o cara que levou o Alonso pra Ferrari estava lá e, claro, nada mais natural que o “objeto do contrato” ganhe pra regozijo de todos certo? “Certo” então se faça o jogo de equipe. Mas pera lá!!! O Alonso socou 0,5s no Massa e tem feito isso com uma facilidade enorme!! “Ah tinha que passar no braço!” tinha sim, se fosse de outra equipe! Olha só, foi dito ao Massa diversas vezes “push!!!” e ele “push” porém o Alonso está muito mais rápido que o Massa durante a temporada toda, não é questão de primeiro ou segundo piloto, mas sim quem está mais rápido! Pois pelas bandas de Maranelo vale o mais rápido da temporada!! E quem está mais rápido este ano na Ferrari? Pra mim o Massa teve humildade de reconhecer que estava lento naquele momento e tentou de todas as formas inverter o quadro mas não conseguiu e teve oportunidade pra isso!! Fez o que achou que devia e pronto!! Alguém quer um kg de pregos Cabral?
    Agora exemplo moral em esporte faz muito tempo que não vejo e, segundo a sábia que me pariu, isso é responsabilidade da família e não do esporte!!! Educação se dá em casa!!! No esporte se pratica a educação recebida!! Que o exemplo venha de casa e não da rua, não vamos inverter o sentido natural das coisas!! Ou eu perdi o bonde da vida na estação que se deve educar os filhos na frente da tv?

  • Max Mosley (sado masô, nazista, bandido dos tempos da March – perguntem ao Alex Dias Ribeiro), Schumacher Dick Vigarista, Mafioso Briatore e sue assecla também bandido Alonso, espionagem da McLaren,… precisa mais ? Querida, tire as crianças da sala !

  • A diferença entre a F-1 e os outros esportes é que a F-1 faz na cara de todo mundo, os outros, escondido…

    Deve ser isso que o psicólogo quis dizer.

  • Lembro-me de ter lido declaração de Bernie Ecclestone, que a F1 não era esporte, era entreterimento…
    Estranho pensar assim, não é? MAs ordens de equipe realmente acontecem desde sempre, até que ponto nós com nossos ídolos, Emerson, Pace, Piquet, Senna, Rubens e MAssa não nos acostumaram mal em entender a F1 como o Campeonato de Pilotos e em segundo Plano o de Equipes? Parece que na Europa a ordem é inversa.. Primeiro o campeonato de Equipes e depois o de pilotos…
    A F1 é um centro de desenvolvimento tecnológico, e neste sentido se distanciou do esporte…
    Não sei onde vai parar… Pilotos excelentess como Stirling Moss e Rubens Barrichello sendo vices… e olha com um talento enorme…
    Decididamente acho que a F1 deveria se aprumar e buscar mais racionalidade em seu destino… Acredito que uma saída seria unificar o campeonato de equipes e o de pilotos, cada piloto com uma equipe, com um patrocinador cada. Sei que no início seria mais difícil, pois o desenvolvimento dos carros ficaria prejudicado.
    O automobilismo é meu esporte preferido, esporte sim, competição entre pessoas (pilotos, engenheiros projetistas), me incomoda carros iguais pois ai teríamos só pilotos, pagantes ou não com apoio de empresas de seus paises.. ou seja uma droga… Não acho um alonso melhor que um Barrichello, ou um Shumacker melhor que um Kubica, ou um Rosberg melhor que um Di Grassi…Realmente não é exemplo de desportividade, de ética e de cidadania. Experimentem ver corridas sem som e em P&B, aí todos os gatos são pardos, todos os vermelhos pratas e amarelos são cinza…

  • o José Augusto resumiu a coisa, é um esporte para quem gosta de automobilismo, e na atual conjuntura , é melhor ficar restrita a poucos; vide os internautas que sistematicamente maldizem o Massa e o Barrichello. uma lástima , de ignorancia e burrice juntos.

  • Creio que estão chegando à f-1 garotos muito novos sem aquela “tarimba” da arte de pilotar, ter os macetes de pistas, de disputas, etc. Chegam e ja qquerem sucesso e ser famoso para aparecer na mídia todo dia e ter muito, muito dinheiro. Não correm por desejo, vontade e mesmo amor ao esporte e sim amor à fama e dinheiro. Assim vemos exemplos pífios de pilotos como B.Senna, Karum, Sakon, Luizzi, Glock e tantos outros que em determinadas épocas passadas jamais conseguiriam chegar à categoria máxima se não fosse pela técnica e pelo braço.

  • Ainda bem que não tenho planos de ter fiho… sem falar que filho é coisa para rico. Ao mesmo tempo em que tive sorte em ser adotado por família bem posicionado (graças a Deus, NUNCA me faltou nada quando criança, tive TODOS os brinquedos e gibis que almejei, era o ÚNICO garoto da rua a possuir autorama ‘by Fittipaldi’ , etc), não tive idêntica ‘sorte’ no que tange à emprego com remuneração que permita, entre outras coisas, criar um filho. E, quer saber? não sinto necessidade de ser pai — minha vida está ótima (= sabem aquele personagem interpretado pelo George Clooney no fime Up in the Air? Mais ou menos nesta linha… adoro viajar e ficar em hotel!). Evidente, é opinião pessoal e NÃO quero causar transtorno à ninguém com minha decisão pessoal.
    With kind regards,

    Paulo

    • Caro Paulo!

      Ao contrário do que você expõe, tenho certeza de que o que falta para você é exatamente um filho. E ao contrário do que pensas, não precisa de muito dinheiro para se criar bem um filho, apenas muito amor e responsabilidade. Também gosto de viajar, viajei bastante enquanto solteiro, e hoje nada me deixa mais feliz que viajar com minha mulher e filha. E sabe aquele comercial do matercard do pai que assisti a f1 com filhinha, cara no dia que vc experimentar esta sensação, pode ter certeza de que nada mais lhe falatará.

