A resposta da CBA

SÃO PAULO | Reproduzo na íntegra o questionamento que fiz à CBA e as respostas dadas nesta tarde sobre o caso de Alceu Feldmann, que se recusou a fazer o exame antidoping no domingo da corrida da Stock Car do Velopark, no início de maio. Basicamente, a entidade diz que o afastamento foi feito pelo STJD e que o caso ainda será julgado pelo órgão judicial, e confirma que o piloto tinha solicitado uma isenção para uso de medicamento especial — e que isso pode ajudar a reduzir sua punição, embora o fato de não ter feito o teste piore seu caso.

O regulamento da WADA determina que um piloto que se recusa a fazer o exame antidoping deve sofrer a mesma punição de quem é pego no exame, portanto um afastamento de 2 anos. Por que a CBA afastou Alceu Feldmann por um período de 30 dias?

A CBA não afastou o piloto, quem o fez foi o STJD de forma preventiva. O prazo máximo para afastamento preventivo é de 30 dias. O processo ainda será julgado pelo STJD neste período em que ele está suspenso. A CBA não tem o poder e nem a função de suspender e punir o piloto, ela apenas encaminha o caso para que o STJD julgue o mérito. A punição máxima para quem se recusar a fazer o exame é, segundo o artigo 10.3.1 de dois anos. Porém, como nos artigos 10.5 e 10.6 explicam, ela pode ser diminuída ou aumentada.

Para a CBA, a recusa ao exame antidoping será sempre aplicada desta forma ou foi um caso isolado?

A recusa ao exame antidoping será sempre tratada na forma da lei.

Temos a informação de que a CBA estava/está para conceder a Alceu Feldmann o TUE, Therapeutic Use of Exemption, avaliação que permite ao atleta/piloto usar determinados tipos de medicamentos com substâncias proibidas. A CBA confirma?

Não é a CBA que concede ou não a TUE, e sim as pessoas credenciadas pela entidade que cuida do doping a nível mundial.

Considerando que a recusa para o exame antidoping aconteceu em 6 de maio, porque a CBA esperou a corrida de Ribeirão Preto acontecer, permitindo que Alceu Feldmann corresse, e só anunciou a punição 19 dias depois?

A CBA só pode se manifestar após receber os relatórios da empresa responsável pela execução dos exames. Assim que a denúncia da negativa chegou ao conhecimento da CBA através do relatório do Diretor Oficial de Doping (DCO – Doping Chief Officer) a mesma já remeteu o caso diretamente ao STJD.

Comentário extra: Todo atleta tem direito a defesa. O piloto Alceu Feldmann encaminhou pedido de Isenção de Uso Terapêutico para medicamentos proibidos e que ele tem indicação médica para uso com parecer favorável do Dr. Claudio Gil Soares de Araújo, Diretor-Médico da CLINIMEX – Clínica de Medicina do Exercício, datado de março de 2012. Com isenção terapêutica aprovada pela ABA – Associação Brasileira Antidoping, o piloto tem subsídio para se defender e tentar reduzir sua punição.

Comentários

  • A CBA respondeu, mas não respondeu. Entendeu? Achou confuso? Achei o mesmo das respostas da CBA. A unica coisa que ela fez foi tirar o dela da reta atribuindo responsabilidades à terceiros e se isentando de qualquer possivel falha…

    • Esse negócio de tirar o dela da reta ela faz comperfeição!!
      Só pra constar que a administração “”””inteira”” e mais algumas confedereações, inclua-se a de SP. receberam aulas do mesmo professor em termos de atitudes e atos….Professor em “”Maquiavélismo””…
      Todos os “”atos”” da confederação vem se pautando no revanchismo! Com certeza tem um dedo revanchista em cima do problema do Alceu..
      Lembro bem do piloto liderar a gritaria não sei se no caso do Sondermam ou do Sperafico, ou em ambos, entre outras manifestações de descontentamento com as regras e formas de aplicação das mesmas…
      Ainda bem que falta pouco pra esse mandatos acabarem,, Só pra finalizar tem coisas estranhas acontecendo dentro da federação de SP..
      Gostaria muito de saber se em SP depois da “”canetada louca” da CBA quais as categorias que irão bater de frente com essa obrigatoriedade de se “”usar” a chincane lá do café…Eu, sinceramente espero que a próxima etapa da Truck aqui em SP., essa obrigatoriedade caia por terra… Pois obrigar caminhões a entrarem lá numa competição de velocidade seria no mínimo um atentado a vida dos esportistas.. Ainda mais com aquele quard rail defeituoso mal feito e fraco desde a fundação, que não aguentou nem uma pancadinha de trazeira de um porsche e se desmanchou.. E pior, ainda está lá,, defeituoso frouxo e sem função,,
      Que absurdos todos os que a CBA na sua administração atual está impondo com seu modo ditatorial de fazer as coisas…. Sem ter o que fazer ataca sempre aqueles que um dia tentaram atravéz de criticas melhorar as condições do esporte que praticam… Diga-se de passagem que no final das contas essas criticas deixaram de se construtivas, pois até o oceano tem limite, tem horas que transborda, por que não a paciencia das pessoas…..CBA ??? Vamos fazer as coisas com devem ser??? É mais bonito! é Mais “”” P R O F I S S I O N A L””” !!! Há lucides nessas cabeças???.. Ou estão todos mesmo acéfalos???

  • Só não ficou explicado por que a demora para enviar ao STJD demorou 19 dias, já que o piloto recusou fazer o exame no domingo e na segunda-feira a CBA já devia saber sobre a recusa. Tudo leva a crer que a demora foi proposital para que Feldmann pudesse correr em Ribeirão Preto.

    Coisas da politicagem brasileira….