Auf wiedersehen

SÃO PAULO | Que poderia vir, OK, mas digamos que foi surpreendente o anúncio de Schumacher nesta quinta em Suzuka. Cobiçado pela Sauber, o alemão foi profético ao enfatizar em seu discurso que não sentia mais 100% de vontade de fazer o que mais ama, embora reconheça que ainda se vê em condições de brigar com essa molecada toda no mesmo nível.

É que estar no mesmo nível da molecada toda não é ser Schumacher, o homem que destruiu todos os recordes da F1 e fez a categoria mudar de regras a torto e a direito para evitar um domínio ainda maior sobre seus adversários. E é estranho ver a grita dos antis que tentam reduzir suas conquistas meramente por questões patrióticas ou porque usam o escudo da vigarice. Como se Senna, outro dos maiores da história, fosse um pano de limpeza — o título de 1990 exemplifica bem; e desculpe, o papinho de troco pelo que Prost havia feito no ano anterior não cola; ninguém caga na cabeça da pomba depois que ela executa acertadamente seu serviço.

Que se conteste, pois, o que Schumacher fez em sua volta à F1. Michael não chegou a ser nem o que o irmão Ralf foi em seus anos de Williams, por exemplo. Um pódio em três temporadas com um carro que foi vencedor na mão de Rosberg reflete a segunda passagem medíocre na categoria. O próprio reconheceu hoje que as críticas feitas não são erradas. E naquela relação de empresa/funcionário, Schumacher não apresentou os resultados almejados pela Mercedes. Não se olha para trás para tomar uma atitude destas, e a equipe foi atrás — ou foram atrás dela — para pegar o que havia de melhor disponível no grid, Hamilton. Schumacher tornou-se um peso caro, e a vida de proletário é assim.

Por conta da memória seletiva, Schumacher vai acabar tendo grande parte de seus méritos vistos com um asterisco. Como a comparação jamais vai ter fim, que se entenda que um mundo onde Schumacher e Senna são geniais, míticos e lendários é possível. E como disse o amigo Zé Eduardo Morais, que saiba se distinguir uma coisa da outra: maior é aquele que teve mais conquistas; o melhor é meramente uma opinião pessoal. E que seja respeitada a de cada um sem as putarias prosaicas que se vê nestas gentes movidas a emoções extremistas e por muitas vezes manipuladas.

Comentários

  • Ele tentou! Não deu, pois ele já é um vovô de 43 anos, e por mais que os especialistas digam que ele ainda está em idade boa para correr, não adianta. Porque correr com caras (10,15 e 20 anos) mais novos que você o deixam em larga desvantagem e o Rosberg se deu bem em cima dele por causa disso, e agora vai ter que suar o macacão por causa do Halmilton. O Michael Schumacher decidiu DEZ títulos mundiais ficando com SETE, não precisa dizer mais nada, porque ele não precisa provar mais nada há ninguém. VALEU SCHUMACHER!

  • tudo é discusao sem sentido, senna era magnifico, ponto.
    shumacher , frio, objetivo, alemão, ponto.
    prost, genial, politico…
    piquet, cerebral, inteligentíssimo…
    mansel, velossissimo…
    niki lauda, super corajoso, pilotaço
    jim clark, soberbo…
    cada qual , genial, um não desmerecendo o outro…
    vao ai ainda fangio, jack stwart, emerson, giles vileneuve…

  • Perdão, Victor.

    Mas a contestação sobre o Schumacher não tem nada a ver com a sua suposta falta de carater em pista.

    A questão é qualidade mesmo.

    O cara ganhou 7 títulos, bateu recordes de vitórias, etc., etc., etc., contra pilotos, no máximo, razoáveis. Perdeu títulos para caras como Damon Hill e Mika Hakkinen – este último, em 1999, quase perdeu o título para o Irvine (que coisa, hein?). E foi devidamente aposentado pelo então “moleque” Fernando Alonso.

    Mais: dos 7 títulos que ganhou, em 4, pelo menos, o cara era tratado como “piloto único” da equipe – não me lembro de algo semelhante ocorrendo com outros campeões. Senna, Prost, Mansell, Piquet, Lauda, entre outros, venceram com gente grande, competitiva e igualmente municiada do outro lado do box.

    Enfim, no meu sentir, esses elogios exagerados ao Schumacher mais parecem uma necessidade incessante de alguns de fugirem de um “suposto lugar comum” brasileiro – o de que Senna foi melhor que Schumacher. É dizer: se esses jornalistas morassem na Alemanha, certamente diriam que Senna foi melhor – e só pra parecer diferente da “pachecada alemã”.

