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SÃO PAULO | Dia 3 começa em Interlagos. O tempo está um horror desde ontem de noite, quando um toró nos deixou na sala de imprensa até 22h. Quase fizemos uma edição do GP às 10 ao vivo. Ficamos ouvindo os quero-queros restantes e o corvo. Deve rolar uma garoa/chuva até 15h locais e depois melhorar. Pena. Corrida com chuva é sempre legal aqui. Pelo menos, que embaralhe um pouco a classificação e tire Hamilton do conforto que o primeiro lugar tem lhe dado.

Dei uma volta longa pelo paddock ontem, a primeira nas novas instalações. Gostei bastante. Só achei que precisasse cobri-lo quando tive de almoçar no momento de sol escaldante. O prato: um belo par de postas de salmão, purê de batata, aspargos, uma saladinha que não sei bem o que continha, mas tinha manga picada. Caiu bem. Fiquei conversando com Flavio Gomes um tempinho.

Pode parecer estranho, mas é raro conversar com Gomes. Vez ou outra pelo whatsapp ou e-mail, nada muito além de como estão as coisas, vídeos gravados, processos e afins. Nem sabia muito de sua vida no Rio, do Giovanni lá. E ainda não entendi essa bandana hippie para segurar os cabelos que já não tem.

Num segundo retorno ao paddock mais tarde, trombei Luiz Razia e César Ramos. Foi a primeira vez nos tantos anos que vim que sentei numa casinha de equipe para ficar conversando amenidades. Razia agora é estrelinha, credencial Globo, pompa de repórter, então fica difícil conversar tanto. Precisa pedir autorização em três vias para a FOM. O baiano foi um dos primeiros caras chegados na profissão. 11 anos atrás, ele fora campeão da F3 local e do nada surgiu no autódromo com seu carro e capacete com um logo do Grande Prêmio. O gaúcho, eu não via acho que há uns dois ou três anos. Legal pôr o papo em dia, entender como tá a vida em Novo Hamburgo e na Stock Car e como são alguns detalhes de coisas impublicáveis em alemão e russo. Gosto muito dos dois. Ainda tinha lá Bruno Monteiro, Bruno Império, sei lá que nome esse diabo tá usando agora, deixando o microfone de lado e se dedicando a marketing e assessoria de imprensa. Um encontro meio ‘old school’ numa Interlagos mais cômoda para tal.

(Curioso que fui dar uma busca agora na caixa de entrada do e-mail para pegar o telefone do Razia e encontrei uma matéria de maio deste ano de Vitor Fazio justamente com ele e Ramos. Tá aqui, ó. Vale a pena.)

De interessante além, uma foto com Ricciardo que o César tirou. Ainda bem que ele é piloto.

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Voltando a hoje, antes de pegar o glorioso combo metrô/trem, li atentamente a informação de que no fim de semana o transporte público cobraria 38 golpes um mero ônibus ida e volta pelo qual se paga 10 vezes menos durante um dia comum e que apenas os x mil táxis credenciados circulariam no entorno, saindo de cinco pontos centrais devidamente indicados. Pois fui a um deles. Não havia um táxi sequer. Nem a indicação de onde estariam. O taxista de app que pegamos estava meio perdido. Parecia não saber o que estava acontecendo ou que havia uma corrida de F1. E no meio do caminho da Av. Interlagos havia um recapeamento rolando e atrapalhando o trânsito. Muito linda, essa cidade.

Às vezes também não entendo o que acontece quando vejo matérias edificantes na imprensa não-bretã como ‘o batom da sorte’ da nova namorada do pai de Verstappen’ ou chamadas tipo ‘veja a opinião dos pilotos sobre privatização de Interlagos’ e na matéria rola um ‘difícil opinar, diz piloto’. Mas tem trabalho bom sendo feito pelos colegas, de forma geral. Muitos deles sabem do riscado e não estão pelo oba-oba que assola o meio.

Por ora, é isso. Logo mais tem TL3 e classificação. Estão dizendo que vai ser um evento ‘sell-out’. Legal que seja. O pessoal da organização merece aplausos. Mas até agora as arquibancadas parecem vazias. Há de se pensar em como entreter o público e trazê-lo não só no domingo.

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