O que o público quer da F1

Pesquisa GPDA

SÃO PAULO | Saiu o resultado da pesquisa que a GPDA, a Associação dos Pilotos da F1, fez com o povo de todo mundo. Seguem 12 tópicos que a resumem.

1) Os fãs não querem mudança no formato do fim de semana, mas pedem uma melhoria na “saúde do esporte”.

2) Há a necessidade de atrair novos fãs e manter os atuais, e a dificuldade está nos contratos de TV (e também da FOM) e dos negócios da F1.

3) A F1 tem de cuidar do som e da potência dos motores, reintroduzir o reabastecimento e a guerra dos pneus e enfatizar as habilidades dos pilotos.

4) Ainda, a categoria tem de simplificar seus regulamentos técnicos e implementar um teto de custos.

5) A F1 é vista como cara, tecnológica e chata, nesta ordem. Sendo que há cinco anos era tecnológica, competitiva e emocionante.

6) Em relação à pesquisa de cinco anos atrás, o público vê uma queda de 20% na qualidade dos pilotos: se em 2010, 65% achavam que a F1 tinha os melhores pilotos, agora só 45% têm esta opinião. 88% veem que isto é uma necessidade.

7) O que é mais importante para os fãs é ter uma diversidade maior de carros e tecnologia e o som dos motores. Poucos (14%) apoiam a ideia de ter menos equipes com mais carros ou ter um motor padrão para todas as equipes (16%).

8) Os fãs esperam que os pilotos sejam abertos e honestos (86%).

9) A média de idade dos fãs da F1 é de 37 anos, sendo que a faixa etária predominante está entre 25-44. Quase 25% dos fãs têm a F1 como esporte favorito e se interessam principalmente no Mundial de Endurance (WEC). 75% deles vêem uma corrida do início ao fim e gostam do horário entre meio-dia e 15h para ver uma corrida.

10) A internet é mais acessada que a TV para a busca de informações sobre a F1 e o Twitter é a ferramenta mais acompanhada para segui-la.

11) A Ferrari e Räikkönen são, respectivamente, a equipe e o piloto mais adorados do grid da atual F1. Com relação ao passado, Senna foi eleito o maior piloto de todos os tempos, à frente de Schumacher e Prost. Os carros de melhor aparência foram os dos anos 2000.

12) Na lista de quem mais respondeu à pesquisa, o Brasil aparece em décimo, atrás dos Estados Unidos (terceiro), da Áustria (quarto), da Holanda (sexto) e da Austrália (sétimo).

A pesquisa reflete bem grande parte do pensamento que noto nas redes sociais e entre o povo que trabalha com a F1. Chama atenção o tanto que os fãs usam a internet para que se abasteçam de notícias e informações, que deve ser o ponto principal para que se force a categoria a abrir os olhos e a mente para o óbvio. A F1/FOM segue sua perseguição e peregrinação contra aqueles que a divulgam, sobretudo vídeos, fazendo vigílias diuturnas e ameaças contra quem ou gosta muito do campeonato ou pretende passar a informação completa. Abrir um canal no YouTube e pegar jornalistas/estagiários para atualizar com maior frequência as redes sociais não está nem perto do desejado. A diferença para Indy e F-E, por exemplo, é abissal — e olha que não se pode nem comparar a F1 à GP3…

Outro ponto é sobre Räikkönen ser o mais querido e Hamilton não aparecer. É mais uma impressão errada de Ecclestone. Kimi só precisa ser Kimi — ainda que ele seja insosso e repetitivo em alguns momentos. Em tempo: o Reino Unido foi o país que mais votou na pesquisa. E pôs Button no top-3, à frente de Lewis.

E ainda que seja apenas uma pesquisa, surpreende que o Brasil apareça em décimo na lista. Ou o brasileiro achou maçante ter de ir até o fim — gastava-se cerca de meia hora —, ou de fato já não tem tanto interesse na F1/falar sobre ela. Em tempo 2: na pesquisa que o Grande Prêmio fez há pouco, 81% dos internautas apontaram a F1 como sua categoria de maior interesse. Mas a audiência mensal não reflete isso: menos de 50% do público do site têm acessado notícias da categoria.

É o reflexo da mudança de definição: de emocionante para chata.

