As dez ideias


SÃO PAULO
| Já que falei no post anterior de Bernie Ecclestone e de sua provável retirada de time diante do cenário que se apresenta, pensei em alguns pontos que a F1 poderia modificar para atrair mais interesse das fábricas vinculadas ao automobilismo e do público. As minhas dez ideias iniciais para uma categoria mais atraente seriam estas:

1) Números fixos aleatórios, à escolha preferencialmente dos pilotos — como acontece na MotoGP. A Ferrari poderia optar por sempre correr com 27 e 28.

2) Carros com possibilidade de mudança de cor e patrocínio durante a temporada, inclusive dentro da própria equipe. A BAR de 1999 teria vez com sua divisão 555/Lucky Strike.

3) Concorrência entre fabricantes de pneus, não restritas a apenas duas — ou seja, Pirelli, Michelin, Bridgestone e outras fornecedoras poderiam entrar na disputa.

4) Produção de três tipos de especificação de pneus — duro, médio, macio — por cada uma das fabricantes, que poderiam ser usados livremente nas corridas conforme as estratégias adotadas. Apenas um tipo seria eleito como obrigatório para o fim de semana.

5) Três semanas de treinos de pré-temporada e outras três de intertemporada, que seriam realizadas em pistas não pertencentes ao calendário da F1.

6) Calendário com provas nos cinco continentes — ou seja, pelo menos uma na África — e resgate de corridas em praças tradicionais, como Paul Ricard.

7) Duas corridas especiais, sendo que a primeira teria um fim de semana com duas corridas, no estilo GP2, e a segunda teria maior duração e possibilidade de inscrição de terceiros ou até quartos carros, com treinos e classificação especiais, no estilo Indy 500.

8) Venda de chassis a outras equipes.

9) Manutenção do teto do custo de motores e incentivo a montadoras para retornarem ou ingressarem na F1 — casos de BMW, Ford, Toyota e Audi, Chevrolet, Hyundai e Kia.

10) Maior liberdade para inovações aerodinâmicas nos carros — bicos, asas, aletas e outras pensatas engenhísticas.

Outras são sempre interessantes de ver.

Comentários

  • Esqueci uma fundamental. Pontuação.

    Parar com esse negócio de 18 pts pro segundo colocado e décimo lugar marcar pontos. Não tem quem acompanhe desse jeito.

    Acho que podia voltar a dar 10 pts pro vencedor e um pro oitavo. Não tem por que ter tanto ponto distribuído

  • Quase todas as sugestões são boas (só não gostei da 7ª). Mas eu preferia:

    – fim das corridas na China, no Barhein, na Coreia do Sul, na Malásia, em Cingapura e em Valência

    – volta de pistas tradicionais (você mencionou Paul Ricard e é concordo)

    – manutenção de apenas 16 corridas por temporada, para diminuir custos e não saturar o público

    – revezamento entre autódromos, caso não caibam 16 corridas numa temporada só. Digamos: GP do Japão: um ano Fuji, um ano Suzuka; Austrália: um ano Melbourne, um ano Adelaide. Ou, até, um ano GP da Hungria, outro ano, GP da Holanda… Algo como faziam com Nurburgring e Hockenheim.

    – em relação a pneu, escolha livre. Incluive, pro cara usar pneu macio no lado esquerdo e supermacio no direito, sem a obrigação de usar mais de um jogo de pneu por GP.

    – sobre asa móvel, eu não sei. Hoje tem ultrapassagem demais; mas, há uns anos, não tinha de jeito nenhum. Não sei o que pensar direito.

  • VM, lembra da ultima guerra dos pneus??? Não funcionou…..a Michelin fazia pneus específicos para a Renault e a Bridgestone para a Ferrari.
    Liberação aerodinâmica???? Tudo errado, se o carro é dependente de downforce não consegue fazer a curva colado para ultrapassar no final reta.
    Treinos no decorrer da temporada na segunda após as corridas (como na MotoGP), melhora o aspecto da logística.

