A cidade das 3 mulheres

SÃO PAULO | Nunca fui muito fã dos Estados Unidos, não. Quando tinha lá meus 13 ou 14, eu pensava que chegaria aos 20 com meu passaporte cheio de rabiscos e vistos para a Europa, que daria uma passadinha ali na Austrália com um pulo na Nova Zelândia e, quiçá, Polinésia, uma conexão na África e atravessaria aquele país para conhecer o que o Canadá tem de habitável. Não era muito, acho, mas em nenhum momento meu mochilão imaginário incluía os ianques. Era uma visão meio do terceiromundista contra o mundão de lá, o grande capitalista, arrogante, esnobe e massacrador de países, tipo o nosso, de Sarney, Collor e Itamar.

Aos 19, mal indo além das cidades mineiras, do Rio ou da Praia Grande, eis que fui parar em Santa Mônica, CA, por causa de uma promoção. CA-ce-te. Uma correria para tirar visto, um timbre da companhia que não foi visto, uma negativa, uma rebeldia na cabine contra aquele americano maldito e tirano separado por um vidro, um transtorno, um xingamento ao povo, um desejo de implosão, uma tentativa final, um visto aprovado.

Fui. Adorei. Visitei outro mundo, vi uma corrida num oval de perto. Mas se tivesse ido para Burkina Faso para conhecer Uagadugu ou as duas únicas ruas de riqueza de Bobo Dioulasso, teria tido a mesma reação. Estava descabaçando ali do meu eixo.

Dez anos e pouco se passaram, eu já vi quatro corridas em oval, três delas no mesmo. Já tenho uma experiência acumulada de Estados Unidos, ainda que se resuma a uma capital, Indianápolis, que é uma Campinas ou Ribeirão Preto americana. Nesta última viagem, fiquei mais tempo lá, 12 dias. Mas os últimos dois é que foram a cereja do cheese-cake.

Após aquela corrida de fim fantástico, tirei o dia para algumas compras básicas e revolta com o cartão limítrofe. Já havia voltado do paraíso dos preços baixos da outra cidade, alguma Edimburgo da vida, meio puto, quando passei no shoppinho ali do lado do hotel e fiquei vagando. Entrei numa última loja. Olhei bem para a única funcionária, que estava ali no caixa, coque bem feito e ondulado, roupa azul, verde e branca, que deu um giro sobre os saltos tão garboso que me fez quase sentir no guichê da TAM. Ela se virou, assim, mostrou seus mais de 40 anos e algumas rugas e sorriu, ainda tocando com o indicador direito a tela de seu computador. Retribuí e perguntei sobre os produtos, e de rabo-de-olho tentei ler seu nome. Gosto de ver o nome das pessoas nos crachás delas para meramente dar valor àquele negócio atarraxado no canto esquerdo do peito: tem lá a empresa, o logotipo, o pin, o formato e de quebra, quase que de canto, o nome da pessoa. Mas olhei rápido demais, e também não gosto que as pessoas saibam que estou olhando para o crachá. Seria mais fácil, talvez, perguntar o nome. Bobagem. Mas vi lá um ‘Ed’. Ela ia falando e apresentando e eu pensava que ‘Ed’ não poderia ser Edmunda, Edergilza, Edícula. Edna. Virou Edna. E ela tinha cara de Edna, portanto é Edna. Edna me falou lá do suplemento, comprei o suplemento e perguntou o que estávamos fazendo ali, além de comprar dela o suplemento. Dada a resposta, Edna se espantou e começou a abrir seu baú. “Eu estava lá na linha de chegada.”

Edna tinha cara de sapeca e arteira, mesmo, não deve ter sido simplesmente criada em um condomínio fechado em Indianápolis — até porque não tem condomínio fechado lá. E Edna falou que seu pai a levava para as corridas no speedway desde 1972. Uau, reagi, 1972, Edna tem quase 40 anos só de idas a Indianápolis. E a simpática Edna lembrava, pensava e contava, a memória falava e falhava, até que perguntou se estivera lá para ver a F1. Porque ela também esteve. “E eu prefiro F1”.

Uma americana, de Indianápolis, que vai há 40 anos ao IMS, mas prefere F1. Era muito pra mim.

