O (mesmo) grid de 2011

SÃO PAULO | Vamos a uma previsão do grid de 2011 com base no que tem se falado e no que já está confirmado para o ano que vem, na ordem em que o campeonato se encontra:

Red Bull: Webber e Vettel
McLaren: Hamilton e Button
Ferrari: Alonso e  Massa
Mercedes: Schumacher e Rosberg (porque Schumacher gosta de correr com número ímpar e trololó)
Renault: Kubica e Petrov/Heidfeld/Glock
Force India: Sutil e Liuzzi/Di Resta
Williams: Barrichello e Hülkenberg
Sauber: Kobayashi/De la Rosa/Perez/Gutiérrez
Toro Rosso: Buemi e Alguersuari
Lotus: Kovalainen e Trulli
Hispania: Senna/Chandhok/Yamamoto/Klien
Virgin: Glock/Di Grassi/Razia

A F1 de 2010 para 2011 vai mudar muito pouco. Há neste cenário três questões principais:

1) As equipes se acharam com os pilotos que têm. As principais: a Red Bull, mal ou bem, conta com uma dupla que lhe está dando vitórias com um carro amplamente superior. A McLaren mantém dois pilotos de alto calibre que não digladiam entre si e tem posturas em pista opostas, mas que dão resultado quando o carro é competitivo. A Ferrari, em sua vã filosofia de sucesso, tem um piloto com desempenho acima do seu companheiro, porém ambos bem acima da média numa avaliação geral. A Mercedes vai seguir com um querendo explodir há um certo tempo e outro que explodiu e tenta recompor seus estilhaços. E a Renault tem um superpiloto e precisa ter outro que o ajude a evoluir — e pode ficar com Petrov, desde que o russo seja aquele que correu na Hungria.

2) Quem vir da categoria de base será mais por questão de grana — no caso dos mexicanos pela Telmex do zilhardário Carlos Slim — do que por habilidade, ainda que a tenha. Tem Maldonado nessa esfera, mas convenhamos que o venezuelano não seja um primor de piloto — até pelo que fez nos anos anteriores. A GP2, então, ainda é um campeonato que oferece pilotos à F1, mas muito menos qualificados que antes, e a decadência tem sido acentuada a cada temporada. É que no começo, a GP2 pegou gente que sobrou ou estava na boca para entrar na F1 — tipo Pantano, Di Grassi e Glock — e hoje é um celeiro de competidores em sua maioria com uma polpuda conta bancária ou patrocinador “fiel”. Daí, caem como uma luva em equipes da F1 que precisam da mola propulsora, vide a Sauber e a Hispania.

3) A ausência total de testes ao longo da temporada e o mês único que é permitido na pré-temporada serve como item decisivo para que as equipes joguem o ‘como está, fica’. Quatro semanas de treinos são ínfimas para que um piloto se ambiente a um novo sistema operacional — do time e do carro. Ele só se acostumaria ao longo dos fins de semana de GP, e aí seu ano estaria comprometido.

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