O futuro de Button

SÃO PAULO | A essas horas, já deve ter acontecido a reunião entre os acionistas da McLaren para comerem algumas empadinhas de palmito e definirem quem vai formar dupla com Alonso em 2015.

O negócio já está meio definido, na realidade, e foi quase um encontro para que se tentasse convencer os oposicionistas de que Magnussen tem de ser a melhor opção. O líder dos pró-Button é Mansour Ojjeh.

Ron Dennis esteve em Copenhague semana passada porque, além de ser um cara inteligentíssimo, quase um príncipe dinamarquês, queria que as empresas danesas dessem apoio a sua causa. A Lego já negou; outras não se manifestaram, mas a Dinamarca em si já quer uma prova de F1.

Por méritos, claro que Button deveria ficar mais um ano. A questão é que Jenson e Dennis não se bicam mais há algum tempo, e não seria bom para o âmago ferido do piloto — primeiro pela morte do pai, depois pela indiferença e falta de respeito da McLaren — ficar num lugar onde não é bem querido por seu chefe.

Se o óbvio predominar, Button não tem muito com que se preocupar na carreira. A Audi só está esperando a decisão da McLaren para oferecer o lugar vago por Kristensen, o maior de todos. E Jenson iria lá reencontrar a alegria entrando pela porta que Webber orgulhosamente abriu no WEC.

Comentários

  • Em um esporte para lá de competitivo, a pessoa que atinge o título de campeão mundial de F1 – excessão feita à alguma falcatrua cometida – JAMAIS deveria ser descartada. Acho para lá de errado Button ficar sem cockpit na F1. #MundoInjusto. Tenho para mim que quanto mais campeões mundiais no ‘grid’… the more, the merrier! Sem falar no ‘status’ e poder de barganha junto à patrocinadores que uma equipe passa a angariar no momento em que ostenta um campeão mundial. Por outro lado e, de acordo com uma hoje ‘antiga’ edição da revista OnTrack, no inicio da temporada 2008, Ron Dennis ressaltou não sentir falta de Alonso. Palavras dele: ‘We don’t need him. Best of luck at his new team’ (referindo-se a Renault). As voltas que o mundo dá…
    Agora, notícia surpreendente mesmo seria ver o time de Woking anunciar o retorno de Barrichello. Não estou ironizando. Seria para lá de interessante ver como a dupla ‘Alonso/Barrichello’ se ‘compartaria’ sob o comando de Ron Dennis. #Imaginando.
    Por outro lado, ouso até sugerir que o Victor (e/ou demais integrantes do GP) tentassem entrevistar Bruno Senna. Me pego pensando se ele não seria uma interessante aquisição para a McLaren. Na pior das hipóteses, ao menos veríamos Bruno novamente na F1 e, claro, em um time no qual seu tio fez história. Sem falar que, ao menos para mim, ficou muito mal explicado porque ele foi deletado das equipes Lotus e Williams…

    • Pailo , Paulo , Paulo !!!!!!!!! Para de ser Pacheco , que coisa ridícula , nem o Shumi com seus 7 titulos se deu bem no teimoso retorno ( e num time pátrio) acha que o desajeitado sambista de podium poderia acrescentar mais oque no grid , e o primeiro sobrinho então ,ele não só foi deletado pela equipe Lotus e Williams , más também de pela equipe Oreca e Aston Martin de W E C , o que leva a crer , pois eles tem as analises telemétricas , que o filho do grande engenheiro Fernando Lally nunca foi um piloto de bom nível , quiçá de nível médio. O que você esta demonstrando não é ser patriota o torcedor de piloto tupiniquim , más sim um sádico que quer ver o automobilismo brasileiro ainda mais ridicularizado do que já esta. Preste atenção : Um piloto tem 3 anos para mostrar potencial para ser campeão ,sê nestes 3 anos , 4 máximo com muito boa vontade , não mostrar qualidades para tanto ,ele seguira sua carreira mas jamais sera mais do que foi até então , esta regra tem persistido desde que o homem começou a correr de automóvel, é só estudar a biografia de todos os campeões para confirmar.

      • Na Oreca foi a equipa que não quis levar dois carros a uma das provas e não esteve presente na outra. Na Aston Martin foi o Bruno que quis fazer apenas as provas de Spa e Le Mans, para concentrar-se apenas na Fórmula E. É um bom piloto, que até podia ter ido longe na F1 se tivesse entrado em 2009 com a Brawn. Ele ganhou no Mónaco na GP2, o que é mais do que um certo Damon Hill fez antes de chegar à F1. Agora com as condições que o Bruno teve na F1 o Hill também não teria feito melhor…