Era segunda, 7 e tantos da tarde que estava longe de escurecer, 95F, que são 35ºC — uma das minhas poucas qualidades é saber converter rapidamente Fahrenheit em Celsius e não chamar a de escala centígrada —, e Edna lá reclamando que o trabalho impediu que visse o GP de Mônaco. “Mas eu deixei gravando em casa”, e mal esperava a hora de baixar a bendita porta para vazar, passar no KFC ou em algum lugar fatalmente calórico para ver a corrida. Avisei que tinha sido boa. “Em Mônaco?”, ela se espantou, dando pulinhos. Edna era muito pimpona e, com ela esfregando as mãos, não sei se por minha compra, pela expectativa da corrida ou por TOC, me despedi.

Parti para o Walmart. O Walmart lá não é como aqui. Parece que aqui é só por atacado, não sei bem, e lá é supermercado do povo. O Walmart lá tem de tudo: frutas, carnes, roupa, graxa, comida para calopsita, assento para privada, móvel para banheiro, tábua giratória para colocação de temperos durante refeições, balança para pesagem, Wii e PS3. Eu queria apenas achar um apontador elétrico, que não havia achado na Fry’s, casa especializada em tais produtos. Primeiro que não tinha a mais remota ideia de como era apontador em inglês. Lá no Fry’s, fui explicar para o vendedor que era “something that you put a pencil to form…”, e percebi que não lembrava ponta. Precisei ir a um vendedor que soubesse espanhol, que então me falou o termo: sharpener. Fui procurar o maldito sharpener para uma certa pessoa, devidamente demitida de um certo lugar. Encontrado o sharpener, paguei pelo sharpener e estava saindo quando a senhora de azul começou a olhar para a sacola. Lembrei que no Walmart eles fiscalizam a compra.

Se uma pessoa vai lá e faz a compra do mês, tá fodida e mal paga. A tiazinha cisma que no lugar da sua lima da pérsia tem limão bravo, faz o quê? Espreme e chupa para ver se é? Ela vai contar mesmo as 18 garrafas de Miller Lite, 24 molhos barbecue com 36 sacos de miniribs? Mas o meu era só um sharpener, e já que o mercado estava sem muito movimento, ela olhou e começou a conversar e logo percebeu que nosso sotaque não era nada parecido com o dela.

Era daquelas negonas do Bronx indianapolitano, bonachonas, do tipo a tia que você espera no churrasco para atacar o minirib com molho barbecue e a Miller Lite trincando. Ela tinha óculos bottle-bottom, que chamamos aqui de fundo-de-garrafa, e o olho direito ligeiramente estrábico. Talvez por isso não tenha achado corretamente o crachá, se é que o tinha. Tinha, sim, pensando bem, todo funcionário tem, de Walmart à lojinha-que-vende-suplementos-e-não-sei-o-nome. Aí ela seguiu o script que geralmente se faz, a gente seguiu a resposta e ela, como todos, espantou-se. Mas o espanto dela, que chamarei de Lindsay, aquela linda, era espantoso. Lindsay soltava um ‘oh, my God!’ que era um “ómágó”, boquiaberta, e ela punha a mão no meu braço e pediu detalhes da corrida que não pôde ver, só pelo ‘SportsCenter’. Entre explicações e gestos no embalo dela, ómágó, e o ar de assombro. Entre São Paulo e Indianápolis, ómágó, e as mãos juntas levadas ao peito. Entre o tudo e o nada, ómágó, e eu caminhava para a saída do Walmart e ela puxando mais assunto e eu quase voltando para o mercado para comprar a carne e o molho para convidá-la para um churrasco. Levei mais uns minutos lá. O tchau foi efusivo, mas não teve ómágó.

Passei o resto da segunda arrumando as tralhas várias, preocupado com pesos e medidas diferentes das de Anders e Daniel Gabriel, também conhecidos como Celsius e Fahrenheit.

Peso tirado do ombro no aeroporto mesmo com meia libra a mais, fui ali para o lado A do terminal do melhor aeroporto dos EUA, segundo a associação dos aeroportos local, e vi uma fila de não mais do que 7 pessoas e 2 oficiais, um homem e outra mulher, para verificar passaportes e passagens. Aproximei-me da senhora autoridade, que logo deixou seu ar de autoridade para perguntar se eu tinha visto a corrida, ao verificar cabeça acima o boné preto de Indianápolis que havia comprado. Com o sim, foi aquela coisa de sempre, sem o exclusivo ómágó. A oficiala desatou a falar. “Porque Tony Kanaan esteve aqui hoje, Dan Wheldon esteve aqui hoje, Helio Castroneves passou por aqui”, e então seguiu o roteiro com as perguntas “de onde são?” e “o que fazem?”.