Comentários

  • A F1 tem épocas de equilibro e épocas de domínio,no passado recente o primeiro colocava volta até no terceiro o que a muitos anos não acontece e este domínio da Mercedes que é muito maior que o domínio da Red Bull ,esta conversa de crise tem um pouco de exagero,quem tem memoria lembra daquelas corridas que o Schumacher ganhava todas e tinha duas ou três utrapassaguens por corrida,a pesquisa mostra que o publico gosta de perdedores e torce contra os dominadores,para mim o Haikkonen acabou quando saiu da Mclarem,apesar do titulo ele só vez meia duzia de grandes corridas e incontáveis corridas mediocres na Ferrari,o que a categoria precisa é de mais equilíbrio e mais carros mesmo que 4 segundos mais lentos o resto é besteira(também precisa de jornalistas que se preocupe mais com o que acontece na pista e menos no que os pilotos dizem ou o penteado que usam)

  • Como fã, é fácil entender a predileção do público pelo Kimi. É o único que age como quer e fala o que pensa. Os outros parecem robôs, no máximo, dizem: “estou ansioso por correr no circuito tal, é o meu preferido…e blá blá blá”. Todos estão muito “mauricinhos” demais.
    Os fãs estão dando um recado que é muito claro: Queremos pilotos com atitude, coragem, e não robôs que soltam as mesmas frases o tempo todo.

  • Noto que muita gente viu que tinha a pesquisa e não teve “saco” de responder. Outros, argumentam “nem soube que teve”.

    No Brasil, há uma certa preguiça, típico dos comentadores de manchetes facebookianas.

  • Estou na maioria do público: 37 anos, cresci nos anos 80 acompanhando F1 com meu pai e irmão. Até há alguns anos ainda acordava de madrugada para ver corrida, organizava meu tempo de acordo com os horários dos GP’s.

    Mas… encheu. Esgotou. Corridas na maioria ruins, bons pilotos nivelados com gênios por causa de equipamentos medíocres. Regulamento cheio de frescura. Deu. Passou.

    Até tentei passar a paixão para meu filho. Mas nenhuma criança tolera a chatice e “assepsia” da F1. Meu filho é fã da Moto GP e de Valentini Rossi. Põe o número 46 em todas as suas motos de brinquedo e até em alguns carros. Para essa categoria, organizamos nossos horários. E torcemos. Muito. Pois temos pelo que torcer. Abs.

  • Eu acho que para a f1 voltar a ser competitiva vai alguns palpites:

    1 – um só fornecedor de chassi para todas as equipes.

    2 – tirar a eletrônica dos carros

    3 – aumentar o tamanho dos carros e pneus

    4 – parar com esse negócio de piloto economizar pneus e combústiveis

    5 – deixar os pilotos se pegarem na pista sem essa palhaçada de tantas punições, afinal o legal é ver pilotos se pegando nas pistas.

    6 – motores de 1000 cc

    7 – autódromos com muitos pontos de ultrapassagens

    8 – ter mais equipes

    9 – colocar novas cabeças para controlar a f1

    10 – diminuir custos

  • Muito se fala, pouco se faz.
    O que todos temem dentro da F1 hoje é a quebra de regalias aquilo que eles consideram direitos adquiridos. Enquanto existirem grupos e pessoas ganhando muito $$$, nada vai mudar, ou vai mudar muito pouco.
    O que a F1 precisa é de um choque de gestão, seguido de um choque de realidade.
    Os custos são altos por que não há competição de fornecedores.
    O pessoal da Haas está certo. A produção e venda de chassis deveria ser livre entre as equipes.
    O fornecimento de pneus também, dentro de uma especificação minima e qualquer exclusividade de fornecimento a uma equipe deveria ser vetada.
    Motores também. Não importa a cilindrada ou o formato. As limitações deveriam ser em potência máxima e regime de rotação. O resto esquece. Questões como ruído é coisa secundária.
    Consumo se limita na prática pelo regulamento, impondo um tanque de tamanho único para todos os carros e nada de reabastecimento (ou no máximo uma parada para tal).
    Competição é competição. Dentro e fora da pista!
    Com a desculpa de limitar gastos, pequenos monopólios se instalaram dentro da F1 e muitas inconsistências técnicas também. E os custos que é bom foram para o céu e a diversão de assistir uma corrida desceu pelo esgoto.

