RBR, RGT, PQP

SÃO PAULO | O Jonas Furtado, que tem no currículo a mácula de ter sido colega de faculdade do Alm’Imunda Rodrigo Borges, escreveu na ‘Meio & Mensagem’ uma breve nota com o chapéu ‘Red Bull ou RBR?’ e o título ‘Bernie Ecclestone, o homem forte da Fórmula 1, teria pedido que a Globo citasse a marca do patrocinador’. Segue o texto.

A forte pressão do presidente da Formula One Management, Bernie Ecclestone, o homem que detém os direitos comerciais sobre a Fórmula 1, é apontada por fontes do meio como o motivo para o locutor da Rede Globo, Galvão Bueno, ter citado nominalmente a Red Bull durante as transmissões das duas últimas corridas do ano. O próprio Ecclestone teria escrito uma carta à emissora reafirmando a importância do tema para a FOM. Extraoficialmente, os diretores da casa dizem que a política segue a mesma: na grade da emissora, não há espaço para a citação de naming rights nem para equipes que assumem o nome dos patrocinadores.

Vamos aos fatos. Consideremos que Ecclestone tenha escrito a carta, mesmo, o que não é de se duvidar — e confio na informação do Jonas. A RGT não obedeceu por completo. Porque seus repórteres e comentaristas continuaram se utilizando das siglas fatídicas — incluo a STR nessa. A exceção foi Galvão. E sem a emissora se manifestar publicamente por sua mudança de postura, permite que sejam levantadas várias hipóteses — desde aquelas que passam pela precaução da RGT por a rival Record decidir que não vai omitir os nomes de patrocinadores no esporte até as que envolvem seu filho, Cacá, patrocinado pela Red Bull e piloto de uma equipe arrendada pelos taurinos.

Considerando o conteúdo da carta, estranho que Ecclestone não tenha se preocupado em puxar a orelha de uma emissora que simplesmente inventa o nome de uma equipe, a VRT. T do quê, cara pálida?, deveria perguntar o mandatário da F1, assim, em português, e aí o velhote possivelmente alegaria que a Virgin não vai mais existir desta forma, então o VRT também se vai.

E sobre os padrões, um único tópico: suponham, então, que a própria Globo compre uma equipe de F1. Pelos seus padrões, ela adotaria o RGT — afinal ‘não há espaço para a citação de naming rights nem para equipes que assumem o nome dos patrocinadores’.

Comentários

  • Eu lembro que quando a Red Bull estreou na F1, naqueles boletins que a Globo apresentava no início do ano, a equipe foi chamada de Red Bull. Quando a temporada começou e a FOM veio com aquele negócio de RBR e STR a Globo pegou o gancho.

    Agora, a melhor de todas era chamar a Fiat de “fabricante de automóveis que controla a Ferrari”!

  • Cada coisa que você escuta nas corridas da F1… Se pode falar Mclaren, Williams, Ferrari…pode falar Red Bull…uai… eles não falavam Copersucar….e não era Fittipaldi….

    Tem cada coisa….estranha ….Salve mesmo só o Gênio Reginaldo Leme.

  • Por essas e outras que deixo a TV ligada na RGT e escuto pela Rádio Band News, pela internet.
    E olha que tem um atraso de uns 15 segundos entre a imagem e o som, mas pelo menos não escuto as baboseiras do GB, nem do RL e nem do LB….
    E se tivesse outra opção de imagem (como acontece com a Fórmula Indy, no site oficial), com certeza eu mudaria o canal…

  • Eu nao quero nem saber como eles chamam as equipes. Quero é ver corridas, ultrapassagens, batidas….
    O resto só atrapalha…Deveria ser dado mais importancia as corridas do q pra essas coisas bestas…

  • Parece que não sabem pesquisar, no próprio site da FIA está escrito RBR Renault.

    Vcs criticam tanto a Globo, assistam então a Record com sua programação evangélica preconceituosa e parcial.

  • Legal que o J. Hawilla é dono da TV Tem, afiliada da RGT em várias regiões do interior de São Paulo. Eles adotam a mesma politica. Só que tem um porém

    O J. Hawilla também é dono do Desportivo Brasil. Então nos noticiários locais, quando vão falar daqueles pernas de pau o locutor diz assim

    O Desportivo Brasil, equipe de futebol do Grupo Traffic, entra em campo neste sábado para pegar o RBB de Campinas

  • Só tem uma coisa: Se observarmos as tabelas de tempo que aparecem na tela quando termina uma seção de treinos ou uma corrida, veremos que nestas listas geradas pela FIA aparece RBR Renault e STR Ferrari. A Globo só se utilizava disso que a própria FIA apresentava.

