Budapeste Bubônica

SÃO PAULO | A memória já não é tão prodigiosa assim, mas resgata que houve corridas interessantes em Hungaroring nos últimos anos. Há uma tese — que, claro, pode ser furada — para isso. As características que sempre foram tidas como o mal da pista, ser sinuosa e estreita, são a grande salvação para o atual cenário da F1 de opção de pneus e asa aberta. Porque só assim é possível dar ao piloto que vem à frente uma chance natural de defender a posição sem as traquitanas artificiais. Assim, mesmo tendo um carro extra-categoria como o da Mercedes, Hamilton perde tempo para se livrar de carros mais lentos e Kvyat e Ricciardo podem medir forças — e se empolgar — contra as grandes que viam pelo binóculo.

Se Hamilton contornasse a primeira curva após a largada na frente, dificilmente a corrida seria tão excelente. Mas já dá para notar que a Mercedes é falha nas partidas. Em Silverstone, com uma reta curtinha, já havia sido jantada por Massa; agora, foi a vez das Ferrari de Vettel e Räikkönen. Chamo atenção para a disputa milimétrica do alemão com o inglês. Vettel achou o lado externo e foi empurrando Hamilton para o meio da pista no fim da reta. Só a habilidade exuberante dos dois impediu o toque. Preocupado com Seb, Hamilton teve de abrir mão da posição para Rosberg, à direita, e no fim caiu para quarto lugar. Aí, afobou-se no meio da volta, deu chilique e voltou atrás de um irreconhecível Massa, que despencara na ordem.

Parecia ser a oportunidade para que Rosberg fosse às cabeças, mas a distância para os vermelhos foi aumentando. Uma explicação plausível pode se encontrar num ponto já esquecido: o quanto bem as altas temperaturas fazem para a Ferrari. Foi assim que Vettel venceu na Malásia. Nas CNTP, é inconcebível que Rosberg fosse tão mais lento naquela primeira parte da prova a ponto de tomar 13s na lomba. Quando livre, Hamilton andava à Hamilton: rápido e rasteiro. Aí veio o acidente de Hülkenberg.

Não foi a suspensão, o problema, mas a Force India tava que não passava um ventinho de medo. Já havia visto Pérez bisonhamente capotar no acidente de sexta e tratou de chamar seu piloto à garagem — já que os demais passavam pelos boxes para a limpeza da pista — para trocar a asa dianteira, que havia se soltado do carro de Hülk; depois, preferiu abandonar a disputa. Houve nesta hora um ‘momento Indy’: bandeira amarela, aviso de ‘debris on track’, os pilotos passando pelos boxes e os fiscais limpando a pista com uma vassourinha da Dona Clotilde. Senti certa emoção neste momento; a Indy é puro carisma. Foi aí que começou a emoção maior.

A relargada foi dada com metade do grid, os retardatários que tiraram a volta por direito, longe dos primeiros. Foi um grande erro da direção de prova. Devidamente dada, Hamilton, já em quarto, foi mal e Ricciardo se sentiu fodão, indo para cima. Conseguiu a ultrapassagem e ainda tomou um chega pra lá do inglês na freada da 1 que faria a direção de prova punir Maldonado — e que acabou penalizando o inglês. Daí, Bottas se animou e Verstappen, o último da fila, acabou triscando no carro do finlandês, furando-lho — gosto de ênclise antiga — o pneu. Tanto Hamilton quanto Bottas se arrastaram para os boxes, enquanto a mensagem da TV apontava para uma enésima punição, ao imberbe Max, por andar acima da velocidade no período do SC e a infinita infração de Maldonado.

Räikkönen já vinha com um problema anunciado de perda de potência e acabou abandonando. Era uma prova para redenção. Apesar de que, tal qual Rosberg, não acossava Vettel para brigar pela vitória. Kimi parece na mesma toada que lhe fez perder a vaga na Ferrari em sua primeira passagem. Por mais que Vettel, seu amigo, o defenda, transformou-se em um segundão clássico sem que a equipe tenha qualquer interferência nisso. O negócio com Bottas deve ser avançado agora no período de férias.

