Os anencéfalos

SÃO PAULO | Dois assuntos estão em voga no noticiário e estão relacionados na coluna Superpole que escrevi há pouco: o julgamento da descriminalização do aborto dos fetos com má formação encefálica e os protestos no Bahrein às vésperas da realização da corrida da F1. Nos dois casos, a questão se encontra na opinião — baseada por alguns meramente em questões religiosas no primeiro e ausente por completo no segundo. O que me leva a crer que os anencéfalos estão aí às pencas.

Veja lá no Grande Prêmio e dê a opinião aqui.

Comentários

  • “baseada por alguns meramente em questões religiosas no primeiro…”

    Realmente, você é um completo ignorante. Não sabe o que é religião e nem o que ela significa para quem a segue. É do tipo que prega uma liberdade idealizada mas que cerceia a liberdade alheia.
    Hipócrita.

  • A questão do aborto é muito mais complexa do que “deixa a mulher decidir”… O que o STF está faendo é errado, do ponto de vista constitucional, afinal, está legislando, o que cabe ao nosso quase-inútil congresso.

    Não bastasse isso, estamos deixando a cargo do STF, e do consenso do momento, definir em quais circunstâncias uma vida humana tem direito. Hoje, são anencéfalos, não vejo raão para daqui a alguns meses ou anos (como uma “comissão de juristas” já propôs) serem os com síndrome de down e qualquer outra má-formação… é o caminho da eugenia. Ou a vida humana vale por si mesma ou não tem valor algum, estando submetida ao poder discricionário de alguém…

    E isso não passa obrigatoriamente religião, isso abre precedentes, jurisprudências… vejam os votos dos ministros do STF, poucos limitaram à anencefalia.

    Quanto ao Bahrein, é apenas hipocrisia, de ambos os lados. Os árabes não querem “liberdade e democracia”, como nossa imprensa nos fez acreditar. E a atitude de atacar a Líbia e não fazer nada quanto à Síria e Bahrein é hipocrisia, pura e simples.

  • Só uma observação: quando um julgamento é feito por todo colegiado do STF, os inconformados sentam e choram. Não há mais instância a recorrer. Portanto, dessa decisão não há como “recorrer às últimas instâncias para reverter”.

  • Interessantes paralelos traçados pelo Victor em seu texto.

    Entretanto, quero iniciar esta análise tratando inicialmente do Bahrein e concluindo de forma lógica sobre os anecéfalos.

    Não entendo o motivo de tanto discurso contra esta etapa. O argumento que a realização da corrida seria uma justificativa para negar crise interna no país não deve ser o único sustentáculo para crucificar o Bernie Ecclestone e os sheiks barenitas.

    Tenho na minha humilde e míope visão sobre a vida que o esporte, seja ele de qual modalidade for e incluo aí o automobilismo, como um evento social que tem como cunho principal um despertar individual e social de agregar bons sentimentos. Não fui claro, mas todos devem entender. Há uma consonância, ainda que utópica, que o esporte traz uma sensação blasé para as pessoas.

    Entendo válida a realização da etapa do Bahrein, pois, ainda que haja interesses econômicos por trás também, a corrida, para uma minoria que seja, fará bem. E pronto!!!

    A questão de suposto risco para equipes e pilotos deverá ser suprimida sim pelos organizadores e pela FIA ou FOM, seja lá qual for. Em especial pelos organizadores.

    E não vamos ser hipócritas. Anualmente tem corrida em Interlagos há 22 anos. Há alguns sucessivos anos os pilotos e integrantes de equipes tem sido sucessivamente vítimas de assaltantes. Me recordo que há 2 ou 3 anos, creio que o Button teve a necessidade de fugir de um assalto mais grave na porta do autódromo.

    O que se vive aqui nesta Capital do Estado de São Paulo também não pode ser comparado às instabilidades que ocorrem no Bahrein? Porque?

    Eu mesmo já tive uma arma apontada na minha cabeça por 2 vezes. No litoral, no ano 2000 o carro que eu estava foi alvejado por 14 tiros de forma totalmente gratuita.

    Qual o grau de segurança que existe aqui muito superior ao do Bahrein? Porque atravessamos um bom momento econômico. Bom momento para poucos. Pergunte ao pessoal do SUL DA ZONA SUL de São Paulo se há qualidade de vida para eles. Faça o mesmo questionamento para os que dependem de CPTM e vem de Poá para São Paulo.