  • Mônaco poderia ser essa prova especial!!

    Também sou a favor do chassi único, tipo Dallara, para todas as equipes, e para dois dias de treinos livres (quinta e sexta) para as equipes andarem a vontade!

    O sábado seria só para os treinos!

  • Boas idéias, só não gostei da última que pra mim seria quase um retrocesso. A F1 tirou esse monte de aletas e penduricalhos pq a dependência aerodinâmica dos carros era tão grande que as ultrapassagens se tornaram muito mais difícil e as corridas mais chatas (vide o campeonato de 2007 que apesar da disputa acirrada nos pontos praticamente ngm passava ninguém entre as equipes top na maioria das corridas).

    Infelizmente os carros ficaram mais feios mas desde 2009 é fato que as corridas passaram a ter mais disputas mesmo antes de colocarem os pneus de chiclete.

    A idéia 7 é a mais divertida, hehe! Mas fazer 2 corridas no fds teria que ser muito bem pensado e negociado pra que ambas fossem transmitidas pelo mundo sem chiadeira das emissoras, assim como a corrida longa né!

  • Gostei das ideias. Colocaria mais uma: A volta do treino classificatório com 1h direto sem limite de pneus. E sem essa viadagem de largar com o mesmo pneu do treino. Faz tempo que não vemos a F1 do “pau puro” com os pilotos andando no limite para melhorar o tempo. Hoje o cara tem uma volta pra tentar a pole, e olhe lá. É muito pouco.

    Michelin, Bridgestone e até Goodyear (porque não?) tem que voltar!

    • Muita gente reclama da classificação nesse formato antigo porque os carros demoravam mais de meia hora até começarem a andar. Mas sem dúvida nenhuma é muito melhor do que a atual, até mesmo porque antigamente nós acompanhávamos, na maioria das vezes, a volta inteira dos pilotos, e hoje todo mundo sai junto e só vemos o final da volta.

  • Gostei da lista, mas as idéias 2 e 7 são mesmo “indy” demais como já disseram.

    Minhas sugestões não são tão técnicas:

    Uma página decente na web e liberar vídeos em sites como o YouTube seriam bem vindos para atrair as novas gerações.

    Talvez limitar o número de pilotos de um único país e assim abrir vagas para outras nacionalidades. Hoje em dia, tem alemão demais na categoria…rsrs

    Descobrir algum grande piloto nos EUA para conquistar de vez um mercado fundamental que traria desdobramentos relevantes em efeito dominó através da poderosa mídia ianque.

    Por fim, deixar os pilotos mais livres e sem tantos filtros para falarem mais bobagens como nos velhos tempos e, com isso, criarem mais polêmicas e conflitos para serem explorados pela imprensa.

    Abs

  • Gostei de oito das dez idéias. As duas últimas não irão ajudar e sim afugentar quem realmente está interessado em investir em esporte a motor.
    Que a concorrência entre os fornecedores dite o preço dos motores e desenvolver a parte aerodinâmica dos carros ainda mais pode nos levar ao velho problema de segurança que havia no final da década de 70, com carros com tanto dawnforce que podiam fazer curvas sem diminuir a velocidade e acabavam sendo verdadeiros ataúdes sobre rodas.
    Se há a necessidade evoluir nesta área, que sejam abolidas as asas. Qualquer mudança aerodinâmica só poderia ser feita no corpo do carro e sem dispositivos móveis ou deformáveis pela pressão.
    Isso estimularia a invenção e desenvolvimento de técnicas que podem ser úteis aos carros de passeio. Por isso competições como DTM atraem os maiores fabricantes.
    A F1 hoje é anátema técnico. O que se desenvolve para ela, só ela utiliza. E custa muito caro.

  • Perfeitas colocações, eu só acrescentaria na parte financeira o Teto a la Max Taradinho Mosley, com valores que sejam mais possíveis de serem atingidos pelos grandes times por exemplo, coisa de U$150 a 200mil por ano. Assim nivelaríamos a turma pela média, num valor em que times medianos tem feito bonito e evitaria grandes diferenças de orçamento como entre a Red Bull e a Marussia por exemplo.