Voltando à corrida: Rosberg desta vez acompanhava Vettel, ambos de pneus duros, mas não moveu uma palha para arriscar a ultrapassagem, enquanto Ricciardo, com macios, se aproximava perigosamente, mas não tinha velocidade alguma em reta para executar a manobra. Mais para o fim da corrida, tentou frear o mais tarde possível, e conseguiu efetuar a manobra. Foi quando houve o toque no quase-X que furou o pneu de Rosberg. E na boa, não adianta depois ele lamentar, falar que a culpa foi de Ricciardo, que corria pelos pontos. Amigão, vai atrás da vitória, não fica contentinho com segundo lugar para depois alegar ‘ain, I just simply didn’t have the pace’. O que incomoda em Rosberg é isso: sua passividade e falta de interesse em buscar algo maior o limitam. O que se aplaude em Ricciardo é justamente seu inverso: ele vai para cima com um sorriso de orelha a orelha.

Kvyat acabou herdando o segundo lugar da briga entre os dois e conseguiu seu primeiro pódio na F1. “Aprendi a nunca desistir”. Puxa vida. Sem contar que, no começo da prova, recebeu o recado da Red Bull para não segurar Ricciardo e abriu passagem. Kvyat não convence muito, não. Ricciardo foi terceiro e Vettel ganhou, chorou, se emocionou e emocionou com o que disse via rádio. Meteu um francês para lembrar de Bianchi.

Cêis me desculpem, mas no cômputo geral, Vettel é melhor que Hamilton e Alonso. Entendo e respeito todos aqueles que tenham uma visão contrária, que vislumbrem os dois outros, mas torno a repetir: piloto não é aquele que simplesmente senta a bunda no carro e o vira para a esquerda e a direita. Enquanto seu trabalho em pista, a visão que se tem de Vettel é sempre contrária: olha-se para a equipe e a capacidade que tem de conceber um bom carro para que ele ganhe. Sendo que não se vê que é ele quem analisa meticulosamente os pontos fracos, reporta aos engenheiros e mecânicos e torna o carro melhor. Que ele é absolutamente um cara de equipe e que a equipe sente um prazer imenso de trabalhar para ele. Vettel não dá chilique, assume seus erros e tem um carisma grande — apesar de Ecclestone e sua turva visão apontarem o contrário.

Com nove corridas a menos que Senna, empata com o brasileiro no número de vitórias, o famoso 41, e atinge tal marca antes que Hamilton e Alonso. Se fica a contento de todos, os três estão no mesmo nível de Ayrton. Pilotos primorosos.

Um fato interessante do pódio foi o momento em que apareceu Helmut Marko. Geralmente sisudo, era ele ali quem deveria estar mais contente. Um pódio só seu: o cara que viu os talentos de Vettel, Ricciardo e Kvyat. E ainda tinha Verstappen em quarto. E teria Sainz ali também nas cabeças não  fosse a incrível má sorte, eufemismo para quebra de equipamento, que tem lhe afetado há três provas. Sem Sainz, a Espanha voltou a se empolgar com Alonso, que ganhou uma série de presentes e foi quinto. Numa pista em que a Honda proveu mais potência e o motor não era tão imprescindível, até que a McLaren não fez feio. Button terminou em nono.

De cabeça mais fria, Hamilton viu seus amplos erros e tem uns dias para pensar neles até descansar, curtir a vida e a nova namorada, Rihanna. Rosberg, sei lá que ele pensa ou vai fazer da vida. A Ferrari já bateu a meta que tinha para a temporada, as duas vitórias, e Vettel vai sonhando com uma chance de brigar pelo título, ainda que seja na prática quase impossível. São 42 pontos de diferença para Hamilton, mas não se espera que a Mercedes vá ter um fim de semana como este na segunda parte do campeonato constantemente. Foi a primeira vez no ano, inclusive, que seus carros ficaram fora do top-3.

Mais atrás, Massa teve uma prova para esquecer, mesmo. E não, não há nenhuma relação com a perda de Bianchi e a emoção antes da prova que reuniu os pilotos e a família do francês em círculo para o minuto de homenagem. Até porque Felipe sempre bate na tecla de que, quando fecha a viseira e está dentro do carro, esquece tudo que está em seu entorno. Errou ao se posicionar no colchete, ficou atrás de carros mais lentos e não se recuperou, tudo deu errado. Foi sua pior prova no ano.