      Um abraço

  • ah pessoal, poxa.
    a F1 é bacana. alta tecnologia, gente inteligente, estudada, viajada. tá cheio de pais, filhos, irmãos e agredados participando dela. tem donos, chefes, empregados, e todo o tipo de cargos complementares. evidentemente que um ou outro vivente faz alguma merda. mas onde isso não acontece?
    em mim não influencia nada as falcatruas, nem em minhas filhas e netos. apenas observa as mazelas e tento não fazer a mesma coisa no meu dia-a-dia. acho que tudo se resume a ter coragem.
    é preciso muita coragem para ser um cretino, mas o mesmo tanto de coragem para ser uma pessoa sensata, correta e coerente. e cada um que use a sua coragem como quiser.
    a unica coisa que filhos herdam dos pais são bens materiais. o resto nasce com a pessoa e ela viverá para sempre seguindo seus princípios.

    • De fato, o “e não só a F1” é mais do que apropriado. Gols com a mão, resultados arranjados, corrupção e negociatas, árbitros ladrões, envolvimento das “personalidades” nos mais variados tipos de escândalos. E só a F1 é mau exemplo? Aproveitando: não entendo o porque dos blogs de automobllismo estarem cheios de gente malhando o…automobilismo. Os caras odeiam mas não perdem nenhuma corrida. Isto sim o psicólogo deveria explicar.

  • PUTZ, QTA LADAINHA POR CAUSA DE UMA CORRIDA DE AUTOMÓVEIS, PARA NÓS É SÓ DIVERSÃO E QTO MAIS OS CARAS SE PEGAREM MELHOR, SEM SHUMI, ALONSO, HAMILTON E ESPIONAGENS À PARTE O QUE SOBRA? CARA, PARA DE FALAR DISSO, QUASE NINGUÉM PARA O QUE ESTÁ FAZENDO PRÁ VER CORRIDAS, SÓ NA ÉPOCA DO CHATO DO SENNA É QUE FICAVA UM MONTE DE MALA QUE NÃO SACA NADA DE CORRIDAS VENDO E FAZENDO UM MONTE DE PERGUNTA IDIOTA. O FANGIO FOI CAMPEÃO TROCANDO DE CARRO COM ASCARI E NINGUÉM FALA DISSO, LARGA DE SER CHATO, MEUS FILHOS NÃO FICAM NEM 1 MINUTO NA FRENTE DA TV PRA VER CORRIDAS, TALVEZ SE OS CARAS ESFREGAREM OS CONCORRENTES NO MURO… CADA VEZ FICA MAIS CHATO VER CORRIDAS, OS CARROS NÃO QUEBRAM, OS PILOTOS SÃO MELHORES DO QUE 20 ANOS ATRÁS, QDO CORRIAM DE CESARIS, BERG, REGAZZONI UNS CARAS MALUCOS QUE DAVAM TUDO NUNS CAROS SEM TECNOLOGIA E SEGURANÇA, COLOCA UNS PADRES PRA CORRER, AI CHAMA AS CRIANÇAS PRA ASSISTIREM, SÓ NA TV PORQUE NO AUTÓDRAMO OS PADRES PODEM ATACÁ-LOS

  • Só a F1? Desde quando os outros esportes de competição são um meio saudável? O futebol e seus cartolas, jogadores posando com armas, bebedeiras e surubas? Os esportes olímpicos seus dopings? Me vem na cabeça esportes como o volei, tennis e golfe, estes normalmente não aparecem no noticiário de maneira negativa, embora ainda pairem dúvidas quanto às apostas, principalmente no tennis. De todo modo, desde que o esporte tornou-se profissional veio acompanhado com toda a sujeira do resto dos negócios. A F1 é somente mais um negócio, como todos os outros.

  • Simples: os que acham a F1 hoje caso de polícia, também acham as novelas! Não afastem suas crianças, mas tenham a língua bem clara na hora de explicar todas essas anomalias psico-sociológicas! “Saibam educar as crianças e não será necessário punir os adultos…”

  • Concordo, mas em termos. Acontece que a F1 de hoje, comandada por muito dinheiro de grandes corporacoes nos brindam todos os fins de semana com a amostra vulgar de poder ($) (cit. Pantera).
    Só que este pensamento não é exclusivo da F1. É consequencia e não causa. Basta sair às ruas e perceber n-situações das quais não são exemplo de cidadania, hombridade, humildade, respeito mútuo.
    Na propria faculdade, no trabalho voce tem exemplos de que “money talks, baby”…
    Começa em casa, ensinando as crianças os bons valores. Sem uma boa formação em casa fica complicado. A mídia nos bombardeia a todo momento com exemplos ruins todos baseados na Lei de Gerson.
    O transito é a amostra mais fiel da Lei de Gerson. Grandes carros, pequenos cérebros. Cada um na sua. Cada um com seus problemas. Danem-se todos, é isso que pensamos, oras!
    A F1 é um reflexo do mundo materialista de hoje…

  • Mudança de conceito

    Admiro a F1 a muito tempo, desde so tempo de AS, mais ultimamente a F! não é mais um esporte, não tem mais essa caracteristica, é apenas um negocio, como todos os elementos de um negócio (os interesses da corporação (FOM e Equipes) vem em primeiro lugar. Não há o que reclamar em relação aos pilotos, pois eles ao entrarem sabem disso. Mais fica ridículo vederem, a tv etc como um esporte.