    No aspecto técnico, só dois: peso mínimo e padrões de motores. O resto deixa o pau quebrar!

    Daí pode encaminhar para o email => [email protected]

    Abs

  • Ou seja, o problema não é pneu , mas o que gera downforce , no caso a aerodinamica. Esses carros são aviões invertidos. Queres disputas, com um vórtice gerado pelo carro da frente , da ordem de 800 HP , espancando o carro que vem atrás? Tás brincando? Experimente andar de moto atras de um caminhão baú a 140 km/h. Vais sentir o que eu estou argumentando.
    Com todo o respeito, gastar milhões de dolares na parte aerodinamica, que nunca será usada onde interessa, no caso nos carros de rua, é um escarnio, quando se poderia investir em motores e transmissão e sistemas de recuperação de energia. Essa F1 não serve pra absolutamente nada. Por isso vazaram , Ford, Toyota, Honda, Porsche, Renault e outras. Os automóveis mudarão rapidamente ao longo deste século por causa da questão ambiental. Quem não acompanhar sai do mercado. As grandes montadoras sabem disso e não vão enterrar dinheiro nesse circo.

  • caros amigos, o que define tudo em um F1 é a parte aerodinâmica. se queres corridas mais atraentes, redefina os carros em termos de aderencia mecanica como os karts e não por meios aerodinamicos. o resto é filigrana e conversa pra boi dormir. e tenho dito.

  • São idéias bem legais e interessantes, mesmo ficando claro que a F1 é mto dependente de seu passado e seus números e recordes. Talvez formatos muito diferentes encontrem muita resistência e confunda o público mais ainda.

    E com algumas mudanças na pista, a F1 deveria voltar-se para uma mudança fundamental e necessária para a categoria a meu ver: As premiações às equipes. Penso que “gordas” premiações por corrida traria um belo ingrediente às disputas. Mas com premiações bem significativas, que faria com que os times menores buscassem novas estratégias, e abdicasse de pilotos pagantes para triunfar num determinado GP.

    Isso, na minha opinião, faria uma grande diferença “atrás das câmeras”.

  • Podia ter a mesma regra dos bancos também: todos são obrigados a oferecer aos clientes exatamente os mesmos serviços, só muda um incentivo ou a taxa de juros. No caso da F1, libera os blueprints para todo mundo.

  • Concordo só com algumas, não gosto de todas porque é “Indy demais”.

    A das cores eu colocaria um *, a equipe poderia mudar de cor caso fosse algo especial, como já ocorreu no passado, mas não gostaria de ver cada piloto com uma cor diferente, tira a identidade da equipe.

    Os que eu gostei são os ítens 3,4,5,6 e 9.

  • Victor como tinha escrito no blog do Flávio Gomes sobre pneus, vão aí sete dicas muito legais para boas corridas de Fórmula 1!

    1. Seja criado um treino curto só com pilotos reservas com um carro revezando os chassis dos pilotos titulares nas corridas com tempo de 30 minutos. Cada piloto de uma escuderia testa dois jogos de pneus com “ranhuras” entre duros e médios para serem reutilizados pelos titulares na largada e só poderão fazer a trocar para pneus “slick” em composto macio ou super-macio visando uma ou duas paradas nos boxes entre seus pilotos. A troca será feita quando somente dois dentre os quatro pneus sobrar duas faixas de ranhura, aí sim é permitido tal mudança. Nos boxes terá um fiscal que avalia o estado dos pneus, caso alguma equipe burlar essa regra o piloto que efetuou a parada sem os critérios recebe bandeira preta. Em caso de corrida com chuva, eles largam com intermediário ou de chuva intensa de pneus biscoitos, se a pista secar eles só utilizam pneus lisos.