  • De fato Schumacher escreveu um grande capítulo da história da F1 diante de nosso olhos, os recordes considerados inalcançáveis que ele alcançou tão aí pra mostrar isso. Schumi com a idade que Senna bateu a caçoleta em Ímola já era hexacampeão.
    Mas os sennistas dirão que os rivais de Senna (Prost, Piquet, Mansell) eram mais fortes que os de Schumacher (Hakkinen, Villeneuve, Montoya, Raikkonen – o melhor em minha opinião – e Alonso) podem até ser, mas se ele é tão maior e melhor assim por que não impôs isso como o Schumi e tem o mesmo de titulos do Piquet e 1 a menos que o Prost?
    Aos Sennistas deste post: o escriba teve que falar no Ayrton pois invariavelmente o comparariam com o Schumacher aconteceriam.

  • O Senna foi mencionado nesse post por que é impossível para um jornalista esportivo elogiar o Schumacher sem ser contestado pelas “viúvas”, logo, ele se antecipou ao que obviamente iria acontecer.

  • Difícil aceitar? O Alemão foi o M A I OR, talvez o melhor.. (na minha opinião foi)
    O problema é que apos 1o de maio de 94 muitos brasileiros pararam de ver F1..O Cara foi genial, a frieza quando o carro pegou fogo no pit, ganhar corrida no fim de semana que a mae morreu.. O Senna foi um excelente piloto, não há duvidas, mas pra mim, nem foi o melhor brasileiro.. O fato é que ele faleceu e não teve chances de ser maior que o schummy.. se ele estivesse vivo, se ele.. enfim.. se se se.. se minha mae nao tivesse casado com meu pai eu nao tava aqui escrevendo.. “se” são apenas suposições contra fatos.. (não quis ofender nenhum fã do Senna, se o fiz desculpas)

  • Pô, Victor! Foi mexer logo no “santo”?

    O Senna foi um piloto excepcional, talvez o melhor (até porque não vi Jim Clark, Jackie Stewart, Fangio e Fittipaldi correrem para dizer com convicção). Mas, com a lavagem cerebral global, o povo esquece a decisão de 1990 (onde ele deu o “troco” no Prost); os bastidores da McLaren, onde a equipe passou a trabalhar contra o Prost; o descaso com que ele tratava os outros meios de comunicação que não fossem a Globo ou suas parceiras; o teste na Indy em 1993, que foi só manipulação para pressionar a renovação de contrato com a McLaren; o fato de ele ter se oferecido de graça para a Williams em 1993 (que já estava assinada com o Prost) e em 1994;

    A Fórmula 1 não é lugar de santos. Todos ali tem sua mancha no currículo.

  • O Schumacher não devia ter voltado… essa F1 de ser “gentil” com os pneus, poupar isso, poupar aquilo, não é a dele. Ele pisa fundo e pronto. Em várias corridas ele saiu escalando o pelotão, mas no final, sem equipamento e sem pneu, ficou pra trás, fora até da zona de pontos.
    Arrisco a dizer, sob pena de ser massacrado pelos fãs do Senna, que até o Ayrton teria sérios problemas pra ser competitivo nessa F1 de hoje.

    • hahahahahaha, boa! O pessoal adora esteriótipos. Se você acha o Senna um bom piloto é viúva, se fala bem do Massa ou do Barrica é pacheco, isso tudo é de uma mediocridade enorme. Agora criaram até o “anti Schumacher” minha nossa.

  • E o Schumacher ligou para o Ralf, irmão, a DTM Alemã é um bom lugar para se correr ou eu devo ser personal trainer do Ronaldo fenômeno no medida certa? Achei que estava por cima da carne seca nestes três anos de fórmula 1 e me dei mal, muito mal!
    E Ralf disse, ah irmão, vai procurar a Stock Car no Brasil, pelo menos lá você será tratado como superestrela e pode ser companheiro de equipe do Barrichello, seu eterno segundo piloto!
    Tem o celular do Tony Kanaan? rsrsrs

  • Concordo muito. So acho que em relacao ao Senna, e’ mais uma questao do fato de o que ee fez ter sido uma “reacao” e nao uma “acao”. Alem disso, o lugar do pole position foi trocado na vespera da corrida pra favorecer o Prost e isso tem que ser levado em consideracao (se de fato a historia eh real como parece ser).