  • Sabe, Victor, concordo mas gostaria de registrar que não é apenas a F1 que tem sido assim mas o esporte como um todo. Lembra-se do Twittcam dos moleques da Vila Belmiro?
    Fato é que princípios como honra, respeito, esportividade, cavalherismo e similares não fazem parte mais de vários setores das diversas sociedades representadas na F1.
    O que vale é o melindre, a frescura , a falta de capacidade de saber que num jogo perde-se ou ganha-se , o monte de primas-donas que se acham acima do bem e do mal.
    Schumacher mostrou a cara, Alonso nunca me enganou e por aí vai. Depois dizem que eu reclamo pq ambas as “vítimas” (bem entre aspas) são brasileiras. Que nada!
    Eu me lembro de coisas muito piores e mais arriscadas do Villenueve pai que não chegam nem perto do risco do confronto Schumi x Barrica mas eram parte da vontade de vencer e do destemor do canadense.
    Voltando ao assunto: É lamentavel ver isso, especialmente para quem acompanha F1 a 35 anos. No entanto, cinicamente, digo que c´est la vie…
    Que Deus nos proteja! Abraços!

  • Realmente, eventos relevantes, dentro da pistas e que se refletem nos resultados e nas estatisticas, como SchumacherxHill (1994), SchumacherxVilleneuve(1997), Schumacher bloqueando treino em Monaco, Schumacher ganhando na Austria 2002(?) (depois devolvendo QUANDO NAO VALIA MAIS NADA …), McLaren copiando desenhos da Ferrari, Schumacher olha no espelho (pode ver o video) e vai espremendo DELIBERADAMENTE o carro da Williams, Alonso pede a posicao do Massa (porque a sua situacao está “ridicula”, e jornalistra defendendo tudo isso ( RAIVA DE QUE ?), achando que os bocos são os caras da RB, Schumacher defendendo a volta dos testes (que só beneficia os endinheirados porque tem MUITO TEMPO para desenvolver e escolher os melhores componentes (motor, freio, aerodinamica, etc) para si, em detritmento do companheiro. Qualquer engenheiro sabe: sempre existe um melhor componente, e no mundo onde as posicoes sao definidas nos centesimos de segundo. Schumacher fazia isso direto. Ficava horas e horas testando. Ele nem ultrapassava. Era ele e o relógio,definido pelos componentes selecionados nos testes. Hoje ele tem menos autonomia: pelo tempo disponivel e pela atual habilidade . Enfim, é um mundo onde tenta se levar vantagem indevida, o que é CERTAMENTE UM MAU EXEMPLO. Se continuarem defendendo essa postura, melhor ver outra coisa, tipo volei. Abraco.

  • O dia em que homens decentes comandarem equipes e a própria F1, essa servirá de exemplo para os jovens.
    Frase muito sábia e óbvia.

  • Menos, menos…

    É claro que o que aconteceu em Hockenheim não é exemplo para ninguém, nem para crianças nem para adultos.

    Agora, recomendar que não se assista F-1 é dose. Se for assim, não se deve assistir às novelas, por exemplo, porque são péssimos exemplos para a formação familiar. Ou aos filmes, porque muitos deles contém violência.

    Tudo é questão de filtrar e reter o que é bom. E, no caso das crianças, a figura do pai, mãe e da família conta como balizador fundamental.

    Eu assisti, por exemplo, a todas as sacanagens entre Senna, Prost, Piquet e Mansell. E não sou nenhum transtornado.

  • Ué, mas precisa de psicólogo pra concluir isso? Esta é uma noção que deveria ser senso comum, que todos deveriam compreender. Bom, se bem que se fosse senso comum, a F1 e outras modalidades esportivas não estariam assim, rrsrsrs, portanto a equação está equilibrada. Mas isso é a mais pura verdade, e continuo achando que o Felipe Massa tem que continuar sendo condenado pelos fãs porque o que ele fez foi um soco no estômago de todos. Ainda que eu nunca o achei um piloto digno de escuderias grandes (só está na Ferrari por outros motivos que estão acima do mérito próprio), aquele ato muito além de “espírito de equipe” foi de um individualismo, de uma sujeira incrível! Eu condeno muito mais o Massa pelo seu ato do que a própria Ferrari e Alonso. É mercenário sim e espero que em Interlagos ele escute isso das arquibancadas porque aqui não tem trouxa.

  • CONCORDO EM Grau , gênero e número, há muito a F1 deixou de ser um esporte, com embate onde vencia quem tinha as melhores qualidades, e nem sempre o melhor equipamento, mas alguma sorte por vezes. Acho que criou-se uma áurea em cima da F1 descabida, coisa egocêntrica, uma vaidade patológica, se eles soubesse o desprezo que têem criado em quem gosta de automobilismo rsrs. Eu não perco um fim de semana ensolarado mas nemmm. Não jogo pérolas aos porcos.

  • Olá blogueiro,
    Temos que concordar com o psicólogo sem dúvida porém é bom salientar que de maus exemplos para nossos filhos há um universo de opções: começando pelo chefe do executivo e toda a sua curriola, do STJ, do nosso congresso, de muitos jogadores e técnicos de futebol, de muitos artistas e porque não dizer também de muitos jornalistas.
    Cabe a cada família através de seus mentores educar seus filhos e dar-lhes exemplos e valores morais verdadeiros.
    Educação é tudo na vida de uma pessoa.
    Abs

  • Victor,

    Saudações!

    Realmente não é parâmetro nenhum, tenho dois sublinhos que acompanham corridas e não perdem uma, e infelizmente o que o psicologo disse é a pura verdade, mas como eles já acompanham alguns anos, é dificil tirar eles das corridas, mas meu Filho tem só 6 meses, não terei coragem de apresentar a F1 para ele, pois é bem provável que mude somente para pior.

    Abraço!

  • A F1 tem apresentado casos muito feios para seu público.
    Realmente não gosto disso.
    A F1 precisa em caráter urgente, retomar o espírito esportivo da categoria. Os negócios são importantes para sobrevivencia dos times, mais não seguram os torcedores e amantes do esporte, ao contrário.

  • Por mais que eu goste da Formula 1, sou obrigado a concordar com esse psicólogo. Cada vez mais a Fórmula 1 se parece menos com um esporte.