Por fim, Maldonado. Pastor virou um personagem que vamos levar para sempre. Daqui uns 10 ou 15 anos, nós vamos sentir muito sua falta. É um fator que movimenta as corridas, sempre por um lado negativo, e como disseram hoje no Twitter, a F1 e os comissários o veem de uma forma diferenciada tal qual Luis Fabiano no São Paulo: quando entra em julgamento, já é culpado. Inclusive, neste momento, Maldonado está sendo investigado por existir. Capaz que tome uma punição.

Comentários

  • Também acho o Vettel superior em relação ao Hamilton e Alonso. Dos três é o que erra menos sob pressão, e assim como Alonso nos primeiros anos de Ferrari, está constantemente bem posicionado pra beliscar um vitória quando não possui o melhor carro e os da frente tem uma corrida “anormal” como aconteceu domingo.

    Merece chegar na marca do Senna e essa mudança acertada pra Ferrari tá mostrando ainda mais o seu valor.

  • Sobre o campeonato, acho muito difícil a Ferrari brigar pelo título este ano com a Mercedes, mas no ano que vem, creio em uma briga mais direta. Vai ser interessante assistir ao campeonato. Mudando um pouco de assunto e apenas para pontuar como forma de correção, furar é verbo transitivo direto. Quem fura, fura algo ou alguém. O pronome oblíquo átono duplo (lhe + o = lho) serve para designar uma ação direta e indireta simultaneamente, não sendo permitido à regência do verbo furar. Já o verbo dar possui essa bitransitividade que permite o uso da contração “lho”, servindo como exemplo: A mãe deu ao filho o presente de natal. Substituindo, temos: A mãe deu-lho. E fim de frase; termina assim mesmo, pois o “lhe” substitui “ao filho” e o “o” substitui “o presente de natal”.

  • Com os rivais de Vettel e Hamilton perto da aposentadoria minha aposta é que o Vespa asuma a posição do Alonso, o Riccardo como um Haikkonen sem bermuda,o Bottas supera o Rosberg,o Sains pela sua pilotagem suave seria um candidato a novo Button e teria uma fila grande para novo Massa ou Webber

  • Alonso e Vettel falam com seus engenheiros de igual para igual,Haikkonem e Rosberg vivem em conflito enquanto o Hamilton muitas vezes parece não saber o que esta acontecendo apesar de ter melhorado,na McLaren ele não sabia nem dizer se o pneu estava furado ou apenas gasto

  • Gostaria de comentar sobre estes jovens pilotos do norte da europa que chegam a F1 cortando caminho com uma mistura de frieza,concentração,entrega e uma preparação que nada tem a ver com quilometragem,não vejo um piloto brasileiro,francês e principalmente italiano chegando a F1 com 17 anos.Sobre o Kyviat não concordo com você ,ele passou a perna em pilotos mais experientes porque tem personalidade,os outros pilotos da escolinha da Red Bull teriam sido esmagado pelo Riccardo,sobre o homem sorriso ele deu uma mergulhada kamikaze mas sob controle ,o Maldonado mergulha de olho fechado e bate ate no vento

  • Victor, você é um cara muito corajoso, cuidado que você pode apanhar nas ruas simplesmente por dizer “Se fica a contento de todos, os três estão no mesmo nível de Ayrton. Pilotos primorosos.”, cuidado, ficar comparando assim, você vai arrumar uma encrenca grande…KKKKK

  • Ótimo texto Vettel e sim o melhor piloto do grid, se tiver um carro com condições de vencer não dar a menor chance aos concorrentes, Alonso que o diga 2010 a 2013 Tetra campeão incontestável se a ferrari depois das férias tiver uma melhora decente ele vai incomodar bastante as Mercedes de outro planeta.

  • Concordo, Vettel é o melhor da categoria, tem a velocidade incrível de Hamilton, a inteligência em corridas de Alonso, mas erra muito menos que esses dois.

    Vettel é quase sempre muito preciso em tudo, largada, ultrapassagens, movimentos, em muitas ocasiões ele se mostra mais perfeito que Hamilton e Alonso.

  • Victor, com todo respeito, mas o que você escreveu no 9º parágrafo pode valer como análise para a corrida, mas aplicado de uma forma geral é um tanto tendencioso e parcial. Vejamos: o mesmo Vettel levou uma surra do Ricardo na temporada de 2014, e saiu da RedBull todo nervosinho… Se bem me lembro, as únicas que a Mercedes ganhou não foram ganhas pelo Vettel, mas pelo Ricardo. Ganhar quatro títulos com melhor carro e tendo como companheiro de equipe o glorioso Mark Webber, te aponto pelo menos 5 pilotos no grid que fariam a mesma coisa.

