Terra do bunga-bunga

F1 Grand Prix of Italy - Qualifying" src="https://victor-martins.grandepremio.com.br/wp-content/uploads/2012/09/151500805-1024x682.jpg" alt="" width="372" height="247" />SÃO PAULO | E deu Hamilton, como parecia ser nas prévias e pelo resultado de ontem, mas poderia não dar, de acordo com o resultado nas primeiras partes na classificação e pelas palavras dos derrotados, Alonso e a Ferrari. A Chiliquenta e seu presidente, Aparecido di Montezemolo, adotaram o discurso da pole fácil, que perderam o primeiro lugar no grid e coisa e tal. Pelo que falaram, a culpa foi de uma barra que não dava problema aos italianos desde quando Enzo Ferrari brincava de médico. Então quer dizer que agora o azar está acompanhando Fernandinho, é? Ninguém consegue sorte a temporada toda.

Com o carro que tem, rápido a ponto de pegar pole ou não, sair em décimo e em Monza não é a pior situação do mundo. À frente do espanhol, fisicamente, tem o Mito, que larga mal pra cacete. Do outro lado, Di Resta, para quem, sinceramente, nunca reparei na forma como sai do grid. Digamos que Alonso já recupere uma ou duas posições na primeira volta. Aí terá de saber lidar com a tática.

Porque as Mercedes e seus motores empurram que é uma beleza. Os carros prateados, que vinham andando no pelotão da misericórdia, voltaram a aparecer bem unicamente pela característica do circuito. A princípio, Rosberg (6º) e Schumacher (4º) serão osso duro e tendem a formar uma barreira para Alonso. Vettel (5º) e Raikkonen (7º), ambos com propulsores Renault, teoricamente também terão essa dificuldade se ficarem ali encaixotados. A Red Bull anda bem em corrida, mas não destoa a ponto de se livrar facilmente dos rivais.

Assim, o pole e seu companheiro, Button, mais Massa podem ir ganhando terreno para montar o pódio do GP da Itália. Não parece que Felipe vá brigar pela vitória, não. Sua briga seria para abrir uma distância da ‘barreira’ para que Alonso não venha babando, surja na quarta colocação e aí, sacumé, ouvir pelo rádio coisa que não quer.

Felipe fez um ótimo treino, diga-se. Andou rápido em todas as sessões, perto de Alonso, e pelo infortúnio do parceiro, sai à frente dele pela primeira vez no ano. “É sua grande chance”, já bradou Aparecido, ajeitando a la Cadinho o cabelo. E é, mesmo. Se a Ferrari ainda não se decidiu para 2013, um desempenho daqueles notáveis vai ajudar à beça. Vai que cola. Vai que amanhã tudo se alinhe a favor. Vai que Hamilton coma logo mais uma pizza e tenha um leve desarranjo, vai que Button tenha um leve problema de pneu. Vai que.

Senna, lá atrás, 13º, não vai ter muita coisa a fazer. A Williams não se achou em Monza. Pelo menos seis equipes estão melhores. E como todo mundo deve partir pra tática de uma parada, a não ser que tente o bote fazendo algo diferente – oh!, parando duas –, não tem muito com que sonhar. O que vier é lucro, como diz Fernando Silva, de férias.

Como a corrida é de tiro curto, pá-pum, Hamilton pinta como favorito. Aliás, o pódio tende a ser dentre os três primeiros do grid, e se tiver alguma mudança, é entre Vettel ou Alonso. Pai Zulone me contou.

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