Faltou, fessôr

SÃO PAULO | Precisaria chamar até o Ratinho para que ele defina quem é o pai da Caterham. Tony Fernandes não quer, a nova administração largou mão, os dois ficam brigando entre si, e a equipe foi parar nas mãos dos administradores, segundo a lei britânica. São representantes legais que não participam da formação original da companhia e que tentam salvá-la da bancarrota & concordata gerindo a empresa e/ou arrumando novos donos. Até por isso, a Caterham não vai aos EUA nem vem ao Brasil.

Mito não estará em Interlagos. Só por isso, não vou também.

Mas aí a gente chega para o fim de semana sabendo que a Marussia também não vai. Virou tipo semana do saco cheio, pelo jeito. Foi Ecclestone quem veio com a info. A Marussia vai vivendo um fim muito mais triste do que se imaginava, e coitado de Rossi, o Alexander, que esteve duas vezes na bica pra correr e nem vai poder estar na corrida de sua casa. É o maior sinal de que essas equipes não vão alinhar em 2015 — até porque… que empresa vai querer bancar uma equipe que pode não participar de uma corrida X?

A ausência de Marussia e Caterham é tema que abre discussões amplas e que serão vistas também no Grande Prêmio e nos blogs dos demais amigos da casa — nem falei da mudança para o UOL; sou um insensível. Mas no âmbito esportivo, há algo que muda sensivelmente: o formato da classificação para estas provas. O regulamento não previa sequer a situação de ver um grid com 20 carros, que dirá com 18.

Classificação

Não faria sentido manter a atual zona de nocaute, com apenas dois carros sendo eliminados no Q1 e seis no Q2 até que se chegue à superpole com os dez carros. A opção mais óbvia que se lança se baseia na proporcionalidade da regra: se com 22 carros, seis eram eliminados por fase, com 20 carros, seriam cinco; com 18, quatro. Assim, passariam para o Q2 14 carros, e a fase final ficaria intacta.

Outras duas opções que podem ser discutidas: fazer um Q3 com apenas oito carros e eliminar cinco nas fases anteriores — portanto um Q2 com 13 participantes — e até mesmo ceifar uma parte da classificação e começar direto no Q2, com 18 carros disputando as dez vagas da superpole.

Imagina-se que uma reunião deva acontecer na quinta-feira em Austin para que as equipes acertem o formato-tampão. Aliás, que sina é essa de o GP dos EUA sempre ter carros a menos, não?

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