Bahrein em guerra

Protestantes da oposição chegam à Praça da Pérola em Manama. Duas pessoas foram mortas nesta madrugada

SÃO PAULO | A avalanche dos protestos no Bahrein é tamanha que a corrida da GP2 Ásia foi cancelada. A rebeldia dos xiitas que começou concentrada num ponto ao norte do país já chegou à capital Manama e transformou tudo em um cenário de guerra. Tanques já são vistos nas ruas e repórteres que lá estão contam que militares chegam a apontar armas na cabeça dos motoristas de ambulância para que não socorram as vítimas, que protestam contra o governo de Hamad-qualquer-coisa-Isa-bin-Al-Khalifa. Mortes a rodo começam a ocorrer.

Daqui duas semanas a F1 desembarca em Sakhir. Ou desembarcaria. É mais prudente que, reunidos amanhã, todos optem pelo cancelamento da etapa barenita. Tempo até há para procurar uma nova solução. Por exemplo: trocar a data com Abu Dhabi. Já que os árabes sempre fizeram tanta questão para encerrar o Mundial — e só não conseguiram de novo este ano porque a logística de ir para o Brasil para então voltar à Ásia é insana e burra —, que então comecem a brincadeira recebendo os testes de pré-temporada e joguem o Bahrein lá para o fim do ano, quando a situação estiver resolvida. Como a GP2 andou lá dias atrás, e os árabes são competentes para fazer as coisas mesmo que às pressas, provavelmente seria viável.

Ou então que levem todo mundo para o Algarve, que tem um circuito 147 vezes melhor que os de Sakhir e Yas Marina juntos, e até ajudem os times a reduzirem gastos. Diria o outro que aí, sim, hein.

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