Tá certo, Manor

SÃO PAULO | Então o pós-Carnaval começa com a notícia de Wehrlein na Manor.

Não tivesse um vínculo forte com a Mercedes, talvez não conseguisse essa ascensão neste momento da carreira. É certamente parte de um acordo — a Manor vai usar os motores flecho-prateados —, mas Wehrlein é um moleque da ótima safra alemã em que se deve prestar bastante atenção. Foi campeão de um DTM forte no ano passado em sua terceira temporada na categoria de turismo e já vinha sendo utilizado como coringa pela montadora na F1 — andou com o carro da Force India nos testes de pré-temporada e era o piloto reserva que devia torcer para que alguém se cansasse dos chiliques de Hamilton e/ou Rosberg.

Das opções que tinha no mercado, a Manor foi de longe na melhor. Resta escolher o outro piloto. Rossi? Seria uma boa. Conhece já a equipe. Stevens? Não diz muito a que vem. Haryanto? Aí não vai tirar o dez da lição de casa.

De qualquer forma, a Manor vem com um pacote deveras interessante. Primeiro, revelou a contratação de Nicholas Tombazis, ex-Ferrari e Benetton, como chefe de aerodinâmica; depois, engrandeceu-se com a chegada de Pat Fry, que foi chefe de engenharia na McLaren e na equipe de Maranello, para exercer tal cargo. E entre um anúncio e outro, foi uma das primeiras a confirmar que seu chassi passou pelo crash-test obrigatório, além de revelar uma impressionante empreitada no Mundial de Endurance.

Claro que até tudo encaixar como se deve, vai levar um tempinho. Mas a Manor tem dado passos interessantes, agora que chefiada pelo endinheirado Stephen Fitzpatrick, para ser uma equipe decente na F1. É coisa para se observar do meio da temporada em diante.

Em outras linhas, para deixar com a Sauber o posto de pior equipe do campeonato.

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