  • Que foi irritante e chato de ver realmente foi mas parem com esta baboseira de “nossa meu filho(a) está vendo esta coisa feia” ou “nossa que mau exemplo”.
    Estas mesmas pessoas que estão falando isto estão colocando seus filhos pra assistirem novelas a noite que mostram abertamente traições, trapaças, bandidagens, marido de uma saindo com a mulher do outro.
    Então, antes de postarem estes comentários pensem no que voces mesmos estão filtrando para seus filhos assistirem.

  • Acho que o psicólogo tá certo quanto à idade que uma criança presencia um fato como este, mas mais cedo ou mais tarde ele vai encarar isso na vida dele (escola, trabalho, família…). Culpa da F1?? Não sei não, pra mim o maior culpado foi o Felipe Massa ao entregar a posição (erro nº 1) e da forma que entregou (erro nº 2). Teria sido MUITO mais inteligente deixar o Alonso passar no “grampo” como se tivesse ocorrido de forma “natural”. Nenhuma criança estaria “sem dormir” após o ocorrido, sem chororô/mimimi… E a imprensa não dorme não, já tão divulgando que o Alonso “ignora” Massa na disputa pelo título. Alguém aqui (ou no resto do mundo) acredita que o Massa a 64 pontos (2x vitória e 1x 3º) do líder disputa alguma coisa? Imaginem o Massa com esses resultados e o restante (ALO, VET, BUT, HAM e WEB) não pontuarem… Já deu sobre isso!!

  • Poucos esportes, se é que algum, podem servir de algum bom exemplo pra quem quer que seja. No futebol, os jogadores tentam o tempo inteiro enganar o juiz ou pressioná-lo mesmo quando errados. No vôlei, jogadores negam toques em bloqueio, tentam convencer os juízes a seu favor, mesmo sabendo que o lance não deveria ser-lhes favorável. No handebol, puxadas e cutucadas pra atrapalhar o adversário são comuns. E tudo isso é justificado dizendo-se que “faz parte do jogo”. Isso sem contar os casos de doping na natação, no ciclismo, no atletismo… Na própria F1, além do caso em cena, são comuns os casos de equipes tentando burlar regras. Isso posto, concluo que o esporte competitivo, profissional não é bom exemplo pra seu-nnguém.

  • Os maus exemplos também servem para ensinar.
    A função dos pais é perceber o que é um exemplo de ética, superação e o que é um exemplo de práticas desleais e antiéticas, e explicar isso para as crianças.
    Os pais tem que educar seus filhos, porque o mundo está cheio de coisas boas e ruins.

  • Sempre foi assim. A diferença é que agora não temos mais brasileiros ganhando corridas (ou subindo ao pódio) com a regularidade de antes, então o sentimento de injustiça fica mais evidente.

    E hoje em dia esses episódios estão sendo investigados e punidos, e por consequência aparecendo mais na mída.

  • Sobre as criancinhas, as alemãs e espanholas devem estar bastante felizes, pois os seus pilotos têm a ajuda do companheiro de equipe, pensando no melhor para a time.

    Ainda sobre as criancinhas, ninguém lembrou das pequenas austríacas e italianas que torciam para Berger ou Patrese, que sempre trabalharam pela equipe.

    Talvez o erro não esteja tanto no esporte ou na competição. Acho que o erro maior é torcer por um piloto apenas por ele ser de um determinado país. É um grande motivo de empatia com a pessoa, por ela falar o mesmo idioma e dividir algumas identidades, mas isso não torna ninguém superior a ninguém, nem mesmo a seu companheiro de equipe.

    Somado-se a isso, temos algumas coincidências nos eventos recentes, envolvendo brasileiros e a Ferrari. Cria-se o sentimento de injustiça e perseguição que não existe. Contrapondo-se às coincidências anteriores, que por mais de 20 anos mantiveram diversos pilotos brasileiros no topo do automobilismo.

  • Olha victor.

    depois da prisão do goleiro Bruno e da presepada do Felipe, estive refletindo…

    poxa… a gente estuda… trabalha.. rala… pra ganhar um salário suado (ganho bem.. mas não posso marcar bobeira)…. e sabemos que você também ganha bem… mas não pode marcar bobeira..

    o fato é… o pessoal entra no esporte e ganha dinheiro inimaginável….

    então a gente se questiona: o que é parâmetro saudável? ralar bastante?

    ou ser esportista e ganhar bastante?

    no final, as pessoas esquecem das tretas e lembram com nostalgia..

    só lembrar que muitos pediram a volta do Schumacher, apesar da forma como ganhou os títulos!

  • Concordo com o comentário do Superman…Existem alguns bons exemplos na F1 também, como o título do Raikkonen em 2007, foi um bom exemplo de que não deve se desistir nunca hehe…mas nunca apresentaria Briatore, Alonso, dirigentes da Ferrari, dirigentes da F1 em geral, pessoas ligadas ao futebol a um filho meu, se seguisse o exemplo desses caras meu filho se tornaria um crápula

  • Quando do ocorrido com “Massa C de M ” no fatídico GP da Alemanha num dos meus comentários e também de outros internautas, foi colocado que muitos assistem aos GP´s com seus filhos e que realmente era terrível ver essas coisas acontecendo, imagina acordar três da manhã e ver isso.
    Acompanho já faz 26 anos, meu pai a 50 e minha filha a 3… colocando o despertador de sábado e domingo, 3 da manhã, 4 ou 5…foi duro levar mais essa apunhalada.
    Ainda esperando que os carros Ferrari percam os pontos daquela vergonha para o esporte.

  • Eu discordo. Deve fazer parte da formação de um caráter conhecer todas as nuances possíveis, ver o certo e o errado e entendê-los. Não basta viver no mundo da fantasia onde tudo é ético e esportivo, até porque quase nada é assim.

