Anhembindy, 3

ANHEMBI | Vai, falem, brasileiros:

Bia Figueiredo (braço direito patrocinado): “O foco no último mês foi totalmente em cima da recuperação da minha mão, muita fisioterapia, e é lógico que você fica frustrado e ansioso e com pressa de voltar a correr. Em Long Beach, ainda estava com muitas dores, mas foi bom para ganhar alguns pontinhos e me preparar para São Paulo. Eu não acredito que esteja 100% para este fim de semana, mas vou estar bem melhor que Long Beach e até sábado me recuperar da melhor forma possível.”

Raphael Matos (feliz dimais da conta, sô): “A temporada está sendo bem interessante. Eu só consegui acertar meu contrato aos 45 do segundo tempo, bem tarde. Tem sido muito bom. Terminei a primeira corrida na sétima colocação, sendo que a gente fez o shakedown do carro na sexta-feira daquele fim de semana. Não tivemos oportunidade de testar durante a pré-temporada, e a equipe trabalhou bem duro para me dar um carro que não quebrasse e competisse de igual para igual com as outras equipes. Na segunda, bateram em mim numa das relargadas, e não pude terminar, e na terceira prova em Long beach, terminei em 11º, que foi uma excelente colocação, tendo em vista que terminei entre dois carros da Penske. No dia em que os ponteiros errarem e a gente acertar, em termos de pit-stop e classificação, a gente vai estar brigando com eles.

Vitor Meira (pai babão): Tem sido um ano bem legal. Do ano passado para este, o foco sempre foi melhorar em circuitos de rua e mistos, que era onde estávamos mais fracos. No ano passado, a equipe fez um trabalho legal em termos técnicos e estrutura para fazer isso acontecer, e acho que está sendo visivelmente bem feito porque os resultados estão vindo. A gente tem andado melhor e mais rápido em todas as pistas em relação ao ano passado,  principalmente vendo que o campeonato está muito mais competitivo. Todas as equipes têm o mesmo carro há sete anos, então todo mundo já pegou a mão e sabe a base do negócio. Os pilotos estão em um nível impressionante. O show em São Paulo vai ser bem melhor. Espero ser tão competitivo quanto e tomar as decisões certas como no ano passado. Vai ser o resultado do trabalho.

Tony Kanaan (zoado pelos vírus): “Estou tentando ficar recuperado. Saí da cama literalmente hoje porque peguei uma virose. Eu li um comentário de um fã no Facebook que dizia assim: ‘Quando o médico não sabe o que é, ele fala que é virose e te manda para casa’. Foi o que aconteceu. Eu estava com muita dor no corpo, mas pensei que era por fazer muito exercício. Mas eu não consegui levantar da cama segunda de manhã, depois de ter passado a noite no hospital, e comecei a ficar preocupado. Passei por todos os exames, e todos deram negativos. Um dos enfermeiros chegou a achar que era dengue. Ainda estou um pouco baqueado, mas estou de pé.

Sobre a temporada, foi super trabalhoso e sofrido para mim assinar um contrato seis dias antes da primeira corrida, e terminamos a corrida num pódio e as três entre os dez primeiros. A equipe é pequena, e conseguimos já igualar o melhor resultado dela na história. Eu não sabia o nome de alguns mecânicos até a segunda corrida, até hoje nunca fui à sede da equipe porque não deu tempo, e apesar disso, o começo de temporada está bom. Mas eu tenho de ser realista: a gente tem muito que trabalhar ainda. A gente nem está nem perto do nível da Penske, da Ganassi e da Andretti também, mas estou aproveitando as situações e fazendo o maior número de pontos. Acho que a gente tem bastante chance de ganhar corrida este ano, e depois desta luta toda, estou feliz só de estar aqui. Mas aí você começa a ter uns resultados melhores e fica mais angustiado para fazer melhor. A gente construiu uma equipe de última hora, que não existia. Os carros estavam lá, prontos, e a gente foi pegando um de lá, outro daqui. Foi bom.”

Helio Castroneves (sem toque):  “Vamos começar o campeonato… eu estou até mais frustrado e chateado do que todo mundo por este começo de temporada, totalmente estranho. Talvez seja uma fase ruim; a gente tenta procurar explicar uma coisa ou outra, mas não tem muito o que achar. É virar a página e promover uma reviravolta aqui no Brasil, o que seria perfeito. A equipe toda me deu um apoio muito grande, principalmente depois do que aconteceu na última corrida, e estou empolgadíssimo para São Paulo, para também levar este bom momento para Indianápolis. Vamos torcer e trabalhar. Parece que as modificações na pista estão sendo bacanas, o que é importante, e o negócio é realmente começar o campeonato.”

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