  • Confesso que achava que Vettel nao era tao bom, mas como torço para a Ferrari, e moro na Italia hà muitos anos, muitos jornalistas aqui tem a sua opiniao, Vitor, e ela foi formada nesses ultimos meses (voce sabe como a Ferrari è esmiuçada pelos jornalistas daqui): Vettel è realmente um homem-equipe, todos comentam que è dos ultimos a deixar o circuito ao fim dos treinos, e nao sossega enquanto os engenheiros explicam-lhe todos os detalhes do que fizeram ou vao fazer, ademais è muito querido por todos

  • “Vettel não dá chilique, assume seus erros”.

    Hmmm, talvez não no momento, mas ele já deu seus chiliques na Red Bull… enfim, mas nada que tire seu brilho e talento;

  • Fico impressionado com as pessoas que lembram Vettel “como o cara que só ganhou 4 títulos porque tinha o melhor carro”, mas esquecem da vitória em Monza com um Toro Rosso debaixo de chuva.

    O caso não seria parecido com o de um brasileiro que quase ganhou em Monaco debaixo de chuva, e foi tricampeão com o melhor carro da sua época?

    O cara é monstro. Deal with it.

  • Victor,
    acho que você pega um pouco pesado com Kimi Räikkonen…
    Tem alguma coisa debaixo do tapete aí. Vamos nos lembrar do que aconteceu entre 2008 e 2012… foi “corrido” da Ferrari, ficou dois anos fora, voltou e daí fez o que fez na Lotus…

    • Kimi não é melhor do que Massa. Quando correram juntos na Ferrari, ambos mostraram que tinham o mesmo talento, é só ver o resultado que ambos conseguiram na Ferrari. Portanto Kimi não é Vettle, não é Hamilton, não é Alonso. Estes tres são pilotos de primeira linha. Kimi, Massa são complementos para encher o grid.

      • Gostava do Kimi na Mclarem,ele não aliviava nunca e perdeu um titulo pro Alonso porque preferia estourar o carro a perder a corrida,quando foi para a Ferrari passou a usar a cabeça mais para curtir a vida que para acelerar

  • Victor!

    Me desculpe mas ano passado você e toda a mídia não diziam isso, Vettel chegou a duas vitórias esse ano, por conta de anormalidades nos carros prateados, outra, foi campeão guiando um carro de outra categoria nos 4 anos dos títulos, ano passado tomou um pau danado de Ricciardo, e te pergunto, lembra da carinha dele toda emburrada na temporada passada. Vamos ser sincero, ele sim é um grande piloto, mas com uma máquina do tipo das RBR dominantes que ele tinha na mão.

      • VICTOR, ADOREI O PROJETO NOVO DO WARMUP. SOU FÃ DE VELOCIDADE,. ACREDITO QUE FALTA UM PEQUENO AJUSTE. ACREDITO QUE ESTE ESPAÇO DEVERIA SER UM CLUBE. ASSINO UM CLUBE DE VINHO (WINE). O CAMINHO NA MINHA OPINIÃO SERIA ESTE. ESPERO QUE VEJA A MENSAGEM. ABC

  • Bom dia!

    É meu primeiro comentário no seu espaço eu acompanho a F1 por 35 anos, eu disse acompanho, não sou expert de fim de semana. Desde já deixo claro que respeito todos os comentários de todos, mesmo já discordando da grande maioria dos posts, pois ele Vettel esta na posição de franco atirador ele não tem o melhor carro do grid e não vai ganhar o campeonato, por isso esta postura dele e da equipe que precisou se reciclar rapidamente ao começar por contratar-lo, ele é um bom piloto lógico ( graças a redbull), mas Hamilton é nato e comparar com Senna então… deixa para lá!

