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SÃO PAULO | Não tivesse um Hülkenberg à Grosjean, o GP da Bélgica passaria incólume por nossas vidas. Ruim, ruim demais, e novamente se denota como nem num pistão como o de Spa-Francorchamps a F1 se salva. De novo: houve muitas corridas interessantes em 2018, mas à exceção do Azerbaijão, todas estas precisaram de algum fator para ter um final feliz.

O roteiro se deu exatamente como esperado durante todo o fim de semana: a presença da chuva na classificação colocou Hamilton na pole e Vettel a seu lado. Só os dois fariam algo útil: os finlandeses-marionetes largavam muito atrás para tentar algo. Depois da largada, o alemão pegou o vácuo na Eau Rouge e passou o inglês no fim da reta. Fim. 25 pontos para um, 18 para outro, diferença cai para 17 pontos. A Ferrari tem um carro ligeiramente melhor que o da Mercedes.

Räikkönen caiu fora em consequência do ato de Hülkenberg, que simplesmente não freou para contornar a curva, acertou Alonso, que acertou Leclerc e Ricciardo, este acertando Kimi. Assim, o terceiro lugar do pódio ficaria naturalmente com Verstappen. Foi o que aconteceu depois de ele ter passado as Racing Force Point India Midland Spyker MF1 Jordan.

Bottas, que chegou a acertar uma Williams, teve um caminho ligeiramente aberto, mas levou a corrida praticamente toda para chegar ao quarto lugar. Dizer, como vi muita gente, que foi o nome da corrida é um absurdo ou acinte: não fez mais que a obrigação, e ainda demorou muito.

Os carros rosas terminaram em quinto e sexto, como esperado também. Pérez andou bem melhor que Ocon – aliás, este foi muito hesitante: chegou até ter chance de tomar a ponta porque vinha com mais velocidade que Hamilton e Vettel na largada, retardou a freada no retão e acabou perdendo posição até para o companheiro; na ultrapassagem que tomou de Verstappen, tentou se defender e acabou não se defendendo. A RP Force India agora tem 18 pontos no campeonato. Já está colada 1 atrás da Sauber.

Também normais e previsíveis foram o sétimo e oitavo postos de Grosjean e Magnussen. Gasly e Ericsson completaram a zona de pontos.

Ou seja: quando você consegue praticamente saber o resultado dos OITO primeiros colocados diante das circunstâncias, todo o discurso de Alonso de que a F1 está chata e modorrenta vira um mantra ou um dogma. E faz todo o sentido que procure outra coisa para fazer na vida porque, com 37 anos, maturidade e impaciência se mesclam, e as decisões acabam sendo mais conscientes quando o saco enche por não se ter muito tempo a perder. Sei o que é isso, Nando.

Vandoorne? Último. De novo. Ele se vai da McLaren sem deixar boa impressão e tende a ir para a Sauber no lugar de Ericsson pelas ligações que tem com Frédéric Vasseur, seu chefe na ART quando foi campeão na GP2. Hartley? Penúltimo: despencou até não querer mais. A Toro Rosso tem um problemão para montar sua dupla para 2019.

E para completar, depois de 5 horas de espera, a MotoGP tem suas atividades canceladas em Silverstone. Um domingo ruim para o esporte a motor.

Comentários

  • Não concordo com o caos desenhado por você, toda categoria, independente da pista ou regulamento técnico está sujeita a corridas pouco movimentadas. O campeonato no geral ainda é muito bom. Quanto a diferença de performance entre as equipes, para mim a F1 deveria seguir o exemplo da MotoGP e liberar o regulamento para equipes satélite. E as montadoras com performance inferior no ano anterior terem benefícios para desenvolver o carro (maior limite de motores/ano e aumento do fluxo de combustível, por ex.)

  • Tá cheio de chorões nessa Formula1, já não basta o Choronso e agora tem a RBR com o motor Renault….será que acham mesmo que irão competir com Ferrari e Mercedes ano que vem?