  • Claro que o Brsil reconhece toda a sujeira da formula I, e não recomendamos aos nossos filhos… Desde que o trapaceiro não seja o Ayrton Senna que jogou, propositadamente, o seu carro contra Alain Prost, que fez o mesmo com Senna… Neste momento houve todo o repúdio hipócrita dos brasileiros.

  • Acho isso uma baita bobagem. É a mesma coisa que proibir certos jogos de computador no país, completa burrice. Compra quem quer, e todo mundo sabe o que é certo e errado. A educação deve vir de casa, e não pela proibição e bobagens do tipo.

  • Alô Victor,

    Eu não concordo porque o que se vê hoje em dia, em todos os segmentos, seja no esporte, na politica, na polícia, e porque não, até na justiça, são maus exemplos.

    Em todos os esportes existem corrupção, picaretagem, gente querendo tirar vantagem. Quando não é mala preta, são árbitros incompetentes como tantos que vimos na Copa, são atletas usando artifícios como doping, então não concordo que só a F-1 é um mau exemplo.

    O que aconteceu em Hockenheim é reflexo do poder que impera no esporte em que os principais personagens, os pilotos, os atletas, ficam submissos à alto escalada dos interesses de cartolas, patrocinadores. Onde tem muito dinheiro em jogo o esporte fica em segundo plano.

    De uma ou duas décadas para cá ficou assim e será sempre assim daqui por diante.

    Um abraço.

  • É Alex…..Só que….Senna e Prost, ganharam um título cada, jogando o carro para cima do adversário, em manobras nada lícitas…Piquet era o rei da “catimba” (E eu fui torcedor/fã dele!!!), e o Mansell, não era dos mais seguros para se passar…Acho que vc não via a mesma F1 que eu….Ou então, está mal embasado em seu comentário.
    Em tempo, a F1 tem dinheiro demais em jogo para ser considerada exemplo de ética e esportividade, assim como a natação a nivel olímpico, o atletismo, o futebol, e outros esportes de elite….

  • Pois é, eu mesmo gosto muito de automobilismo, mas não pretendo transmitir essa paixão para o meu filho não. É difícil para uma criança entender o que foi feito na Alemanha, e as explicações para o ocorrido são contrárias à ética, pois traduzem o vale tudo pela defesa de interesses comerciais.

  • Não a F1, mas qualquer competição esportiva. No mundo em que vivemos hoje somente a vitoria interessa, o segundo é o primeiro perdedor, o que eu acho uma merda sem tamanho, imagine só vc disputar uma competição com 20 caras e ficar em segundo, significa que só teve um cara melhor que vc, bom alguns vão dizer que isso é papo de perdedor, eu não acho.
    Vale tudo para vencer, inclusive transgredir a ética e a moral contanto que o objetivo (vitoria no caso) seja atingido.
    No automobilismo temos as deprimentes ordens de equipe, que não são de hoje. No futebol, temos gol com a mão, penalti que não foi, juizes corrompidos para atender a interesses de apostadores.
    O que hoje chamamos de esporte não passa de negócio, entretenimento, onde existem “interesses” (dinheiro) envolvido, e vale lembrar que o homem é até capaz de matar por dinheiro, que dirá então trapacear em um competição.

  • Não sou ninguém pra confrontar o pscicólogo, mas, assisto a F1 desde pequeno e não acho que desagregou, nem agregou nada em termos de etica cidadania e talz, ainda acho q com uma boa educação pode-se muito mais que com os “exemplos” do esporte…

  • Eu disse isso no blog do Livio no dia seguinte ao ocorrido.
    O que se diz filhinho que a gente leva ao autodromo com a camisa e a bandeira do Brasil e da Ferrari e o massinha da uma daquela? O filho pergunta: “Pai porque o Massa diminuiu?” e eu disse: “Por causa de dinheiro meu filho”.
    Que lindo exemplo de esportividade e cidadania…
    Eu espero que ele nao fale mais em Brasil nem segure uma bandeira nossa se ele tiver q fazer isso de novo.
    Andre L.

  • Pois é, a F1 há tempos não é exemplo de esportividade pra ninguém. Antes da era Schumacher ( sr. Dick Vigarista mor…) aquelas corridas que viamos e nos dava uma imensa satisfação quando acabava, pq quem estavam guiando aquelas máquinas eram verdadeiros “competidores”. Tempos de grandes pegas com os campeões, Senna, Piquet, Mansell, Prost… e por aí vai… e outros pilotos que não chegaram a conquistar um título, mas escreveram parte importante na história da F1.

  • deveriam achar um jeito, de dar um limite para a interferência dos padrinhocinadores, o caso do alonso da pra se ver o quanto um banco tem participação na temporada de uma equipe, é só reparar no espaço que seu logotipo ocupa no carro.

  • A F1 espelha a vida. Principalmente a vida profissional. Ou alguém acredita que, em linguagem figurada, nos escritórios “fechadas” como a do Schumacher no Barrichello e tudo mais que se se vê na F1 (e em todos os demais esportes, não acontecem ao montes, por promoções, etc… É um exemplo a ser mostrado, sim, cabe aos pais orientar e preparar seus filhos para disputar com ética em um mundo que, em geral é bastante anti-ético… É possível vencer sem ser desleal, mas é preciso conhecer a deslealdade dos outros para não ser abatido por ela…

  • Me diga apenas 1 (um) programa de TV que sirva de exemplo para boa formação ética de um indivíduo e ainda agregue valores positivos em relação a sua formação psicológica, afetiva e pessoal e que seja legal? Não é apenas F1 ou esportes em geral, onde a mercantilização é evidente. A honra deixou de ser objetivo para virar motivo de chacota, a honestidade transformou-se em sinônimo de ingenuidade, a humildade é confundida com pobreza, a vontade de vencer é rotulada como interesse econômico, e assim por diante. Vemos isso diariamente em todos os setores da sociedade, como se fosse a coisa mais normal do mundo. É o homem exercendo toda sua inferioridade diante da natureza.
    Assim falou Zaratustra.