  • Desses que voce citou , Hamilton e o que mais assemelha a Senna , portanto sua opiniao nao me convence. Vontade de ganhar agora e falta de equilibrio , querer carros melhores e chilique , cometer erros e imaturidade ……….so que Senna sempre foi assim

  • Com todo o respeito Victor, VC é apenas mais na eterna discussão sobre quem é melhor. Melhor é muito subjetivo visto que envolve torcida e emoção. Se VC escrevesse um texto sobre o maior de todos os tempos eu concordaria totalmente pois estaríamos falando de números. Para mim por exemplo, Vettel está um degrau abaixo do Hamilton e Alonso. Muitos críticos entendidos de F1 colocam o Gilles Villeneuve como um dos melhores da história, quantos títulos ele tem?

  • Olá Victor, é a primeira vez que comento aqui e gostaria de parabeniza-lo pelo excelente texto, antes de tudo. Sou fã do Sebastian e confesso que é basicamente por ele que eu acompanho a F1 hoje. Concordo com quase tudo que você falou sobre o alemão e a corrida. Embora eu não goste de admitir que vez ou outra, ele dá chilique sim. rs

    Contudo, o que mais me entristece é a forma que as pessoas o desvalorizam. E acho que talvez (e só talvez) isso parece tomar um rumo diferente, por assim dizer. Pode parecer besteira, mas saber que até os caras que realmente entendem de F1 reconhecem o enorme talento dele me deixam extremamente feliz. De verdade. Sucesso para você!!!

  • Olha…em volta lançada ninguém pego o Lewis. Ninguém. Com um carro vencedor ninguém pega o Vettel. Está andando muito bem com esta nova Ferrari.

    Mas o fato de verdade, é que Vettel precisa fazer um campeonato como o de 2012 em que Alonso fez chover na temporada. Com um carro nitidamente inferior disputou o título até a última corrida. Mesmo não sendo campeão, assim como Senna em 1993, Vettel precisa fazer algo parecido para eu considerar ele melhor ou igual ao Alonso. Alonso é a astúcia em pessoa dentro do carro, as vezes parece que ele está olhando a corrida de um helicóptero de tão precisa que é sua leitura.

  • Acho que não há discussão a respeito do Vettel ser melhor. Concordo contigo que ser melhor na F1 não é só virar o volante para o lado. É a forma como você constrói sua carreira, também.

    Acho o Hamilton e o Alonso equivalentes. O primeiro teve a sorte de sair de um barco furado no momento certo — e entrar no melhor dos barcos. O segundo fez muitas cacas na carreira. Mas ambos, mesmo vitoriosos, jamais foram dominantes como o menino Vettel já foi.

    E pra mim o Sebastian é mimado e xiliquento. O Senna também. Só que são extra-classe entre os muito bons.

  • Os pilotos de hoje , são pilotos de simulador , 75 % é o carro e 25% é o piloto
    por isso apesar da 41 vitórias , as de Senna , foram em carros ajustados
    por êle e não por computador , cambio manual etc.. etc.. Tempo em que a
    força do motor e braço do piloto faziam a diferença. A sim quanto a corrida
    foi um mar de incompetência e desespero para fazer alguma coisa
    numa pista travada , em que as coisas se equiparam, Daqui a um mês
    teremos tudo voltando ao normal Mercedes disparando na frente, e Ferrari
    e Williams brigando pelo terceiro lugar no podium. Mas como espetaculo
    foi bom apesar de tudo. ( Agora Maldonado já deu o que tinha que dar nè)

  • Houve as escolhas erradas do Alonso ao longo da carreira (culpa dele), e este novo processo de reconstrução da Ferrari que converge não só com a saída do Alonso, mas também com a demissão de 60 e poucos funcionários de fábrica. Houve a troca no comando do projeto (Tombazis por Allison), o conserto da relação do turbo com o eixo do motor que existia em 2014 (onde o Marmorini defendia um turbo maior, e o Tombazis bancando a redução do conjunto dizendo que “compensaria na aerodinâmica”). Enfim, houve uma infinidade de coisas, mas como o Alonso é o expoente maior, a figura referência, por isso a culpa recai sobre ele. A Ferrari hoje é uma equipe completamente diferente de 2010-2014 (repito, 60+ pessoas demitidas) e olhando este cenário, vejo o piloto apenas como uma peça quase que insignificante tamanha mudanças que houveram na engenharia envolvida na construção do novo carro, principalmente na evolução do motor, onde o piloto não tem qualquer participação na incorporação de maior cavalagem à ele. Lembremos que o Alonso venceu corridas com a Ferrari, o Vettel também venceu, são equivalentes. Acho injusto utilizar o ambiente da Ferrari (onde tamanhas transformações aconteceram) para avaliar os 2 pilotos diretamente e chegar à um denominador comum.

