Louros para Ramos

SÃO PAULO | Daqueles dias difíceis, mas a vida há de endireitar e pôr nos trilhos certos. E é com tristeza, mesmo, que leio o comunicado mandado pela dulcíssima Fernanda Gonçalves a respeito de Cesar Ramos. O gaúcho pode ter de deixar o campeonato da World Series por falta de patrocínio.

Grande parte dos admiradores de automobilismo vira e mexe pergunta sobre os pilotos que estão por vir e brilhar na F1 ou em categorias top. Mas não há a menor dúvida de que Cesar, ao lado de Felipe Nasr, aparece no topo da lista. Nunca calhou de conhecê-lo pessoalmente, mas sei, também pelos meus caros colegas de trabalho, que se trata de um cara altamente capacitado, educado, preparado, e talentoso e rápido. Se acontecer de não correr, é um grande pecado. 

A Fernanda deu um contato do Gastão Fráguas, que é o empresário dele. Atenção, empresas e interessados em bancar a carreira de um piloto, entrem em contato já: [email protected]. O automobilismo é difícil aqui, todos sabem, mas se há alguma esperança de vingar na pessoa de alguém, taí uma grande oportunidade.

Um adendo: Cesar foi o mais rápido dos treinos coletivos da World Series em Snetterton hoje.

Vamo, gente.

Comentários

  • A hora que os 2 moribundos forem embora, NUNCA MAIS TEREMOS um brasileiro na F 1 e NÃO SE ENGANEM, a culpa esta justamente na BASE.
    Kart esta podre, faz já um bom tempo, roubalheira, os talentos não conseguem aparecer, pois apenas os que dispõe de muito dinheiro, aparecem.
    Kart Podre = uma hora a verdade aparece.
    Quanto à patrocínio, que pena amigo, igual a esse menino tem mais uns mil querendo patrocínio, e com certeza, ele, assim como o Felipe Nasr, NÃO serão pilotos de destaque na F 1 NUNCA, infelizmente para nós Brasileiros.

    • Discordo de vc meu caro. A verdade é que não houve nenhum brasileiro extremamente bom nesses anos, nestas categorias internacionais. Claro que treinar ajuda, mais para uma pessoa se destacar com condições abaixo das ideais, tem que ter um talendo excepcional. Caso de vettel que levantou a Toro Rosso em 2008. Até o nosso tão mal falado Barrichello conseguiu proezas de pódios e quase vitórias, com carroças.

      O Nasr é o melhor que tenho visto, está sempre na vitória ou no pódium. E nem venham dizer que é porque tem as condições ideais, ele tem quase 6 companheiros de equipe com o MESMO carro e a vantagem para eles, é enorme. Certamente é o melhor em anos. Já o César Ramos infelizmente não demonstra ser excepcional. Vem conseguindo resultados muito abaixo da expectativa que a imprensa andou colocando, logo não está atraindo patrocínio nem visibilidade para a equipe.

      O que não entendo mesmo é o Luiz Razia conseguir grana pra ficar se arrastando na GP2, bancar vaga de testes na F1…

  • Se o Kanaan que pastou este ano para correr, imagina alguém que nunca esteve na mídia, que a TV não mostra a corrida… sem chance.

