O país que parece do futebol

Alemanha

SÃO PAULO | A gente da minha geração teve impostos alguns mitos que a juventude limitada de fontes pouco podia contestar. Quando a lucidez da Copa de 1990 vem em formato de flashes, aquele time de Klinsmann e Völler baseado na técnica não muito talentosa era taxado como pertencente a um esporte que se assemelhava ao futebol e não ao propriamente dito. Era quase um critério de desempate que a colocava atrás do então tricampeão Brasil, um daqueles motes que hoje a entende compreende muito bem a razão de serem utilizados – mesmo com a abertura das formas de comunicação, teimam em usá-los.

12 anos depois, com Felipão, o gosto acre da derrota da final na França se foi com uma equipe que tinha vários talentos individuais inseridos em um grupo fechado. O quinto título era uma espécie de ratificação, tanto da imposição destes dogmas tortos quanto do estilo aplicado pela Alemanha ainda definida naqueles moldes.

Desde então, a multiplicidade de informações abriu as cabeças e os olhos para como o resto do mundo é e age. Qualquer um minimamente esperto encontra em cliques ou zapeadas onde e como atua cada atleta e/ou o histórico e das habilidades não só do careca Nederland, mas dos loiros da Deutschland. E se sabe e se vê que o futebol alemão mudou. Houve um planejamento forte para que moleques fossem lapidados e a liga local fosse fortalecida. A Bundesliga tem dois dos times mais poderosos do planeta, outros três ou quatro que fazem frente a qualquer um da Europa, arquibancadas lotadas, estrutura impecável e times operando saudavelmente no lucro. Tão forte, o Campeonato Alemão passou de longe o Italiano e se equipara à Premier League inglesa e a La Liga espanhola. E passa em dois canais na TV fechada brasileira.

A equipe formada por Joachim Löw é um reflexo nítido do trabalho teutônico. Se bate na trave com títulos – são terceiros lugares consecutivos em Copa e Eurocopa –, é certo e sabido que aquela premissa de se tratar de um jogo similar ao do futebol tornou-se balela. Para não ir muito além, dá gosto de ver a Alemanha jogar, muito provavelmente com a mesma intensidade de quem se deliciou com o Brasil de Telê Santana e que não foi campeão em 1982.

Outros 12 anos se passaram para que Alemanha e Brasil tornassem a se trombar numa Copa. Se a primeira se apresentava remodelada, a outra era envelhecida com o mesmo técnico, apoiado pelo outro que fracassara em 2006. Era a junção da tática familiar com o oba-oba, sem renovação alguma de ideias ou conceitos – e não só sobre o futebol, mas também sobre relações humanas e a vida. Todos viram de que forma as duas equipes atravessaram os barrancos para chegar à semifinal. Sem o deus, a Nossa Senhora de Caravaggio e único craque maiúsculo que o Brasil produziu no intervalo das duas Copas, Felipão escalou Bernard achando que fosse surpreender o adversário. E aí, a surpresa maior foi verificar que ele mal conhecia ou estudou o adversário. Neste sentido, os 7 a 1 da Alemanha não são um descalabro. São a consequência de 12 anos de trabalhos e gestões.

O futebol destas terras usa os mesmos calçados do automobilismo. Quando Fittipaldi, Piquet e Senna fartaram títulos aos país em menos de duas décadas, o Brasil achou que era o maior produtor de gente que sabe guiar um carro acima de 300 km/h, e as crianças que se empolgaram com o esporte aproveitaram uma semente que se plantou com o sucesso, mas não com propriamente um projeto. À medida em que Ayrton deixou de conquistar campeonatos e teve a carreira interrompida no acidente em Ímola, a mesma Alemanha iniciava um planejamento de desenvolvimento de pilotos em meio a ascensão de Schumacher. A confederação daqui achou que ainda lograria e se locupletaria com os talentos que se reproduziam.