  • Na minha opinião , para a categoria votar a empolgar as soluções são simples , já citadas pelos amigos acima como a guerra de pneus , bico do carro na altura do assoalho , diminuição do número de botões , vetar o radio , 100 litros de combustível e cada equipe se vire com 4 cil turbo , v6 v10 o que quiser . Mas acho que isso so irá acontecer se a audiência continuar caindo e os direitos da categoria mudar de mãos , com votações mais sensatas . De que adianta realizar votações em que se uma equipe discordar de determinada situação não acontece nada ? Votação a meu ver é quando a maioria vence . A propósito Victor , 217 mil pessoas interagindo com a GPDA é sinal que tem muito pouca gente acompanhando a F1 . O que você acha ? Abraço

  • Desse jeito a Fórmula 1 vai dançar. .
    Cara, chata e complicada. Será que é muito difícil impor um volante com 2 ou 3 botões?
    Um motor com um máximo de 3000cc? Poderia ser um v8, v10, v12 ou qualquer outro formato como o Wankel. Por que não? Desde que durassem 5 corridas. O som seria bem melhor! E possivelmente não custariam 10 milhões de reais por motor.. That is a shame…
    Os pneus com mais aderência e durabilidade? Por que não?
    Sem a baboseira das asas móveis seria bom, belíssimo! O duelo de René Arnoux e Gilles Villeneuve em Dijon em 1979 não seria lembrado se o Arnoux e Villeneuve tivessem só que apertar um botãozinho pra passar… Não acham?
    Eu poderia dar mais sugestões mas acho que não vale a pena. Poderiamos dar 10 mil sugestões mas vocês acham que os chefes da formula 1 vão nos ouvir? Pensar assim seria palhaçada…Do jeito que está acabo me aposentando de ver ou ler sobre a fórmula 1… Tá chato, complicado e caro…

  • Vejamos o retrocesso da F-1. 30 minutos para responder uma pesquisa. Não respondo nem se durar 05. Tá certo o chefe da Ferrari quando diz que a F1 tem muito que aprender com a Moto GP. Virei grande fã da mesma e não desgrudo da televisão. Na F1 hoje é a largada, a troca de pneus e a chegada, salvo exceções.

  • Eu tava pesquisando a web dias destes, e me deparei com as Jordans B&H amarelas do fim da década passada. Lindas, com seus bicos estilizados. Um dos aspectos que não me empolgam é a falta de identidade das equipes de hoje. Tudo cinza, preto. Tudo igual e sem graça. Os pilotos também são um saco! Falta uma personalidade ímpar no grid. Aquele cara carismático, genial, tipo Schumacher, Senna, pra fazer o circo tremer. Seria meio caminho andado!

  • Ficou claro agora porque muita gente gosta do Kimi e poucos gostam do Hamilton. Pessoas gostam de pessoas que falem, que se comuniquem e que principalmente sejam sinceras. O Kimi pode não se comunicar muito, é curto, grosso e frio como um finlandês, porém o mais sincero dentro do grid, o mais “humano”. Hamilton pode ser o melhor, mas é um popstar que adora um materialismo barato. Carros, jóias, ostentação. As pessoas não se identificam com esse tipo de marketing. A prova maior é o Mayweather, e toda postagem ostentação no facebook vem com uma chuva de críticas para um dos melhores boxeadores de todos os tempos. E um feedback cômico, é que o site grande prêmio copia a formula 1, não há espaço para interatividade nas matérias, não há um simples plugin de comentários do facebook. Tudo é redigido e enfiado goela abaixo do leitor. Confesso que me abriu um sorriso ver um site publicar uma crítica a formula 1 sobre interatividade, sendo que sofre do mesmo mal em em suas postagens. E antes que argumentem dizendo que existe o facebook pra comentar, existe diferenças sutis e subjetivas e que fazem muitas pessoas preferirem comentar internamente em postagens do que abertamente no facebook, onde somos sujeitos a stalkers de plantão. Ótima matéria e um abraço Victor!

    • Concordo com essa percepção do Kimi popular. No item 8 da matéria está colocado que a grande maioria prefere o piloto sincero. Então, deu a lógica.

  • Reabastecimento representa atraso para a categoria, os piores anos da F-1 foram sob este sistema, só tinha ultrapassagens em box e pilotos não se esforçavam para fazer ultrapassagem na pista, visto que poderiam antecipar paradas, ou seja, era artificial.

    Não precisa ser esse sistema imbecil de controle de fluxo que implantaram, mas que seja sem reabastecimento e com motores eficientes, uma vez que menos combustível significa menos peso, assim cada fabricante que se preocupe com seu consumo.