  • Acho que quem precisa de psicólogo é o próprio, porque o futebol é o esporte mais popular no Brasil, o que chama mais a atenção das crianças e é um balaio de mal exemplo que não acaba mais, é gente indo parar na delegacia a todo momento, e dá-lhe travesti, acidente de automóvel, envolvimento com traficantes e agora tem até assassinato no cardápio, as farras e bebedeiras já nem assustam mais, uma beleza de modelo, e também tem a roubalheira dentro de campo, mas que nada, ruim mesmo é o Schumacher apertando o Barrichello no muro, isso realmente nos deixa muito chocados, escondam as crianças porque daqui a três semanas, começa tudo de novo. HAHAHAHAHA

  • Olá Victor, meu filho tem 12 anos e corre de kart. Temos esperança que um dia chega na F1, inclusive ele é fâ do Massa(pelo menos até aquele domingo) e assitindo a corrida o Gustavo acordou e se postou diante da Tv sem querer tomar o café pois era o ídolo dele que estava em primeiro, pois que o dito levanta o pé para o Alonso. Resumindo perguntei a ele o que achou e disse Babaca.
    Victor foi triste ver no olhar dele a decepção do do que fez o ídolo, inclusive gostaria se pudesse enviar esta mensagem ao Felipe Massa. Não acredito que possa influenciar na cabeça dele negativamente, pois estamos aqui para orientá-lo em tudo e perceber o que é o mundo inclusive para quem sabe um dia ele estiver no lugar do Massa e tomar um atitude diferente.

    Sds
    Pedro Zimmermann

  • Esse tipo de disputas e polêmicas que tem acontecido na Formula 1 acontecem em qualquer outro esporte. Isso tudo graças a uma só coisa: COMPETIÇÃO. A competição é a base de todo esporte.
    Assim como no esporte, a formação de um adolescente será repleta de competições; e com certeza ele fará de tudo para vencê-las. Valeu RUBINHO!!! Vibrei como um golaço a sua ultrapassagem!!

  • A questão é: o esporte, em geral, é uma boa referência para o desenvolvimento psicológico, da personalidade, de ética, para um jovem? Falo de esportes onde a competição é o foco (existem esportes colaborativos). Afinal de contas, a idéia de vitória não é apenas um “mascaramento” para uma idéia mais profunda e antiga que é a própria destruição do adversário (como acontecia na antiguidade por exemplo), uma declaração clara de superioridade (e inferioridade daqueles que perderam)?

  • concordo.
    principalmente o futebol. nos anos 70, quando eu era crianca, tinham varios os pilotos e jogadores que eram vistos como herois, exemplos de conduta PUBLICA, (o que faziam entre 4 paredes nao interessa) agora, sao exemplo de bandidagens e canalhices e farras desmedidas.
    como disse antonio abujamra,”tudo so piora”…

  • Quer saber meus heróis morreram de overdose, nem por isso fiz o mesmo. Agora tá todo mundo sendo eternamente politicamente correto.
    Todos querem dizer que são certinhos em tudo, Ahhh chega de hipocrisia, se fosse ao contrário as falcatruas que andaram acontecendo na F-1 últimamente, ou seja a favor de algum tupiniquim, estariam todos aplaudindo e elogiando a esperteza, o jeitinho tapia.
    É o eterno complexo de vira-latas. E F1 pra mim não tem pátria, torço por quem gosto e não porque ele nasceu no país A ou “b”.
    Por isso sempre gostei de Jim Clark, François Cevert, Jackye Ickx, Gille Villeneuve e Alain Prost.
    Se gostaram bem, se não….
    Ahh quer saber é minha opinião e só a mim interessa

  • Então vamos deixar de ver corridas e não só de fórmula 1, vide caso de Hélio Castro (tanto o da perda de corrida quanto do escândalo com o Imposto de Renda), não vamos ver futebol, lembrando os últimos escândalos do Flamengo (Bruno, Adriano e Wagner Love), golfe (Tiger Woods) etc… Acho que a grande vergonha está nos dirigentes esportivos que tratam os esportistas como deuses e não como pessoas que cometem grandes erros e mesmo crimes.

  • O psicólogo está certíssimo.

    Como pode formar a personalidade de uma criança ou de um adolescente com os péssimos exemplos vistos na F-1?

    O que vale é o interesse dos mais fortes, dos mais poderosos. Essa asquerosa “Ética de Escritório”.

    Se um garoto acredita que pode vencer na vida agindo como agem os dirigentes e chefes de equipe da F-1, bem como alguns pilotos, ele se tornará um mau funcionário, um mau empregador, um mau chefe de família, um mau cidadão no geral.

    O bom seria usar a F-1 não como uma coisa saudável e legal, mas como um lugar cheio de exemplos de coisas anti-éticas e asquerosas que deveriam deixar o garoto esperto contra essas coisas que vão tentar fazer com ele ao longo de sua vida.

    Inverter os papéis: A F-1 é um exemplo de situações anti-éticas, e devemos nos lembrar delas para ficarmos mais previnidos contra elas na vida.

  • É preciso ter estomago para situações que envolvam seres humanos, dinheiro e disputas. A sujeira sempre aparece. O problema da Fórmula 1 é que a pobreza de espírito e ganancia por dinheiro já passaram do limite faz tempo.
    O que vemos nos noticiarios não é saudável para educação de criança. Não gostei de chegar em casa e ver que minha filha teve acesso a informação de como o casal Nardoni matou a filha. Mas é o que vende, a desgraça alheia.

  • Victor, no dia do episódio escrevi um texto sobre o incidente. Também sou psicólogo e no meu texto faço uma leitura do acontecido através de operadores da filosofia (em especial da visão de herói trágico de Niezscht), dos mitos e da literatura.
    Tentei enviá-lo para você através do site do Grande Premio da IG, mas não sei se chegou até você.