  • o Hamilton é espetacular pilotando e apesar de ser muito mais completo que o Mansell fica longe dos dois,o Alonso é único piloto da histórica que une uma pilotagem extremamente agressiva com um celebro privilegiado que outros pilotos de sua linhagem não tiveram e pôr isso a maioria nem chegou ao primeiro título,o Vettel dentro ou fora da pista sempre está pensando em como melhorar.Sobre Riccardo prefiro esperar para ver até onde ele pode chegar,se será um piloto de dar espetáculo ou um futuro campeão,até prova ao contrário em2014 ele foi beneficiado por entender melhor o novo carro e principalmente os pneus melhor que os demais

  • sim, avaliando dessa forma é até melhor que o próprio Senna, pois tem mais títulos. e na Ferrari corre sem pressão de ser campeão ou até mesmo de ganhar corridas e para variar o Raikonen está mais para Weber do que para Raikonen. Esse ano. Esse ano as CNTP dentro e fora da pista o favorecem e ele está fazendo o nome direitinho. Certo ele. Mas eu ainda quero ver ele correndo com um cara competitivo….. Se bem que conhecendo a Ferrari, ele já terá feito o nome dele e provavelmente irão contratar um mosca morta como segundo piloto…. ou pagarão muito bem o Bottas para ser segundo piloto…. tratando de Formula 1 não duvido nada.

    • A política da Ferrari e ter dois pilotos competitivos como a Red Bull,o favorecimento aconteceu com o Schumacher,o Alonso destruiu o Massa no início de 2010 para poder correr sem ser incomodado pelo queridinho da Ferrari

  • Eu acho que o Alonso pelo tempo de f-1 é o mais completo do grid, mas sempre achei que o Vettel é ou será melhor, Ele em suas primeiras corridas venceu e deu trabalho com carros medios, quando sentou em um carro melhor, logo de cara disputou título, quando teve o carro melhor venceu com muita sobra, e quando não teve, tentou aprender e tentar melhorar, e agora esta começando a mostrar a maturidade de um grande campeão,
    Alonso precisa de todos e tudo pra fazer acontecer,mas provou que sabe vencer sobre pressão, o Hamilton é um Mansel melhorado, quando é apertado e isso em todos momentos da carreira, fez pathotha como ontem, ele é muito rápido, acho que o mais rápido em uma volta, mas corridas não tem ´uma volta.
    Pra mim o Vettel com a mesma experiencia do Alonso será muito melhor que o Alonso.

  • Bom texto para variar, com argumentações bem consistentes, e fundamentadas… Se existia antes dúvidas sobre a competência e capacidade de SV, hoje já não existe mais. Todavia, a paixão de torcedor do VM por Vettel move montanhas… E É digna de nota hehehehe.

  • Concordo em partes. Vettel não é chiliquento agora na Ferrari. Nos seus tempos de Red Bull foi e muito, mas muito mais que o Hamilton, por exemplo (no quesito chiliques Alonso ganha com sobras). Hamilton que amadureceu muito e pediu desculpas para a equipe durante a corrida ainda. E se fosse ele no lugar do Rosberg não veríamos esse texto aqui pois a Ferrari teria sido jantada. No “wheel to wheel” Hamilton é muito melhor que o alemão, no talento puro vamos dizer, mas a tecnicalidade e precisão de Vettel o tornam mais completo.
    Quanto ao carisma, ele não tem não. Tem a simpatia do público hoje por estar na Ferrari. Se ainda estivesse na Red Bull iriam estar descendo o sarrafo nele. Ele tem carisma com a imprensa, essa sim adora ele.
    O que podemos concluir é que no assunto pilotos não dá pra reclamar dessa geração. Temos 3 dos maiores da história da categoria correndo, além de alguns futuros campeões e alguns bons coadjuvantes.

  • Ontem, pelo Twitter, a Lotus antes mesmo do final da prova, falou que o Maldonado tinha tomada mais uma punição por atrasar a entrega do imposto de renda. Hilário!

