Sem a fatia do bolo

SÃO PAULO | Outro dia conversava com um bom amigo e sabedor do noticiário do automobilismo nacional, e ele me dizia, em tom indignado e melancólico, que no máximo 1/4 das equipes da Stock Car goza de saúde financeira aceitável, dentre elas as duas equipes de Andreas Mattheis (Red Bull e A.Mattheis), a RC e a Full Time.

As demais, me contou este amigo, já fartas com tamanho prejuízo, tentavam nos bastidores um acordo entre elas para batalhar por seus direitos para não quebrarem e se extinguirem — daí todo o lero-lero que existe sempre na questão do rebaixamento das equipes; o fato de a definição do descenso acontecer na nona das 12 etapas se dá para ver como as rebaixadas reagem e, muito provavelmente, se livram do espólio.

A indignação é crescente, até porque, segundo elas, a Vicar está concentrando todo o dinheiro dos patrocinadores e não repassa aos times. Em tempo: só o patrocínio da Caixa, patrocinadora principal da categoria, é de R$ 16,9 milhões.

Comentários

  • Adoro automobilismo,e acompanho todas as categorias pelo mundo,há mais de 50 anos,qdo fizeram a festa de despedida pro Ingo,ano passado e apresentaram o carro novo,eu disse pro jefferson e pro Luizão(Zuffo motorsport) que do jeito que a Stock caminhava,não duraria mais 5 anos,me referia na época só a custos,nem mencionei a falta de respeito com os fãs,pela rede que promete transmitir as provas e não transmite,o desreipeito a equipes e pilotos pela ‘ fornecedora’ de pneus ,que promete premio e não paga!um monte de gente que se julga mais importante do que quem faz o espetaculo,e recebe salario pra ser ‘ASPONE”acho que ja tá bom né?e ainda ,neste aspecto temos muito que aprender com os Argentinos,os nossos carros são só mais bonitos que os deles,O RESTO………………………………

  • Adoro a categoria, mas concordo que a organização é ruim, e principalmente as decisões extra-pista, tais como a punição ridícula que tirou a vitória da Daniel Serra umas corridas atrás. Como fã da categoria já fiquei muito frustrado e nem assisti a última… agora imagine para um patrocinador que põe milhões naquilo… acabam deixando a categoria mesmo (vide Sky). Infelizmente a categoria vai por um mal caminho, bom espetáculo, mas má gestão… apenas se as equipes se unirem podem mudar um pouco o jogo (mas as picuinhas são muitas entre elas tb…)

  • Deixa eu tentar entender as conversas acima. Sugere-se que o blog aqui apoie a categoria, mas que tipo de apoio seria esse? Algo que mudaria o quadro pré falimentar de vários times? Voltando à origem da conversa, foi simplesmente divulgado que equipes estão à beira da falência e pretendem se organizar para reivindicar apoio. De quem? Do blog? Não, claro, mas do promotor do evento de que fazem parte. Se a informação de que quase R$ 19 milhões entram apenas de um patrocinador, a conta deve ficar bem mais interessante se forem somados os dos outros, Esso/Mobil, Goodyear, GM, Nextel, Medley, Fremax, Ecopads etc. Qual é esse número? Ninguém nunca saberá, mas se o “naming rights” rende 19, pode no mínimo dobrar a conta, para ficar por baixo. Quanto custa em média para organizar uma corrida? R$ 1 milhão. Adicione-se que provas como Ribeirão Preto e Salvador são subsidiadas pelas prefeituras e essa conta da organização amortiza-se bem. Conta simples. São quantas equipes? 16? OK, pegue o valor do “naming rights” e divida entre os times, que fazem o grid, que fazem a categoria, que materializam as promessas colocadas nas propostas de marketing. Este sim é o apoio que deve ser dado, não o de um blog, ou da imprensa.

    • Conta fácil e prática. Muito bem, magalhães. É isso. Incentivo não vem de imprensa, vem de patrocínio e direitos de arena. Imprensa até critica porque a verdade deve ser clara e não camuflada, abafada, como alguns querem que seja. Isso não é jornalismo que se preze.
      O fato é: as equipes fazem o circo acontecer e ficam à margem das negociações dos patrocínios. Jogador de futebol ganha por direito de imagem. E só precisam saber jogar bola. Uma equipe, que tem um monte de grana investida, que arrisca batidas, contrata pilotos e outros tantos para compor o time, vê suas provas serem mal negociadas para serem transmitidas por um canal de TV que está pouco se lixando tanto para a corrida quanto para os telespectadores, fica a ver navio na hora do racha da grana. Vai tudo para uma conta só. em outras categorias também é assim. Isso não é um privilégio da Vicar. É preciso mudar esse curso, senão vão mesmo é ficar sem rumo.
      Walter, porque se defez de sua equipe, já que disse que foi dono de uma na pick up racing? Faltou incentivo da imprensa? A imprensa foi que te quebrou? Melhor sorte na próxima investida e cuidado com as corridas no Brasil. Aqui o dinheiro vai para poucos enquanto muitos trabalham. Uma hora isso tem que mudar e é o que as equipes estão pretendendo, se bem entendi o que o “passarinho” (como disse o Pedro lá no início dos comentários, em tom de reclamação) contou para o Vitor.