  • Ué e na WEC , onde a Toyota corre sozinha é melhor, não existe nehuma outra equipe para competir?
    Tem outra só anda na frente com ordem da equipe pois a outra dupla do Conway e melhor e teve que entregar a liderança duas vezes para equipe do Alonso.
    E na ultima corrida foram desclassificados , isto sim é emoção…

  • Puta pista, corrida modorrenta.
    Impressionante como a Force India sempre anda bem em Spa, desde os tempos de Fisichella… Monza vai ser outro corridão deles.
    Mas Ocon ficar fora da F-1 vai ser uma baita sacanagem. Já que a música tá tocando pra dança das cadeiras, e já que Stroll ir pra lá não é questão de se, mas de quando, manda logo ele fazer o molde do banco pra Monza, traz o Kubica pra mostrar que com um braço e meio ele pilota melhor que o riquinho rico com dois, manda o Ocon pra Toro Rosso no lugar do Hartley e tá resolvido metade dos problemas da F-1.
    Tá, falta chutar o Ericsson e o Sirotkin, mas até que essa dança das cadeiras tá é bem divertida, bem diferente da modorra habitual…
    A Toro Rosso fica dependendo de arrumar só um piloto pro lugar do Gasly (Wehrlein tá de bobeira vendo Netflix), a Williams continuará uma draga, mas pelo menos terá um piloto que se respeite, e a RP resolve logo a questão de “Stroll vem quando?”. Mais praticidade e menos enrolação, já que a maioria das cartas estão marcadas, mesmo.

  • Salvo engano, o Gasly botou quase um 1 minuto no Hartley.
    São quase 60 seg em 44 voltas….mais de 1seg por volta no companheiro de equipe…. Ou o Gasly é MT bom, ou o Hartley é muito fraco e não se achou na F1….

    • Ele caiu de paraquedas e até agora não entendeu o que está fazendo por ali. Não vai deixar saudades quando ir embora, e acho que nem ele vai sentir saudades…
      Não está no nível da F-1. A sorte dele é que, por ser bom piloto de protótipos, creio que não fique desempregado quando for embora.
      Gasly também não é essa coca-cola toda. Mas sem dúvida é bom. Mas tomara que a matriz não queime ele logo na quarta prova ano que vem. Porque senão vai ficar ruim de achar alguém pra sentar nos carros deles.

    • Na minha opinião, que se alguém apresentar um argumento convincente posso muda-la,pois não mudar de opinião só por orgulho e vaidade ,não é coisa de gente que ama obter conhecimento. más voltando; eu acho que boa parte desta mesmice da F 1 atual é este regulamento, que na minha opinião é idiota , pois engessa qualquer outra criatividade que saia fora da mesma arquitetura, impedindo de se encontrar novos caminhos. Eu acho que o regulamento deveria só se ater ao peso minimo admissível, capacidade máxima de combustível, dimensões máximas ,e capacidade cúbica do motor ,liberando o número de cilindros e sua arquitetura.
      Como no passado já teve regulamento semelhante. E não venham com essa conversinha de “Contenção de Gastos” quando a todo ano se tem que iniciar um caríssimo projeto ,praticamente do zero, jogando no lixo o anterior. pois seria mais interessante melhorar o carro do ano anterior ,já conhecendo suas virtudes e falhas do que sem poder testar adequadamente a todo ano iniciar um projeto novo. Mas se alguém queira arriscar um projeto novo ,que pode ou não dar certo e tiver verba para isso ,que seja liberado. E só a cada 3/5 anos alterar o regulamento, com mais profundidade,acho que seria mais econômico e poderia melhorar a competitividade do pelotão do meio ,pois a história mostra que sempre haverá os que brilham mais que os outros,mas por outro lado não impede de surgir um gênio ,com novas idéias , como Ferdinad Porsche, Etore Bugatti, Malcon Sayer, Colin Chapman, Jim Hall,Gordon Murray e outros.
      É o que eu acho, más é só uma opinião pessoal.