  • Não dá para comparar números, porque na época de Piquet erm 12 corridas por ano. Na época de Senna, de 14 a 16. Hoje são 20. Muito mais por temporada para fazer números.
    O alemão não tinha que ter voltado. Ele já tinha, em números, sido o melhor piloto da F1 (discutível) e não tinha mais nada a provar. Achou que poderia desenvolver o carro da Mercedes, voltando a ser campeão. Não conseguiu, e agora vai voltar a cuidar dos cachorros…

    • Muito boa a observação sobre o número de corridas. Hoje é muito mais fácil escalar o ranking de vitórias, poles, podiuns (podiums?), voltas mais rápidas, etc. O de pontos, então, nem se fala. Fangio correu 51 grandes prêmios, em 8 temporadas. E venceu nada menos que 24, ou seja, 47% das vezes em que foi à pista, porcentagem jamis igualada. Marcou “apenas” 277,6 pontos, já que na época o 1º lugar valia 8 míseros pontos.

  • Pergunto por que atacar os fâns de Senna? Para que mencionar o Ayrton? Ele vós fez mal? Não, longe disso, deu muitas alegrias, por sinal como o Schumy deu ao que gostavam dele e gostam! Caro Victor, você é um bom jornalista, mas deveria ter assinado este post como Fan, é errado provocar estas escaramuças apenas para ter visibilidade, coisa que acredito o Victor não precisa, quem agora sai de cena é o Schumy, o legado do Senna é está no desejo de todos os pilotos, quer queiram ou não, o próprio Schumy ai está para comprovar, fica mal está tentativa de provocar uma “guerra’ entre adeptos de um e outro, no final do dia somos todos amantes da f1!

  • caro amigos comparar sena com shumi nao da se nosso sena tivesse estado mais tempos nas pistas com certeza shumi nao seria penta nem matando …..ele nao e e nao sria muito menos melhor o sena e insubitituivel foi o melhor sim

    • Aí é que está a questão: Senna PODERIA ter sido o maior, se não tivesse falecido prematuramente. É uma hipótese perfeitamente válida, pois se tratava de um gênio. Mas o fato é que faleceu, então a hipótese não pode ser comprovada. E o FATO é que o Schumi venceu 7 campeonatos, então é o maior (mesmo que um deles tenha sido na vigarice, jogando Hill para fora da pista).

  • Foi combinado todos babarem ovo dele e citarem o Senna pra dar repercussão? Se foi deu certo. Se quem torce pro Senna é sennista e pro xumaquer é xumaquista, quem torce pro piquet é o quê?

  • Boa tarde.

    O Michael Schumacher foi o recordista, mas Senna foi o melhor. Pilotos, equipes e torcedores de outros países acham que ele foi melhor ainda que o recordista tedesco, mesmo possuindo marcas inferiores (títulos, poles etc).

    Sem dúvida é uma grande perda para a F-1.

    Agora não entendo porque colocar Senna no bolo … Até onde eu sei é sobre a aposentadoria definitiva do Michael o assunto do momento, não comparações fúteis de ambos … “Nada vê” como diriam por estas bandas …

    Tudo isso para promover o “anti-pachequismo”, o “anti-RGTV” … “Vamos falar do alemão, mas tem que dá uma alfinetada nos pachecos”.

    Que bobagem não ?

    • O problema é que, ao se elogiar o Schumi, é automático que surjam as viúvas, às lágrimas, contestando qualquer evocação das qualidades e títulos do alemão, para dizer que Senna sim, é que era piloto, etc. Então, o Victor já se adiantou. E não é que mesmo assim as carpideiras apareceram? Em tempo: para mim, os melhores foram Fangio (que ganhou 24 em 51 corridas disputadas) e Clark, que venceu na F1 e em Indianapolis.

  • 1990 foi troco. Errado? Com certeza. Mas é um fato e não um juízo de valor. Portanto, queira ou não, é diferente de jogar o carro em cima do oponente duas vezes sem um motivo aparente.

    Maior em números com certeza, melhor, como você disse é questão de opinião e leva-se em conta outros fatores. O fato de ter dominado com um orçamento ilimitado, carro muito superior e contra pilotos duvidosos (o único adversário forte foi Hakkinnen) na minha avaliação vão contra. Mas isso acaba se tornando subjetivo. Acho Prost e Senna melhores que ele. Mas não maiores.

  • É complicado ter que ficar evocando quem já morreu há 18 anos pro post chamar alguma atenção.
    Não vejo nenhuma necessidade de se falar de Ayrton Senna pra fazer uma postagem sobre a aposentadoria do Schumacher.
    E se é pra falar de números, porque não fazem comparações de Schumacher com Prost e Fangio, ambos estão entre Senna e Schumacher.