  • Bom dia a todos…Ja tive uma equipe de stock car de 98 a 2001, no qual tambem era piloto, e corri sempre sem patrocinio, na epoca ainda era razoavel o gasto de US$ 200.000,00 ano, mas com a entrada dos V8 e o aumento absurdo dos custos ficou impossivel tentar viabilizar uma carreira profissional no automobilismo, e Brasil e muito dificil pela falta de profissionalismo do setor de Marketing esportivo, como ja divulgado em varias materias neste site.
    A um tempo atras foi feito um campeonato de basebal aqui no Brasil, no qual o maior patrocinador era a Liga Americana, como comentado na materia, estamos a ano luz do marketing americano, como piloto sei que a uma parcela muito emocional no automobilismo, por isto ele ainda existe no brasil, onde nas categorias de base, quase 100% dos carros sao custeados sem patrocinio nenhum, como alguns falam com os endinheirados…..nao acho que esteja certo ou errado, so temos que nos focar num problema mais macro, com toda uma viabilizacao do esporte em geral, leis de incentivos, juntos com parcerias privadas.
    As federacoes do esporte amador no Brasil e uma piada, nao so no automobilismo, ja tivemos casos absurdos como a do Judo, onde Aurelio miguel no foi para olimpiada, o proprio GUGA, na participou de varios torneios em protesto, o Basketbal, ja sao 3 olimpiadas sem participar, como podemos ver o problema e muito maior que ficar falando de 3 milhoes para ca ou para la, temos que comecar a mudanca geral do pais.
    Mas pela pouca experiencia que tenho, cada um tem que ver o que e melhor para si, pois a mudanca macro, estamos a ano luz de se fazer.
    Abracos a todos

  • éeeeeeeeeeeeeeeeee

    o Tal de Carlos Cool, virou definitivamente, um Ecclestone

    esse é mais um que esta só pensando em ganhar grana

    e os pilotos e equipes que se f……………………..

    Ronie

  • Manter uma equipe é complicado em qualquer categoria do mundo, ainda mais numa categoria onde os interesses dos dirigentes não parece ser o automobilismo. Há uns oito ou nove anos, acrediteva que a Stock poderia ser uma categoria realmente grande com grandes patrocinadores, corridas mais longas, mas me enganei, a cada noticia que vejo sobre a categoria o pessimismo aumenta. Se faz muito pouco pra divulgar a categoria, e não estou só falando de espaço na TV, com transmissões de corridas e materias nos programas de esporte, mas tambem de licenciamento de produtos relacionados à categoria, e promoções que realmente façam o publico sentir vontade de ir ao autodromo ver uma corrida, temos muita gente competente na Stock, só que o automobilismo parece ser interesse apenas de equipes e pilotos. 16,9 milhões é um valor bastante alto, imagine isto investido em algum projeto social que visa a formação de atletas, seria um investimento melhor pro dinheiro DO POVO, já que não parece ajudar muito as equipes da Stock.

  • Já começa errado no contrato de televisionamento… com este história de transmitir “em pedaços” a corrida. Que patrocinador quer isto. A VICAR deveria fechar com outra emissora (Record, talvez) que se proponha a mostrar o campeonato na integra. Assim iria criar a tradição de ter corridas ao vivo, nos domingos, como acontece com F-1, F-Truck, F-Indy, etc.

  • E uma pena a maior categoria do brasil esta no fim se nao baixairem os custos de peneus ,motor,pecas realmente vai acabar como tantas outras categotias acabaram a vicar a jl so eles ganham e ganham muito e uma pena!!!!!

  • Victor,
    Vossa função é informar sim e isso vocês fazem bem, porém toda e qualquer opinião contrária ao ponto de vocês e tratada de forma não muito educada.
    E não acho que o papel da imprensa seja apenas informar. A imprensa, informa e forma opinião. Todos vocês são extremamente importantes para fazer com que as coisas andem no caminho correto.
    Destruir uma categoria não ajuda o esporte.
    A pergunta seria: Como podemos melhorar? O que podemos fazer para ajudar?
    Repito, a função de vocês é fundamental para que isso aconteça…
    Sem ódios, com respeito e com a qualidade e credibilidade que vocês tem.
    att

    • VM responde: Desculpe, Walter. Opinar é uma coisa — uma das funções deste blog; do Grande Prêmio, não. Você está pedindo que a gente incentive. É outra coisa. Não é nossa função incentivar uma categoria que ganha R$ 17 milhões e tem suas equipes operando no vermelho, que tem diretores aplicando punições por seus gostos e desgostos, que muda regras. É função da categoria incentivar, apoiar, etc.. Espero que entenda a diferença.