  • É Vitor , esqueceu de comentar que o tão criticado HALO , foi testado hoje na pratica
    e passou com louvor , após o pneu direito dianteiro do carro do Alonso passar na cara
    do Leclerc. A FOM mostrou 2 vêzes a imagem do Halo marcado pela roda.

    • A Xpó Tv falou disso.
      Sempre fui apoiador daquela trapizonga. É feio? É. Pra cacete.
      Mas com o tempo a gente iria se acostumar e ia chegar uma hora que ele iria mostrar seu valor. Só o fato do treco fazer com que o carro passasse longe da cabeça dele já vale todo o esforço que foi feito para impor o treco na categoria.
      Nunca vamos resolver 100% da segurança. Concordo que é quase certo que, nos casos do Helmut Marko, Massa ou Wilson, o halo seria ineficaz.
      Mas penso se por exemplo isso poderia ajudar numa batida tipo Cevert ou Pryce, ou mesmo Bianchi. Poderiam ter se lascado feio, mas teriam alguma chance de sobreviver se existisse um halo naquela época.

  • Não de ouvidos ao Idiota Veloz Espanhol, ser estivesse na Ferrai ou Mercedes estaria arrotando a sua arrogância ao invés de ficar reclamando.

    Eu como torcedor da Mclarem é que reclamo, como pode o que todos consideram (menos Eu) o melhor piloto do mundo n]ao conseguir fazer a Mclarem evoluir?????

    A Mclarem é uma carroça, e não é o Stroll ou o Sirotkin que sentam naquele cockpit.

    • O choronso sempre foi ruim de evolução de carro, vide seus dois títulos que se deram com um domínio da Renault no começo e caindo durante o campeonato.

    • Se a F-1 está monótona? Recomendo ver os replays da Temporada de 1988. Aquilo sim era monotonia para os Alemães, Italianos, Ingleses, Finlandeses, Russos, Japoneses, etc, etc, etc… devia ser tudo muito enfadonho, menos para os Franceses, Mclarem e… Brasileiros.

      Segue o jogo, a F-1 sempre foi o que é hoje, só mudam os atores. Se queremos um pouquinho de equilíbrio basta colocarmos um único fabricante de chassi e motor para as 10 equipes.

  • Uma porcaria colossal, a corrida acabou na ultrapassagem de Vettel na primeira volta. Confesso que fiquei zapeando entre a MotoGP (cujo breffing da corrida que não aconteceu estava melhor que o GP da Bélgica) e a Vuelta à Espanha, virtude bicicleta, que estava muito mais competitiva e imprevisível.

  • Eu, você e o Mundo pode se queixar. Menos o Alonso. Porque o mesmo não bufa sobre a corrida de 2 cavalos do LMP1 no WEC. Se Aonso está se queixando da monotonia. Ele ele já pode tentar uma vaga em nosso congresso com esse discurso politiqueiro. A vida será uma aventura e tanto.

  • Fora que as ultrapassagens que ocorreram foram feitas devido ao DRS, esse instrumento artificial que deixa as corridas sem graça e só servem para inchar estatísticas de ultrapassagem.

  • O Victor, te leio sempre cara, mas nossa como você reclama de tudo rapaz hahahaha. Brincadeiras a parte, compreendo seu apontamento, porém não acho que tenha sido um GP tão fraco assim.

  • O Domingo é maior e melhor quando tem GP da F1. Porque depois da F1 sou mais a categoria Rainha das motos: a toda poderosa: MotoGP.

  • Copa do mundo tem jogos ruins, olimpíadas tem competições sem graça, outros campeonatos de automobilismo e motociclismo tem corridas monótonas… Porque a F1 seria diferente? Não entendo porque tanto mal humor (ou má vontade) com a F1.