  • Para mim, o que deveria mudar seria: melhor distribuição do montante de dinheiro para as equipes, dando possibilidades das menores poderem se desenvolver. Vejam hoje, a Sauber sabidamente tem um carro bem construído e não têm recursos para desenvolvimento. Se tivesse pelo menos uma fatia melhor da distribuição de dinheiro, certamente poderia dar um salto de qualidade e, no futuro, poderia brigar com as grandes. Segundo, essa artimanha de abrir a asa para passar é muito ruim pois as ultrapassagens são muito artificiais, não têm graça pois é só esperar uma reta, abrir a dita cuja e passar. Simples assim, não têm vácuo, habilidade, freada, nada. Só passa e acabou, Muito ruim.

  • Acho que a Formula 1, deveria ter mais corrida na Europa e tira algumas corridas do calendário. Pistas como Indianapolís-EUA, India, França, Alemanha, deveria estão na temporada de Formula 1. Agora a pista da Hungria deveria sai do calendario da Formula 1.

  • Essa entrevista foi boa pra mostrar para os donos do grande premio que Ayrton Senna é o melhor, não precisa de brasileiros ou da globo pra o eleger quem é “the best”… Outra, bem fiquei sabendo dessa pesquisa, imagino que muita gente nem ficou sabendo…

  • Victor, entendo, mas veja, acompanho o blog e o site a vários anos, não sei quantos, mas já vi dezenas de atualizações. Me manifesto muito pouco, tanto aqui quanto no do Gomes, mas uma coisa que realmente me incomoda é que no blog de vocês se filtrar os posts/resumos de corrida, em geral vocês estão criticando a categoria. Eu absorvo isso, é inevitável, mas a aversão que vocês tem a certas corridas monótonas acaba contagiando. Ultimamente eu leio no GP os fatos relevantes da corrida, mas quando venho no blog de vocês ler o resumo, é sempre uma bela broxada. Eu entendo que a categoria está ruim, mas também precisamos ver o lado bom da coisa.

    A corrida da F-E olhando a metade cheia foi um espetáculo, a metade vazia do copo, foi uma merda, puta fila indiana do início ao fim, exatamente como acontece na F-1, poucas ultrapassagens aconteceram por conta de cagadas.

    Essa é minha pesquisa de opinião. Da F-1, eu acho que precisa de mais velocidade, obviamente é ridículo virar tempo da Minardi nos dias de hoje, de resto acho que está razoável. A asa móvel aumentou muito o número de ultrapassagens. Acho que o abastecimento não vai fazer diferença alguma, é só confete, o que faria diferença é ter pneus piores, como foi o caso do início da Pirelli, as equipes sofrendo pra achar o acerto, o piloto sofrendo pra cuidar dos pneus. Mas lembro que os resumos daquela época também era só critica “pilotos agora só cuidam dos pneus”.

    Os pilotos da F-E só cuidam das baterias e ao meu ver essa categoria vai engolir a F-1, gostando ou não disso. Acho que a mídia é o principal responsável por isso, por só ver o lado vazio do copo, seja na TV (Galvão) ou no blog de vocês.

    Não me leve a mal, admiro muito o trabalho de vocês, mas acho isso.

    Abraços.

  • Eu ia responder, mas estava com problema no servidor e depois esqueci.

    É importante fazer pesquisas, mas não podemos segui-las fielmente. Na maioria das vezes o público/consumidor acha que sabe o que quer e quando tem aquilo que ele “acha que sabe que quer” à disposição, no final das contas não gosta ou não consome. É preciso usar esses dados como uma fonte, mas não a única.

    Como o Lucas aí em cima comenta, implementaram muitas coisas da última pesquisa e mesmo assim o público considera que o espetáculo piorou.

    O público é só uma parte (muito importante, por sinal), mas as montadoras e equipes tem o seu papel também. Eles vivem disso e, na minha opinião, tem muito mais categoria para saber que rumos tomar. O ruim é que eles nunca chegam em um consenso. Mas as ideias estão aí, vide aquele carro conceito de F1 que a Ferrari fez uns tempos atrás.

  • Essa limitação na divulgação de imagens da F1 beira o ridículo. Fiz um vídeo de uma música que compus sobre o Ayrton Senna e, mal postei no YouTube, foi vetada por direitos autorais. E olha que usei imagens garimpadas no próprio YouTube. Pra conseguir realizar o sonho de publicar tive que postar no Daily Motion.
    Se alguém se interessar e quiser assistir, está em http://www.dailymotion.com/video/x2qvo1x

  • O Brasil só ficou em décimo na quantidade de participantes da enquete porque a pesquisa foi feita em inglês e infelizmente a imensa maioria da população não domina a língua… Mesmo entre os que acompanham regularmente a categoria… A paixão do brasileiro pela F1 é clara, basta ver Interlagos lotado todos os anos no GP independente de um brasileiro estar ganhando ou não.