    • É complicado! Pelo que entendi, o negócio é fechar os olhos às falcatruas da Vicar e fingir que estamos no “Maravilhoso Mundo de Bob”. Nada acontece de errado, todos são felizes, a Globo finge que apoia transmitindo partes das corridas… O sonho de todo político é que as pessoas vivam assim, como se tivessem passado por uma lobotomia e tudo está bom. Isso pode acontecer com o povo em geral em relação à política, com a massa torcedora do futebol, mas com o seleto grupo que acompanha e é vidrada em automobilismo e tem portanto um pouco à mais de dicernimento, isso não cola. Em resumo, tenho pena das equipes e pilotos da Stock que ainda se sujeitam às maracutaias da Vicar e às imposições da Globo.
      Está na hora dessa gente se mecher.

    • Walter,
      Por te conhecer tão bem, assino em baixo tudo o que vc escreveu.
      A imprensa tem a função de informar.
      Jornalistas são formadores de opinião e levam a notícia aos leitores, que obviamente crêem naquilo que estão recebendo.
      Porém, a imprensa tem o poder de detonar uma imagem ou levantá-la.
      Nós, que respiramos automobilismo e dependemos dele, sabemos a realidade e não é tão horrorosa assim.
      Essa matéria tem 2 anos… e aí? A Stock Car continua firme e forte!
      Infelizmente raros jornalistas elogiam a categoria, ou motivam o público.
      O Esporte, seja qual for, precisa de apoio.
      Em qualquer empresa ( seja lá qual o segmento ) tem seus problemas.
      Talvez eu seja otimista demais e consiga enxergar o melhor do Automobilismo.
      A categoria tem q incentivar e apoiar sim, mas não creio que sua função , Victor, seja apedrejar. Até porque sabemos que você e a Stock não se bicam…

  • Por que todos vocês que trabalham neste site se acham os donos da verdade?
    Somente vocês podem ter opinião, é isso?
    Fui dono de equipe na Pick-up Racing e sei da bagunça que é a organização deste evento. Porém temos que respeitar o trabalho de incentivo ao automobilismo.
    A Stock – e por favor respeitem equipes, pilotos e patrocinadores – é uma grande categoria que conta com problemas de gestão e devemos incentivá-la.
    Não entendo o que vocês contribuem ao desenvolvimento do esporte a motor somente falando mal da categoria.
    É claro, que o automobilismo brasileiro parou no tempo e parou de desenvolver grandes talentos em monopostos e temos que buscar formas para tentar incentivar novamente isso.
    Mas não acredito que seja em detrimento de um ou de outro.
    att

    • VM responde: Ou seja, você admite que é uma bagunça e uma desorganização, e quer que a gente incentive… bem, quem precisa incentivar é a Vicar ou uma empresa de marketing. O papel dos jornalistas do site é informar. Obrigado.

  • Caros, TÁ TUDO ERRRADO !

    Reamente muitos estão certos do que dizem. Hoje estou dentro da Stock e tenho acompanhado de perto um dono de equipe que ganha dinheiro em um ano e perde em dois , nessa razão.

    A conta é simples. Para se ter uma equipe com orçamento decente precisa-se de 3 milhões de reais no total. Isto porque correr o carro novo é bem mais caro. Sem contar a equipe de mecânicos para o pit stop e todos os treinos. No fundo meu amigo dono de equipe entende o seguinte:
    Existe um batalhão de profissionais vendendo a stock para equipe e pilotos, mas estes só vendem para engrossar os cofres da vicar e da JL.
    O Campeonato de equipes por sua vez é um absurdo. É a fórmula que a Vicar e Cia encontraram para controlarem as equipes. Um puta absurdo porque a sua equipe vale , se valer 2 milhões ( quase 1 milhão os 2 carros), para correr e ficar no jogo você precisa levantar 3 milhões por ano!. O fato de ter rebaixamento, tira qualquer valor agregado de cada equipe impossibilitando trazer parceiros e sócios a longo prazo. Precisa-se apenas 1 ano ruim para cair.
    Também muitos patrocinadores trazidos com arduo trabalho de alguns, depois de um tempo acabam ficando nas mãos de poucos.
    Se existe verdade nestes quase 17 milhões de “naming sponsor”, TÁ TUDO ERRADO !

    Tenho pena desse meu amigo chefe de equipe .. TROUXA !

  • O bolo já está mais do que “passado”, não dá mais para fatiar, se não, esfarela mais ainda do que já esta esfarelando…
    Esse é o problema.
    R.I.P. Stock.