    Caso deseje posso enviá-lo, só preciso de um endereço de e-mail.

  • Olá Victor.
    Não concordo. Os garotos tem que ver a vida como ela é, os esportes são assim mesmo, um retrato da sociedade onde nem sempre vencem os mais honestos e competentes. Deixa a garotada ver as corridas que são muito legais.

  • O mundo capitalista neo-liberal( ultima expressão da chamada civilização ocidental) traduz tudo em perdas e ganhos do grande e cada vez mais hegemônico valor desta sociedade: “money”. O resto, pessoas, planeta, ética, solidariedade, justiça, é o resto; entulhos a serem removidos da trilha até aos objetivos perseguidos. Claro, preservando as aparencias para não chocar ninguém, tomar algum processo, coisas desagradáveis que demandam tempo e dinheiro para serem resolvidas e atrapalham o foco no essencial: “more power and noney”.

  • Opa, esqueci de explicar que o “As pessoas preferem ficar presas à reclamação do que partir pra atitude.” era voltado para o quê exatamente um pai/mãe enxerga como adequado pra formação de um garoto (e porque não, garota, vide eu :P), Victor. A F1 não serve nem de petisco nesse caso. O buraco tá bem mais embaixo.

  • Hmm, atitudes não tão éticas existem na F1 há tempos, porém também existiam as boas disputas por posições, vitórias..enfim, pelos melhores resultados. Hoje em dia a categoria causa mais pelos detalhes (jogo de equipe no caso mais recente) do que pelo motivo principal, que seria a corrida em si.

    Atualmente não sacrifico mais o meu sono para acompanhar as corridas como uma “obrigação de fã”. Tenho assistido somente algumas partes antes de cair no sono ou ficado só com as notícias. Perdi a capacidade de ver uma figura que eu possa admirar por suas qualidades e até mesmo pelos seus defeitos. Então perdi a motivação pra todo o resto.

    100% altruísta, puro e casto nenhum esporte é, isso é fato. E concordo que não é uma situação restrita à F1, atinge principalmente os esportes mais populares feito o futebol, porém essa indignação raramente vai pra frente, é puro fogo de palha. As pessoas preferem ficar presas à reclamação do que partir pra atitude.

    É como eu digo aqui em casa e penso que vale pra toda e qualquer pessoa (nesse caso, qualquer categoria): “Ninguém é perfeito, mas pode se esforçar pra não ser tão errado.”

  • Então que os garotos dele também não acompanhem mais futebol. Os ditos “craques” não são nenhum exemplo de conduta, dentro ou fora do campo. Se um jogador “cava” uma falta ou pênalti para salvar o time, vira herói. Se faz um gol visivelmente irregular (e o próprio atleta o sabe) e o árbitro validou, tudo bem, porque “futebol tem destas coisas”, uma desculpa esfarrapada para quando os fins justificam os meios. E por aí vai…

  • Ah, sim.. Concordo plenamente.
    É por isso que recomendo futebol a todos, lá não existe nada de imoral, criminal ou anti-ético.
    Nem no golf…
    Nem no tennis…
    Parece até que quando nos tornamos adultos deletamos tudo o que vivemos e parece que não sabemos o que nos influenciava quando pequenos, nos tornamos pessoas horrorosas por termos visto Schumacher jogar o carro para cima dos outros, ou por termos visto jogadores fazendo embaixadinhas para provocar o adversário no meio de um jogo importante…
    Crianças matam quando adultas por jogar games de tiro.
    Sem dúvida.
    O tema merece a revista inteira. De preferência suportada por opiniões dos mais diversos líderes das mais variadas religiões. Ficaria show!

    [Agora a parte séria]
    Faça-me o favor…
    Basear a formação de um indivíduo somente em exemplos é um equívoco. Além do mais, acho que não encontrará nem mesmo fora do âmbito esportivo alguém que possa ser exemplo. Desvios ocorrem em qualquer esfera. Basta chegar para o pequeno e explicar a situação que ele certamente não ficará assustado ou traumatizado e continuará a curtir o esporte que é bom demais.
    Eu pularia a página da revista que tivesse a reportagem “psicológica”. Mas esse sou eu. Entendo que outros amigos do blog possam se interessar.
    Um abraço.

  • Não. Assisto F1 desde 2006 e não sou mau caráter. Quem se deixa influenciar é tão fraco quanto quem sai matando todo mundo e põe a culpa no GTA. F1 não é a “vida real”. Salários absurdos, preparo físico absurdo e tecnologia absurda.

  • Existe esporte profissional sem patrocínio? Hoje em dia, tudo é interesse. Porque que ao invés de escrachar o piloto, a gente simplesmente não baixa as expectativas e vive a realidade? Quem não quiser, que vá assistir corrida de kart amador. Lá sim, o esporte impera. Como disse o Coulthard, “acordem”.

  • Ultimamente? Desde quando tem sido? Senna jogando o carro sobre Prost e vice-versa, Senna QUASE batendo no Schumacher, Piquet BATENDO no Salazar… Austria 2001 e 2002,… isso sem falar nos antigos, que tambem dao um caldo bom…. O negocio e que ninguem ve F1 pra ter exemplo, mas sim porque adora carros e velocidade.

  • Mas isso é baseado em respostas dissimuladas em algumas entrevistas que os pilotos dão, além de troca de farpas entre pilotos, comportamento arrogante e egoísta de outros? Ou pelas ordens que equipes dão para os pilotos se esborracharem em paredes, saírem da frente e sei lá mais o que? Ou seria ainda por que tem equipe que pula o muro pra ver o que o visinho ta fazendo? kkkkkk
    É meu amigo, o problema envolve as montadoras de veículos, e a máfia por trás da F1 é grande.

