Produção caseira

SÃO PAULO | Há poucos dias pintou nos classificados on-line na Inglaterra uma interessante vaga de engenharia para trabalhar numa famosa equipe de F1 — aqui cortada antes da parte que requer as especializações dos candidatos.

Red Bull

O segundo parágrafo especifica que a Red Bull Technologies abre “oportunidades para apoiar o desenho e o desenvolvimento de nossa unidade de potência da F1”. Depois das menções, fala-se que os novos funcionários “vão estar envolvidos no ciclo de desenvolvimento completo desde os conceitos iniciais até a preparação no carro de corrida” e que os contemplados “serão parte de um time em expansão ajudando a montar” o conjunto que faz o carro acelerar.

Desde que o motor perdeu dois cilindros e ganhou um turbo que a Red Bull tem se mostrado descontente com o trabalho da Renault, responsável pela péssima performance na pré-temporada e por grande parte dos abandonos de Vettel na temporada. A Red Bull até pode ter um carro compatível com o da Mercedes em termos aerodinâmicos, mas o tanto que perde em termos de potência a coloca longe de brigar pelas vitórias, aproveitando-se das brechas dos prateados — por isso que Ricciardo ganhou lindamente as duas que escaparam.

Já se vinha ouvindo aqui e ali que a Red Bull pensava em mudar de fornecedora ou até partir para a concepção de seu próprio motor, deixando o caráter de equipe cliente para ser uma fabricante completa. O anúncio não deixa muitas dúvidas das pretensões do grupo energético.

As inscrições para os interessados terminam em 30 de setembro e estão no site da equipe. Construir um motor não se faz da noite para o dia, então pensar em 2015 seria prematuro e precipitado — apesar de ser a Red Bull, abastada e gabaritada. Em 2016, pois, os rubro-taurinos tendem a vir com todo o pacote feito em casa.

Comentários

  • Só não entendi o porquê cortar a parte que tem os requisitos necessários.
    Os “meros mortais” não podem saber o que é necessário para se construir um motor de F1?

  • Pelo que vejo Victor, acredito que a Renault vai ficar em apuros, se de repente o motor vier para uma fase de testes (pq paciência eles tiveram para chegar no topo com os antigos regulamentos) acho que eles podem mandar um protótipo do Motor para 2015, porém quem a Renault iria colocar seus motores? Toro Rosso provável venha com esse motor (que tá na cara que irá se chamar Infiniti) e ai teriamos a Cateham, mas eles parecem não ficar, será que a futura equipe Haas poderia aproveitar…

    Gosto dessa parada dos motores, no início da outra era turbo, lembro do ano de 84 quando as equipes tinham seus parceiros motores e tinhamos muitas marcas.. tinhamos a Alfa Romeo, a Ferrari, a Honda, a BMW, a TAG-Porsche, a Hart e a Renault… outros tempos, que acho que não voltarão… ainda tivemos o Ford Turbo de 1986/1987…. espero que isso abra e que outras venham… 3 motores só fica meio feio. para a F1

  • Eu apostaria em uma parceria com a Auto Union. Tendo a Toro Rosso e Caterham como ,porta de entrada. V6 Turbo interessa aos caras, praticamente todos os carros do grupo Volkwagem são turbo comprimidos!!!

  • Por que não comprar a cosworth, turbinar a empresa, melhorar o projeto que já fizeram e fabricar o motor já pra 2015? tão mais pratico e rápido. e ainda veriamos a cosworth denovo sendo uma fabricante de motores de primeira linha como era e fornecer até mais barato. Lembrando que a cosworth fazia motores bem potentes, mas pecava na sua manutenção de potencia que conforme desgaste, caia mais do que os motores concorrentes. barrichelo deu uma entrevista falando isso.

    • Simples, por que eles vão fazer uma “compra” ou falsa compra” da Renaut motores F1 e rebatizar de Infinit que é a divisão de luxo da Renaut e que patrocina o time.
      Aí eles poderão ter total liberdade para poderem evoluir o motor Renaut e burlar a regra da F1 que os motores estão congelados.
      Isso é que é vantagem, pois passaram um ano todo aprendendo e agora irão poder fazer um motor muito melhor que poderá sim ser bem melhor que os Mercedes.