  • O mais engraçado é isto: Bernie achar que Hamilton é o “produto” ideal para a F-1 só porque ele circula com astros de Hollywood.

    Sério, acompanho algumas entrevistas dele e acho as mais aborrecentes que já ouvi. Fora que, na minha opinião, ele tem uma visão de mundo bastante limitada. Nisso eu sou mais Kimi com sua indiferença.

    • É isso que falta, mais PILOTOS e menos ASTROS. Tá faltando mais “Piquets” irreverentes… mais COMPETIÇÃO. Porra, começar o campeonato sabendo que Lewis será o campeão, é foda. Tá chata, monótona, até eu to perdendo o gosto…. e olha q eu era viciadão…

      ATé MotoGP e NASCAR tá melhor….. É , to assistindo mais NASCAR na Fox….
      Os ovais estão mais interessantes que a F1…. IMAGINE O TÈDIO!

  • Essas pesquisas de opinião sobre a F1 me deixam dividido. Lembro que fiz uma a mais ou menos 8 anos atrás, e tudo que pediam naquela época tá implementado agora. E nunca teve tão chato! As pessoas podem até dizer o que esperam da F1, mas isso não vai necessariamente torná-la melhor; e aí é frustrante, porque você acompanha um produto ruim, pede mudanças e ele eventualmente piora. Apesar disso, dessa lista aí, sou a favor da maioria dos itens. E mesmo aqueles que eu não concordo, pelo menos não artificializam a categoria. Esse talvez seja o maior problema da F1 atual: tá artificial. O regulamento uniformiza demais os carros, o Hermann Tilke uniformiza demais os autódromos e os botões no volante uniformizam os pilotos. A F1 precisa ter cara de laboratório, onde o cérebro dos projetistas mais o braço dos competidores promovem uma disputa real em pistas emocionantes, aos olhos de um público verdadeiramente apaixonado. Dá pra fazer isso com unidades de força montadas em carros com asas móveis correndo pros sheiks dos Emirados? Claro que não!!!

    • Bom, a F-1 nunca foi competitiva, sempre teve eras de domínio e raro foram os anos em que se chegou à disputas equilibradas, e sabe por que disso?! Porque cada fabricante faz o seu carro. Não é GP2, GP3, Worlde Series ou outras categorias monomarcas. Portanto, para cada regulamento, uma equipe técnica leva diferença e uma equipe sobressai mais que as outras.

      Já falei em várias ocasiões, algumas soluções bem simples poderiam ser adotadas para melhorar o espetáculo e principalmente, fazer com que o piloto se vire melhor:
      – Diminuir ou mudar o material dos freios;
      – Acabar com o “bico de tubarão”, deixando o bico na altura do assoalho (isso diminuiria 80% do downforce dos carros)
      – Liberar os fabricantes de pneus na categoria, entraria quem quiser, Continental, Avon, Hankook, Michelan, Toyo, etc; cada uma deveria cuidar de no máximo duas equipes e ceder os compostos pelo mesmo preço

      Não precisa mais do que isso para que a F-1 melhore muito.

      • Engano seu dizer que a F1 nunca foi competitiva (apesar de que eu nem falei disso no meu comentário). Uma categoria ser competitiva não significa um monte de gente ganhando, mas sim competindo (estou falando de grids com 25, 30, 35 carros, não 20 pra menos). Quanto às suas sugestões, não concordo com a maioria, por dois motivos:

        – Primeiro, são artificiais. F1 é ;aboratório de tecnologias, qual a razão de limitar como certos componentes são construídos?
        – Segundo: suas sugestões, a meu ver, são no sentido de tornar corridas de F1 mais “emocionantes”. E esse é o problema. Pequenos “truques” pra aumentar a disputa artificialmente (asa móvel, vários pneus diferentes por corrida, classificação por etapas, fim do reabastecimento) foram os principais responsáveis pela F1 ter se tornado o que é agora.

        Na minha opinião, quanto mais livres forem as equipes e empresas envolvidas no sentido de desenvolver componentes, melhor. A F1 sempre foi uma metáfora do desenvolvimento do automóvel ao longo dos tempos, e tem que continuar. Mas sem grandes imposições de regulamento, naturalmente. Quer botar um wankel no carro? Beleza. Carenagem de PVC? Manda bala. Oito minipneus de fibra de palmeira? Show. Contanto que um dia isso faça meu carro melhor, tá valendo.