Aquela cop deveria ser uma humorista do ‘Candid Camera’ disfarçada de camisa azul clara com vincos definidos, calça preta e distintivo da polícia provavelmente limpado no caol, com seu nome lá, que parecia ser Sullivan. Seu companheiro de profissão, em um púlpito, já havia visto meu passaporte, passado a caneta fluorescente na passagem impressa em papel de fax, mas Mrs. Sullivan deu a volta por trás da fita que nos separava e continuou por uns dois minutos a conversa, enquanto a fila até esperava respeitosamente que eu tirasse a mochila, laptop, tênis, carteiras e outras minúcias para ser radiografado. Foi na despedida que veio o momento mais inesperado.

Mrs. Sullivan deixou qualquer formalidade de lado e veio dar um abraço. Com uma mala de mão empunhada, pedi que esperasse, coloquei o objeto no chão e retribuí ao amplexo. Pensei em dar um tapinha na bunda, mas Su podia não querer revelar nossa intimidade assim, para o salão todo, que nos observava. Diante daquilo, nem se eu tivesse carregando o rifle dourado entregue ao vencedor da Indy 500 iriam me barrar naquele raio-X ou pediriam que fosse despido numa salinha qualquer.

Só se Su quisesse. E era Jeitosinha, a Su.

O voo de volta saiu na hora exata, mas chegou a São Paulo cinco horas atrasado porque a manhã paulista trazia uma densa neblina. Fui parar no Rio. Deu tempo de cochilar e pensar em muita coisa, além das que não temos condições para sediar uma Copa e uma Olimpíada — fato corroborado pela muvuca e desorganização latentes tão logo pus, enfim, os pés fora do avião. Eram aquelas três mulheres. Que não tinham nada em comum fisicamente, suas profissões não tinham semelhança, mas elas, as três mulheres, apresentavam uma simpatia que nunca foi condizente com o que sempre imaginei e imaginávamos de forma geral daquele povo. Sei lá se a conduta pós-11 de setembro ou crise baixou o nariz deles, mas agora de vez no mundo balzaquiano dos 30, e unicamente com passagens nos EUA no passaporte, vejo que aquelas três mulheres tinham, com sua simpatia, me dado um tapa na cara para acabar com um estereótipo, ainda que representassem o micro de uma cidade mediamente importante. Hoje já até penso em morar por aquelas bandas, um acinte para mim mesmo até tempo atrás. 

Elas, sempre elas, fazem a gente mudar de opinião, aqui ou (sobre) lá.

Comentários

  • Vou ter de concordar em gênero, número e grau com seu texto, Victor. Também tinha essa visão de que os EUA são um país-bicho-papão, na minha doce infância e na minha adolescência. Mas bastou visitar pela primeira vez a terra dos ianques pra mudar RADICALMENTE de opinião e me apaixonar por aquela terra. É muito duro, como brasileiro apaixonado pelo Brasil, servidor público federal, que acredita neste país, reconhecer a distância descomunal que existe entre os EUA e o Brasil em tudo. Eles são muito melhores em tudo, são mais organizados, mais educados, mais eficientes, mais eficazes, mais efetivos, mais apaixonados pelo seu país, mais sérios, mais trabalhadores, mais aculturados… etc… etc…

    Quando eu leio o comentário do Beto Allatere, fico triste de ver um brasileiro achar o Brasil um país de merda, mas eu entendo o lado dele. É realmente muito deprimente ver a distância que separam os EUA do Brasil, em tudo! Tenho certeza que se o brasileiro não se achasse o “ixxxxperto” e tomasse vergonha na cara e passasse a trabalhar sério e direito, que muito em breve esse país chegaria mais perto dos americanos do norte. Lá se pensa muito na coletividade, na nação, e aqui, como nós mesmo sabemos, é cada um por si, um tentando dar o toco no outro, passar o próximo pra trás… enfim…

    Uma pena que nosso país, como civilização, como sociedade, ainda esteja tão atrás dos EUA. O fato é que sinto muito falta dos EUA enquanto estou por aqui… mas já que estou por aqui, aproveito para trabalhar bastante no sentido de que um dia, nós possamos ser tão bons quanto eles.