Não é só curioso como coincidente que o automobilismo definha no Brasil – sem uma categoria de base de monopostos e, portanto, sem propiciar um plano de carreira para os não tantos que se aventuram numa prática caríssima e infrutífera, e que na prática aconselha ao moleque que gosta a não seguir esse caminho – bem como o futebol colhe tempestades em seus campeonatos nacionais e regionais e em sua Seleção. E não é uma constatação casuística: quem de nós aqui que não está sangrando por dentro ao saber que, depois da final de domingo, vai encarar dias depois a nona rodada do Brasileirão, com o nivelamento baixíssimo dos jogos e dos jogadores, na ressaca de uma competição histórica em sua qualidade? Continua sendo abissal e paradoxal que o país tenha uma competição interna pobre e desvalorizada em todas as suas esferas e crie ainda maiores disparidades de divisão de lucros conforme números de audiência e torcedores.

E é simples concluir que os negos que representam as instâncias máximas do futebol são do mesmo escalão moral do automobilismo, que não entendem do negócio, mamam dos louros sob as fraldas e agem como crianças inocentes diante das muitas adversidades e denúncias. Atrasos que recebem bem – alguns por fora – e que recebem mal as críticas por suas nulidades administrativas, técnicas e táticas. Arrogâncias que arrotam seus (des)conhecimentos e mandam às favas e aos infernos quem as confronta.

O Brasil não proporcionou nenhuma contribuição representativa para o futebol moderno e agoniza em seu marasmo. Há só uma diferença para o automobilismo: apesar do dia mais negro da história da Seleção, o povo ainda não vai deixar de acompanhá-la como quem usou a morte de Senna de muleta para desistir da F1. E se o país involuiu, parte do povo também vai ao encontro do pensamento de quem comanda o futebol no sentido de que passou a pôr na cabeça que a revolta e o vandalismo são a resposta. A gentalha e o zé povinho que se preocupa em fazer selfie em vez de torcer xinga a presidente, agride rival, destrói estabelecimento e queima a bandeira sem nenhum orgulho e tampouco amor.

Como um todo, a Copa do Mundo deu muito mais certo e traz mais legados e lições do que se imagina. A história da Alemanha é um exemplo invejável: na prática dos campos, o antigo Brasil, com exuberância e excelência, é fruto de um plano iniciado há uma década – tal como aquele que gerou Vettel, Rosberg e Hülkenberg; e nas relações humanas, mostra uma humildade, carisma e simpatia imbatíveis, contrapondo ao mito, sempre ele, de que são frios, sisudos e fechados.

Baêas, indígenas ou tiêtas, a Alemanha preencheu o Brasil. Saia campeã ou não no domingo, seu modelo vai deixar marcas e pensatas. Mesmo num mar de Marins e Del Neros, é imprescindível que se faça a limpa e se reestruture a tempo de não afundar como no esporte a motor de Pinteiros e Valdugas. A gente não pode criar mitos para as futuras gerações de que o Brasil joga algo parecido com o futebol.

Comentários

  • Muito bem exposto o ponto em que associa o problema crônico e similar que afeta tanto futebol quanto automobilismo no brazil.
    E aproveitando a deixa do “honorável” minsitro dos esportes que pleiteia uma intervenção governamental no futebol, eu venho pensando nos últimos dias que pode ser o momento de aproveitar isso e questionar a existencias das CB[A,F,B,N,At] que pouco ou nada fazem pelos seus respectivos esportes. E se não seria sensato seguir exemplos de países bem sucedidos, como Alemanha, UK e EUA, que com seus auto esporte clubes (RAC, ADAC, AAA, etc) gerem de forma descentralizada o automobilismo (e outros esportes também, através das ligas, como NBA).
    Qual seria o caminho para acabar de vez com essas confederações que apenas se aproveitam do status para lucros próprios?