  • Vettel não é chiliquento? Nossa, nessa eu discordo forte, enchia bastante o saco na época de Red Bull quando o teammate era o Mark Webber. Os rádios eram tão mimizentos quanto do Alonso/Hamilton.

    Agora… cada dia que passa entro mais no seu time VM, acho que o Vettel está sim acima do Hamilton (e olha que sou fã declarado do Inglês), Vettel tem a atitude do Hamilton mesclada com a calma e precisão do Alonso, enfim um discípulo de Schumacher.

  • Não é verdade, Vettel é ótimo mas não é melhor que Hamilton ou Alonso. Isto é impossível de ser “medido”. Ontem, se estivesse no lugar de Rosberg, no ritmo que vinha, jantaria Vettel com enorme facilidade, o que também não quer dizer que seja melhor, tanto que não aconteceu. Esta ano há apenas um afirmação possível, e a corrida nos mostrou isso: O único piloto que pode derrotar Hamilton é Hamilton.

  • Vettel parece sim ser melhor que Alonso e Hamilton….. Mas fica a pergunta será que é melhor que Ricciardo???? Lembrando que no ano passado o Australiano sorridente botou o tetra campeão no bolso. Enfim, sem dúvida que se existe um piloto que o Vettel quer bem longe esse é Daniel Ricciardo!!

  • Puta que me pariu !

    Vá escrever bem assim na redação do Grande Prêmio! Concordo com tudo! Vettel sendo o melhor… Alonso e Hamilton xiliquentos… e vamos tem muita saudade do Maldonado, assim como temos do Mansell.

    Parabéns, Victor !

  • Coitado do Maldonado. Isso é bullying, Victor! Mas de certa forma, eu começo a assistir uma corrida e penso “o que será que o Maldonado vai aprontar hoje”.
    A F1 precisa de um piloto com as características do Maldonado em cada geração. É enternecimento.
    Apesar das piadas, concordo com o Maldonado, precisamos de pilotos que arrisquem mais e parem de ficar poupando combustível. Vejo somente ele, o Riccardo, o Perez, o Vestapinho e o Hamilton quando está atrás. Nem sempre dá certo (corrijo: na maioria das vezes não dá), mas eles tentam achar um espaço.

  • “Vettel não dá chilique, assume seus erros e tem um carisma grande ”
    É, a gente viu isso ano passado, quando o Ricciardo jantou ele com molho de marko e tudo…o chilique foi tanto que ele, além de cuspir várias vezes no prato ainda com comida, debandou para o inimigo.

    Quanto a assumir seus erros…quem foi mesmo que, publicamente, pelo rádio, pediu desculpas à equipe pelas barbeiragens de ontem? Ah sim,lembrei!

    Okay, o Victor Martins é fã do Vettel. Tem todo o direito.
    Eu não sou. Espero ter o direito de me manifestar aqui.

    • Razor, desculpe-me pela sinceridade.

      Mas a superioridade de Vettel sobre Hamilton e Alonso é um evidência empírica e incontestável. Todos os grandes colunistas da F1 Ico, Vitor Martins e Gomes etc. já viram isso.

      Pessoalmente, também não gosto dele. Acho que é o tipo de piloto CDF, cerebral e certinho de mais, que tira a graça da F1. Prefiro mil vezes pilotos de menos talento como Hamilton e Alonso, que são pura emoção. O problema é que ele é sim beeeeeem superior aos demais. Só perdeu para o Riccardo por que já estava com a cabeça na Ferrari. Caso contrário, coitado do australiano, teria tido um anos de Webber.

      Abraços,

  • Bom texto!

    Apenas complementando: Hungaroring tem muita reta desde a largada, então isso dá motivo pra ter alguma ação no final dela, e nas primeiras curvas após também. O carro que vem atrás consegue se aproximar pra ter ação suficiente pra tentar algo mais ousado nelas.

    A grande reta poderia ser um grande fator de desvantagem pra quem tem menos potência, mas é só uma, e o circuito continua majoritariamente sinuoso. Tem como explorar bem bons chassis com boa carga aerodinâmica de um lado e bons motores…bom, só estou tentando chegar à fórmula das boas corridas lá, rs. Acho que pode ser por aí.

  • Caro Victor…

    Não foi um erro a forma como foi dada a relargada após o safety car, este é o novo procedimento adotado para este ano. ( Pelo menos foi o que eu li no grande prêmio)