    Garanto que os problemas internos do nosso País são equivalentes aos do Bahrein e nem por isso deixa de ter corrida aqui. Nunca ouvi a mídia dizer que a prova de Interlagos tem o escopo de esconder a realidade social paulistana, uma metrópole cheia de assaltos, homicídios, furtos, acidentes de todas as formas, etc.

    A revolta do Bahrein é um movimento popular contra a opressão de um sistema oligárquico e repleto de desigualdades sociais, contra um governo corrupto.

    E aqui? Preferem gastar o verbo contra o sistema do Bahrein, mas aqui todos os dias novos escândalos políticos surgem e nós agimos como anencéfalos. Sem opinião contundente ao ponto de promover uma revolução como os barenitas.

    Percebo que a anecefalia pode ser proibida pelo STF ou liberada. De nada vai adiantar. A simples falta de opinião política da nossa população, a mania nunca estruturar-se de forma politizada demostra de forma evidente que a anencefalia é um mal inerente à boa parte dos cidadãos brasileiros.

    Se não tiver corrida no Bahrein, que não se realize prova em qualquer circuito onde houver um mínimo de problemas sociais.

  • eu vour ser direto:

    Fetos anencéfalos: é um caso complicado. acho que o correto seria discriminalizar MAS deixar a critério dos pais levar a gravidez até o fim ou não. mesmo sabendo que sem um cérebro a vida como conhecemos torna-se insustentável também sabemos que bebês anencéfalos que nascem vivem por algum tempo. de algum modo que ainda não compreendemos bem o corpo consegue se manter por algum tempo sem uma “caixa mestre” (cérebro). creio que deve ser descriminalizado MAS os pais devem decidir se o aborto será ou não feito. e se for feito que se faça de maneira digna…

    aborto (por qualquer outro motivo): deve ser crime sim com intenção de matar com intenção de matar com pena de 5 a 15 anos de cadeia em regime fechado, menos nos casos de estupro é claro em que aí o necessário seria a castração física (sem anestesia) do vagabundo estuprador…

    agora, trepou porque trepou, tem um feto sadio e vem com essa de abortar? aham. foder sem camisinha todo mundo quer, agora assumir a consequencia disso ninguém quer né?! o governo dá preservativo de graça para esses bandos de vagabundos foderem e nem isso esses babacas fazem! aí vemos essa “geração” dizendo que “sem camisinha é mais gostoso” então que assuma a criança e se virem pra cuidar dela…

    um feto sadio não pode se defender, um feto sadio não pode sair do útero e dizer “ei! eu tenho direito a tentar viver aí fora!”. se o corpo é da mãe ótimo, mas o feto é um ser individual e portanto não pertente totalmente a mãe, depende dela para se formar mas não é parte do organismo dela. portanto deve ter seu direito a vida respeitado…

    • Só adicionando que a descriminalização que está sendo votada contempla que a escolha de seguir ou não com a gravidez é dos pais, nenhum médico poderá fazer o procedimento sem consentimento, se fizer, é crime. Mas concordo com tudo que você disse.

  • Concordo com o Adriano Silva,essa comparação foi muito mal colocada e preconceituosa. Como comparar quem não quer a descriminalização do aborto de anencéfalos com quem deseja a realização do GP do Bahrein? O que te leva a crer que quem é contra a descriminalização é um padre, apenas, ou qualquer outro religioso baseando-se unicamente em dogmas?
    Não entraremos aqui na discussão puramente técnica dessa matéria da ADPF, caso que não poderia estar no Supremo antes de passar pelo crivo do legislativo, mas está, ou se seus efeitos vão gerar uma exclusão de punibilidade ou até mesmo de ilicitude, como bem alerta o ministro Lewandowski em seu voto de ontem(http://goo.gl/Rx27O). O fato é que quem não defende a descriminalização deste tipo de aborto, sou eu também, um jovem de 26 anos, saudável e que pode ter filhos, que teme que no futuro isso seja o retorno, de alguma forma, da Eugenia criada por Francis Galton e posteriormente “bem” utilizada por um austríaco que liderou a Alemanha na primeira metade do século passado. Que teme que casos como a da inglesinha Olívia (http://goo.gl/ZccPw) no futuro jamais aconteça, afinal os médicos deram apenas 2 horas de vida fora do útero, ou mesmo, da criança Vitória diagnosticada com anencefalia (http://goo.gl/AcLMT). Como bem argumenta o ministro Ricardo Lewandowski ; são inúmeros os tipos de acometimentos que podem reduzir as chances de um ser humano não nascer saudável, mas extirpar sua vida em prol do “bem estar” materno é injustificável. Esses são alguns de meus argumentos, alinhados por acaso com o do ministro Lewandowski, que acredito, não seja anencéfalo e também não apoiaria, assim como eu, um GP do Bahrein nessas condições.

