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SÃO PAULO | A pole 65 de Hamilton, aquela que precisava ser em Mônaco porque era o lugar onde Senna reinava, acabou vindo na pista que é onde Hamilton é rei. Rei-raiz, Rei-moleque, rei-toco-y-me-voy. Foi lá no Canadá que há exatos dez anos ele conquistou sua primeira vitória na F1. É lá que, onde quer que estivesse, McLaren ou Mercedes, é sempre considerado favorito. E até foi bom que tivesse sido neste lugar porque veio da forma que veio: à Senna.

Porque todos hão de convir que a Mercedes não é 0s3 mais rápida que a Ferrari de Vettel. A Mercedes é no Canadá o que Bottas tem mostrado ao longo do fim de semana, entre 0s2 e os4 pior. A pole de Hamilton é puro braço. Aliás, as duas voltas finais que deu no Q3 são uma aula de classificação. 1min11s7 já pareciam inatingíveis. Daí veio Vettel e chegou 0s004 perto. Aí Lewis tirou mais 0s3 do bolso.

Com uma média exata de uma pole a cada três corridas, Hamilton é de fato o piloto mais rápido da F1 em volta lançada. Comete pouquíssimos erros quando está com o carro devidamente alinhado e extrai dele mais do que os outros. Vettel também é muito bom nesta situação, mas não tão exuberante. Alonso é no mesmo nível de Hamilton, mas os anos sem carro decente impedem de ter os resultados positivos — embora conquiste poles pessoais com esta McLaren Honda horrível.

Bottas e Räikkönen viraram novamente os coadjuvantes de sempre. Ambos têm de rezar para um erro crasso ou um incidente entre os dois da primeira fila em menos de 500 metros para tentar algo; do contrário, brigam entre si pelo lugar que sobrar do pódio.

A Red Bull e Massa ocupam os lugares que deles se esperam na temporada, terceira fila e sétimo lugar, respectivamente, então nada para mencionar além. As Force India estão bem acertadas e devem voltar a pontuar com Pérez e Ocon simultaneamente e a Toro Rosso tende a ficar com o lugar que sobra da zona de pontos.

Ao desprezar a qualidade dos pilotos da Indy e de Indianápolis, Hamilton pagou a língua com um desempenho aquém em Mônaco e estava meio que claro que seria Vettel o vencedor pelas circunstâncias apresentadas, quase que uma vendetta. Agora, com a homenagem e um capacete de Senna pra chamar de seu, tudo leva a uma vitória do piloto da Mercedes. Para que diminua a vantagem de Vettel no campeonato de 25 para 18 pontos.

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