  • eu q sou funcionario da caixa estou indignado com essa quantia desperdiçada nesta porcaria de caegoria q ta acabando com o automobilismo brasileiro.

  • Bom, eu ja fui envolvido pessoalmente com a stock car, mas prefiro nao comentar aqui o tanto que eu era envolvido, mas fazia parte de uma das equipes que ja existiram, posso dizer que muito que eu li, receio que seja verdade, mas gostaria de acrescentar algo… Como se arruma um patrocinio de 2, 3, 4 milhoes de reais, sendo que a cobertura da categoria na televisao eh pifia, e se voce nao esta no top 8, ninguem sabe que seu carro esta correndo, que empresa vai se sentir honrada dando um dinheiro desse, e nem ve seu carro na televisao ? isso eh um fator tambem que as equipes reclamam muito.

  • A equação é igual em todo o automobilismo mundial.
    Para se ter uma equipe forte, é preciso um bom capital inicial, para bancar uns 2 anos de bons resultados, para ganhar credibilidade. ai será possível, conseguir bons patrocinadores, bons técnicos e bons pilotos.
    Acontece que no Brasil a maioria das equipes é dirigida por ex-pilotos ou ex-mecanicos, que tem pouca experiencia administrativa.
    Quem não tem isto entra na espiral descendente, fato este q esta ocorrendo em 80% das equipes de
    stockcar.
    As que tiveram resultados estao com os melhores parocinadores, ou pilotos que tem orçamentos proprios e consequentemente estao evoluindo a cada ano. Isto será dificil de reverter.
    Portanto não ha de se culpar somente o promotor. A culpa é das proprias equipes que estao sem liderança para fazer exigencias. quando tinham liderança nao tinham unanimidade.
    a crise só tende a acentuar. Sobriviveram os fortes.
    Quando ao descenso, nem precisa ter. Os participantes da categoria de base nao tem dinheiro pra bancar o absurdo do preço da compra de dois carros, que passa de 1 mi. ou quem seria o maluco que compraria uma equipe, que tem investimentos em torno de 3 mi. para um negocio que seria necessario investir mais 3mi, para se tornar rentavel?
    Definitivamente ter equipe de stock car é um péssimo negocio, evidentemente nao para uma minoria.

    • Pedro, muito prazer. Meu caro, você está a um passo do abismo. Fecha o olho e anda para a frente, mas devagar para ter mais emoção e suspense até despencar. Onde já se viu jornalista dar nome de fonte? Existem formas e formas de se escrever. Cada um ao seu estilo. Lembra do Paulo Francis? Se não, é uma pena, mas exemplo parecido é o Paulo Amorim. Gosta do jeito dele apresentar suas notícias? Isso é estilo. Se você não é jornalista, não meta o bedelho no trabalho dos outros. Faz assim, oh!, liga na Globo, assiste a corrida e depois conta para gente o que viu. Já ouviu dizer que o céu é azul, mas não é perto? Então, reze pra Deus e peça luz para sua cabecinha. Fique em paz!

  • Entendo que não goste de determinadas categorias, no caso agora, a Stock, mas como jornalista creio que no minimo, deveria ter uma postura mais seria, mais profissional e correta.
    Suas colocações ou afirmações sempre são :”um passaro me contou” ou “um conhecido me disse”…
    Essa postura de “Candinha” só enfraquece sua confiabilidade e o proprio automobilismo, que já não anda lá às mil maravilhas.
    Tem ideia de quantas pessoas/profissionais (que bem ou mal, fazem acontecer o automobilismo, mesmo nestas condições insatisfatórias)? Merecem respeito, são trabalhadores.
    Por favor , pense nisso.
    Gosta do que faz?
    Faça bem feito, vá às corridas,visite as equipes, verifique ao vivo os assuntos a serem comentados, converse com mais pessoas, amplie seu universo, contribua com informações e até mesmo seus comentários,mas, de forma consistente e não de fofoca.
    Caso contrario, ficará claro que : não gosta do que faz ou não sabe porque faz.

  • Este é um assunto que renderia bastante. Mas posso assegurar que essas equipes que reclamam algumas migalhas para não morrerem de fome, aceitaram se jogar fora do único barco viável que poderia salvá-las. Aceitaram bóias de isopor e percebem que elas se desgastaram rapidamente e o barco foi embora. Agora reclamam. Bem feito a quem não quis se unir e brigar, na hora certa e com os argumentos certos. Agora, lutem pelas migalhas ou sigam o caminho da Avallone, WB, Nascar e outras

  • a estoque precisa da vicar ? ou a vicar precisa da estoque?. essa equação é bem simples de resolver. Enquanto equipes ficarem na dependencia da vicar vai ser sempre isso. Claro que a vicar deve fazer alguma coisa que preste, mas será que o preço não é muito alto ?