    • Flávio Mendonça, sei que não é o objetivo desse espaço, mas fiquei curioso. Como você concilia o fato de ser injustificável extirpar a vida do feto em prol do “bem estar” materno com a legalidade do aborto em caso de gravidez resultante de estupro (admitido na legislação desde a década de 1940, mesmo que o feto seja plenamente saudável)?

      • Olá Frank, essa uma questão muito delicada. Realmente o aborto em caso de gravidez resultante de estupro existe e é uma exceção, chamado pela doutrina e jurisprudência de aborto “sentimental” e se difere do aborto “terapêutico”, neste caso quando a gestante corre risco de morte. Gostaria que não houvesse o aborto em caso de estupro, mas é permitido por lei, e a mulher tem essa opção ou não.Penso que o nascituro não tem culpa de sua situação, apesar que a gestação da mulher pode ser uma tortura pra ela durante os 9 meses e, até mesmo, depois. É claro que isso abre margem pra muita discussão, há gestantes que não suportaram gerar um ser proveniente de um estupro, abortando, portanto, algumas delas ficaram mais traumatizadas pelo aborto do que propriamente pelo estupro e outras não. Enfim, o nascituro é considerado um ser próprio, embora dependa da mãe para dar continuidade em desenvolvimento intrauterino. Sei que haverá muitos contras, mas meu pensamento é que: “implica que toda a pessoa humana, indistintamente, deve ser tratada como um fim em si mesma”, a frase não é minha, mas é como penso também.

        • Deixa ver se eu entendi, você está dizendo que “Gostaria que não houvesse o aborto em caso de estupro” e que por isso é contra o aborto de fetos anencéfalos. Sinto lhe informar (na verdade não sinto) que perante o permissivo legal sua opinião é irrelevante. E tal permissivo, até por uma questão lógica, abre espaço para o aborto de anencéfalos, como bem asseverou o Min. Gilmar Mendes no voto há pouco proferido.

          • Daqui a pouco o Victor vai cobrar pelo espaço no blog..hehe. Então Frank, você se confundiu nas minhas opiniões. A primeira, se trata, a meu ver, mais na ideologia perigosa da Eugenia, que poderá, ou não, ocorrer futuramente.A segunda, que foi suscitada por você, se trata mais no valor puramente da vida de um indivíduo inocente, que o próprio ministro Gilmar Mendes tratou de diferenciar, com uma opinião contrária da minha, em relação aos anencéfalos, mas dizendo que esse tipo de aborto se encontra “entre as duas excludentes de ilicitude”, não equiparando-a com a do aborto em caso de gravidez advinda de estupro. Mas você tem razão, minha opinião diante da norma de nada serve, é apenas um juízo de valor.

  • Victor, sigo diariamente o Grande Premio e seu blog. Acho o Grande Premio um dos melhores canais sobre automobilismo. Mas não posso deixar de dizer que esse seu último artigo, ao meu ver, foi um tanto infeliz. Motivos:

    1 – Não vejo sentido em dar pitacos sobre aborto em site de automobilismo.
    2 – A questão de aborto de anencéfalos é muito mais complexa do que vc expôs. Eu também não sou um especialista no assunto, mas lí vários artigos e depoimentos sobre o caso. Ouvi vários médicos que cuidaram dessas crianças. Por exemplo, um tio meu, médico no interior de São Paulo, cuidou de um bebê anencéfalo que viveu 5 meses após o nascimento. Ouvi uma médica obstetra que teve um bebê anencéfalo que viveu apenas 40 minutos após o nascimento. Nos dois casos o bebê sempre foi tratado como … um bebê, um filho amado como qualquer outro. Nunca ouvi o depoimento de alguém que levou a gravidez até o final e se arrependeu, ao contrário, há muitas mulheres que abortaram e se arrependem muito por isso. Poucas pessoas conseguem ter a consciência tranquila sabendo que matou o próprio filho. Victor, se seu filho tivesse uma doença que paralizasse boa parte do seu cérebro e os médicos dessem apenas alguns meses de vida para ele, vc o mataria? Creio que não. Porque o seu filho teria direito de viver alguns meses e os dos outros não? Aquela sua frase ilógica que dizia algo como “carregar uma vida que não vai ser vida” resume muito bem a história toda: elas estão carregando uma vida, um feto é um ser humano e o aborto é, por consequência lógica, um assassinato. Aquele bebê deficiente está vivo e vai morrer, assim como nós estamos vivos e vamos morrer.
    Eis o vídeo que os pais da pequena Esther fizeram, aquela que viveu só quarenta minutos depois de sair do ventre da mãe: http://www.youtube.com/watch?v=qR2TydUjPU4&feature=fvst

    Abs!