  • Voltei pra Indiana lendo seu texto … muito bom!!! Minha 1º vez em Indianápolis – indy500
    Encambando daqui a pouco pro Brasil, revendo as imagens q captei da corrida, foi fantástico! Abs.

  • Victor, também adorei o relato. Embora não conheça os EUA e não seja aficcionada por este país, é maravilhoso saber que mais mulheres compartilham esse facínio pelo automobilismo.
    Sinto-me um pouco perdida nas semanasem que não há eventos do automobilismo televisionados.
    ‘Congrats’ to all this “racing women”!

  • Muito boa a estoria. Visão descompromissada, traz textos leves que prendem a atenção. Já pensou em escrever um livro nessa linha?

  • Victor, também adorei o relato. Embora não conheça os EUA e não seja aficcionada por este país, é maravilhoso saber que mais mulheres compartilham esse facínio pelo automobilismo.
    Sinto-me órfâ nas semanas nas quais não há eventos do automobilismo televisionados.
    ‘Congrats’ to all this “racing women”!

  • Gente ruim e gente boa tem em todo canto pessoal, não é um mal único do grande satã do norte.

    É coisa da humanidade. Todo dia no trabalho vejo tanta gente de nariz em pé por nada! Não precisa agente viajar pra outro hemisfério pra achar!

    Enfim, os fatos vão desfazendo os estereótipos! Belo texto!

  • Adorei!! Senti-me em cada uma de suas cenas!! Leitura extremamente agradável e mostra o lado humano por trás das corridas!! E nada como jogar alguns rançosos preconceitos por terra. Bom descobrirmos que nos enganamos algo e nos surpreendermos. Muito legal. Grande abraço.

    PS: caro Victor estive estes dias em Abu Dhabi e escrevi em meu blog uma crônica sobre o assunto, a cidade, o circuito Yas Marina e Ferrari World. Está convidado a conferir : http://bit.ly/iXAL8s

  • Eu compartilho da sua opinião em gênero, número e grau. Na minha adolescência sempre fui contra o imperialismo ianque e sua suposta arrogância e achei que nunca iria para lá, até que fui parar em New Jersey, por conta do trabalho, e me surpreendi como as pessoas podem ser gentis e bacanas com você e isso se repetiu também em Nova Iorque e na Filadélfia. Gostei tanto que voltei lá mais 2 vezes e estou planejando uma viagem à Disney assim que meu pimpolho estiver maior. Algumas localidades na Europa, América Central e África continuam em meus planos, mas com certeza pretendo voltar aos EUA mais vezes e ter a oportunidade de assistir à Formula Indy e à Nascar.

    Parabéns pelo texto, poucos no Brasil escreveriam com tanta qualidade, ainda mais com tão pouca idade.

  • Excelente Texto, Martins.

    Seus textos são muito bons. Continue escrevendo. Acho q o GP deveria mandá-lo para cobrir todos os GPs da F-1. O trabalho desenvolvido por vossa pessoa na cobertura das 500milhas foi de primeira.

  • Belo texto, Victal, estou passando uma temporada de estudos nos EUA, por coincidência em Indy (já me permito chamá-la assim) e com certeza esta é uma cidade em que as pessoas são mais simpáticas e, por que não mais felizes? Não acho que seja o terrorismo ou a crise econômica, é simplesmente por serem gente simples do interior. E também, como você, tinha uma certa ojeriza aos EUA até vir aqui e chegar à conclusão que é complicado descrever o país, é preciso viver para entender porque eles são assim desse jeito.

  • Bacana o texto, Victor. Só pra acrescentar, você tá confundindo Walmart com Sam’s Club. Walmart, tanto no Brasil quanto nos EUA, é supermercado (se bem que os de lá tem mais artigos e menos comida). Sam’s Club é do Walmart também, mas aí sim, você tem de ser sócio, compra por atacado e verificam suas compras na saída.