    2. Aumentar de 22 para 26 carros, promover uma equipe da GP2 e outra da World Series com aval de uma montadora que não está fornecendo motores atualmente, na mesma linha de raciocinio no item nove, acabando com o 107% nas classificações. Como no item oito citado aí nesse caso as equipes Caterham e Marussia como são as mais pobres vendem dois chassis de duas temporadas anteriores no prazo de três anos para as escuderias promovidas e a montadora também firma uma parceria de motores com as duas equipes.

    3. O terceiro treino livre é importante na formação para a classificação. O piloto que for mais lento no treino em relação ao seu companheiro irá formar o bloco do Q1 e o outro com os mais rápidos forma o bloco do Q2. A classificação tem como o seguinte critério: em pista seca cada piloto tem 20 minutos em dar no máximo oito voltas de acordo com o bloco que foi selecionado, ao final do Q1+Q2 classifica-se quem tem os dez melhores tempos. No Q3 em ordem decrescente com tempo de 10 minutos vão de dois em dois carros registrar uma volta lançada e tenta melhorar o seu tempo que qualificou entre o top 10. Vale ressaltar quando a classificação for com pista molhada, após o final do Q2 são selecionados os cinco melhores pilotos de cada qualificação. A pole será decidida pela mesma ordem decrescente mas apenas um carro na pista em volta lançada em registrar um novo tempo, quem for o mais rápido é o pole.

    4. A volta das corridas extra-campeonato em dezembro, mas somente as seis piores equipes podem participar do evento correndo com um piloto em circuitos históricos na Europa que não estão no calendário atual, assim atrai publico e parte da renda vai para reforçar essas equipes para o orçamento da temporada seguinte.

    5. Mudança na pontuação: 1º 20; 2º 17; 3º 14; 4º 12; 5º 10; 6º 8; 7º 6; 8º 4; 9º 2 e 10º 1. Quem fizer a melhor volta da prova terminando na pontuação fatura um ponto. O vencedor caso liderar 1/3 da corrida ou mais ganha um ponto e se ele foi o pole também leva mais dois pontos. Com a entrada de novas montadoras em fornecer motores as equipes passam adotar um campeonato de motores junto como de pilotos e construtores.

    6. Fim do Kers e asa móvel, no lugar passa a utilizar o recurso do “push-to-pass” o mesmo já aplicado na Stock Car e F-Indy, com injeção de força extra que acrescenta cerca de 100 cavalos de potência no motores V6 turbo. Mas há um detalhes, o push-to-pass só pode ser acionado durante 10 vezes nas corridas e acionado em um determinado ponto da pista com mesmo critério aplicado pela asa móvel.

    7. Limite no número de funcionários para todas as equipes, cada escuderia pode ter no máximo 450 empregados, nesse caso não haverá demissão, isso porque muitos serão deslocdos para as duas novas equipes e também para as categorias menores como: GP2, GP3, World Series, F3 Europeia etc.

    Fica aí as dicas, quem sabe dá certo?

  • Propostas 1, 2, 5, 8 e 9 já deveriam estar em vigor, principalmente a 2 e 8. As número 3 e 4 tem problemas de logística e custos. Não rolam. Simpatizo com a ideia 6, mas a ganância de Bernie dificulta. A 7 seria drástica de mais e as tevês ficariam malucas. Correríamos o risco de não ver essas etapas por completo. Já a 10 é meio perigosa. Poderia dar certo, mas também poderia criar aberrações.

  • Boas ideias!
    Faltaria somente o regulamento permitir o carro” asa” e suspensão inteligente, com o turbo, ficaria simplesmente sensacional e precisariamos ter pilotos com mais talento nato.

    • Tempos atrás, não lembro onde, vi uma matéria que tentava imaginar como seria um F-1 se certas coisas não fossem proibidas, como carro-asa, suspensão ativa, quatro rodas na traseira, e outras mais. A conclusão é de que os carros seriam tão velozes que os pilotos não suportariam as forças G impostas, principalmente nas curvas. No mínimo, teriam que usar roupa de piloto de caça para não desmaiar.