      • De pronto, obrigado ao Victor pelo reply e oportunidade de tecer comments. Dito isso, gostaria de ressaltar que, na minha opinião, ‘coisa ridícula’ é abrir o jornal e constatar que a saúde pública está o caos. Ou, pior ainda, ficar sabendo que alguns empresários do setor de transporte de P. Alegre estão protagonizando represálias para funcionários que exigem apenas um salário justo e carga horária de acordo com as leis do sindicato.*
        Mas, focando em assuntos mais agradáveis. Ressalto que, no meu ‘comment,’ esqueci de alinhar situações envolvendo algo que, particularmente, denomino como “péssimo tratamento para campeões de automobilismo”. O caso envolvendo Michael Schumacher, por exemplo. Em que pese ainda possuir comunicados oficiais da Mercedes sobre o assunto – incluindo, claro, declarações de ambas as partes –, lamentei ele ter sido descartado. Descontando-se a infelicidade por ele sofrida no final do ano passado, gosto de imaginar que ele poderia estar em atividade e até mesmo vencendo corridas (inclusive, ouso imaginar que diversos fãs de automobilismo pensam da mesma forma). Em 1992 e 1996, lembro igualmente ter ficado impressionado pelo fato de que o time Williams não aceitou os termos de negociação salarial com os pilotos Nigel Mansell e Damon Hill, respectivamente. Tenho para mim que campeões merecem tratamento digno e uma justa reverência por parte dos times que os contrataram. No quesito envolvendo os chamados ‘três anos’ (ou quatro anos) para um piloto demonstrar potencial e chegar ao título, o raciocínio é correto. A partir daí, não teríamos dificuldades em elencar diversos nomes que chegaram à F1 mas não quebraram tal ‘barreira’ (nesta lista – por exemplo –, gosto de elencar Nico Hulkenberg).
        Por ultimo ressalto não enxergar nenhum ‘problema’ em imaginar – e apenas imaginar – eventual retorno dos pilotos brasileiros ao ‘grid’. Sei que existem ‘n’ problemas no automobilismo nacional. Mas a presença de brasileiros na F1 não irá ridicularizar a imagem do Automobilismo
        Kind regards,

        Paulo McCoy

        *Segundo notícia em ZH, um empresário do setor (nome não revelado pela reportagem) alegou que está difícil de trabalhar e que os lucros estão cessando ano após ano. Entendo o lamento. Se ele não tiver lucro, como ele poderá manter o luxo de encomendar automóveis importados? E se ele não puder manter o automóvel importado e chegar ao clube de golfe dirigindo um ‘singelo’
        Corolla XEi 2.0 ano 2014? Tudo indica, ele tem ‘medo’ de ser julgado pela sociedade. Ou seja: sim, eu entendo o ‘lamento’ do empresário. Coisa triste não poder comprar um carro importado, não é? (#PauloIronico).

    • Bruno Senna podia ter uma boa carreira na F1 entrando em 2009 com o carro da Brawn. O timing da crise financeira foi-lhe muito desfavorável e com tantas interrupções na carreira acabou por não corresponder ao que era exigido. Precisava de condições mais parecidas com aquelas que teve o Damon Hill, um piloto que não era mais talentoso do que ele e fez menos nas categorias de acesso. Mesmo agora na FE o Bruno ainda não tem as condições ideais para quem começou a correr depois dos 20 anos. Tem condições melhores do que aquelas que teve na F1, só que falta ainda recuperar a motivação e confiança com que estava em 2008.

      Voltar para a F1 está completamente fora de questão!

  • Acho que a coisa está parada porque a manutenção de Jenson aumenta os custos, mas otimiza o desenvolvimento do carro porque ele e Alonso serão fontes das mais respeitáveis a respeito do desenvolvimento do carro.

    Magnussen é mais barato, mas é do tipo que senta no carro e acelera não contribui com nada (exatamente como Vettel), daí porque eles devem estar queimando os neurônios com isso, ou e aí é também provável, estão forçando uma situação, fazendo com que a Audi dê um ultimato no Button e ele peça o boné.

  • Eu desconfio que ele já tenha algo assinado para correr no WEC. O clima na McLaren (diga-se Ron Dennis e Button) azedou desde o meio de 2014.

  • Sou fã de automobilismo, mas a politicagem e o desrespeito que não deixam as equipes pequenas sequer sonhar com tempos melhores mata a categoria.

  • Se eu fosse ele, eu agradeceria a McLaren pelos anos que teve por lá e fecharia com a Audi. Se a VW tem mesmo planos de entrar para a F1, seria uma possibilidade de retorno digno e por cima, capitaneando a empreitada da VW na F1. E nós sabemos que a Audi não entra para perder. #vaipraaudijenson.

  • Sempre fui mais Le Mans do que a maioria das corridas da F1. Mônaco tem seu apelo. Principalmente esta F1 artificial, onde os pneus fajutos, asa aberta, etc são usados para tentar dar alguma emoção. Emoção mesmo só quando chove ! Seja bem vindo Button, ao WEC, junto com a Nissan em 2015 e quem sabe daqui a uns anos a Ferrari como nos velhos tempos. + tecnologia, + estratégia, + espírito de equipe, carros bem mais bonitos etc

  • Acredito que o Button realmente se juntará com a Audi, o Ron Dennis,já deixou mais do que claro que não quer o inglês lá, então o negócio é ir pro o WEC, que vamos combinar que é muito mais emocionante do que a F1 atual, e o Webber tá curtindo lá, e indo pra a Audi é brigar por vitória na certa.

  • De fato, se for verdade essa vaga na Audi para o Button, se eu fosse ele não estaria tão preocupado assim. No meu ponto de vista a F-1 é o auge, porém não tudo, preferiria ser piloto da Audi no WEC a ser piloto de uma das nanicas na F-1, ainda mais com o passado ostentado por Button, que foi campeão mundial na categoria em 2009!!!! Torço para que ele continue na McLaren!!!!!!

  • Não sou fã do Botão mas, o que a Mclaren (minha equipe preferida) tem feito com ele éh de uma falta de consideração desconcertante! Eu se fosse o Button já assinava com a Audi porque assim como eu, creio que a WEC éh tecnologicamente mais avançada que a F1 e, que até o momento, valorisa mais os seus pilotos. Vejo até futuramente a WEC ganhando-terreno da F1.