    (não sou funcionário deles, foi mais comentário mesmo). Abraço

    • Não, é Walmart mesmo. Como vc acha que os americanos tem a maior população obesa do mundo? Tenta comprar 2 ovos para fazer uma omelete em qualquer mercadinho americano, não dá, vc só vai conseguir comprar ovos em dúzias e vai passar o resto da semana comendo ovo de todas as maneiras (com as consequencias gasosas), ou vai ficar com a cozinha fedendo a ovo podre…

  • Hahahahha…sou um “rato ” feliz.. Quem nasceu pra ser desrespeitado pelo seu próprio país que aproveitem bem essa MERDA !
    Não se preocupem, irei assim que puder.
    Ahhhh… o último a sair que apague as luzes.

    • Um rato feliz, mas ainda um rato. Tem gente que se contenta com tão pouco…

      Não vou mais lhe da a honra de minhas respostas. Você não as merece. Vou ali conversar com uma planta de plástico, mais digna de minhas palavras (e dos outros seres humanos) do que você.
      Pobre dos norte americanos que estão ganhando sua companhia. Sinto pena deles. E fico feliz pelos brasileiros que irão se livrar de você. Se tiver faltando o da passagem a gente faz uma “intera” pra pagar o coiote.

  • A cada dia sou mais teu fã , Victor… Eu levei esse tapa ano passado também. Nunca tinha ido, passei quatro meses e faço questão de destruir esse esteriótipo em que eu acreditei por tanto tempo.
    Grande abraço!

  • Mais uma vez palmas para seu texto. E pela sensibilidade de sobre a penetração que a corrida tem na ragião de uma maneira muito divertida.
    Escreva mais, Sr. Victor! Seus textos são sempre muito bons.

  • Victor, que texto maravilhoso !!! Muito bom !!! Gerou, imediatamente, empatia, pois sempre nutri esse ódio aos Estados Unidos e toda a repressão que representam… Quero, um dia, ter essa sua percepção… não são brasileiros, americanos, europeus… são seres humanos, em qualquer lugar do planeta….

    E aqui é um ótimo lugar também, com ótimas pessoas também… o que estraga são essas pessoas que vivem aqui e chamam de “país de merda”… por favor, Alberto, volte para lá logo…

  • Sabe, eu tenho uma puta vontade de conhecer a Europa, mas me vejo nos EUA apenas para comprar e visitar uma coisa ou outra lá. Nada tão turístico quanto a Europa. Tirando isso, belo texto. Mas… e o meu whisky, trouxe ou não trouxe?

  • moro aqui nos States há 3 anos, e a simpatia do povo foi o que mais me surpreendeu. Falam que o brasileiro é gentil e caloroso, mas acho que ficamos muito abrutalhados por conta da violencia, ou da simples falta de confiança no outro. Sou muito melhor tratado aqui por desconhecidos, funcionários de supermercado, policiais em blitz e povo em geral que jamais fui no Brasil…
    E todo estereótipo ‘(como toda generalização) é furado…

  • Fantástico.

    …….além das que não temos condições para sediar uma Copa e uma Olimpíada….

    Sem contar que, a primeira coisa relevante que se vê, quando retornamos ao Brasil, é um presídio……

    .
    Parabéns pela cobertura.

  • É Victor…falou tudo. Imagine então a profunda depressão de quem viveu lá por alguns anos ter que voltar a este país chamado Brasil.
    Quantas e quantas senhoras e senhoritas passaram pela minha vida por lá, sempre gentis, educadas, receptivas, e com um largo sorriso no rosto.
    Sou suspeito para falar de Indiana e em particular de Indianapolis, onde o céu parece ter mais cor do que em outros lugares. Best place in America, for sure!
    Bom, um dia eu volto lá. Por enquanto vou sobrevivendo neste país de merda onde nada funciona e de onde, eu juro, um dia eu me mando.

    • Vai com Deus, não precisamos de você.

      Uma coisa é respeitar e admirar o país alheio coisa que eu faço também pelos EUA. Mas se o nosso é uma merda, é por nossas atitudes de não mudar nada.

      Vai, e, de preferência nunca mais volte. Os ratos são os primeiros a abandonar o navio.

      E Victor, parabéns pelo texto. Desde antes da corrida, acompanhando seu Blog coloquei na cabeça que quero ir ver a corrida ano que vem. Espero te encontrar por lá em maio de 2012. O que li no seu Blog só me deu mais vontade de ir conhecer e ver a corrida e também o povo americano. Parabéns pela cobertura.

      Você e o Gomov fizeram uma jogada de mestre com essa cobertura in loco.