  • Muito bom texto. No entanto, eu temo que acontecerão excessos nesses dias após a derrota tão vexatória. Não gosto de Felipão, desde que despontou no Grêmio há quase 20 anos, sempre se mostrou truculento e arrogante. Mas é bom lembrar que é só futebol, esporte, diversão. Não é uma guerra nem o destino de um país. Além disso, muitos dos que o apedrejarão incessantemente, foram mansos, quando não elogiosos, até outro dia. E era o mesmo Felipão, provocador, intolerante, agressivo e limitado tecnicamente.

  • boa noite atodos! tenho pensado muito em palavras como carater, valor moral, dignidade, patriotismo, e honestidade.
    À 500 anos atraz fomos colonizado por uma nacao sem cater, a onde veio para continente americano levar toda a pureza da fauna e flora do nosso brasil. com isso trouxu em

  • Apenas pra completar o time do “Plano Alemão”, outros com um pouco mais ou menos de sucesso.

    Heinz-Harald Frentzen
    Timo Glock
    Nick Heidfeld
    Ralf Schumacher
    Adrian Sutil

    Belo texto

  • Ótimo texto Victor. Este seu e o do Flávio foram dos melhores que li sobre o episódio e a comparação com o automobilismo foi algo que também exercitei, mas com relação ao futuro. Desde a derrota do Santos para o Barcelona li opiniões sobre o planejamento no futebol, infelizmente de lá prá cá, aparentemente nada foi feito no Brasil para mudar isso.

  • Parabéns pelo ótimo texto. Infelizmente estamos num país que enaltece o jeitinho, a malandragem, a prepotência e a falta de estudo. Um país que detesta a palavra planejamento e odeia ´competência. Rostos bonitos, roupas elegantes e palavreado recheado de termos linguísticos são enaltecidos em várias áreas de atuação. Daí, com o tempo, aparece na porta a cobrança.

  • Discordo de uma coisa:
    Existe sim plano para criar um campeão de F1 no Brasil, ou para ganhar uma Copa. Existem muitos interesses de lucro nessa área.

    Mas ganhar Copa e ganhar título na F1 não deve ser o objetivo de um povo. O esporte não serve para construir campeões, e sim para desenvolver as pessoas.

    A Alemanha tem investido em seu auto desenvolvimento desde o fim da segunda guerra mundial, o esporte faz parte disso. Ganhar títulos é consequência. Lá eles valorizam o desenvolvimento, aqui só o campeão.

    Somos um povo apaixonado pelo futebol, mas não vemos nenhuma vantagem no esporte em si. Torcedores, não esportistas.

  • Nunca na história do país do futebol sua seleção foi derrotada de forma tão vexatória,e por um país em que um bom jogador de futebol é só um bom jogador de futebol e cientista é tratado como gênio,não é atoa que dos 68 prêmios nobel que os alemães tem 62/3 são da área de ciências,medicina ou química(particularmente eu acho este prêmios muito mais importantes do que títulos no futebol que não traz beneficio algum para o desenvolvimento humano).E este país que não é o país do futebol tem as quatro marcas de maior prestigio no segmento automobilístico e outras tantas em outros segmentos(Bayer,Bosch,BASF,Henkel,…).Pois é ;enquanto neste país da américa do sul jogador de futebol ligeiramente melhor que a maioria ,for tratado como gênio e pesquisador cientifico como louco nós só seremos um país com potencial para potência muito grande más com direcionamento errado(talvez propositalmente,pois é mais fácil controlar um povo inculto e despolitizado e que só é patriota de 4 em 4 anos nos meses de junho/julho e feito de palhaço de 2 em 2 anos nos meses de outubro/novembro.e fazer acreditar que o maior feito de um brasileiro é ser considerado o melhor jogador de futebol de ano X.)
    Para bens para os alemães que tem outro valores maiores que o futebol,más mesmo assim mostraram que também o sabem praticar muito bem.