  • O que vejo de problemas para patrocínios de brasileiros é que as empresas daqui preferem investir em propagandas que sejam vinculadas aqui, pois o Brasil é um dos melhores mercados consumidores do momento.
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    Investir dinheiro brasileiro em patrocínio numa categoria como a World Series, praticamente européia, não é o consumidor foco para as empresas nacionais no momento.
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    Eles querem gastar a verba de patrocínio aqui no Brasil, pro nosso consumidor ver sua marca aqui e consumir aqui. Veja o caso das cervejarias que patrocinam a GT Brasil e a Truck. Gastam bem, mas aqui!
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    Que retorno a Itaipava terá em estampar sua marca num carro que vai correr em Snetterton?
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    Uma solução seria arranjar patrocinadores da Europa, que querem visibilidade lá, porém as empresas européias ajudam seus próprios garotos e dificilmente irão empresariar um rapaz que não de seu país, apesar do talento.
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    É um beco quase sem saída, principalmente nestas categorias de pouca visibilidade no Brasil.
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    Uma solução, por mais improvável que seja devido à falta de boa vontade de todos os que administram o automobilismo nacional, seria fazer boas categorias de base aqui mesmo no Brasil.
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    Primeiro, arrumar a casa, fazendo uma faxina na própria CBA e nas Federações;
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    Segundo, buscar parceiros e melhorar as praças de esporte, fazendo com que tenhamos autódromos em condições, no mínimo, aceitáveis para pilotos, equipes e torcida;
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    Terceiro, buscar mais parceiros e redes de televisão aberta que estejam dispostas a passar corridas de base ao vivo, mesmo que em horários estapafúrdios, mas pra chamar publicidade;
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    Quarto, apoiar a Formula Future e pegar a Fórmula 3 Sudam, que anda capenga demais, buscar uma montadora de peso que seja parceira da categoria e tentar parcerias com universidades para que elas utilizem seus professores, alunos e laboratórios ajudando as equipes, barateando os custos das equipes e ajudando a formar novos mecânicos e engenheiros voltados ao automobilismo.
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    Quinto, colocar estas categorias pra andar junto com Stock Car, GT Brasil, Fórmula Truck, Indy em São Paulo e F1 em São Paulo pra expor os pilotos a grandes públicos e patrocinadores e, se possível, tentar patrocinadores que ajudem a bancar a categoria em uma ou duas corridas lá na Europa (mesmo sendo competições daqui) de preferência abrindo etapas da Formula 2, da F3 Inglesa ou até mesmo da GP2 , pra expor nossos bons pilotos, engenheiros e mecânicos às equipes de fórmula de lá alavancando a carreira desses novos valores e fazendo com que a nossa F3 Sudam seja também uma porta de entrada mais fácil para uma GP2, por exemplo.
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    O povo brasileiro é, assim como outros povos emergentes, um excelente mercado consumidor e que deverá ser o foco das agências de marketing nacionais e do mundo inteiro nos próximos anos, como já dito.
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    Infelizmente o brasileiro tem o péssimo hábito de só acompanhar o esporte onde tem brasileiro ganhando. O basquete já foi o segundo esporte do brasileiro quando ganhava, ai parou de ganhar e perdeu espaço. Veio o Guga e o brasileiro começou a gostar de tenis, acabou o Guga e hoje pouco se conversa como antes. A própria seleção de futebol já não é tão influente como foi há anos atrás, vejam pelos IBOPES caindo a cada jogo, principalmente porque não ganha.
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    A Fórmula 1 vem definhando no país, além das corridas chatas, brasileiro não ganha. Massa perdido, Rubinho cumprindo tabela, não são atrativos para o povão consumidor. Por isso, acho que a CBA tem que se mexer e ajudar estas poucas boas promessas como o Lucas di Grassi, Bruno Senna, Ramos e o Nasr a conseguirem bons patrocínios que os coloquem em equipes de ponta de suas categorias, com chances de vitória, para que tenhamos “brasileiro ganhando na Fórmula 1”, pra ver se o povo volte a se interessar por automobilismo, facilitando patrocínios e gerando uma bola de neve positiva.
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    Desculpe-me por me alongar, mas escrevi porque gosto do automobilismo e espero que alguém influente e capaz veja algo de bom no que escrevi e tenha como levar adiante.
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    Abraços

  • Bom piloto. Talentoso, etc e tal…

    Mas não existe nada de anormal nessa falta de patrocínio. Essa é uma realidade de muitos outros talentos brasileiros, alguns até maiores que o César.

    Quem entra para este esporte tem que estar pronto para encarar isso…

    Sorte dele ainda que tem a chance de correr por uma boa categoria, como a FR 3.5. E aqueles que mereciam mas nem do kart conseguiram sair?

    A vida segue. Se não for no automobilismo, que seja de outra forma…

  • Victor, este e-mail do Gastão está voltando você pode confirmar e enviar par ao meu e-mail?
    Faço parte de uma instituição que está homologada pelo Ministério da Justiça, e podemos ajudar ao Cesar e outros pilotos, pois as empresas que nos apoiarem e estiverem no regime de lucro real terão direito a Renúncia Fiscal. Inclusive aqueles empresários que tiverem interesse em saber mais consultem nosso site http://www.sc-racing.org

  • SE O BNDES PODE EMPRESTAR DINHEIRO PARA CONSTRUÇÃO DE HOTEL PARA IGREJA , COM JUROS SUBSIDIADOS E BAIXÍSSIMOS , PORQUE NÃO INVESTE EM UM NOME PARA A F1 , PORQUE A GLOBO NÃO INVESTE , SE NÃO TIVER BRASILEIRO LÁ A F1 NÃO VAI NEM PASSAR MAIS AQUI , DUVIDA ??????

  • Lamentável, lamentável… Não tem mais como não dizer que o dinheiro-no-bolso de cada piloto, hoje, manda mais do que o talento no automobilismo. Taí uma das provas. É de chorar.

  • Se nao for a Cervejaria Petropolis (que ainda assim esta ameaçando parar com seus incentivos ao esporte), ninguem se interessa no Brasil pra ajudar a respeito. Vivemos no país do futebol, e apenas futebol! Ninguem ve retorno em outra coisa por aqui…

    Ao inves disso, pq o Banco do Brasil, ou a Caixa, ou qualquer entidade publica nao incentiva, exatamente como a Venezuela e China o fazem?

    Nao quero desanimar ninguem, mas meio que perdi as esperanças nesse país…

    • Pro capeta querer que entidades publicas invistam dinheiro nosso no futuro de um, o papel deles está certíssimo, nada de investir em um ou dois em detrimento da massa…de “jogação” de dinheiro publico fora já me basta Interlagos, aquele matadouro que não presta pra nada. Além dos estadio$ pra CB…digo, pra Copa.