  • Bom, para os participantes do circo: pilotos, engenheiros, projetistas, mecânicos, chefes de equipe, donos de equipe, ex-pilotos, ex-donos de equipe, comentaristas, narradores e jornalistas, além da própria FIA, da FOM e dos caciques e pajés, as equipes são chamadas RED BULL, TORO ROSSO e VIRGIN. Basta assistir a uma transmissão da BBC ou ler sobre o assunto nas páginas da mídia britânica e na página oficial da F1. Aliás, normalmente, quando falam sobre a equipe, costumam fazer referência aos carros e usar o plural. Por exemplo, “The Red Bulls are…”, “The Toro Rossos are”

    “The Red Bulls are beatable,” added Hamilton, who won last year’s race from pole.
    Fonte: http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/motorsport/formula_one/9033572.stm

    Q: The Red Bulls start the race with the prime tyres, and you with the option tyre. How much do you think this will affect your first couple of laps?
    Fonte: http://www.formula1.com/news/interviews/2010/6/10905.html

    1828: Jarno Trulli gets his braking wrong at turn one and goes for a bumpy ride on the grass. The Red Bulls are looking very strong again: Webber second, Vettel fourth. The Toro Rossos are third and eighth – but can they stay on the track this weekend?
    Fonte: http://newscdn.bbc.net.uk/sport2/hi/motorsport/formula_one/8310652.stm

    Quanto às siglas que aparecem nos tempos, creio haver dois motivos: 1) falta de espaço, pois o número de caracteres na tabela é limitado; e 2) decisão da equipe em relação ao nome a ser usado (aí, teria de perguntar à equipe).

    Em 2010, os nomes das equipes na tabela de tempos apareciam assim:

    nome da equipe + fabricante do motor (se não coincidir)

    Williams Cosworth (17 caracteres)
    McLaren Mercedes (16 caracteres)
    BMW Sauber Ferrari (18 caracteres)
    Force India Mercedes (20 caracteres)
    Mercedes GP (11 caracteres)
    STR Ferrari (11 caracteres)
    RBR Renault (11 caracteres)
    Virgin Cosworth (15 caracteres)
    Lotus Cosworth (14 caracteres)
    HTR Cosworth (12 caracteres)
    Ferrari (7 caracteres)
    Renault (7 caracteres)

    Se a Red Bull e a Toro Rosso colocassem os nomes por extenso, não caberia:

    Red Bull Racing Renault (23 caracteres)
    Scuderia Toro Rosso Ferrari (26 caracteres)

  • Pra mim, a única “alteração” de nome justificável é ter chamado a BMW Sauber apenas de Sauber.

    Mas as alterações por motivos estritamente comerciais são nojentas.

  • Nas últimas corridas, ouvi o GB da RGT citar algumas vezes o nome Virgin propriamente dito mas, isso não o isenta de um ano todo utilzando uma tal sigla VRT.
    A respeito das análises psicológicas feitas durante as transmissões, citadas no comentário acima, elas me fazem rir. Convenhamos, e se GB tiver poderes paranormais?

  • Pior é quando eles falam “fornecedor de pneu de uma marca japonesa” e “fornecedor de pneus de uma marca italiana”… ficam 3 idiotas tentando esconder de todo mundo os nomes Bridgestone e Pirelli

  • O “site” oficial da Formula 1 (formula1.com) também se refera a essas equipes como RBR, HRT e STR. A Virgin tem seu nome escrito e não uma sigla. Portanto, a Globo não está extrapolando tanto assim nas transmissões. Se a divulgação oficial da Formula 1 se refere aos times pelas siglas, porque não a Globo.

    O que falta é gente que entende de carro. Ficam analisando psicologicamente os pilotos e esquecem que 80% do esporte é motor, pneu e equipe. Até o Burti entrou nessa.

  • E já me ocorreu ao menos um par de vezes de a pessoa chegar e falar: “Ei, você sabe pq a RBR virou Red Bull?”

    Simpaticíssima, a Globo Channel. Emburrecendo telespectadores desde que Robert, o Marinho, era ator de pornochanchada.

    Mas ainda acho que se o Alesi estivesse na Red Bull, não haveria este problema nominal. Só o carisma daquele nariz utópico dividindo seu belo par de olhos azuis superaria qualquer limitação nos naming rights.

  • Provavelmente no contrato vigente da Globo com a FOM não existe uma cláusula obrigando a emissora a se referir às equipes pelos seus “nomes completos”. Daí, Bernie fica de mãos atadas e apela para a camaradagem.

    Mas se a carta existiu, isto indica que na renovação do contrato entre haverá esta cláusula ou algo parecido, e aí será o fim das siglas…

  • Sempre aquela conversa mole de sempre… Os times de futebol são igualmente discriminados!! O que deveria ser feito é simples: dá a concessão para quem cumpre com o dever… Será que eles não entendem que se eles usam o naming rights, é possível que a empresa invista mais em propaganda focando o esporte? A Pepsi fez uma ótima propaganda em seus tempos de Corinthians e nunca foi divulgada em Tv aberta……….

    Sinceramente, o “não falar” deles acaba sendo pior… Olha o público e como é o marketing de uma Nascar (um show de transmissão) e olha da F1…. Da dó!!

  • Honestamente nunca estranhei a globo chamar a Red Bull e Toro Rosso por RBR e STR, pelo fato de nos creditos da tv oficial aparecem como RBR Renault e STR Ferrari, o q me estranha tmb o fato de o Bernie ter reclamado… quanto ao VRT , aí sim, rídiculo, porém tmb tem a Hispania que é creditada como HRT cosworth e no entnato a RGT trata como Hispania, também nisso eu vejo Ferrari, Mercedes, Renault e Lotus tmb como marcas e são ditas nas transmissões normalmente,acredito que por medo de criticas do pessoal mais antigo que já asistia F1 antes dessa politica besta. Mas voltando ao RBR, eu acredito que enquanto a transmissão oficial creditar RBR e STR a globo vai ter desculpa para continuar a chama-las da mesma forma.