Terra de ninguém, 8

INTERLAGOS | 22h15 pra mais aqui em Interlagos, e este é o primeiro post do dia. Talvez não seja o último. Tudo aqui é uma correria, como se nota, ainda mais na vida dividida entre Grande Prêmio e ESPN.

Eu pretendia escrever algo sobre a corrida, mas vou deixar para amanhã por dois motivos: 1) estou no bagaço da mexerica e 2) logo mais vamos comemorar. Aquela cervejinha de sempre, uns petiscos, uma caipirinha, mais acepipes e tudo mais. Prefiro falar do que foi esta cobertura.

A melhor. Porque é sempre bom trabalhar com gente competente. Dá um baita gosto porque é uma relação simples de ensinamento e aprendizado. Evelyn Guimarães e Fernando Silva já são experientes nesta coisa aqui de Interlagos, e este ano ganhamos Juliana Tesser. Passei grande parte dos últimos quatro dias sem ver o Grande Prêmio, não apenas porque o tempo era escasso, mas porque os três tiraram de letra e não é necessário se preocupar com o andar do negócio. Entrevistaram meio mundo, apuraram informações, sacaram fotos e, o mais importante, se divertiram. É o sinal máximo de que fizeram isso absolutamente focados. E aquele apoio da retaguarda que Felipe Giacomelli, Renan do Couto e Fagner Morais deram é simplesmente imprescindível. É chover no molhado tal qual este domingo, mas estes seis, representantes de uma novíssima geração, dão o orgulho da certeza de que há ainda jornalistas em sua essência, distintos e especiais, esses lindos.

E essa coisa de fazer rádio é simplesmente espetacular, informar ao vivo, correr atrás do entrevistado, saber empostar voz e dar voz aos demais, gravar a manchete, o pé, a cabeça e o bloco — e gritar o gol, e ver a Full Brazilian, e gastar o espanhol e ver que é tudo Taís: taispetacular. A estreia é sempre traumática porque se acha que não se leva jeito para o riscado. Daí vem o estalo. E o negócio vai fluindo, sobretudo porque, além dos ótimos profissionais, há ali grandes parceiros. Everaldo Marques é este monstro da narração, baita amigo. Conrado Giulietti é um senhor comandante, um senhor apresentador, um senhor repórter. Thiago Arantes é velho companheiro, trabalhamos juntos no GP anos atrás, competente até dizer chega. Tonhão Strini é ótimo, outro da velha guarda dos tempos de site, quando ele era do Tazio. Vanessa Ruiz é o toque feminino necessário neste meio truculento e brucutu. Zé Renato Ambrósio é exemplar: faz TV e rádio com uma qualidade estrondosa. Flavio Gomes é o pleonasmo da excelência. E não posso esquecer do pessoal da produção e da técnica, Murilo Augusto, William Paolieri, Luiz Henrique Oliveira, Gustavo Faldon, Ricardo Zanei e Josias.

Saio daqui nos próximos minutos com o Kamito, o meu novo mascote, e a chuva ainda caindo como na hora da corrida. Como se fosse a extensão de todos os momentos que tive e que vão para o baú que os mantêm para sempre.

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