    • VM responde: Desculpe, Marcelo. Quando você começa um debate com “Não vejo sentido em dar pitacos sobre aborto em site de automobilismo”, realmente a razão da coluna e de tudo que foi escrito por você se esvai – ainda mais quando você, em sua opinião, dá a entender que será OBRIGATÓRIO o aborto aos anencéfalos. Abs.

      • Está aí um aspecto fundamental nessa polêmica toda: a opinião pública, em sua maioria, confunde o “descriminalizar” o aborto com “vamos obrigar todo mundo a abortar”. O julgamento no STF é sobre a possibilidade legal da gestante ter o poder de decisão, se quer ter o filho ou abortar.

        Quanto à coluna, principalmente o lado automobilístico dela, parabéns.

      • Victor,

        Não quero dizer o que vc deve escrever em suas colunas. Cabe a nós leitores a decisão de ler e opinar, só isso. Quis dizer que acho seus textos de automobilismo muito bons e que, na minha opinião, um site de automobilismo não deve entrar em assuntos que não estejam ligados ao automobilismo. Já o Blog é outra história. Mas isso é somente uma opinião de um leitor, de alguém que admira muito o que vcs fazem.
        Quanto ao tema em si, reconheço que me expressei mal, não quis dar a entender que seria obrigatório. Só acredito que o Estado não deva tutelar o assassinato de seres humanos. O bebê anencéfalo é um ser humano vivo. Não há nada de religioso nessa opinião. Como disse Peluso em seu voto, a mesma motivação para o aborto do feto pode ser utilizada para matar o anencéfalo após o parto. Alguns deles vivem meses! Imagina, depois de nascida a criança a mãe, abalada psicologicamente, decide matá-la! Qual a diferença entre matar dentro e fora da barriga?
        Essa discussão é muito complexa e somente estando na pele da mãe para poder opinar com propriedade. No entanto, achei muito exagerado da sua parte chamar a posição contrária a descriminalização de “burrice”. Leia o voto do ministro Peluso. Vc pode discordar, mas duvido que o chamará de burro ou fanático religioso.
        Abs!

    • Marcelo,

      Assim como você, considero o aborto um crime em qualquer circunstância, exceto quando ameace a vida da mãe. No entanto, como o Vitor colocou, o STF está julgando o direito das mulheres de fazer isso ou não. Se elas irão se arrepender, o que é provável, será problema delas. Só espero, e aí tenho desconhecimento de causa, que o direto de abortar anencéfalos não seja aproveitado para abortar crianças indesejadas. Mas isso cabe outra discussão.

      Quanto a não misturar site de automobilismo com a discussão, a menos que isso fosse uma reportagem do Grande Prêmio, ou que o GP fizesse um tempo real da votação do STF tal qual está fazendo (muito bem) com a situação política do Bahrein eu te daria total razão.

      Mas isso está sendo publicado no blog e na coluna que são espaços para opinião do autor (sobretudo o blog). Se o Vitor resolver começar a falar de moda ou de vida de pseudocelebridades aqui nesse blog, tudo o que eu posso fazer é parar de ler. Mas ele pode fazer isso se quiser, afinal, é o dono da bola.

    • Muito tocante o video e o relato do nascimento da pequena Esther. Uma celebração da vida. E muito obrigado aos pais por compartilhar a alegria e a dor conosco.

  • Interessante as diferentes perspectivas sobre a vida, na tua analogia, bem escrita, como sempre: com avanços científicos, que permitem antever se a criança terá alguma patologia, ou síndrome,a depender do diagnóstico – saber se a criança precisará de cuidados especiais, ou mesmo que viverá pouco – ele deixa de ser um filho amado para ser um feto indesejado, quase que um criminoso ao contrário. Também a vida dos cidadãos que vivem num regime opressor sofrem o dilema de verem seus dramas amenizados e seus direitos relativizados pela ganância, ou possibilidade de prejuízos, econômicos e “de imagem”, como se vê no Bahrein e mesmo na China onde acontece o evento deste final de semana da F1, China com o qual todo mundo capitalista namora pra casar, mesmo com todos os cerceamentos de diretos humanos fundamentais deste país. A realidade do mundo hodierno: observamos as minorias, crianças que ainda não nasceram e bahrenitas, assim como os mendigos, crianças de rua ou vítimas da violência urbana: com a indiferença dos justos.

