Qual será a nova equipe da F1?

SÃO PAULO | Foi na quinta-feira que a FIA anunciou que vai abrir um novo processo seletivo, dois anos após o último, para escolher uma nova equipe para a F1, já com vistas para 2016. Os critérios não mudaram em relação ao anterior e nem mesmo o prazo para inscrições iniciais é diferente: 33 dias. A partir de julho, aqueles que foram aceitos vão ter dois meses para provar que têm capacidade financeira e interesses em longo prazo.

É fim de maio, é uma F1 que está fazendo uma pesquisa global para ver em que tem de melhorar urgentemente dentro e fora da pista, é um mundo cuja economia não anda de vento em popa. Vocês acreditam que a FIA faria este ‘vestibular’ nesta altura do campeonato se não soubesse que há alguém forte e interessado o suficiente em entrar na categoria? Que seria vexaminoso demais, e até uma demonstração de que o valor da F1 é decadente, se a entidade anunciasse no começo de julho que não houve interessadas no processo? Que não aconteceu isso com a Haas em 2013? E que mesmo se tiver uma equipe, para que ela entre em 2016, o regulamento da F1 tem de mudar?

Às partes: recentemente, a ART foi a única equipe a se manifestar publicamente que não descarta uma ascensão da GP2 para a F1. A partir de Barcelona, ficou ainda mais claro o vínculo que o time tem com a McLaren com a adoção do mesmo esquema de pintura do carro, sendo que contém dois pilotos do berço ou de Ron Dennis (Vandoorne) ou da Honda (Matsushita). A montadora não tem uma segunda escuderia para melhor desenvolver seu motor e a equipe precisa fazer seu esquema de jovens pilotos rodar, considerando que ainda tem Magnussen nas cartas. A outra que vem tentando desde que a FIA abre esta oportunidade é a Stefan, e não é de se duvidar que torne a aparecer.

Quem será que vence esta disputa? A dúvida não é tão cruel.

Digamos que o processo seja liso e que ninguém saiba com antecedência o resultado. A ART ou a Stefan (pff!) só vão receber a resposta em setembro. Qual seria a chance de uma equipe ser formada do zero para participar do campeonato do ano que vem nas condições atuais? Evidentemente nenhuma. A solução remete ao que as reuniões recentes do Grupo de (Nenhuma) Estratégia trouxeram à baila, em especial uma ideia: a dos carros clientes. A ART só entraria no grid em 2016 se, e somente se, tivesse um chassi e um motor à sua disposição num estalar de dedos, além de um grande aporte financeiro que a sustente por um bom tempo.

Eureka.

Comentários

  • É a ART, com certeza!
    E já arrisco os pilotos: Vandoorne e Magnussen, com o Matsushita de piloto de testes “itinerante” entre a Mclaren e a ART!

  • Seria muito interessante e a F1 precisa de equipes novas e competitivas. Por competitivas não digo que precisam ter um nível de competitividade de uma Mercedez, mas si m de brigar pelo meio do pelotão, com possibilidades de subir à um 5º ou 6º lugares de vez em quando. Mas sem uma montadora por trás acho bem difícil equipes conseguirem se manter na F1 dado os custos dessa categoria. Equipes medianas são fundamentais para a categoria por serem os locais exatos para os novos pilotos e, obviamente, para encherem o grid. Vamos torcer para que mais e mais equipes consigam seus lugares na F1.

  • No estágio atual, somente a Honda, via Mclarem, vai colocar grana no circo. Não por questões esportivas, mercadológicas ou de status. É só pra ter um laboratório e um campo de provas. Porque a F1 é o único esporte aonde não se pode treinar.

    E como fazer um carro andar sem treino? Coloque uma equipe satélite para rodar seus motores, câmbio, etc. A RedBull, a Mercedes e a Ferrari já fazem isso.

    Para a categoria, será uma lixo. Serão mais 2 carros para fazer número no grid e tomarem 3 segundos por volta. Para os pilotos, nada muda, porque suas vagas sempre terão donos. No caso, uma japonesa; outra britânica.

  • Eu não sei porque se discuti a F1. A categoria morreu ou é moribunda!
    Já ficou pra trás há muito tempo a necessidade de renovação!
    Não faz sentido nenhum disputar uma competição com carros movidos a combustão, ao menos não para uma categoria que serve de laboratório!
    Agora, se você quer ver competição em pé de igualdade, sintonize a Formula E. Até mesmo porque a categoria disponibiliza, até no youtube, suas disputas na íntegra!

  • gostaria de ver uma equipe de algum grande fabricante, idealmente dois grandes fabricantes, um americano e um japones, ou um japones e um europeu.
    nao há como dizer que a f1 é um laboratorio se no fim tem dois ou tres grandes fabricantes fazendo carros dentro dela.

    • Renault, Honda, Ferrari/FIAT e Mercedes.

      São quatro montadoras grandes envolvidas com a F1. É difícil achar alguma categoria hoje com muito mais que isso (o WEC por exemplo, na LP1 só tem Toyota, Audi e Porsch)

    • Como assim, Raul?
      A Haas já tá com a vaga ganha e entra em 2016. Esse vestiba aí é pra mais uma equipe, que entraria em 2017 (ou 2016 mesmo, se quisesse).

  • A Art adentrando a F1 seria muito bom, assim a categoria chegaria aos 26 carros, numero classico de carros nos gps, curioso que a Art ja correu com as cores da lotus, creio que em 2012, bem como teve um patrocinio de uma empresa tupiniquim, a AETHRA que acompanhou o BIANCHI na FORCE INDIA e agora creio ter visualizado a marca no AUDI do DI GRASSI. Adenais a HONDA precisa duma 2a equipe na categoria. Torço para ART entrar.

  • Entre Stefan e ART, se realmente forem somente estas duas interessadas, com 99,9% de certeza que a segunda têm mais chances de entrar, se a primeira entrar será uma zebra das grande, por conta do apoio na ART da Honda e Mclaren.
    Apesar, que pessoalmente, acredito que a F1 deveria escolher a Stefan e acabar com a injustiça de 2010, quando escolheu equipes pífias, enquanto ela tinha um bom programa nas mãos, com tudo que havia vindo da Toyota.

  • Nada contra. Equipes clientes, como portas de entrada, devem fornecer mais equilibrio e um nível de competição superior ao das nanicas atuais! Tivesse se adotoado isso em 2010, o nível das entrantes seria melhor. E equipes que nunca fizeram menção de agregar nenhum valor, seriam substituidas por equipes que permitiram a entrada de pilotos num nível realmente competitivo, não apenas para fazer parte.