  • Concordo em partes. É uma incoerência dizer que a Liga Alemã é isso e aquilo e que isso ajuda o futebol deles. A Liga Inglesa é espetacular e a Italiana também e as duas cairam na primeira fase pra Costa Rica e Uruguai. Ou seja Liga forte não é garantia. E não reflete absolutamente nada. Mesmo porque o Brasil está cheio de jogadores de Ligas fortes (Dante por exemplo é da Liga Alemã e você viu o desastre). Nao tem quase ninguem que jogue aqui. O Brasileirao nao tem infuencia nenhuma nisso. Sobre revelar talentos talvez falte planejamento sim, os clubes estao todos quebrados e pagando milhoes para pernas de pau enquanto poderiam investir na base. O mesmo pode ser dito do automobilismo e suas terriveis Stock Car e Formula Truck, pra onde as grandes empresas correm, chutando a base do automobilismo pro lixo.

    • Não há incoerência alguma. A Premier League é espetacular por causa dos estrangeiros contratados a peso de ouro. A Bundesliga é espetacular, com níveis pornográficos de ocupação de estádios, sem precisar disso – ela forneceu 16 jogadores para a atual seleção alemã, isso porque Marco Reus e Marcel Schmelzer (ambos do Borussia Dortmund) se machucaram. Ou seja, seriam 17 ou 18 em 23. Já a Lega Calccio passa por uma crise tão forte que perdeu uma vaga na Champions League para, veja só, a Bundesliga. Não é à toa que a seleção italiana morreu na primeira fase nas duas últimas Copas.

      La Liga espanhola é forte, mas a seleção espanhola só virou potência quando suas principais equipes passaram a apostar em jogadores espanhois. Ou seja, Real Madrid, Barcelona, Valencia passaram a olhar pra dentro e a seleção cresceu. O trabalho de base lá é forte, tanto que a Espanha é campeã europeia sub 19 e 21. Os veteranos vão parar, mas já estão surgindo novos valores que não precisam terminar suas formações em outros países, como acontece com os melhores brasileiros. Os espanhois seguem na Espanha, assim como os alemães na Alemanha (veja quantos jogadores do time atual terão menos de 30 anos em 2018 e você vai se assustar).

      Sobre o Brasil, é óbvio que o nível do Campeonato Brasileiro influencia diretamente a seleção brasileira. O Brasil ganhou muito em sua história baseado no talento individual, mas sem grandes inovações táticas e com técnicos fazendo cagada desde 1958. Quando outros países diminuíram a distância técnica (e o Brasil diminuiu a produção por causa do sucateamento dos clubes nacionais, mesmo no cenário atual onde nunca se despejou tanto dinheiro no futebol brasileiro), a seleção brasileira se tornou mais um, deixando de ser O Time.

      No dia que o Brasileirão for forte, no dia que os clubes limparem a sucata das categorias de base e conseguirem manter seus jogadores, como fazem alemães e espanhois, pode ter certeza que a seleção brasileira vai voltar a ficar forte.

  • Análise perfeita da CBF e CBDA, já reproduzi no meu face, pena que o texto é longo e 98% não lerão por causa disso. Gostaria que essa derrota fosse um divisor de águas, com um futebol organizado, uma outra estrutura, mas isso certamente não acontecerá, pena…

  • Caro Vitor, parabéns pelo text, belíssimo.
    Hoje pela manha aqui na Alemanha pensei em escrever algo semelhante mas fiquei pensando se a “hegemonia” alema na F1 estaria realmente ligada a investimentos nas “”categorias de base”. Concordo em até certo ponto, mas eu acho, e lanco a pergunta para você, que os títulos de Michael, Sebastian e talvez Rosberg possuem somente o dedo alemao?
    Estou lendo um livro (The Mechanic’s Tale) do ex-mecânico da Benetton e deu pra perceber o quanto que títulos no automibilismo sao dependentes da equipe também. Entao, a equipe ligada ao título nao conta muito pra isso?
    Os 5 títulos da Ferrari com Schumacher sao resultantes de investimento da Itália em automobilismo?
    Nao tenho opiniao formada pois nao tenho tanto para debater e por isso gostaria de ler sua opiniao se possível.