  • Acho que são duas questões complicadas. Uma, a nossa, já deveria ter sido resolvida em 1920, mais ou menos, quando o aborto já deveria ter sido descriminalizado.

    A da F1 não vai ter solução até Bernie passar dessa pra melhor. Não é possível que alguém fique alheio às questões políticas tão somente por causa da grana. Quer dizer, é possível, mas eu não aceito isso. Enfim.

    Só uma outra opinião, Victor. Não sei até que ponto essa correlação entre a anencefalia médica e a anencefalia figurada pode ofender seus leitores.

    Abraço!

  • Li o artigo. Não sei qual era a intenção em unir um assunto à outro, mas simplesmente não deu certo. No caso do julgamento no STF, o senhor demonstrou um desconhecimento enorme sobre o assunto. Frases como “[…]vão definir se as mulheres têm direito de deixar de carregar vidas que não serão vidas…” ou “[…]A voz é mais dada a frades, freiras e monsenhores, genética ou opcionalmente incapazes de engravidar, do que aquelas que passaram pela realidade…” mostram uma falta de preparo imensa para sequer discutir um assunto destes. A sua tese por acaso é igualar os que são contra ao aborto nesta questão específica do STF aos que defendem a situação política do Barein e a realização do GP de Fórmula 1? É forçar demais. Mais caricato, impossível.

      • Não me admiro de sua resposta. Você se considera um dos que defendem a democracia e a liberdade de expressão, mas não consegue ouvir uma opnião contrária. E sempre apela para a ironia, ou mesmo às vezes para a ofensa. E deve considerar cada discordância como uma reafirmação de sua própria inteligência, e só. Apenas observe a crítica, releia seu artigo, considere-a ou não, melhore nos próximos textos ou não. Não precisamos nem saber de suas conclusões. Mas não trate a minha opnião ou de outros que aqui comentem como uma discurssão de boteco ou intervalo do ginásio. Foi o Sr. que tornou seu texto público e abriu para comentários.

        • VM responde: Adriano, para não prolongar a questão, mas já prolongando, veja o que você disse: “…mostram uma falta de preparo imensa para sequer discutir um assunto destes”. Você disse que sou despreparado, certo? Diante disso, te perguntei qual era a sua opinião, visto que você deve ter um preparo acadêmico para tal. É mentira que o catolicismo é peça fundamental na questão? Qual é a inverdade em “a voz é mais dada a frades, freiras e monsenhores, genética ou opcionalmente incapazes de engravidar, do que aquelas que passaram pela realidade”? A “discurssão”, como você diz, estava lá. Pena que você não acrescentou nada a ela e preferiu me desqualificar. Abs.

          • Acredito que a expressão “catolicismo” aqui deveria ser reconsiderado – seria melhor colocado setores de igrejas, como se viu nos noticiários. De fato, em assuntos como aborto, divórcio, e outros envolvendo família, há uma união pontual entre setores de diversas religiões, notadamente católicos e evangélicos, que a despeito de divisões doutrinais, compartilham a mesma opinião nesses assuntos. Considere-se tb uma divisão visível – e legítima – na hierarquia católica sobre estes temas, uma vez que hoje a maioria dela considera melhor orientar seus fiéis naquilo que considera fundamental, a expor-se como agente impositor de leis e códigos, fortalecendo o que há de bom na liberdade religiosa e divisão de estado-igreja. Com relação à voz privilegiada de religiosos, o que se viu na capital ontem a tarde foi o contrário, não só pelo resultado da votação como pela visão dos políticos esquivando-se da cena…

  • Legal! Apesar de fã do rock, gosto de ver essa variaçao. Que nao me inventem de colocar musicas “genuinamente brasileiroas” nesses eventos. Ai que ferra tudo!

  • Só pra comentar. O julgamento é para descriminalizar o aborto de fetos anecéfalos. Não para descriminalizar os anecéfalos… Não é crime ter má formação cerebral. O crime é o aborto. Mas isso vc já deve saber.

  • Os pilotos querem mais é correr, mas se falarem isso podem ser massacrados pelos politicamente corretos ou até assassinados por malucos revoltados no Bahrein. Todos querem mais é corrida, e não deixo de dar razão a eles.