  • Victor Martins, Deus te ouça!

    Me refiro à sua publicação anterior sobre o Bernie Ecclestone, que pra mim é o cara que arrebentou com a F1….nunca um dirigente DETONOU e manchou tanto a categoria quanto ele. Eu sei que tem um monte de sem noção que endeusa o cara, mas a verdade é que sua decisões de “orientalização” forçada da F1, custos indo às alturas entre outras loucuras são os grandes motivos pelos quais a Fórmula 1 encontra-se hoje em queda livre na audiência mundial.

    Se fizermos uma comparação, até os anos finais da década de 90, a Fórmula 1 contava com uma base astronômica de fãs, hoje a F1 é a categoria que mais perde fãs do Mundo e não tem nem metade do prestígio que gozava em décadas anteriores.

    Tá na hora de acordar……eu rezo pra que esta ANTA de Ecclestone suma da História da F1…quem sabe nesse julgamento que PROVA a safadeza desse velho, ele suma da liderança comercial da categoria. Eu venho dizendo isso há anos, anos e anos…..é impressionante como poupam a imagem do Ecclestone, uma vez dado o nível de desmantelamento que ele tem provocado na categoria.

  • Concordo com tudo, menos com a 10. Tem é que limitar a carga aerodinâmica dos carros. Por exemplo: a área máxima de superfície de asas no carro deve ser de, digamos, 1m². Aí, os engenheiros que se virem nos 30 pra tirar o máximo desse 1m². Se quiser concentrar tudo em uma asa só, ou distribuir em várias asinhas, fica a critério de cada um. Liberdade total, sim, mas dentro de um limite rígido.

    Ah, e eu também acabaria com a regra de ter que usar o mesmo pneu do Q3 na largada da corrida.

  • Todas bem boas e merecedoras, mas acho que a última é péssima, aumenta os custos estupidamente e não ajuda quem vem atrás ultrapassar, inclusive aproveitaria pra acabar com asas móveis, ô coisa bizarra!

  • Victor, concordo com tudo que vc disse exceto a parte das engenhocas aerodinâmicas, pois acredito que o conhecimento que elas trazem tem pouco/nenhum aproveitamento em carros de rua (interesse das montadoras). No mais, estou contigo.

    Abs,

  • A principal medida já vai acontecer: vão tirar o chefe de vendas do comando da categoria. Com a saída do Max Mosley, o Jean Todt praticamente assinou um cheque em branco pro Bernie.

  • Retorno do “efeito solo” ou “carro asa”. Com isso, a necessidade de downforce na dianteira diminuiria e facilitaria a aproximação nas entradas de retas após curvas de alta. Isso aumentaria o número de ultrapassagens;

    Redução do poder de frenagem (os carros estão freando a 50m da curva)

    Quanto aos pneus, gosto da manutenção de uma fábrica, pois os pneus exercem muita influência no desempenho e poderiam destoar demais;

    Fim do kers e asa móvel.

  • São Boas ideias as suas.
    E quem sabe, Pilotos contratados por talento, não por dinheiro.
    A volta de circuitos tradicionais seriam a melhor noticia.
    Serve o velho, majestoso, desafiador e gigantesco Nurburgring ??? Que tal o traçado de LeMans também ??? Adoraria ver o velho Interlagos e o velho Osterreichring também.
    Afinal, sonhar não custa nada.

  • Poxa Victor, aerodinâmica? No meu ponto de vista isso foi o que tirou a graça da F1, é a grande vilã.
    Na minha opinião, o que se deve fazer é limitar a carga aerodinâmica máxima permitida à um nível baixo. Hoje um carro de F1 produz mais de 1ton à 250km/h!!
    Porque não diminuir isso à um nível semelhante ao da década de 80 (não em desenho e sim em valor de carga), e aumentar os pneus para uma maior aderência mecânica? Isso permitiria ultrapassagens reais, no braço, e não abrindo asinha ou coisas do tipo.