    Abracos
    PS: desculpe pelos erros ortográficos, nao tenho algumas possibilidades no teclado aqui. Erros gramaticais e de concordância sao decorrentes de outros fatores hehhe

    • Ficou meio estranho porque deletei uma parte e nao reli o texto antes de publicá-lo. Resultado, bem mal escrito. Mas acho que dá pra entender a pergunta: os títulos alemaes sao decorrentes somentes de investimento do país?

      • “Somente” não.
        Mas a Alemanha nunca tinha um piloto de destaque, e nenhum título na F1. Com o sucesso de Schumacher criou-se lá um estopim para desenvolver a base. Com a base e vários pilotos bons saindo da Alemanha, é natural que algum acabe em um time bom. Além que time bom procura piloto bom, não?
        Já o Brasil depois de Senna teve vários pilotos chegando na F1, mas nenhum mostrou estofo para estar entre os melhores. As maiores falhas são emocionais. O Brasil é muito mal desenvolvido emocionalmente, na Alemanha qualquer criança sabe desde pequeno como funciona sua mente e como compensar arroubos e como se desenvolver. Aqui no Brasil psicologia ainda é tabu, é vista como medicina, para “corrigir” algum maluco, não como uma técnica de desenvolvimento humano.

  • Víctor, o automobilismo e o futebol brasileiro, pela exploração que receberam sem o devido investimento, já afundaram. É preciso reconstruí-los. Não há o que recuperar…
    Se vão fazer o devido investimento (para colher o resultado no futuro…), são outros quinhentos!!
    A Alemanha dá aula ao mundo inteiro, do que fazer, seja no esporte, na economia, na educação…… Feliz de quem pelo menos copiá-los!!

  • Cara, só não bato palmas porque ainda não inventaram um modo de se mandar sons através do teclado.

    Esse texto deveria ser compartilhado em toda mídia social que existe nesse país.

  • Trabalho há 6 anos em uma multinacional Alemã que tem somente 137 anos, no segmento de lentes oftálmicas e armações de óculos de luxo como Porsche Desing, Mercedes Bens, etc….. e é nítido a diferença de cultura: Profissionalismo, perfeição e nada menos, planejamento de longo prazo. Esses são o manto sagrado deles!

    Vejam a Mercedes na F1, sabiam que a regra iria mudar drasticamente em 2014 e ficaram calados desenvolvendo o carro e o motor ha anos e não falaram nada. Mas viram a oportunidade única e se planejaram para a revolução dos motores e criaram algo incrível. Isso é estratégia e planejamento de longo prazo.

    Acabou a era do jeitinho, do improviso, de reunir uma seleção de última hora e achar que 1 super herói vai salvar tudo.
    Treinar então somente contra seleções ridículas para falar que ganhou e que estamos bem e encher os cofres da CBF, custou muitoooooo caro!
    Quando pegou o primeiro time de verdade, afundou.

  • Lindo mesmo são os novos pneus aro 18′ da F1! Vi a foto da lotus( no Grande Premio) nos treinos de hoje com o novo pneu e ficou muitooo show.
    Deu uma cara bem mais esportiva e moderna para o carro, então como ano que vem vão acabar com os picos de tucano e espero ter aprovado os aro 18, os carros vão ficar lindos novamente. AMÉM!!!

  • Eu que acompanho os dois esportes e sempre procuro ouvir uma opinião isenta e decente (na F1, vocês do Grande Prêmio; no futebol, o Esporte Interativo), concordo em gênero, número e grau com você. Parabéns pelo excelente texto! CBF e CBDA são um câncer… e eu já tinha falado da CBF há muito tempo no meu facebook. Abs!