  • O esporte em geral deixou de ser um bom exemplo. Vide a falta desnecessária que um certo jogador brasileiro fez em um jogador da Holanda na última copa do mundo. A propósito, os astros do futebol, com seus escandâlos freqüentes, são bons exemplos? Me pergunto se automobilismo algum dia foi bom exemplo. Eu adoro automobilismo e F1, e tenho dois filhos. Várias vezes já me perguntei se um esporte onde um acidente fatal pode ocorrer a qualquer momento deveria ser assistido por crianças. Cheguei à conclusão que é um parâmetro individual, que cada um deve seguir de acordo com o que pensa. Assim como conheço pessoas que assistem lutas de vale-tudo com os filhos, o que não acho correto. Eu levo meu filho mais velho aos autódromos; mas sei que estou expondo ele não só a imagens fortes, mas também a riscos (ou quem vai ao autódromo não acha que pode sobrar algum pedaço de carro voando na arquibancada)?

  • Concordo, em genero numero e grau, com o psicologo, e com você também.
    Cada vez mais, os esportes estão deixando de ser um exemplo de superação e se tornando um mau exemplo de competição.

  • Realmente concordo, e acrescento o futebol (basta prestarem atenção no comportamento da maioria dos jogadores e até mesmo na gestão de modo geral, como a CBF e seu imperador, os clubes) e outros esportes como o basquete (lembram da confusão em um dos jogos de uma decisão meses atrás?), o COB (mais uma versão do imperador).

  • OK essa frase tem muito de verdade. Mas qual a conclusão/recomendação afinal? Parar de ver e falar sobre F1, futebol, politica, basquete, sindicatos, associaçoes, etc, etc, etc???

  • Em tudo onde há muito dinheiro envolvido, os outros valores tendem a ser sobrepujados. A F-1 moderna, assim como a maioria dos outros esportes, tem dado repetidas mostras disso. Não é romantismo ou saudosismo, apenas uma constatação.

  • Acho que tudo depende da perspectiva. Se formos pensar como o mundo caminha nos dias de hoje, onde a competição e a necessidade de ganhar supera a importância da ética, a F1 é SIM um bom exemplo. Assim como o futebol de ponta. Assim como as grandes empresas. Assim como os bancos, os governos…
    Agora, se quisermos que nossos filhos sejam pessoas melhores, pessoas altruístas, que se importam com os valores humanos – que observe, é o meu ponto de vista – deveríamos mesmo reavaliar quais canais de televisão deveremos deixar nossos filhos assistirem.

  • Há razão na frase. Torcemos para mostrarem logo um layout de um novo carro, um capacete novo, um piloto com as cores da nova equipe e quando tudo começa, vemos apenas cores. Corridas sem ultrapassagens. Ultrapassagens sem luta. Comenta-se mais do que ocorre fora das pistas do que dentro dela. E quando comenta-se o que ocorre lá dentro, a maior parte é sobre coisas vergonhosas. Acompanhamos na esperança de que os anos 80 retornem e mostrem aos meninos de hoje o que é competição de verdade. A F-1 está formando pequenos seguidores de Maquiavel.

  • Acompanho F-1 desde que me entendo por gente, chorei quando Senna morreu, da mesma forma que vibrava com cada corrida que ele vencia era muito pequeno, mas sabia exatamente quem era meu idolo e todo santo domingo estava na frente da TV pra ver aquilo que imaginava ser a melhor coisa do mundo e realmente era.
    Hoje o que interessa é dinheiro, não quem ganha, quem perde, e sim como vamos ganhar mais, não quero dizer que isso começou hoje, até por que sabemos que já existia, mas as corridas eram feitas para os pilotos serem os protagonistas, não equipes, empresarios e patrocinadores.

  • Não sei se concordo com isso, não, Victor.
    Primeiro, porque você pode analisar a Fórmula 1 como uma disputa entre equipes e, como tal, algumas coisas podem ser consideradas éticas e desportivas, ainda que não sejam os melhores exemplos de ética e desportividade individual. Ou seja, nesse prisma, depende do parâmetro ou ângulo que se olha a questão.
    Depois, você pode pensar que os maus exemplos, devidamente destacados como maus pelos comentaristas do esporte, podem servir para a formação psicológica, afetiva e social, desde que destacados como condutas que, em tese e a princípio, não deveriam ser repetidas por outras pessoas ou desportistas.
    E, finalmente, há que se responder: do estrito ponto de vista do espectador, o esporte deve servir como entretenimento ou como ferramenta de formação moral?
    Tendo a não concordar.
    Abraço!

  • Caro Victor,

    Tanto concordo com a frase, que desisti de incentivar meu filho de 9 anos a assistir F1, desde que na corrida citada ele me perguntou: “Papai, porque o Felipe deixou o Alonso ultrpassá-lo???”
    E eu gaguejei pra responder…

    • Tato é tudo na formação do moleque. Entendo sua posição; seu ponto de vista. Mas, quem sabe, vc não poderia ter contornado a situação, explicando o real valor de trabalhar em equipe?
      abs

  • Martins, com a Ferrari agindo como ela agiu naquele GP e pior, com varias pessoas do meio da F1, como o próprio Ecclestone, apoiando jogos de equipe como aquele a ponto de já existir um pensamento de regularizar tal jogo, fica dificil discordar totalmente do seu amigo psicólogo…

  • Não. Mas isso é apenas um reflexo do mundo, que relativiza a moral sem a menor vergonha.

    Fórmula 1 deve ser tratado como entretenimento e só. Pobre de quem acha que piloto deve ser exemplo, que chefe de equipe deve colocar o esporte acima de seus lucros e coisa assim. Portanto, parem de levar um mísero autorama gigante a sério.

  • Esporte de alto rendimento algum é parâmetro saudável. Esporte só é interessante quando associado à educação e saúde, o que nem de longe acontece quando se trata de alto rendimento. Aliás, esta devia ser a preocupação do Ministério do Esporte, e não financiar CBA, COB, CBF e afins.