    • Concordo. Acho, inclusive, que a guerra pela aerodinâmica já deu o que tinha que dar. Preferiria ver os carros com chassis único, especialmente projetado para não gerar tanta turbulência na traseira dos carros, talvez permitindo algumas pequenas adaptaptações das equipes. Isso ia reduzir muito o custo de uma equipe e elas disputariam melhorias técnicas em outras áreas, como por exemplo o motor. Este se tornaria bem mais importante do que hoje e isso chamaria a atenção das montadoras.

  • Do que vc escreveu, sou apenas contra (e muito) a idéia 4. Com isso teríamos o problema de 2006, onde o campeão não veio do melhor carro e sim de quem melhor conversou com os pneus. Seria como hj, só que pior, pois as fornecedoras iriam criar uma guerra de milhões de dólares, que quase acabou com a F1.

    No formato de pneus está ótimo assim. Falta apenas um pouco de bom senso a Pirelli. Das outras idéias, total apoio!

  • Vim aqui ver o item 9. Está muito abrangente.
    Como estimular a entrada de fábricantes na F1?

    Outra coisa, guerra de pneus? Sério? Tudo bem que a F1 sempre vive da última corrida, e a última corrida foi complicada em termos de pneus, mas não é possível que alguém consciente queira que volte aquele período sem nenhuma disputa esportiva com custos absurdos (que hoje quebrariam até redbull). Se tem algo que precisa continuar na categoria é fabricante único de pneus, em nome da segurança (antes que falem de pneus dechapados, lembrem que estouro de estrutura era comum no auge da briga Michelin vs Bridgestone) e em nome do controle de velocidade, além de igualar os desempenhos para que aquele time que é 0,010 s mais rápido não seja constantemente mais rápido em todas as corridas.
    Outra coisa venda de chassis? Nos acordos por baixo do pano, isso ia destruir a competição em pista. Times sem ambição como a Sauber iriam trabalhar com motor e chassis comprados, baixo custo, ganhando seus pontinhos e em troca ia fechar um ou outro carro para a Ferrari, além de doar seus dados de telemetria para que o time vermelho pudesse treinar o dobro dos demais e ter outra supremacia baseada em política. Se fosse possível garantir independência, poderia haver um fornecedor de chassis para times menores que não tivesse time próprio, para tornar o desenvolvimento justo e para todos os times ganharem a mesma especificação. Acho desperdício de dinheiro

    Eu tenho muitas idéias, mas todas elas melhorariam a F1 reduzindo as taxas e custos dela, e portanto o lucro dos envolvidos. A F1 ainda conta com imensa audiência, e seus controladores sempre vão querer deixar os custos no limite da quebra, sem nenhum espaço para respirar, pois é a forma de extrair o lucro máximo dela. Isso não vai mudar em nome de esporte nenhum.

      • Imagina como seria legal dentro de sua proposta vermos pelo menos 3 fornecedoras diferentes. Seria muito legal, teríamos um impacto parecido com o de hoje só que com briga pela qualidade dos pneus.

  • Sobre as pinturas, acho que a Honda correu de 555 na China em 2006. A ideia é boa, mas acho que só vingaria se os números fossem gigantes ou se a F1, na hipotética e necessária reformulação do site sugerida pelo Mantovani, divulgasse o “Spotters Guide” feito a Indy.

    Minha sugestão seria fazer essa prova de longa duração, mas com pilotos de nível internacional, tipo era a All Armor Gold Coast 600 na V8 Supercars.

  • Para mim bastariam o retorno da guerra de pneus, e fim das restrições nos projetos dos carros. Obedecendo a restrição orçamentária, fica tudo livre para os projetistas. E já que estamos no campo do devaneio, a isso eu juntaria o retorno dos velhos circuitos para homem, como os traçados originais de Silverstone, Zeltweg e Nurburgring, com uma devida reforma para garantir a segurança.

