Em Brasília…

SÃO PAULO | A gente vai e vem das quase-férias e ouve uma série de coisas do que acontece em Brasília. Ontem, o DO do DF trouxe à tona a revogação da licitação das obras do autódromo por conta de um sobrepreço encontrado. Por assim dizer, superfaturaram a coisa toda, e em tempos de vacas magérrimas no novo governo, tudo está sendo revisto com olhos de lince.

Estima-se que o governador Agnelo Queiroz tenha deixado um rombo de mais de 3,5 bilhões de dilmas nos cofres do estado, algo agravado depois de sua não reeleição. Agnelo foi o responsável pela assinatura do contrato para receber a Indy, abraçando a causa da Bandeirantes, que temia enfrentar a Justiça americana e uma multa violenta pela quebra de acordo da não realização da corrida no Anhembi no ano passado.

Aliás, dentre as investigações que correm na capital, há a visita de Agnelo e sua patota a Indianápolis por ocasião das 500 Milhas. Dizia-se à época que sua caravana havia assinado ali o contrato, o que não foi verdade. No fim, o dinheiro público foi usado a passeio.

O novo comandante do DF, Rodrigo Rollemberg, cogitou suspender o contrato da Indy face a gravidade da situação financeira. Enquanto o funcionarismo público capenga para receber, o governo vai promover uma dispendiosa corrida, com gastos totais estimados em mais de 100 milhões de dinheiros nacionais. A Bandeirantes, no começo do ano, teve de pedir encarecidamente ao governador que mantivesse o acordo tal como foi feito.

As obras estão sendo realizadas. Mas sempre há aquele pezinho atrás, saca? E não só pela etapa em si…

Comentários

  • Então…os ingressos inclusive já estão à venda, mas tem algo estranho no ar…chamadas já são vistas na programação dos canais da Band (Band aberta e Bandsports…), mas não com aquela intensidade dos anos da prova aqui no Anhembi, quando as chamadas iam ao ar a cada intervalo da programação de qualquer horário da emissora. Parece que a coisa tá assim: Tá andando mas, a qualquer sinal de uma dor de barriga de alguém, vai tudo para o vinagre. Sabe-se que a situação financeira do governo do DF é caótica, e o temor é que tenhamos uma corrida em uma pista apenas recapeada e nada mais, até porque, sinceramente, o tempo é muito curto a conclusão de obras mais complexas e realmente necessárias.