  • Concordo que o desenho e desenvolvimento do carro deve ser livre, desde que não perca as caracteristícas de um Fórmula, mas sempre priorizando a parte mecanica e não a aerodinamica. Os pneus também deviam ter tamanho livre, ia ser legal ver as idéias e o funcionamento de pneus balão.
    Outro ponto positivo seria o pneu de classificação, e de poder mexer no acerto do carro entre classificação e corrida. Assim, um cara que se deu mal no treino poderia acertar o carro e fazer uma grande corrida, além de todos fazerem um classificação veloz e no limite do carro.

  • GOSTEI!!!!!

    Além dessas acrescentaria:

    11) o fim da obrigação de 2 carros por equipe, teríamos o minimo (óbvio) de um e o máximo de 3 carros oficiais.
    Obrigatoriamente o 3º carro teria que ser ocupado por um novato ou piloto que ficou do TOP 15 do ano anterior. Poderia, em benefício da esportividade, o pior colocado dos 3 da mesma equipe não contaria pontos para o mundial de construtores, assim a distribuição da grana seria mais justa.
    Outro ponto a ser regulamente nesse item seria que as equipes top 4 (quatro melhores) colocadas de cada ano seria obrigada a ter 3 carros nessas condições e seria facultativo para as demais.
    Na minha opinião isso daria a chance de surgir novos campeões em potencial, traria mais disputas e seria bacana ver quem é piloto de verdade ou não.

    12) Subir o limite do grid para 26 carros, mas liberando o numero de equipes participantes, trazendo de volta assim a pré classificação.
    Para não haver explosão de custos o P1 (na sexta) seria essa peneira. 26 mais rápidos seguem no fim de semana, os demais hasta la vista.

    13) Calendário com 20 provas, trazendo pistas clássicas de volta, (seguindo o modelo de 5 continentes) Imola, Paul Ricard e A1/Redbull Ring de volta.

    14) Sistema de pontuação semelhante da Indy, distribuindo pontos aos pilotos do 1º ao 26º.

    15) Tarde de Autógrafos fora do Paddock com os fã em Shopping Centers (por exemplo).

    Se a gente peneirar as idéias apresentadas pelo blog e as que estou listando aqui, a gente se aproxima muito do modelo Nascar. A forma com que eles lidam com os fã faz com que a categoria, além do que ocorre nas pistas, seja tão popular.

  • Mais ideias:

    1) Volta do teste com novatos às sextas-feiras. Foi nessa que apareceu o Vettel.

    2) Uma prova longa (com troca de pilotos). Le Mans seria interessante para isso.

    3) Volta do reabastecimento. Isso permite táticas diferenciadas de pit stop.

    • Concordo com o item 3 do Diogo, porém, sem a obrigatoriedade de pit-stop, seja para reabastecimento ou troca de pneus. Assim, um piloto que trata bem dos pneus poderia fazer a corrida toda sem reabastecer e sem trocar pneus, mas um piloto mais agressivo teria que largar mais leve e fazer uma parada para reabastecer e trocar pneus. Haveriam muitas possibilidades só de não haver obrigatoriedade de pit-stop.

  • Isso tudo é dentro da pista, mas fora dela a F1 poderia mudar muito também. Veja o site da F1 e vc não vai querer ficar lá por mais de 30 segundos. Entre agora no site da ATP e vc ficará lá por horas, vendo reportagens especiais em vídeo, estatísticas e outras coisas. A F1, que prima por ser a categoria mais alta do automobilismo, ainda engatinha em termos de publicidade e entretenimento aos fãs.

  • Idéias boas, a não ser pela 10. Ao meu ver, um dos grandes problemas na F1 atual é justamente a dependencia da aerodinamica, que limita em certas pistas as disputas, como por exemplo o ultimo gp da espanha. Acho que seria melhor liberar a criatividade dos engenheiros de outra forma, como em suspensões, escapes, etc. De resto, concordo, principalmente se conseguir vender a idéia para as montadoras de olhos puxados…